MAGLIANI

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2 жыл бұрын

“Eu não nasci para enfeitar o mundo, eu pinto porque a vida dói.” A frase de Iberê Camargo poderia ter sido escrita por Maria Lídia Magliani, cuja obra conflui em muitos aspectos com a do mestre. Nascida em Pelotas, em 1946, Magliani era mulher, negra e pobre, e, embora essa conjunção tenha freado muitas vezes sua produção, foi também o cadinho de sua obra, que é visceral, dolorida e pungente - “uma arte para incomodar”.
Na década de 1980 , circulando entre São Paulo, Rio, Brasília e Porto Alegre, Maria Lídia Magliani era considerada uma das mais importantes artistas brasileiras. Apesar do sucesso junto à crítica, seu trabalho, que nunca serviu para enfeitar paredes, jamais alcançou a monetização que lhe era devida, levando a artista a se retirar para Tiradentes, Minas Gerais. Foi o início de um processo de apagamento do qual Magliani não se recuperou até seu falecimento em 2012.
Com emoção, empreendemos o resgate da artista, que revelou-se um enorme desafio, pela quantidade e qualidade de pinturas, desenhos, ilustrações, atuação em teatro, figurinos, cenários, textos, entrevistas e cartas. Assim, cientes da impossibilidade de processar todo esse material a tempo de conceber uma leitura inovadora, optamos por realizar uma mostra retrospectiva, que apresenta em ordem cronológica, de 1964 a 2012, as diversas fases do trabalho de Magliani, acompanhada de uma cronologia ilustrada. Para compartilhar com o público a instigante personalidade da artista e sua multiplicidade, que tanto nos impressionou, também permeamos o percurso da mostra com algumas de suas frases e fotos.
A mostra apresenta mais de 200 obras provenientes de mais de 70 coleções, incluindo os principais museus do Brasil como Museu de Arte do Rio, Museu Afro Brasil, Pinacoteca de São Paulo, MAM São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e Fundação Vera Chaves Barcellos. Com curadoria de Denise Mattar e de Gustavo Possamai, a mostra inclui trabalhos desde a época de estudante - início dos anos 1960 - até 2012, ano de seu falecimento. A exposição está em cartaz na Fundação Iberê até o dia 31/07.
MAGLIANI faz parte da programação comemorativa dos 250 anos de Porto Alegre.
O catálogo digital da exposição já está disponível em nosso site! São dois volumes incríveis que reúnem obras, fotos e documentos da artista Maria Lídia Magliani. Confira pelo link iberecamargo.org.br/exposicao/...
A Fundação Iberê realiza seus projetos através de leis de incentivo à cultura.

Пікірлер: 12

@paulaterra-neale823 2 жыл бұрын

Parabéns Júlio, estúdio 19, curadores, fundação.

@gabyela74 3 ай бұрын

Maravilhosa! Viva Maria Lidia Magliani!!!

@elianekich3727 2 жыл бұрын

Gratidão à essa MULHER,um SER HUMANO que nos trouxe com rigor através da sua arte um exemplo à qualquer SER sensível a grande ARTE DE VIVER! Parabéns à todos envolvidos neste projeto grandioso!

@fabianaecs 2 жыл бұрын

Merecidíssimo resgate da obra da grande artista Magliani!! Parabéns a todos os envolvidos. Amada amiga. Muita saudade!

@TheDangetube 2 жыл бұрын

Mgliani....uma vitoriosa da vida.

@JoseAntonioSilva51 Жыл бұрын

Muito bom e revelador o documentário. Não só porque reúne um belo acervo de obras da querida Magliani, mas também porque toca na sua personalidade marcante, a enfrentar com sua arte os seus problemas e o seu (nosso) tempo. Uma arte vigorosa mas também afetiva. José Antônio Silva, jornalista, escritor e editor de livros alternativos ilustrados por ela nos anos 70.

@2112sandro 2 жыл бұрын

Que vídeo perfeito 😍

@afrokaliptico 2 жыл бұрын

Inspiradora, maravilhosa. Obrigado, Magliani ♥️

@silviafernandes5615 2 жыл бұрын

Linda Trajetória Artística. Exemplo para todos e todas que escolhem o caminho árduo e viciante da Arte.

@rogodoy100 2 жыл бұрын

Fui amigo de Magliani e até um pouco aprendiz em Tiradentes. Fico muito feliz com esta exposição, que a coloca no seu lugar de uma artista de envergadura internacional e que canta como poucos a agonia do humano. Rogério Godoy.