Resenha do filme Razão e Sensibilidade

Neste vídeo fazemos uma breve análise de uma linda história, retratada pela escritora Jane Austen. As protagonistas, a jovem Elinor, dona de uma grande inteligência emocional e a exuberante e sensível Marianne, mostram um pouco da realidade de ser mulher na Inglaterra do século XIX. Trata-se de um ótimo recurso para se estabelecer relações com a sociedade atual e refletir sobre as consequências do controle das emoções, ou da falta dele.

[@rayssauezi3142]

Ótimo vídeo!

[@TemperosdaVida]

Obrigada pelo comentário @rayssauezi3142

[@arieska.meurer]

Eu sempre tive uma percepção diferente em relação à Elinor. Minha interpretação é que ela era a razão pura, não o equilibrio. Durante toda a obra ela reprime seus sentimentos, não deixa nada transparecer e não se compromete com Edward em nenhum momento. Na cena que Marianne descobre que ele é noivo de Lucy e questiona "Elinor, onde está seu coração?" ela finalmente explode, chora e revela tudo o que sentiu, silenciou e reprimiu por todos aqueles meses. Quase ao final, quando Edward as visita e revela que não foi ele quem se casou com Lucy, Elinor não aguenta e chora, e só aí que ele de fato tem certeza de que ela o ama, porque até então ela não deixava transparecer que era recíproco o sentimento. Elinor amava Edward e sabia que ele a amava de volta, mas racionalmente reprimiu tudo pela promessa feita a Lucy. Acho que a intenção da Jane Austen era exatamente mostrar que ambos os posicionamentos estavam desequilibrados, que para o próprio bem e felicidade era necessário encontrar um meio termo: Marianne precisava ter mais razão e dominar seus sentimentos e Elinor precisava se permitir sentir e se expressar.

[@TemperosdaVida]

Muito interessante sua interpretação, @Arieska. Vejo Elinor como uma pessoa muito empática, sensível às necessidades das pessoas a sua volta, que renunciava às próprias vontades em favor delas, se fosse preciso. Um exemplo é quando ela vai em busca de um emprego para Edward poder casar com Lucy e cumprir sua promessa. É uma característica de pessoas inteligentes emocionalmente, que pensam no bem-estar do outro, que sentem, mas que medem as consequências de suas reações a esses sentimentos e por isso se contém. Para ela o bem comum era mais importante que a felicidade particular dela. Lembra o momento em que a mãe e a irmã deixavam a visita falando sozinha e ela ficava ali dando atenção a elas? Era uma demonstração de compaixão e respeito, mesmo sendo pessoas que não eram gentis com ela. Ela fazia isso para que sua irmã e sua mãe não ficassem mal vistas. A própria Marianne reconhece, em dado momento, o quanto sacrificou a irmã. A autora pode também ter intencionado demonstrar as implicações dos comportamentos das pessoas mimadas, egoístas, narcisistas e por outro lado a importância de existirem pessoas com sentimentos mais nobres como Elinor e o próprio Edward, que era um "gentleman". No final percebe-se que valeu a pena pois Elinor não precisou estragar nada entre o outro casal e tudo terminou bem, como ela mereceu. Quanto ao final feliz de Marianne, não teria sido possível se não fosse a influência da irmã. Marianne disse certa vez, quando Elinor perguntou se ela ainda sofria pelo Willoughby, ela respondeu que sofria mais por perder as oportunidades de aprender com a irmã, de ser equilibrada como ela. A impressão que passa é que Jane Austen quis colocar em Elinor as características virtuosas do ser humano como a lucidez, a lealdade e a sobriedade. Considero esta obra de Jane Austen uma inspiração. Obrigada pelo seu comentário, que é sempre enriquecedor.

[@ana3cs3]

Nossa! Que bom que eu não sou a única que pensa assim! Ela reprimiu demais mesmo, poderia ter mostrado mais claramente seus sentimentos para que os outros não ficassem fazendo ela sofrer atoa. E o fato de Elinor ser tão fechada foi o que fez a irmã não se abrir com ela sobre o não noivado, pois não havia reciprocidade. Até entendo que as pessoas ao redor dela não seriam capazes de consolá-la como ela queria, mas ela carregar tantos fardos sozinha também não ajudou.