Como conversar sobre racismo com seu filho .

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Fala aí, Diretora!

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Күн бұрын

Em pleno 2020, milhões de famílias brasileiras ainda sofrem por conta do racismo. Seja por ver filhos excluídos das brincadeiras, ler comentários maldosos na internet ou mesmo ser acusada de sequestrar a própria filha por ter uma cor de pele diferente da dela.
Muito disso ainda é encarado como brincadeira ou escondido sob o discurso que somos todos iguais. Só que minimizar e varrer para debaixo do tapete não é a melhor maneira de lidar com o preconceito.
Veja a seguir algumas dicas delas e da Livia para trazer o diálogo para dentro de casa.
Seja um exemplo
Não adianta esperar que a criança lide com as diferenças na rua se, no ambiente familiar, os pais fazem piadas com isso e estão cercados de negros apenas como funcionários, muitas vezes invisíveis.
A ideia é fazer uma autoavaliação da vida dos adultos: quem são os amigos mais próximos e que oportunidades a criança tem de conviver com pessoas diferentes? E, mais importante ainda: como o diferente é tratado pela família?
Mostre a diversidade na prática
Quando o filho ainda é pequeno, é bacana inserir referências diferentes, de outras culturas e raças, em suas brincadeiras, bonecos, personagens de desenho, músicas, passeios e por aí vai. Conforme ela cresce, o ideal é que o tópico faça parte das conversas em família de maneira transparente.
O termo é letramento racial. “Que é compreender que estamos em uma sociedade racista, e as crianças brancas precisam refletir sobre onde estão os negros, e questionar isso com a gente”, comenta Paula Batista. Explique que existem pessoas que tratam mal outras pessoas só por causa da cor da pele ou de características físicas, que há injustiças no mundo e que é responsabilidade de cada um mudar esse cenário.
Empoderando crianças negras
E isso vai além de ter bonecas de pele escura. “Hoje somos marginalizados, então a criança precisa saber que há possibilidades fora da subalternidade, que existem reis e rainhas negros”, comenta Livia Marques. As próprias história e mitologia africana e afrobrasileira são fonte de relatos incríveis, hoje descritos em diversos livros infantis. E há uma mãozinha da ficção, como o célebre exemplo do Pantera Negra.
Frequentar espaços afirmativos, como coletivos de música, quilombos urbanos, museus e atividades de resgate cultural também ajuda nessa criação de repertório e valorização estética - outro ponto importante aqui. “Não gostar da própria aparência traz prejuízos sérios para a criança, que desenvolve a autoestima com os pais, então o primeiro passo é gostar de você mesmo, se enxergar como uma pessoa negra, para que ela saiba que o padrão estético dela é valorizado em casa”.
Vale destacar que, se o bebê tem a pele mais clara da mãe, é ela que é mais afetada pela discriminação racial. “O racismo já é sutil, mas na família ele é mais sutil ainda”. Uma saída para isso é deixar claro desde cedo à família que a criança é negra e que pretende fazer uma criação com consciência racial.
Não existe brincadeira ou fase
Quando o filho repercute uma fala racista, independente da idade dele, não releve. Enquanto ele está “passando por uma fase” ou “fazendo uma brincadeira”, outra criança está sofrendo e pode ter cicatrizes pelo resto da vida. Explique que é errado, que aquele comportamento é inadmissível e reveja se é algo na dinâmica da família que está transmitindo ideias preconceituosas para ele.
A escola do seu filho é inclusiva?
Se os únicos negros da escola são porteiros, faxineiros e cozinheiros, sinal de que a escola pode não se importar muito com a questão da diversidade. Vale verificar se eles realizam atividades sobre o tema, se tem um protocolo de como agir em casos de racismo e como é o padrão estético dos livros e das ilustrações nas paredes.
O que fazer quando a criança é a vítima?
Não é possível saber como a criança vai reagir, não importa o quanto os pais se preparem para esse momento e empoderem o pequeno. “Nós trabalhamos com isso e ainda não sabemos lidar quando somos as vítimas, é uma mistura imobilizante de dor com raiva, muito difícil de descrever”.
Fique de olho, pois muitas vezes uma criança pequena não conseguirá verbalizar o que aconteceu com ela. Pode ficar mais amuada, quietinha. Essas mudanças de comportamento não podem passar batido, pois os efeitos negativos para o desenvolvimento infantil são graves.
“A criança pode desenvolver transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, isolamento social e muitos outros que impactarão sua vida adulta”. Se ela verbalizar o que houve, vá a escola, ao local onde ocorreu e não deixe passar batido. Racismo é crime e deve ser denunciado.

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@ezianniefreitas
@ezianniefreitas 5 ай бұрын
Eu não sei como introduzir um olhar diferente para minha filha, meu marido é moreno ele têm um filho negro bem escurinho mesmo do casamento anterior e eu, tenho duas filhas com meu esposo, as duas nasceram brancas uma com cabelo alorado avermelhado e a outra bem branquinha com cabelos dourados, eu sou branca e ruiva natural, minha filha mais nova loirinha desde que nasceu nunca gostou do pai achei estranho, só gostava de mim, na vdd ela é apegada demais a mim, e hj ela com 4 anos manifesta uma preferência, ela n trata mal o irmão por parte de pai mas ela deixa claro que não gosta dele por ele ser preto e meu marido conseguiu se aproximar mais dela depois que ela foi crescendo sabe, pq antes ela só queria distância, e sempre perguntamos dela, filha mais seu pai tbm é preto?!, e ela diz que o pai dela é um preto mais claro, e ela diz que só gosta de pessoas claras e perguntei quem ensinou isso a ela, ela diz que ninguém, ela sabe disso sozinha e que só gosta de pessoas brancas ... Eu to chocada!! Pq eu nunca ensinei essas coisas a ela, e conversamos com ela que não podemos afastar as pessoas por causa da cor de pele, temos que respeitar e tals, mas ela diz q não gosta , como agir nesse sentido?? Ela é muito, mais muito inteligente.. e as falas dela parece de criança de 8 anos , juro por Deus, menina mega inteligente e eu quero tirar esse preconceito de dentro dela, p que no futuro ela n seja rechaçada pela sociedade.😢
@raquelguedes2864
@raquelguedes2864 2 жыл бұрын
Me ajuda, minha filha de 5 anos me contou sobre um episódio que aconteceu com ela e uma coleguinha na escola, ela esta de férias e retornará as aulas em breve, não quer ir e diz que não tem amiguinhos na escola por ser preta. Ela disse que uma amiguinha não deixou ela brincar por causa cor, a coleguinha disse que ela não iria brincar porque era preta. Agora ela esta em casa se achando feia por ser preta. O que fazer? Estava me preparando para ter essa conversa com eles( tenho dois filhos pretos) ela me pegou totalmente desprevenida.
@Gysoares
@Gysoares Жыл бұрын
Acabei de passar por essa situação minha filha tem 5 anos Ta de férias e veio me contar hoje por isso vim até aqui . Mais assim que voltar as aulas vou procurar a cordenação estou indignada com a situação. Desde de que ela entrou na escola essa menina implica com ela é só agora viemos saber o motivo . Revoltante
@lolladollboneca1468
@lolladollboneca1468 4 жыл бұрын
É LAMENTÁVEL TER QUE LHE DAR COM ESSE ASSUNTO DÓI MUITO TER QUE EXPLICAR , UM DIA MINHA FILHA ME PERGUNTOU PORQUE EU HAVIA ME CASADO COM O PAI DELA SABENDO QUE ELA IRIA TER CABELOS CRESPOS E PELE MARROM, SENTEI COM ELA E MANDEI QUE ELA OLHASSE PARA O PAI DELA E DISSE TODOS NÓS FOMOS CRIADOS POR DEUS E ELE RESOLVEU FAZER CADA UM COM DIFERENÇAS DE CORES PARA O MUNDO FICAR BEM COLORIDO ,CABELOS DIFERENTES COMO AS FLORES E VOCÊ TEM O CABELO DE UM GIRASOL AMARELINHO, CHEINHO E MUITO CHEIROSINHO , RESULTADO ELA AMA OS CABELOS E A SUA COR
4 жыл бұрын
Que lindo depoimento e que mãezona sua filha tem hein ! Parabéns querida! Se não podemos mudar o mudo todo, mudamos os nossos filhos . 😊
@pauloneves7560
@pauloneves7560 4 жыл бұрын
Seus vídeos são maravilhosos, parabéns ❤️❤️
4 жыл бұрын
Você que é maravilhoso! Obrigada.
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