Professor, o aumento do potencial elétrico é diretamente responsável pelo aumento da colisão na célula de colisão? Para controlar a energia de colisão deve-se ajustar a pressão do gás e o tempo de residência dos íons na célula de colisão? Esse gás neutro utilizado é em baixíssimas concentrações?
@tcorrera11 ай бұрын
Olá. O aumento do potencial deposita energia cinética nos íons e por consequência aumenta a energia e número de colisões num mesmo período de tempo. Quanto maior a pressão do gás, mais colisões também ocorre. Em um ion trap, por exemplo, a operação acontece na faixa de 10-6 mbar. O gás utilizado também muda a energia depositada (altera o peso do "alvo"). O tempo de residência também tem um efeito importante. No ion trap 3D isso pode ser facilmente variado e é possível ver um aumento da fragmentação com aumento do tempo de residência.
@taciaabdanur116611 ай бұрын
Professor, todos os modos de operação permitem acoplamento com HPLC? Há algum modo de operação mais relevante quando associado ao HPLC? Em um estudo sobre acoplamento HPLC-MS qual o modo de operação que você considera mais importante aprofundar?
@tcorrera11 ай бұрын
Olá! Sim, a princípio todos os modos podem ser acoplados. O que deve ser levado em consideração é a questão do tempo que cada análise vai demorar e se isso vai fazer com que alguma informação da amostra seja perdida. Nesses caso existem alguns truques da instrumentação para acumulação de sinal que mitigam esse problema. O modo de operação vai depender muito mais da aplicação do que da técnica cromatográfica. Alguns analitos específicos ou matrizes podem se beneficiar de um modo específico. Espero ter ajudado.
@taciaabdanur116611 ай бұрын
Obrigada, professor! Ajudou muito, sim!
@luizfarias4158 Жыл бұрын
É possível usar o TOF para fazer um experimento de full scan?
@tcorrera Жыл бұрын
Olá. É sim. Na verdade um ToF "puro" não consegue fazer a seleção dos íons, a não ser algum "ion gate" seja utilizado, e a ativação corriqueira por colisão precisaria ser feita de outra forma.
@lunavasconcelos88383 жыл бұрын
Professor, no momento em que o senhor comenta sobre questão do método cromatográfico de uma amostra não ser a mais adequada, e ainda assim não inviabilizar a identificação dos fragmentos. Qual seria o "limite" para essa tolerância com a parte da cromatografia ? Há um tempo procuro ter contato com processamento de dados de MS pelo MZmine e já me peguei pensando sobre até onde a dificuldade que tive em tratar desses dados, foi devido a uma analise cromatográfica inadequada. Obrigada por mais uma aula esclarecedora !
@tcorrera3 жыл бұрын
Olá Luna. Os métodos cromatográficos devem sempre ser compatíveis com os analisadores utilizados. Fica difícil estabelecer os limites de forma genérica sem considerar uma separação específica, mas você está correta quando diz que a cromatografia pode ajudar ou atrapalhar na parte do MS. O limite fica em quanto o MS pode resolver de problemas que chegaram da cromatografia. No exemplo dos experimentos "data dependent" eu acho que é possível perceber isso. Se o MS consegue resolver com a parte de MS tandem, podemos exigir menos do método cromatográfico. Espero que isso tenha respondido sua pergunta!
@lunavasconcelos88383 жыл бұрын
@@tcorrera Acredito que respondeu sim, mas continuando... então (só para confirmar o que entendi) o tipo de aparelho utilizado também vai determinar o quão eficaz o MS pode ser mesmo que a cromatografia não esteja adequada, certo ? Eu lidando com dados, de uma mesma amostra, de MS-Ion Trap e dados de Orbitrap, teria mais sucesso em solucionar os problemas da parte cromatográfica do segundo dado. Além disto, uma outra pergunta é sobre o setup dos aparelhos... já vi alguns professores comentando sobre problemas na analise devido o espectrômetro não estar configurado adequadamente... acredito que deve ser uma coisa comum na rotina da central analítica, mas eu também fiquei em duvida sobre o quão relevante pode ser essa interferência... já que no lab que frequento precisamos fazer as analises de MS por fora
@tcorrera3 жыл бұрын
@@lunavasconcelos8838 Olá Luna. Sobre a parte inicial da sua pergunta, de forma geral, sim, dependendo do aparelho você pode "compensar" os problemas da corrida cromatográfica. Se você tem um ion trap e um orbitrap, dependendo do problema a ser resolvido, ambos vão conseguir te ajudar. Se forem espécies eluindo juntas da cromatografia mas com massas exatas diferentes, o orbitrap vai ajudar. Se forem isômeros, o ion trap pelo MSn pode ser mais efetivo, vai depender de cada caso específico.
@tcorrera3 жыл бұрын
@@lunavasconcelos8838 Sobre a configuração do equipamento, é correto imaginar que ele pode atrapalhar na análise. Problemas de calibração e detecção podem ocorrer, assim como limpeza e outros aspectos