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Solta, você já se sentiu pra baixo por não ter sido escolhida por um cara seja num flerte de balada seja num match de Tinder?
Isso é absolutamente normal. Por mais que a gente fale de empoderamento e liberdade, a verdade é que as mulheres foram educadas a se colocarem na "prateleira do amor", como nos conta a maravilhosa Valeska Zanello, Profa. do Dept de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília.
Parece que de alguma forma os filmes, as capas de revista e a própria educação da nossa família nos ensina que só temos valor - ou temos mais valor - se somos escolhidas por um homem. Ou seja, para a mulher o valor da identidade ainda está muito conectado ao amor e ele assume um papel central em nossas vidas.
Valeska aponta algo muito verdadeiro e cruel: os homens são ensinados a amar muitas coisas, já as mulheres são ensinadas a amar os homens. Isso faz com que muitas vezes o sarrafo vá lá embaixo e muitas mulheres topem ficar com qualquer traste só para não ficarem sozinhas.
Ela conta como é comum a mulherada valorizar migalhas e achar o cara ótimo por que ele responde mensagens ou faz um cafuné (coisas que deveriam ser básicas). Além disso ela também relata como é comum as mulheres se sentirem mal após o término de uma relação, mesmo que a relação esteja ruim e o cara seja "perebado" como ela mesmo diz.
"Muitas mulheres se casam com o casamento e não com o cara", alerta Valeska. Quando a mulherada se coloca nessa posição, elas não só fazem mal a si próprias como abrem precedente para comportamentos babacas dos homens.
"Quanto homem com barriga de chop não se sente no direito de falar mal do corpo de mulheres que não são magras?" ou "quanto cara canalha acha que pode chamar uma mulher de piranha por que ela tem uma vida sexual ativa"?! Tá na hora de colocar um basta nisso né?
Valeska nos convida a sair da prateleira. "Estar na prateleira do amor é péssimo pras nossas vidas porque a gente perde o protagonismo e perde a capacidade de escolher. O cara pode até ser legal mas você pode não querer ele também", relembra Valeska. Essa saída da prateleira é um processo lento, dolorido mas necessário!
Ela nos convida a tirar o amor do centro da vida e considerar que ele é só uma parte. Assim a gente pode escolher estar com alguém só se valer a pena. Porque enquanto toda nossa autoestima for pautada em não estar sozinha, o outro vai fazer o que quer e o que não quer com a gente. Bora escolher mais e ser menos escolhida? Assiste essa entrevista incrível e comenta aqui se você também sente que o amor ocupa um lugar gigante na sua vida. Você se sente pra baixo quando é pouco paquerada? Como mudar isso?
Assista nosso segundo vídeo com a Valeska
• MASCULINIDADE TÓXICA, ...
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