Napoleão - o fantasma de Kubrick | Crítica do filme

[@gabrielaffa3751]

melhor crítica que já assisti até agora sobre o filme. é isto. comentei só pra dar aquela força - algo que faço só com conteúdos que acho que são genuinamente bons e a análise feita aqui é sem dúvida um exemplo disso. concordo taquigraficamente com a crítica. ps- as recomendações também são muito boas.

[@patricklopes-vtec]

Eu cheguei a ler um livro escrito sobre Josephine de Beauharnais, por Kate Williams. Contando a história dela, pude perceber o quão inofensivo é o desprezo feminino por um homem. Sendo ela uma vítima notável da revolução francesa e tendo se casado justamente com ele, fica claro o (falso) desconforto do público feminino em relação à história. Na história humana mesmo, foram poucas as mulheres que arriscaram pagar com o próprio sangue para se manter firmes nos ideais que, geralmente, só homens buscam. Mulher só quer conforto a troco do trabalho suado dos outros. Hoje, muitas se arrependem do legado do "feminismo". Ou tentam transformar o feminismo numa parasitagem social. Enquanto ele conquistava Europa e África sozinho (uma vez que grande parte do exército francês herdado dos Bourbon odiava ele), ela estava lá curtindo seus amantes nos incontáveis bailes que surgiam. Nos filmes, é sempre mais fácil falar dos defeitos pessoais ao invés dos defeitos coletivos, e isso infelizmente torna a audiência mais burra ainda - o mesmo já não ocorre tanto no cinema africano, europeu ou asiático. Ninguém fala que foram os Bourbon que injetaram armas e grana nas 13 colônias britânicas estadenses para eles se separarem da UK e formarem os USA. As pessoas tentam amenizar esse ódio entre UK e FR mas tudo foi tão cruel quanto o colonialismo na África. Claro, tem agenda política da OTAN no meio, pra apagar a visão dos Russos. Num contexto onde até a Venezuela ameaça guerra contra o Brasil pela ganância na Guiana, fica claro que existe uma pontada de ódio contra o intelecto e a inteligência. Hoje, o Putin seria o equivalente, porém muito mais cuidadoso. Ele não apostaria um só centavo no Maduro contra a Guiana ou no Netanyahu contra a Palestina. Napoleão era inteligente pra cacete, mas houveram espertalhões que só quiseram arrancar uma grana ou favor dele, o que ferraram com a França ao ponto de fazê-lo enviar tropas para o cafundó de judas chamado Rússia, Espanha e Portugal. Se na segunda fase do império, ele tivesse investido na marinha francesa, certamente os britânicos não teriam tido o vasto império histórico dos livros e certamente o senso do que é ser britânico não teria o mesmo efeito hoje. Por mais que tentem diminuir a imagem ou reputação dele, esse tipo de obra acaba é empurrando ainda mais gente para conhecer a vida real dele. É aqui que a mágica acontece: ele era muito mais diferente e certeiro do que algum de nós almejaria ser. Daí o motivo de todo mundo ter inveja dele, até hoje. Ele era um nerd que trouxe de volta o senso imperialista francês, depois que uma corte de almofadinhas idiotas mandava o povo comer brioches enquanto passava fome. O cinema estadense é porco e carente de verdadeiras histórias onde homens sejam inteligentes e sensíveis, corajosos e frios. Onde mulheres reconheçam que dependem mais dos homens do que de si mesmas. É um cinema popular que se acomodou ao lixo do pensamento feminino. E, ao invés de contar logo mais histórias sobre mulheres... prefere pegar uma realidade e inverter ela. Napoleão sabia reconhecer seus erros. Vale assistir apenas pela arte e drama, mas pelo historicismo esse filme passa longe. Se fosse pra ser algo real, seria uma coletânea de uns 5 filmes de 2 horas, no mínimo.

[@korvolocoaspicientis3540]

Lembro de ver nos extras do DVD do filme Alexandre, de 2004, Oliver Stone dizendo que não haviam grandes filmes desse conquistador porque era uma história vitoriosa demais. Não sei se o que ele falou tem alguma lógica, mas se for mesmo, talvez Napoleão seja outra figura histórica que se encaixaria nisso que ele falou. Napoleão é uma dessas figuras históricas que dividem opiniões, herói e inspirador para uns, conquistador e patético para outros, e pelo visto Ridley Scott seguiu mais pelo time do segundo, pois vi muitos críticos também dizerem que ele trata seu personagem no filme de modo nada glamoroso, ao ponto de atacar a pirâmide do Egito com canhões, que como você falou no vídeo, não foi historicamente real. Não vi o filme no cinema e vou esperar chegar por streaming a versão mais longa, mas mesmo que eu não admire a figura de Napoleão, eu gostaria de vê-lo em filme, talvez não como um "herói", mas como um conquistador respeitável, ou talvez numa comparação bem exagerada, num Darth Vader francês, hehehehe.

[@amaralcaio]

Napoleão pelo que sei teve grandes vitórias, grandes derrotas, tinha um caráter ambíguo.. então me parece o tema perfeito pra esse tipo de narrativa de ascensão e queda. Tanto um retrato mais heroico quanto um mais vilanesco me parecem possíveis.. mas esse filme do Ridley não se compromete com nenhum ponto de vista, o que talvez seja a abordagem mais frustrante de todas..

[@VisaoNerdBrasil]

Agora eu vi tuas resenhas. Droga de KZbin que nao manda as notificações.

[@amaralcaio]

Quando entro no KZbin eu nunca fico na aba Home.. sempre fico na aba Subscriptions, daí tô sempre em dia com os canais q sigo.. e tb viro menos vítima do algoritmo hehe.

[@VisaoNerdBrasil]

@@amaralcaio eu não marquei o sininho do seu canal porque eles estavam recomendando automaticamente pela minha assiduidade com seu conteúdo.

[@Moisesgermanoleonico]

Boa crítica meus parabéns. Muito sobre o que foi dito é o que eu sentir ao ver o filme, não é ruim mas...deixa muito a desejar ele pegou canhão atirou para todos a lados ,facetas etc...e pior errou todos os tiros, borrodino concordo um absurdo,uma das batalhas mais violentas da era napoleônica inacreditável o que foi relatado no filme,agora vamos ver o que se salva se é que salva alguma coisa da versão de 4 horas,4 horas e pouco.