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Vamos comentar aqui sobre a operação camaleão, deflagrada ontem na cidade de Várzea Grande. Mais precisamente na prefeitura, na sala do prefeito, no consultório do irmão do prefeito, na casa do irmão do prefeito. Adivinhem quem estão investigando? Não deve ser o papa. Só pode ser o prefeito!
Lendo as notas e documentos divulgados pelo Gaeco, é impossível não comentar aqui com vocês a incrível habilidade de alguns em entrar em rolos. Eu diria que a cara de pau mesmo. O contrato para prestação de serviços na área de construção civil que é o alvo da operação, no valor de quase nove milhões de reais, foi celebrado entre a prefeitura e uma empresa que até seis meses antes da licitação era ... adivinhem? ... uma sapataria.
Isso mesmo. A empresa que até outro dia, até março de 2013, era especialista em fazer sapatos, após Wallace virar prefeito, se transformou em uma empresa de construção civil.
Mas são especialidades que tem algo em comum, não acham? Sapataria tem martelo, aqueles preguinhos, e construção civil também tem martelo e prego, daí, devem ter se especializado e passaram a fazer obras e reformas de prédios da prefeitura.
Admiro pessoas que conseguem crescer, progredir na vida. O cara faz sapato, passa a fazer botas ou até cinto, mas daí a passar a fazer reformas em prédios públicos? Detesto quem deseja levar vantagem em tudo, que adora entrar em um rolo para tirar proveito, no caso, segundo a operação do Gaeco, dos contribuintes de Várzea Grande.
Esse caso até me fez lembrar de um dos escândalos da assembleia de Mato Grosso, um contrato de prestação de serviços aéreos, taxi-aéreo, com uma empresa que pouco antes de vencer a licitação, vendia lingerie. O caso ficou conhecido como o escândalo das calcinhas e acabou por transformar o então presidente da Casa, José Riva, em ficha-suja. Teve o caso também de um homem chamado Lucas que abriu uma empresa, no mês seguinte ele participou de uma licitação na assembleia, venceu, assinou o contrato e recebeu o dinheiro, mas o coitado nem pode usar o dinheiro. Tinha morrido uma semana antes de abrir a empresa. Eu até visitei o túmulo dele, fui lá tentar levar um papo e saber se ele não psicografava uns chequinhos pra mim.
Bem, mas essa é outra conversa, sobrenatural, e não vou aqui ficar dando ideia, né não?