Рет қаралды 4,582
"Desculpa se alguém se ofendeu, não foi a minha intenção, eu usei palavras erradas, quem me conhece sabe que eu não sou assim". Expressões como essas têm se tornado cada vez mais fáceis de ler ou ouvir por aí, especialmente na internet, quase sempre vindo de pessoas tentando se desculpar ao serem cobradas por falas ou atitudes problemáticas - racistas, machistas, LGBTfóbicas, capacitistas, etc.
Com o avanço dos debates a respeito desses temas nos últimos anos, parece que ser visto como preconceituoso é uma coisa que pessoas e empresas tentam evitar a qualquer custo; mas repare: a preocupação maior é não PARECER preconceituoso, nem sempre com um compromisso real em não SER preconceituoso. Desse modo, quando escapa uma fala ou atitude problemática e discriminatória, a primeira medida diante das críticas é produzir um destes clássicos "pedidos de desculpa", "notas de esclarecimento" sempre muito esvaziadas, muitas vezes escritas por assessorias de imprensa, com a preocupação quase exclusiva de limpar a barra da pessoa, ou gerenciar a crise de imagem da marca - sem nunca se comprometer, se responsabilizar, reparar o problema ou assumir mudanças de atitude concretas.
No vídeo de hoje, comento algumas dessas falas clássicas e esvaziadas, discutindo o que há de problema nelas, e apontando também formas mais genuínas e adequadas de se desculpar nas ocasiões em que a gente também reproduz esse tipo de discurso ou atitude violenta contra populações vulneráveis.
***
Quer entrar em contato comigo? Me manda um email!
- contato@muropequeno.com
***
VEM ME AMAR NA INTERNET:
Twitter: / musaraujo
Instagram: / muropequeno
Medium: / muropequeno