Arlene Clemesha: fundamentalismo islâmico - Cortes 20 Minutos

No programa 20 MINUTOS INTERNACIONAL, o jornalista Breno Altman entrevistou a professora de História Árabe da Universidade de São Paulo Arlene Clemesha sobre a questão das mulheres no Islã.
“O hijab, que se usa sobre o cabelo, sem cobrir o rosto, é uma recomendação do Alcorão. Ela se torna obrigatória em países fundamentalistas, mas a não imposição do hijab não significa que não há opressão. Já o niqab e a burka são práticas tribais que fazem parte de uma construção social. É preciso analisar caso a caso, país a país e período a período”, ponderou a professora.
A época do pan-arabismo representou um momento de conquistas de direitos para as mulheres. Entretanto, a historiadora apontou três fatos ao longo da história que levaram a sua decadência e ao fortalecimento de tendências mais regressivas do Islã contra a mulher: A Guerra dos Seis Dias, que representou uma importante derrota para o presidente egípcio Abdel Nasser, grande defensor do pan-arabismo no Oriente Médio; a Revolução Islâmica do Irã, que devolveu o comando do país a líderes religiosos; e o fortalecimento dos petrodólares sauditas, utilizados para fomentar movimentos fundamentalistas na Arábia Saudita e em países árabes em geral.
“Desde o século 19 vemos movimentos de reforma do Islã, que discutiam o que deveria ser mantido no original e o que era passível de modernização, movimentos de mulheres que liam e interpretavam o Alcorão sob uma perspectiva feminista, porque afinal é um texto poético. Mas esses movimentos foram sofrendo cada vez mais repressão, até porque eram movimentos de contestação política, de contestação da ordem”, narrou Clemesha.
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Entrevista completa: • ARLENE CLEMESHA: MULHE...
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[@marcoa9382]

Sinto falta dela no Jornal da Cultura e da Globo News.

[@mariliaabatayguara7217]

Mais Arlene!

[@leomilani_gtr]

A Cleópatra era grega, da dinastia Ptolomaica. Ela era branca, gente.

[@sea2959]

in your dreams

[@malumenten]

Arlene maravilhosa, ótima entrevista, Breno!!

[@osvaldomantovani8782]

Parabens canal excelente

[@pedrocavalcante5822]

Eu gostaria muito de saber a opinião da professora sobre a Turquia.

[@barbaraferreiraarena6536]

Boa tarde! Santos sp

[@lucianafernandes5054]

Boa noite!!

[@barbaraferreiraarena6536]

Breno: o importante é ler o social pela estrutura da qual ele surge: qualquer sociedade nascida do paradigma de verticalidade de poder, de dominação/submissão, vai gerar necessariamente uma estrutura social em que meia dúzia tem tudo e os 99% das pessoas trabalham (sob opressão) pra essa meia dúzia por parcos salários e vida empobrecida, em estrato social piramidal, 99,9% das vezes patriarcal (tendo início na dominação do homem sobre a mulher, no molde estruturante da sociedade), machista, misógino, escravocrata, excludente, racista, opressor, com tendência imperialista, gerador da fome, doenças, guerras e infinitas exclusões. Essa classe dominante termina também doente mental, pelo excesso de poder, abusadora, acumuladora e, por fim, indutora da degeneração da vida, onde quer que reine. Portanto, não importa se tem véu ou não cobrindo o corpo das mulheres. Se as mulheres usam vestidos ou burcas, se obedecem mais claramente ou menos aos homens (ou às instituições criadas por esta relação de dominação entre homens e mulheres). SÃO APENAS VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA. O MAL QUE PRODUZEM DESTRÓI COM A MESMA INTENSIDADE em qualquer sociedade de dominação SÓ QUE COM APARÊNCIAS DIFERENTES. Importa, mesmo, saber se a sociedade é vertical, de dominação/submissão, ou se é de horizontal, de igualdade de poder entre as pessoas, portanto, igualitária entre homens e mulheres -- casal estruturante da sociedade -- que irá gerar uma sociedade distributiva, integradora, artística, geradora de vida criativa e abundante para todas as pessoas componentes desta sociedade.

[@sea2959]

isso pode ser dito sobre qualquer sociedade da America...do sul, central pu do norte