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Metafísica Antiga | Introdução Geral à Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 29

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Metafísica Antiga | Introdução Geral à Filosofia | Aula 29
Os primeiros filósofos buscavam uma explicação racional para a origem do mundo ordenado (kosmos). A busca do princípio (arkhé) que causa e ordena a totalidade das coisas que há (phýsis) consistiu no início da Filosofia. A origem da Filosofia, portanto, se constitui enquanto Cosmologia e enquanto Física. Como então surgiu a Metafísica?
Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eleia ficaram conhecidos ou por se colocarem problemas anteriores a essa discussão, ou por se colocarem questões que vão além dessa disputa.
Platão buscou, então, estabelecer os critérios nos quais o método socrático poderia se basear. Assim, uma teoria passou a ser criada, tanto para estabelecer como conhecemos, quanto para identificar a estrutura da realidade a permitir o conhecimento sólido, imutável, absoluto. Criou um dualismo ontológico, dividindo a realidade em mundo sensível e mundo inteligível.
Aristóteles concebe uma maneira de compreender a realidade em seu aspecto mais abrangente (isto é, o ser), de maneira contraposta a seu mestre. Aponta para este mundo sensível e diz que a realidade está aqui. Daí sua concepção de que o ser é múltiplo.
Com os estoicos, os estudos sobre a realidade em seu sentido mais abrangente e sobre à possibilidade de conhecê-la existem, mas em grande medida existem como etapas para fundamentar a pesquisa propriamente ética. De certo modo, há uma retomada das noções de kosmos e phýsis, típicas dos pré-socráticos, para, a partir delas, fundamentar as questões relativas ao éthos, típica de Sócrates e dos pensadores por ele influenciados.
► Sumário
00:00 Introdução
01:56 Cosmologia
09:50 Ontologia mobilista de Heráclito
15:19 Ontologia imobilista de Parmênides
19:55 Metafísica de Platão
24:30 Metafísica de Aristóteles
34:55 Metafísica dos estoicos
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► Bibliografia utilizada:
ANNAS, Julia. Ancient Philosophy - A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2000.
ARISTÓTELES. Metafísica. Ensaio introdutório, texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale. Tradução de Marcelo Perine. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2013.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 12º ed. 5ª imp. São Paulo: Editora Ática, 2002.
BORNHEIM, Gerd A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, 2016.
CORDERO, Néstor Luis. A invenção da Filosofia: uma introdução à Filosofia Antiga. Tradução: Eduardo Wolf. São Paulo: Odysseus Editora, 2011.
FERRY, Luc. Aprender a viver. Tradução de Vera Lucia dos reis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
KAHN, Charles H. A arte e o pensamento de Heráclito: uma edição dos fragmentos com tradução e comentário. Tradução de Élcio de Gusmão Verçosa Filho. São Paulo: Paulus, 2009.
LIMA, Vitor. Filosofia pré-socrática. Apostila da Aula 01. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
_________. Heráclito e Parmênides. Apostila da Aula 02. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
_________. Platão. Apostila da Aula 04. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
_________. Metafísica de Aristóteles. Apostila da Aula 05. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
_________. Estoicismo e Epicurismo. Apostila da Aula 06. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2ª ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
PARMÊNIDES. Da natureza. Tradução, notas e comentários de José Trindade Santos. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2013.
PLATÃO. A República. Organização e tradução de J. Guinsburg 1ª Ed. 2ª reimpressão. São Paulo: Perspectiva, 2012.
PRÉ-SOCRÁTICOS (Coleção Os Pensadores). Fragmentos, doxografia e comentários. Seleção de textos e supervisão do Prof. José Cavalcante de Souza. Dados biográficos de Remberto Francisco Kuhnen. Traduções de José Cavalcante de Souza (et. al.). 2º ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
REALE, Giovanni. Estoicismo, ceticismo e ecletismo (História da Filosofia Grega e Romana, v. 6). Tradução de Marcelo Perine. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015.
______________. Introdução a Aristóteles. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

Пікірлер: 45
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 2 жыл бұрын
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@andreadamiani754
@andreadamiani754 5 ай бұрын
Oi Prof Vitor...Maratonando aulas de lógica até Dialética de Hegel... Sou Joaninha de Barro, do curso do Iluminismo aos Marxismos... 😊
@ramonpassos3038
@ramonpassos3038 3 жыл бұрын
Professor tô gostando muito das aulas !!!
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Fico feliz, Ramon!
@paulosouza9030
@paulosouza9030 Жыл бұрын
Amei!!!
@wesleypeixotocosta
@wesleypeixotocosta 2 жыл бұрын
Excelente aula
@oolhodaametista
@oolhodaametista Жыл бұрын
📝📝📝
@oqueedeuseoquechamadodeus5346
@oqueedeuseoquechamadodeus5346 10 ай бұрын
bom trabalho
@marisapastuchcarneiro1343
@marisapastuchcarneiro1343 2 жыл бұрын
Show! Apesar de complexo vc dá ideia generalizada (do conteúdo … metafísica etc) 👏👏👏
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 2 жыл бұрын
Obrigado, Marisa!
@JaimisonSilva-tk6zg
@JaimisonSilva-tk6zg Жыл бұрын
Ja deixa like! Top essa aula.
@veramartins2702
@veramartins2702 3 жыл бұрын
Vc é muito bom professor. Assunto complexo que fica bem claro sob a sua explicação. Mas, pouco depois percebo que tenho que rever o vídeo pois tem muita informação... obrigada.
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 2 жыл бұрын
Normal, Vera. Obrigado!
@AmauriNolascoSanchesJunior
@AmauriNolascoSanchesJunior 3 жыл бұрын
ótima aula professor....abç
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Obrigado, Amauri!
@gabrielgalvao3846
@gabrielgalvao3846 3 жыл бұрын
A noção metafísica ainda é muito presente na academia
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 2 жыл бұрын
Nunca deixará de ser
@josevieiradonascimentojuni5934
@josevieiradonascimentojuni5934 3 жыл бұрын
A Física está dentro da Metafísica ou aquela vem depois desta?
@jhonatas_araujopb9260
@jhonatas_araujopb9260 3 жыл бұрын
Na antiguidade está dentro, já Aristotéles vai separar um pouquinho, mas só um pouco mesmo. A física só vai se separar muito na modernidade.
@yor1182
@yor1182 3 жыл бұрын
Assistindo ao vivo, um abraço!
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Salve, Yord!
@alexandre9832
@alexandre9832 3 жыл бұрын
Boa aula! Valeu! 👊🏼
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Valeu, Alexandre!
@alexandre9832
@alexandre9832 2 жыл бұрын
@@pastorrubensfilho7608 Eu não preciso divagar tanto. Faço minhas as palavras de Espinosa, Diderot e Nietzsche. "O Mundo é constituído apenas por _quanta_ dinâmicos numa relação de tensão. Toda a força atuante no mundo é vontade de potência." Fragmento póstumo, primavera de 1888, Friedrich Nietzsche. ... ... "Se uma pedra cair de um telhado sobre a cabeça de alguém e o matar, demonstrarão do seguinte modo que a pedra caiu para matar esse homem: de fato, se não caiu com este fim e pelo querer de Deus, como é que tantas circunstâncias (pois amiúde muitas concorrem simultaneamente) poderam concorrer por acaso? Responderás talvez que isso ocorreu porque soprou um vento e o homem fazia seu caminho por ali. Insistirão, porém: por que o vento soprou naquele momento? por que o homem fazia o caminho por ali naquele mesmo momento? Se, ainda uma vez, responderes que o vento se levantou na ocasião porque, na véspera, quando o tempo ainda estava calmo, o mar começara a agitar-se, e porque o homem fora convidado por um amigo, insistirão novamente, porquanto o perguntar nunca finda: por que o mar se agitara? por que o homem fora convidado naquele ocasião? E assim, mais e mais, não cessarão de interrogar pelas causas das causas, até que te refugies na vontade de Deus, isto é, no _asilo da ignorância_". Tratado Teológico-Político, Baruch Espinosa. ... ... "O conceito de 'Deus' foi, até agora, a maior objeção à existência... Nós negamos Deus, nós negamos a responsabilidade em Deus: apenas assim redimidos o mundo." 'Crepúsculo dos Ídolos - ou como filosofar com um martelo', Os Quatro Grandes Erros, afor. 8, Friedrich Nietzsche. ... ... "Eu vos conjuro, ó meus irmãos, permaneçam fiéis à terra e não creiam naqueles que vos falam de esperança supraterrestre. Voluntariamente ou não, são envenenadores. São contendores da vida, moribundos, intoxicados dos quais a terra está cansada: que pereçam, portanto! Blasfemar contra Deus era outrora a pior das blasfêmias, mas Deus está morto, e com ele mortos seus blasfenadores. De agora em diante, o crime mais terrível é blasfenar contra a terra e conceder mais apreço às entranhas do insondável do que ao sentido da terra." 'Assim Falou Zaratustra', Friedrich Nietzsche. ... ... "Um homem fora traído pelos seus filhos, pela sua mulher e pelos seus amigos; sócios infiéis tinham-no despojado da sua fortuna, fazendo-o mergulhar na miséria. Invadido de um ódio e de um desprezo profundo pela espécie humana, o homem deixou a sociedade e refugiou-se na solidão de uma caverna. Aí, premindo os olhos com os punhos, e meditando numa vingança proporcionada ao seu ressentimento, dizia: "Os perversos! Que farei para os punir das suas injustiças, e os tornar tão desgraçados como merecem? Ah, se fosse possível imaginar… meter-lhes na cabeça uma grande quimera a que dessem mais importância do que à sua vida, e sobre a qual não pudessem nunca entender-se!…" Ei-lo que então irrompe da caverna a gritar: "Deus! Deus!…" Ecos sem conto repetem à sua volta: "Deus! Deus!" Este nome temível transmite-se de um pólo a outro e é, por toda a parte, escutado com assombro. De começo os homens prosternam-se, a seguir levantam-se, interrogam-se, disputam, tornam-se azedos, anatematizam-se, odeiam-se, degolam-se uns aos outros, e cumpre-se o voto fatal do misantropo. Pois tal foi no tempo passado, e será no tempo por vir, a história de um ser tão importante como incompreensível." DIDERT, Denis. Pensamentos Filosóficos, p. 65-6. ... ... "Quando acusado de ser ateu, Denis Diderot respondeu que simplesmente não se importava com a possibilidade de Deus existir ou não. Em resposta ao deísta Voltaire, escreveu: _"É muito importante não confundir cicuta com salsinha, mas acreditar ou não acreditar em Deus não é de todo importante."_ Idem. ... ... "Não conheço em absoluto o ateísmo como resultado, menos ainda como acontecimento: em mim, ele é óbvio por instinto. Sou muito inquiridor, muito cético, muito altivo para me satisfazer com uma resposta grosseira. Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza para conosco, pensadores - no fundo, até mesmo uma grosseira proibição para nós: não devem pensar!”, Ecce Homo, Friedrich Nietzsche.
@alexandre9832
@alexandre9832 2 жыл бұрын
Seria muita indelicadeza da minha parte não dar voz a La Boétie, Freud e Haidt. Sobre a Religião "A religião é um poder tremendo, que dispõe das mais fortes paixões dos seres humanos. Ela lhes dá explicação sobre origem a procedência do mundo, ela lhes assegura proteção nas contingências da vida e, por fim, felicidade. A religião satisfaz a ânsia de saber humana, alivia a angústia das pessoas ante os perigos e as contingências da vida, assegura um final feliz, proporciona-lhes consolo no infortúnio, instaura preceitos e fórmula proibições e restrições. As garantias de proteção e felicidade são mais intimamente ligadas às exigências éticas; são o prêmio pelo respeito a esses mandamentos: apenas quem a eles se submete pode contar com aqueles benefícios; os desobedientes receberão castigos. Há, portanto, notável coexistência de instrução, consolo e exigência na religião". Sobre Deus "Tendo se tornado adulto, o ser humano sabe que dispõe de maiores forças, mas cresce também sua percepção dos perigos da vida e ele concluiu justamente que, no fundo, permaneceu tão desamparado e desprotegido como na infância, que diante do mundo ainda é uma criança. Já muito antes, ele também notou que o seu pai é um ser de poder limitado e não alguém apercebido de todos os méritos. Por isso retorna a imagem do pai que guarda da infância, quando ele era tão superestimado, elevando a divindade e o situando no presente e na realidade. Com um sistema de castigo e recompensa, Deus governa o mundo dos homens. O amor a Deus e a consciência de ser amada por ele fundamentam a segurança com que a pessoa se arma contra os perigos do mundo exterior e com a oração é assegurada uma influência direta na vontade divina e, assim, alguma participação na divina onipotência". Esclarecimentos, Explicações e Orientações - O Mal Estar da Civilização - Sigmund Freud. ... ... "A religião é um vírus ou um parasita que explora um conjunto de subprodutos cognitivos para beneficio próprio, não para o benefício do crente. Atribuir santidade às convenções sociais é esconder arbitrariedades sob uma capa de aparente necessidade" (Roy Rappaport). O sacrifício agrega as pessoas e as cega à arbitrariedade da prática". HAIDT, Jonathan. A Mente Moralista. ... ... O tirano vê aqueles que lhe são próximos adulando-o e medingando seu seu favor: não basta fazerem onque lhes pede, também é preciso é preciso que adivinhem o que deseja e, com frequência, para satisfazê-lo, que ainda prevejam seus pensamentos. Além de obedecê-lo, devem agradar-lhe; é preciso que se desdobrem, que se martirizem, que se matem de trabalhar em seus afazeres; e ainda que façam do prazer do rei seu próprio prazer, que negligenciam seus gostos em favor dos dele, que reprimam seu caráter e renunciem a sua natureza; é preciso que estejam atentos às suas palavras, a sua voz, a seus sinais e seus olhos que não tenho nem olho; que não tenham bem olho, nem pé, nem mão, que tudo sirva unicamente para observar suas vontades e adivinhar seus pensamentos. Isso é ser feliz? Chama-se isso de viver? Há algo no mundo mais insuportável? Ocupar-se noite e dia em agradar a uma única pessoa e mesmo temê-la mais que qualquer outro homem no mundo; ter sempre os olhos vigilantes, os ouvidos atentos, para poder ver de onde virá o golpe, descobrir as armadilhas, intuir a ruína de seus companheiros, denunciar traidores, sorrir para todos e, ainda assim, temê-los, não ter um inimigo explícito nem um amigo confiável; ter sempre o rosto risonho e o coração apreensivo, não poder ser alegre e não usar ser triste! O povo de Israel, sem obrigação ou necessidade nenhuma, elegeu para si um tirano". Lá Boéci, Étienne de. Discurso Sobre A Servidão Voluntária. ... ... PS: A leitura de Totem e Tabu, de Freud, e de (Para a) Genealogia da Moral, de Nietzsche, e de A Negação da Morte, de Ernest Becker, lançam algumas luz sobre os possíveis motivos de tamanha vassalagem e medo.
@alexandre9832
@alexandre9832 2 жыл бұрын
@@pastorrubensfilho7608 Se assim é pra você, bom proveito.
@vivaldoalvess1944
@vivaldoalvess1944 3 жыл бұрын
Encontrar sua função na vida seria, pensar q tudo está predestinado pelo sagrado mesmo q não aceitamos está preso à Ele?
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Lembrando que, para os gregos antigos, o sagrado não é um "Ele", não é uma pessoa, como é para os cristãos. Falarei sobre isso na próxima aula.
@thiagoalmeida9650
@thiagoalmeida9650 8 ай бұрын
Eu apoio o inef
@luccasdecarvalhofavero4435
@luccasdecarvalhofavero4435 3 жыл бұрын
Professor, é possível tentar entender o Direito de forma ontologica? No sentido de buscar o seu fundamento a sua verdadeira essencia? estou pensando em fazer meu TCC nesse sentido. analisando a ética de Tomás de Aquino, por exemplo. Parabens pelo trabalho. Ótima aula!!!!
@MrTiLef
@MrTiLef 3 жыл бұрын
Oi, desculpe a intromissão, fiquei pensando na sua pergunta. Não sei como funcionaria no seu curso, se encontraria orientador e tal, mas achei a proposta muito interessante, se eu fosse por esse caminho, investigaria a seguinte questão (que seria o tema do trabalho): há uma essência ontológica do Direito, ou trata-se de uma construção humana artificial? É mais ou menos isso que você tem em mente?
@luccasdecarvalhofavero4435
@luccasdecarvalhofavero4435 3 жыл бұрын
@@MrTiLef Opa! Tudo bem? Você bateu no ponto chave. É exatamente isso que eu procuro responder. Imagine o seguinte: se eu digo que direito é só aquilo que o ser humano cria, é dizer, portando, que não existe algo exterior a ele mesmo. Se não existe algo exterior a ele, como nós poderíamos valorar os atos desumanos cometidos em um regime totalitário? Se uma constituição é outorgada, por exemplo, ela se torna automaticamente a lei máxima de uma nação, mas e se ela estipulase que só a cor branca detém direitos fundamentais? Humanamente falando, isso é correto? Um positivista tem que dizer que sim, pois as questões metajuridicas não podem influenciar no Direito. Se uma assembleia constituinte quisesse instituir o quarto reich, poderia? Se disser que sim, é uma absurdo! Se disser que não, vem a pergunta: o que possibilita dizer que determinada conduta é certa ou errada sendo que o direito, diante de uma assembleia constituinte, sequer veio a existir ainda? A questão magna é: tudo o que é criado culturalmente se baseia em algo, onde o direito está ancorado? Qual é a verdadeira essência dele? Essas e outras questões me interessam muito. Minha ideia é tentar chegar ao fundamento do Direito, na sua verdadeira essência, ou seja, na "matriz" ontológica.
@MrTiLef
@MrTiLef 3 жыл бұрын
@@luccasdecarvalhofavero4435 Entendi. Pelo visto você é do Direito, não da Filosofia, né? Se não for o caso você entende muito de direito. Posso vir a ficar perdido em alguns pontos da sua fala rs Mas de qualquer jeito entendo o objetivo e acho sim que seria muito interessante, na filosofia provavelmente você encontraria mais de um professor que tivesse domínio e pudesse topar te orientar, no direito já não sei dizer, mas acredito ser possível também. Enfim, a meu ver o núcleo da sua investigação é se há uma Ética fundamental, transcendente, universal e com ontologia (ser, existência) própria, ou se todo o direito se baseia na moral acidental, circunstancial, socialmente construída pelo homem. Olha, eu tô acabando agora minha primeira especialização, não tenho muita experiência acadêmica ainda, mas acho que você teria que afunilar o tema por enquanto, se o TCC for de graduação, selecionando um foco mais estreito, dentro desse mesmo assunto. Pra explorar de forma ampla e profunda você vai precisar ir passo a passo até chegar em uma tese de doutorado. Se for sua intenção essa carreira acadêmica, vai fundo! Dito isso, achei a proposta muito boa, interessante, rica e promissora. E se você for defender uma ontologia transcendente da Ética (a qual fundamentaria o direito) realmente precisa abarcar a posição de que há algo para além do homem, ao menos para além de sua dimensão física, cultural e social. E de fato os medievais, como o que citou, são um bom ponto de partida pra essa reflexão. Claro que essa é minha humilde opinião, certamente se você decidir fazer a pesquisa vai encontrar ideias que se afastam ou aproximam da minha.
@luccasdecarvalhofavero4435
@luccasdecarvalhofavero4435 3 жыл бұрын
@@MrTiLef Esqueci de mencionar, sou do Direito mesmo rsrs. Seu comentário abriu muito minha mente para algumas questões e, de fato, terei que afunilar a pesquisa. Eu ainda estou no sexto período da graduação, mas já estou adiantando algumas coisas relacionadas a isso. Minha meta é fazer o TCC em alguma área voltada para ontologia e metafísica para depois tentar uma bolsa de mestrado em filosofia nessa mesma corrente de pensamento. Eu já pesquisei e vi que possui essa área para a pesquisa na UFJF. Bom que eu já moro aqui e ficaria fácil para fazer caso eu consiga entrar. Dito isso, acredito que irei focar o TCC na ética de Aristóteles e Tomas de Aquino, o que você acha? Nesse ponto acredito que daria para trabalhar questões relacionadas ao certo, justo e questões afins no Direito. Para o mestrado já daria para fazer algo mais profundo, só que isso já é sonhar bem pra frente, já são outros 500 kkk.
@MrTiLef
@MrTiLef 3 жыл бұрын
@@luccasdecarvalhofavero4435 Deduzi que era direito kk A temática é muito interessante, eu gosto muito da ideia, se tiver algum professor que compre a proposta acho que vai ser muito bom. No futuro volte aqui e comente, pois fiquei curioso com o rumo que você vai acabar tomando rs Então você é de Juiz de Fora? Quem diria, eu estudo na ufjf kkkkk Depois da pandemia é capaz de a gente acabar se esbarrando rs Inclusive meu próximo passo é o mestrado em filosofia, então, dependendo do quanto o meu demore é possível até que a gente acabe sendo colega em alguma disciplina rsrs
@marcelorawls5481
@marcelorawls5481 3 жыл бұрын
Afinal a mitologia antiga e forma de preparacao p prescurtar a realidade de forma filosofica :?
@istonaoefilosofia
@istonaoefilosofia 3 жыл бұрын
Pode ser, sim. Aristóteles dizia que os narradores de mitos tinham a ver com os primeiros filósofos.
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