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A palavra abayomi tem origem iorubá, e costuma ser uma boneca negra, significado aquele que traz felicidade ou alegria. (Abayomi quer dizer encontro precioso: abay=encontro e omi=precioso). O nome serve para meninos e meninas, indistintamente. Não se deve confundir com Abaiomi, também iorubá, de significado diverso.
O nome é comum na África, principalmente na África do sul, embora também seja encontrado com frequência até o norte da África, e mais raramente, no Brasil.
No Brasil, além de nome próprio, designa bonecas de pano artesanais, muito simples, a partir de sobras de pano reaproveitadas, feitas apenas com nós, sem o uso de cola ou costura, de tamanho variando de 2 cm a 1,50 m, sempre negras.
Conta-se que a origem das bonecas "se deu na época da escravidão, as mulheres negras faziam bonecas para as crianças, jovens, adultos. Elas as as confeccionavam com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos". Contudo, temos de considerar os fatos. Primeiramente, os africanos trazidos às Américas em navios negreiros, como escravos, viajavam nus. Ainda que viessem vestidos, a possibilidade de as mulheres estarem usando saias de tecidos é inexistente. Muitos quadros e relatos dos navios negreiros relatam as condições em que viajavam esses seres humanos; para além disso, a história é tão recente que alguém que acreditasse nela deveria se perguntar "onde se escondeu esse fato por tantos séculos?" - isso, por si, desmente a lenda criada recentemente.
A história das Bonecas Abayomi começou com Lena Martins, artista de São Luís do Maranhão, educadora popular e militante do Movimento de Mulheres Negras, que procurava na arte popular um instrumento de conscientização e sociabilização. Assim, foi Lena Martins a artista quem criou a boneca sem costura e sem cola, que mais tarde recebeu o nome de Abayomi - dado pela própria Lena por ocasião do nascimento do filho de uma amiga sua - que, se fosse menina, se chamaria Abayomi - Lena, achou o nome lindo e não quis disperdiçá-lo - dando-o à boneca de sua criação. Logo, outras mulheres, e várias gerações, vindas de vários movimentos sociais e culturais, aprenderam com ela, juntaram-se e fundaram no Rio de Janeiro a Cooperativa Abayomi, em dezembro de 1988, dando continuidade ao trabalho desde então.[1]
A cooperativa estimula as relações de generosidade, o fortalecimento da auto-estima e reconhecimento da identidade afro-brasileira de negros e descendentes, para superar as desigualdades de gênero, integrando a cultural brasileira.
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