Como a China escapou da terapia de choque: Aula 02

No livro “How China Escaped Shock Therapy: The Market Reform Debate,” as autoras Isabella M. Weber e Xueping Wu fornecem uma análise envolvente e abrangente da transformação econômica da China, lançando luz sobre a abordagem gradual do país em relação às reformas orientadas para o mercado. Esta obra é leitura essencial para quem busca um profundo entendimento do desenvolvimento econômico da China e dos debates complexos que moldaram sua trajetória de reforma. O livro começa examinando o contexto histórico em que as reformas econômicas da China ocorreram. Ele traça as origens do debate entre a terapia de choque, uma transição rápida e radical para uma economia baseada no mercado, e o gradualismo, uma abordagem mais cautelosa e pragmática. Ao aprofundar as bases ideológicas dessas duas abordagens, a autora oferece valiosos insights sobre as visões contrastantes que influenciaram o caminho de reforma da China. Trata-se de uma pesquisa empírica rigorosa, baseada em entrevistas com fontes chinesas internacionais e fontes primárias.
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[@thinkmaker42]

Professor Paulo gala, sensacional aula sobre china, se o Brasil tivesse tido o mesmo cuidado com certeza teríamos uma economia diferente hoje.

[@mdmgodoy]

❤

[@caliman1976]

Processor Paulo, em relação a degradação ambiental na China. E possível traçar alguma expectativa dos impactos positivos e negativos em relação ao que poderia ter acontecido se a China tivesse enveredado para o Neoliberalismo nos anos 80? O cenário teria sido pior, melhor ou indiferente?

[@joubertoliveira-JBT]

Ótima aula!

[@mauriciomoreno4803]

Professor, o Brasil foi um caso a parte pq bem nesse momento ele tinha trocado de moeda né... aí ja nao deu pra saber as reais consequencias pq a inflação no Brasil teve caminho inverso do q os demais da terapia de choque

[@antoniomanoelroque7576]

Oi boa noite

[@moraesvs-uo8ss]

Eu tenho duas dúvidas. Primeiro: em ambas as aulas tu comentaste da pobreza da China até o fim dos anos 70 e muito embora isso seja um fato, a China teve crescimento médio de 7% no período de Mao Zedong, frequentemente ultrapassando os 10% e em dado momento chegando a até 17%, segundo o Banco Mundial. A China também estava entre os 10 países mais pobres do mundo em 1950. Períodos como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, dessa forma, me parecem mais exceção do que regra. Além disso, embora eu entenda que, por se tratar de uma aula de economia, a renda per capita seja o dado de referência preferencial, eu gostaria de mencionar também outro dado: a expectativa de vida. A da China, em 1949 era de 36 anos, a do Brasil 46. Em 1973, ainda com Mao Zedong, a expectativa de vida chinesa ultrapassava a brasileira. Tendo isso em vista, não seria mais apropriado dizer que a pobreza extrema em que a China se encontrava ao fim da era Mao Zedong diz mais sobre os eventos que ocorreram ao longo do século das humilhações do que propriamente sobre a revolução? A segunda pergunta: tu muito comentaste que a abertura econômica chinesa foi correta e a russa foi errada. A necessidade da abertura na China não é difícil de justificar, porém, toda vez que tu mencionaste a União Soviética, sequer tu trabalhaste com a ideia de, ao invés de abrir errado ou abrir certo, se optasse por não abrir a economia? Ao contrário da China, segundo um estudo da CIA de 1983, os Estados Unidos e a União Soviética tinham um consumo de alimentos similar, portanto não estamos falando de um quadro escassez que tu citaste como a justificativa para a abertura econômica chinesa.

[@sergiomardinefraulob9803]

O certo é que o que tinha ao final do regime Mao era ruim, ou não teriam mudado. Aquele primitivismo ideológico da Revolução Cultural matou muitos milhões de fome.