Materialismo Histórico e Gênero Neutro - Vídeo-Resposta

[@marciafranco8241]

❤❤❤❤obrigada por nos proporcionar o conhecimento.

[@zeliaalves3126]

Vocês são muito F....e as revoluçãos são infinitas!!! 👏👏👏👏👏

[@regfab1]

Por falar em rio, Heráclito, um dos grandes filósofos gregos pré-socráticos (e o vídeo inicial sobre o 18 Brumário tem forte conteúdo filosófico), já afirmava que um "rio não passa duas vezes pelo mesmo lugar", pois quando passamos por ele pela segunda vez as suas águas se modificaram. O mesmo vale pra língua, que não é imutável, mas sempre está se renovando e modificando.

[@sergioesteves9971]

Ana Paula e Diogo. Importante demais o trabalho de vocês, por favor continuem e expandam. Essa questão que se apresentou agora mostra bem o que está aí para se conviver. É o que temos para hoje. Outras virão.

[@maurobueno81]

Obrigado sempre pelas aulas, Kanal Marx. ❤

[@kroll76]

Quando eu acho que não dá pra gostar mais de um canal... o vídeo e o posicionamento de vcs foram perfeitos, obrigada! Uma pena que o que suscitou a gravação foram os comentários de "progressistas" que só sabem olhar para o próprio umbigo. O ensino de português por uma perspectiva crítica tem sido meu tema de pesquisa. Quem sabe com passos de formiguinha não consigamos mudar a sociedade, né? ❤

[@KANALMARX]

Que legal, Karol! Sua pesquisa é em Português como L1 ou L2?

[@kroll76]

@@KANALMARX L1, em princípio, mas um dos meus orientadores pretendidos trabalha com português como L2, então pode ser que mude.

[@Ana194]

Seria muito legal se vcs conversassem com a Jana Viscardi, linguista que tb tem canal aqui na plataforma e que tem vários vídeos sobre gênero neutro. Eu amaria essa colab!

[@KANALMARX]

Bem lembrado! A Ana inclusive já participou de um vídeo no canal dela, temos o contato aqui.

[@dinossauro666]

Que maravilhoso, tenho buscado mais consistentemente um conteúdo melhor embasado historicamente sobre linguagem de modo geral e é duro achar referências interessantes como o de vcs, vlw pelo trabalho!

[@zigotoEF]

Adoro vocês! Obrigado!

[@CadeCarneiro]

Força professora, não ligue para esses " homens" frágeis e patéticos. Continue com seu trabalho maravilhoso,nos só podemos agradecer. Vindo aqui no reconcavo baiano ao menos posso pagar uma acarajé para vocês!

[@KANALMARX]

Ah meu bem, mas que maravilha, meu reino por um acarajé! Melhor incentivo não há!

[@CadeCarneiro]

@@KANALMARX Amo as peças do velho bardo, minhas preferidas são Hamlet e Macbeth. No cinema prefiro os filmes antigos. E até mesmo a versão japonesa do Kurosawa!

Que vídeo essencial! Vocês são maravilhosos. 😘

[@azulevoo]

As definições de admiração foram atualizadas com sucesso.

[@Bruno.hs0]

A língua vale aqui que valem seus falantes. Se uma determinada população é desprezada, o modo que ela fala também será

[@josecarlosmarques2234]

Eu entendo que a linguagem neutra deve ser uma escolha pessoal, quem quer usar, use e quem não quer, não use, e todo mundo se respeita dessa forma. Não deve ser algo imposto nem dentro da esquerda, e muito menos para a sociedade em geral. Isso é uma pauta secundária - assim como a maior parte da agenda woke. Adotar ou não a linguagem neutra não faz de ninguém mais ou menos revolucionário, e na prática é algo que não agrega em nada na luta proletária pela revolução comunista internacional.

[@KANALMARX]

Oi José, muito obrigada por propor um diálogo aqui. Veja, acredito que esse material q estamos produzindo sobre materialismo histórico e a análises marxistas da classe trabalhadora podem agregar uma nova perspectiva a essa interpretação. É do entendimento de quem são os indivíduos que compõem a classe trabalhadora, qual dinâmica é proposta pelo capitalismo na subjetividade por todos nós compartilhada é que poderemos propor uma nova sociedade a partir da crítica dos valores capitalistas, por tanto, do modo de produção.

[@olneiaa]

Excelente vídeo-resposta. Gosto muito do conteúdo de vocês! Continuem!!

[@LUANHS1]

Sensacional vídeo-resposta, continuem com este trabalho de enriquecimento intelectual do proletariado... Parabéns Ana e Diogo! ❤

[@neiltonsoarespereirajunior7226]

Espertos: um assunto que gera engajamento, visualizações, likes e deslikes. Então, falar de gênero neutro é ser utilitarista também, chamar público e ganhar um dinheiro.

[@KANALMARX]

Boa tarde, Neilton. Não ganhamos um único centavo com o KZbin. Fazemos este trabalho há 4 anos praticamente de graça (salvo o apoio de uma dúzia de camaradas que contribuem com o nosso apoia.se ou via PIX). No último mês recebemos cerca de R$ 400 entre o apoia.se e PIX (isso é público, está em apoia.se/kanalmarx), por aproximadamente 40h de trabalho. A intenção deste Kanal é divulgar o pensamento marxiano (te convido a assistir às centenas de horas gravadas sobre O Capital, por ex.). Sentimos a necessidade de nos posicionarmos diante de comentários recebidos em um de nossos vídeos, só isso. Seguiremos com o nosso trabalho, com nosso grupo de estudos gratuito, com nossos trabalhos sociais voluntários, com nossas aulas, como sempre fizemos, de maneira séria e comprometida.

[@neiltonsoarespereirajunior7226]

@@KANALMARX Ok. Eu só acho curioso vocês atribuírem ao "pronome neutro" um aspecto revolucionário, pelo simples fato de incomodar certos grupos sociais. O sentido revolucionário estaria na mudança de determinadas práticas comunicacionais a partir do uso generalizado da linguagem neutra e, também, na mudança das condições materiais dos grupos ditos não-binários. Em sociologia funcionalista, por exemplo, a linguagem neutra não exerceu, ainda, uma pressão generalizada, causando resistência entre os fatos sociais que usam da linguagem comunicacional tradicional. Não podemos atribuir um caráter revolucionário a toda coisa que procura "abalar" o status quo pela via simbólica e comunicacional, uma vez que ela não se tornou geral e nem exerceu mudanças substantivas (e materiais) na vida das pessoas trans e não-binária, não gerou uma suprassunção (Aufhebung), algo que o Kanal conhece mais do quê ninguém.

[@Ana194]

Enquanto mulher (cis), me sentiria muito mais a vontade e incluída se adotassem o gênero neutro como comum no lugar do masculino.

[@KANALMARX]

Perfeito, na verdade vemos a pauta de gênero neutro como um complemento à pauta feminista contra o patriarcalismo. Quando a mitologia judaico cristã propõe o homem como o "todo" e a mulher como um acessório secundário (feito de uma parte dele) para lhe fazer companhia, ela exclui, no fundo, tudo e todos o que não for o homem heterosexual. Estamos produzindo uma série mais ampla sobre feminismo marxista (já temos dois episódios prontos sobre Simone de Beauvoir) em que trataremos melhor deste aspecto. Mas, de fato, não vemos como pautas excludentes, mas complementares, já que enfrentam o mesmo "inimigo", o patriarcalismo. E, assim como Beauvoir, enxergamos que a transição para o socialismo não encerrará este problema automaticamente, pois a ideologia está impregnada nos indivíduos. Deve ser um enfrentamento parelelo à luta socialista.

[@monoludens]

"é preciso pensar o socialismo a partir do socialismo"

[@marianamilhossi7612]

Excelente vídeo! Abraços. Logo mando minha arte em homenagem a vocês :D

[@Nucleo_Socio_Participativo]

....Se vc apagar a língua...apaga o ser humano....A linguagem dá cambalhotas como o próprio homem... mutante, nasce, ramifica, reproduz e morre.!! Para "Todiz"😅

[@ArianaGramsci]

E é por isso que eu sou FÃ de vocês!

[@rodrigocoimbra4646]

Posicionamento foda, gostei mto. Inclusive me muniu de argumentos 😁😁

[@painacho1529]

Boa casal!! Se tivessem prestado atenção no vídeo, os mano não tinham "pago essa rajada"(usando gírias e não flexionando o substantivo de propósito). Engraçado o exemplo do rio que ele dá, pq serve exatamente para o contrário do que ele quis dizer. A ideia de "pantarei" de Heráclito de Éfeso diz que tudo muda, com o exemplo do rio que já não é mais o mesmo quando se entra nele pela segunda vez, nem a pessoa nem o rio. E mais, toda mudança é fruto da guerra de contrários. É a primeira expressão, no pensamento ocidental, da dialética. A linguagem, então, na visão desses maluco ai, não estaria sujeita a mudança? Para né maninhos. Não me façam passar vergonha. A luta de classes permeia o todo. A única conclusão possível é: eles não são marxistas.

[@wilkeraguiar4225]

Boa!

[@paulavig1370]

A resposta radical ao tema (no sentido de ir à(s) raiz es) foi de uma abrangência impar ! Quanta riqueza de conteúdo. Muito grata.

[@Ana194]

O desqueridão usou o "argumento" da língua seguir o seu fluxo e não ser represada ou artificialmente ter seu curso mudado, mas não levou em conta que a língua é feita por seus falantes e se eles mudam seu curso, uma hora pode ser que o fluxo nesse caminho seja maior e um dia todo o fluxo acabe mudando seu curso. Se for pra manter essa metáfora fluvial, mudar a língua artificialmente seria tentar impor regras a partir da gramática e não do uso por um grupo de falantes. As gramáticas são apenas uma descrição dos fenômenos linguísticos. O que surgiu primeiro foi a Língua e depois veio a Gramática pra registrar o que acontece. É natural que haja mudanças não apenas de vocabulário, mas de estruturas gramaticais ao longo da existência e do uso da língua. Usar o gênero neutro não é impor nada a ninguém, é apenas dar chance de um grupo específico de pessoas se sentir acolhido e isso não exclui nem segrega.

[@KANALMARX]

Ana, não tem uma virgula no seu comentário que eu e acredito q tb o Diogo mudaria. Pessoalmente eu estou muito impressionada com a mobilização positiva q causou esse nosso posicionamento, achei q seria bem pior. Mesmo os comentários contrários estão buscando algum diálogo. Esses vídeos que estamos gravando sobre autoras marxistas que trataram sobre feminismo estão mexendo muito conosco e nos permitindo novas conexões, novos insights. Espero q a gente possa estabelecer sempre esse diálogo positivo com vcs. Muito obrigada por nos acompanhar, Ana!