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Fernando Pessoa (1888 a 1935) foi um dos mais importantes poetas do mundo e conhecidíssimo poeta da língua portuguesa. Figura central do modernismo português, o mais lido e conhecido na literatura.
O poema de número 21 do livro O guardador de rebanhos, de Fernando Pessoa, que é assinado pelo heterônimo Alberto Caeiro.
O poema é datado de 7 de março de 1914 e é uma composição autenticamente pessoana, em que o eu lírico parece perder-se em pensamentos e nos carrega para dentro de suas divagações.
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Narração: Corvo Lírico
Poema: Se eu pudesse trincar a terra toda.
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma coisa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
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