OS CENTROS HISTÓRICOS TEM QUE SEGUIR ESSAS REGRAS | React do Beraldo

[@andre_cavalcante]

Fala Beraldo. Sou de Manaus de classe media alta. Eu não uso o centro e nem ninguém da minha realidade utiliza o centro. A visão que temos é de ser perigoso, de ser feio e tudo que consumimos está fora do centro da cidade. E infelizmente acredito que não tem volta. A visão que eu tenho desde que era criança é de que no centro tem lojas de produtos de baixa qualidade, casas de prostítulos e mercados para comprar peixe

[@andrevillares]

Tudo bem, Beraldo? Um vídeo bem bacana e bem instrutivo; realmente dá para aprender muita coisa com o vídeo original e com seus comentários. Mas gostaria de deixar uma reflexão sobre a questão da universidade, porque é possível olhar essa questão da localização da UFAM com outros olhos, acho eu. E isso porque em primeiro lugar, a localização praticamente dentro da mata (e com o tamanho extenso que é) permite uma série de benefícios, tipo: ajuda na pesquisa da biodiversidade do local; ajuda na preservação do meio ambiente (sim, se não tivesse uma universidade ali, e seu apelo social, provavelmente o nível de desmatamento seria ainda maior). Vc ficou escandalizado pelo desmatamento provocado pelas instalações da universidade, mas isso é mínimo e necessário para o funcionamento de qualquer coisa (ainda mais uma universidade). Alguma legislação que preveja um percentual máximo de desmatamento já seria capaz de proporcionar regras básicas para o funcionamento da universidade e ao mesmo tempo, conter o desmatamento. O problema real é quando o desmatamento é totalmente fora de controle... e isso acontece, sim, na capital amazonense, com ocupações (inclusive dentro da área da universidade!). Veja bem: se não tivesse a universidade ali, muito provavelmente esse avanço de ocupações seria ainda maior. Ou vc duvida disso? Eu não tenho a menor dúvida quanto a isso. Uma dessas áreas da UFAM é o Museu da Amazônia, e é um principais pontos turísticos da cidade. Convém muito que a administração disso seja feita pelo Poder Público e por uma universidade, com compromissos sociais. Por fim, em relação aos serviços ao corpo discente da universidade, acho que o Poder Público (em suas diversas instâncias) tem que olhar para isso, com alojamentos estudantis, subsídios em passagens para estudantes e acesso facilitado (maior número de ônibus e pistas-corredores especiais para esse lugar) seriam o básico para atender a essa demanda, mas outras medidas também poderiam ser estudadas. No entanto, o problema maior (a localização do campus principal da UFAM) é, para mim, ponto pacífico: não no centro da cidade, mas justamente nessa área em que atenderia a objetivos ecológicos e educacionais. Um abraço, Beraldo!

[@andrevillares]

Faço a ressalva, também, para os que lerem meu comentário que eu não moro em Manaus (na verdade, nunca fui, embora tenha vontade de ir em Manaus, em Parintins e em Presidente Figueiredo! Hehehehehehe). Assim, não conheço tão bem a capital amazonense, pois sou do interior do RJ.