Jornada Acadêmica | Como foi meu mestrado em física

[@latinaleitura]

É sempre um alívio ouvir sobre trajetórias acadêmicas parecidas! Apesar de eu ter feito mestrado em História, o contexto foi muito similar: muito nervosismo, autocobrança, aprendendo a aprender, durante a pandemia, e guardando tudo internamente. Muito por conta disso, preferi adiar o doutorado pra entender melhor essa nova versão e fazer o balanço do que resultou esse processo todo, o que no fim das contas, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. Além disso, tenho acompanhado seu canal, maratonando sempre que sai um vídeo novo - apesar de não saber nada de física. Também produzo conteúdo, e seus vídeos têm me incentivado a retomar as gravações pra cá em breve. Boa sorte nessas caminhadas!

[@ViverComoFisico]

Obrigado pelo seu relato! Sim acho que independente do curso a experiência em uma pós é bem similar porque os comportamentos em si estão associados a constante sensação de necessidade de auto validação, performance, etc.. No próximo vídeo vou falar como tenho lidado com isso! Te desejo sorte no retorno do canal e na sua caminhada!

[@oliveiradejardim]

Faço economia em uma federal e sempre quis fazer mestrado, entrei por mudança de curso interna e o choque foi tão grande que a única cadeira que reprovei foi porque passava mal de medo e parei de frequentar, depois enlouqueci para aumentar o IRA, pulava refeições... resultado: tive uma infecção bacteriana comum em bebês e idosos. Acho que a pressão do mestrado começou em mim assim que decidi mudar de área... hoje em dia, bem mais perto do mestrado, eu vejo que no fim o monstro estava na minha mente. A ansiedade é muito reflexo da nossa rotina.

[@Inazumavickun]

minha parte favorita dos seus relatos é que você tá sempre conscientizando quem tá assistindo, especialmente nesse que tinha questões até de saúde quando você comentou sobre rotina

[@AntonioAlexAlex-ni4rc]

Seu canal descobri recentemente e amei. Estudei no IME na Cidade Universitária e depois de alguns anos estou muito com vontade de fazer uma pós. Seu canal é bem interessante e está ajudando a entender os caminhos. Obrigado

[@gfbielkun271]

caraca, é meu sonho passar no IME, você pode falar como foi seu processo para chegar la ?

[@AntonioAlexAlex-ni4rc]

@@gfbielkun271 Como sou autista não sou muito indicado a falar sobre o IME porque não fiz amizade nessa jornada. O que tenho a dizer sobre o IME é que não é cada um por si e Deus por todos. Sofri muito pq tinha muito dificuldade a me encontrar lá dentro.

[@joaoneilopes]

Cara, gostei muito do teu relato, acho essencial o pessoal da área acadêmica compartilhar histórias assim, sobre preocupações, processos caóticos e reflexão. Realmente gostei muito da forma como tu expôs tudo, aprendi demais

[@ViverComoFisico]

@@joaoneilopes obrigado pela mensagem! Fico feliz que gostou.

[@Malembe08]

Canal muito interessante, parabéns. Quanto a questão da prova, acredito não és e nao serás a unica pessoa no mundo a reclamar disso, no entanto acho que o nao está em você e em muitos que reclamam do mesmo, mas sim da maneira como essas avaliações são feitas, devemos ou deve ser repensado a forma de avaliar os alunos, pois outros lugares avaliam de maneira holística os seus alunos e isso faz eles performarem melhor. Salientar que me refiro à graduação.

[@paulovinicius3588]

Gosto muito dos seus vídeos, pois refletem muito algo que não consegui achar na faculdade. Sempre que você fala que no seu segundo ano "perdeu" o sentido de estar estudando física e, após, reencontrou-o eu penso que eu nunca consegui reencontrar esse algo ou mesmo nunca fui atrás, porque eu sempre me pressionei "financeiramente" e não queria ter que esperar terminar uma faculdade e ter que me arriscar a construir uma renda. Hoje sou concursado e não terminei minha faculdade (os dois cursos que tentei), mas pretendo um dia voltar e tentar achar esse motivo de continuar

[@charlesalbert1619]

sucesso mano, vídeo foda!

[@gustavoprado549]

ótimo vídeo, Gustavo!

[@IzauroNeto]

Infinito ♾️ ♾ infinite ♾ infinite Infinite ♾️ infinity

[@deformis1108]

É muito bom ver um canal sobre física tão direto e descontraído, pretendo mudar o meu curso pra física, pois acabei me apaixonando pela área Porém, como sou um pé rapado pretendo fazer licenciatura primeiro, para pelo menos ter alguma fonte de renda concreta Nem que eu fracasse, eu no mínimo quero tentar

[@ViverComoFisico]

Obrigado pela mensagem! Te desejo muita sorte na sua jornada!!

[@viniciusvinicius3915]

Excelente vídeo! Mestrado na área de exatas é punk

[@pedrolucas7895]

Excelente video! No video do doutorado voce poderia falar mais sobre como conseguiu entrar nele e se no geral é mais complicado ou mais facil que entrar no mestrado

[@ViverComoFisico]

@@pedrolucas7895 Opa, já gravei o do doutorado e acho que não comento sobre isso. Mas a parte burocrática de entrar é a mesma que descrevi do mestrado, exame unificado de física, análise de currículo e cartas de recomendação. No geral a diferença maior é que tem menos candidatos que no mestrado (pelo menos quando eu entrei foi assim), então mesmo caso a oferta de bolsas aconteça de ser pequena pode ser mais fácil conseguir.

[@pedrolucas7895]

@@ViverComoFisico Ah, legal! Pensei que fosse de outra forma

[@apredendomatematica]

Gustavo, sou o Gerlan, o rapaz que sempre cobra os vídeos lá pelo Instagram. Saí do mestrado e fui direto para o Doutorado e, ás vezes, me sinto um "impostor". Isso acaba comigo e me faz todo dia repensar se realmente sou digno de estar no ambiente acadêmico. Tudo o que eu publico ou apresento em eventos, parece que não utilidade alguma. Vc já passou por isso ou algo parecido? Se sim, como lidou com isso?

[@ViverComoFisico]

Cara acho que isso é igual a sensação que narrei no vídeo de terminar o mestrado e não sentir como se tivesse conseguido algo.. No próximo vídeo do doutorado vou falar como lidei com isso em mais detalhe. No meu caso o que fiz foi tentar cortar esses comportamentos de auto depreciação na raiz. Eu nem questiono mais se “sou digno” ou qualquer coisa do tipo porque isso não faz nenhum sentido se vc racionalizar. O que é ser digno da vida acadêmica? É um trabalho como qualquer outro. Não é um trabalho especial, não é algo pra gênio. Os acadêmicos que as vezes se perdem no personagem e acham que são mais do que são. A gente atribui uma importância excessiva para certos aspectos que só servem para nos levar pra baixo… Pensa mano, vc saiu de uma graduação e foi para um doutorado direto, de novo, um doutorado direto! Você já parou pra pensar o quão foda é fazer isso por si só? Não existe impostor que consegue fazer isso mano, é uma coisa objetivamente dificil e você fez. A gente não faz pesquisa pelos títulos, fazemos pelo prazer de aprender e responder questões. Esse comportamento orientado a resultados te tira o foco do mais importante. Quando você entra nesse loop de fazer para se provar, você começa a se identificar com o seu projeto de forma pessoal e eu acho isso complicado. Eu comecei a separar quem eu sou como pessoa do que eu faço e nessa eu aprendi a gostar de errar e aprender com os erros. Isso tirou um peso enorme das minhas costas e me ajudou ainda mais a gostar do processo. Eu gosto de fazer pesquisa e manter comportamentos que façam o processo ser recompensador por si só torna os dias mais leves e a situação toda mais tranquila. Sobre as coisas “não terem utilidade”, isso também tem que ser racionalizado. Utilidade para que e para quem? O objetivo de um doutorado é te ensinar a fazer pesquisa, você ta em treinamento. Sua missão não é resolver os problemas em abertos mais fodásticos do mundo agora, seu foco deve ser em aprender aspectos da vida de um pesquisador para te capacitar a resolver questões que vc tem e produzir conhecimento novo. Se vc já ta apresentando coisas em conferências isso é um ótimo indicador! Aproveita essas oportunidades também para falar com pessoas, vc tem dúvidas? Pergunta pra elas, questiona elas. Pergunta sobre vida acadêmica e etc. Não se esqueça também que na graduação você provavelmente queria ter os problemas que você tem agora. Se vc ta num doutorado você na graduação provavelmente ficava fantasiando sobre o momento de responder suas questões, fazer descobertas e coisas similares. A hora chegou mano! Aproveita essa oportunidade e começa a se perguntar coisas, fazer suas explorações e arriscar um pouco. O pior que vai acontecer é você aprender algo novo. Com o tempo e prática você ganha habilidades para produzir coisas novas e o processo vai ficando mais fácil. Foca em tirar o máximo dessa experiência. Resumindo: o que eu fiz foi pensar na seguinte situação, eu tinha uma prova e eu fiquei tão nervoso que eu me estressei demais para me preparar para ela. No fim fui bem mas o processo em si foi horrível. Sabe o que aconteceria se eu tivesse feito a mesma preparação para essa prova sem esse estresse todo? Iria performar igual ou melhor. Porque as ações que fiz foram as mesmas. O estudo foi o mesmo. Os exercícios foram os mesmos. Só que sem o estresse tudo seria mais leve. Sabendo disso, parece óbvio e simples, mas tento sempre cortar o estresse na raiz. Meu lema hoje é não tornar situações dificeis em situações dificeis e estressantes. As coisas não precisam sugar sua alma para ter valor e se vc entender isso vc começa a se valorizar mais em pequenas conquistas que antes passavam despercebidas. Tipo vc conseguiu resolver um bug num código ou fechar uma conta que tava travado. Olha pra trás mano, pensa o tanto que vc aprendeu nos últimos anos. No seu primeiro ano de graduação vc sabia quase nada comparado a hoje. Isso é progresso! Valoriza isso. Eu levo isso para o doutorado. Eu vou terminar, assim como terminei o mestrado. Durante o mestrado foi estressante por causa desses comportamentos, mas não precisava ser e eu ia concluir de todo jeito. Então no doutorado eu nem me levo a sério mais. Eu faço o que tenho que fazer e foco em aprender no processo. O resto virá, sempre veio!

[@wallaceabreu4921]

Eu acho muito normal esse sentimento de não apreciar as nossas conquistas no mundo acadêmico porque existe um objetivo de posição, geralmente ser um professor bem estabelecido, e tudo que a gente conquista, na verdade, é como se fosse uma obrigação pra chegar um pouco mais perto desse santo graal. Publicamos um paper? Ok, mas é um só, tá na média de 4 A1s por ano? Então não tá bom. Fez 4 A1s por ano? Ok, mas tem que fazer isso durante o doutorado inteiro. É muito perigoso viver assim e por isso é imprescindível ter amigos no meio acadêmico, porque a autoestima nesse sentido só pode ser obtida por meio dos pares, infelizmente, mesmo em discussões informais sobre no que cada um está trabalhando.

[@ViverComoFisico]

Opa obrigado pela mensagem! Eu vou comentar como lido com isso tudo hoje em dia no vídeo do doutorado que deve sair semana que vem. Acho que tudo que senti no mestrado me ensinou muito sobre isso, mas o mais importante foi a lição de que as coisas não precisam sugar minha alma para ter valor. Hoje foco em não tornar coisas dificeis em coisas dificeis e estressantes. Dá para separar os dois e tornar algo dificil prazeroso. Eu não miro em santo graal ou foco excessivamente nas métricas mais. O motivo das coisas darem certo durante a graduação toda e no mestrado não foi porque eu tava em constante estresse. Elas deram certo porque eu fiz o que deveria ser feito. Minhas ações também não foram realizadas só porque eu tava estressado e desesperado. Eu faria o mesmo se conseguisse tirar todo esse estresse da frente. E por conta disso as coisas seriam até melhores no final porque o processe seria mais divertido. Meu foco hoje é manter as coisas assim, cortar todos comportamentos que me levam ao estresse na raiz e priorizar a qualidade do processo do que o resultado final. Eu no inicio do doutorado praticamente me prometi que a abordagem seria diferente, se isso custar a longeividade na academia, que seja. Fazer as coisas no estresse me tira o prazer de realizar pesquisa, que é algo que gosto muito. Então se o preço para o sucesso for realmente esse eu prefiro achar outra coisa para fazer, porque perderia o propósito para mim. De novo essa é minha abordagem e o que tem funcionado para mim. Não acho que exista certo ou errado. O resultado até agora ta bem alinhado com o que eu apostei que seria. Eu tenho feito mais coisas, curtido muito o processo e me apaixonado ainda mais pelo que faço. Tem sido dificil, mas não estressante o que torna o dificil algo desafiador e não algo que valide meu status como pessoa e defina o meu valor. E isso foi a virada de chave mais importante. No longo prazo pode ser que eu esteja pecando em algo? Pode.. Mas é uma troca que eu faria sem pensar muito. Eu realmente parei de me levar a sério totalmente e focar só em aprender e melhorar um pouco a cada dia.

[@wallaceabreu4921]

Nós que somos de acadêmicos de primeira geração precisamos muito dessa discussão mais aberta sobre as experiências e dificuldades que se vive, porque pra quem vem de família com capital cultural da área, é sempre mais fácil. Fico feliz pelo conteúdo que você vem fazendo, e junto com o Igor do @Corredephd acho que são os mais interessantes nesse segmento. Abraço!

[@ciriooliveira7126]

acabei de terminar o primeiro período do mestrado e eu que era um bom aluno na graduação to me sentindo um completo burro

[@danielmenezes9922]

Você não chegou a fazer uma IC na graduação para ter um pouco de noção como era a vida acadêmica? Eu pensava que precisava fazer uma IC antes Como você escolheu a sua linha de pesquisa e sua orientadora no mestrado?

[@ViverComoFisico]

@@danielmenezes9922 Fiz sim com outros grupos. Com a minha orientadora fizemos apenas um grupo de estudos do tópico que ela trabalha. Não é obrigatório fazer IC antes não, e honestamente as ICs que fiz não refletiram muito a realidade de fazer pesquisa, pelo menos não chegou nem perto do que eu senti no mestrado. Mas isso é pessoal, imagino que outras pessoas possam se sentir diferentes. Eu acho que estaria feliz em vários tópicos de estudo, então prezei por escolher uma orientação que fizesse mais sentido para mim. Eu estava em alguns grupos de pesquisa e o da minha orientadora foi o que mais gostei. Escolhi focado nisso.

[@pensamentosbarulhentos]

não sei se já falou em outro vídeo, mas pq bacharel e não licenciatura ? como você escolheu o bacharel?

[@ViverComoFisico]

@@pensamentosbarulhentos oi, eu escolhi bacharel porque queria seguir com pesquisa em áreas que bacharéis atuam. No geral foi motivado por isso, no video de como escolhi fisica falo sobre quem me motivou e eu me espelhei nesse prof.

[@pensamentosbarulhentos]

@@ViverComoFisico em algum momento você se assustou com o mercado de trabalho no bacharel ?

[@BrunaSilva-e3q]

Uma dúvida no mestrado dá pra adicionar mais matérias por semestre ou algo assim? quanto tempo dura no mínimo?

[@ViverComoFisico]

@@BrunaSilva-e3q mestrado dura 2 anos, vc precisa fazer 4 matérias no total se nao me engano. Dá pra fazer mais matérias por semestre sim mas normalmente as pessoas pegam 2 disciplinas por semestre.

[@raphaelsemph5852]

Sou graduando em física, atualmente indo pro meu 6° período. Tenho uma dúvida sobre a carga horário do mestrado. Na graduação, pelo menos na minha faculdade, temos aproximadamente umas 40 disciplinas, que na divisao dos oito períodos dão uma média de5 materias por semestre. Qual a média de disciplinas por período em uma pós? E qual o tempo que dura um mestrado? Aliás, qual foi sua área de pesquisa ?

[@professorgabrielrodrigues5888]

No mestrado geralmente são 4 disciplinas, vc pode fazer 2 por semestre. O mestrado dura dois anos.