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A ilha do Corvo durante séculos viveu isolada do restante arquipélago, fruto do seu distanciamento geográfico e, ainda, a diversas adversidades à qual esteve sujeita, provocando nos seus habitantes um conjunto de particularidades que se refletem no seu modo de vida, inclusivamente na sua alimentação. Desde as difíceis condições atmosféricas, particularmente no inverno, a que por vezes os corvinos estão sujeitos, passando pelos contantes ataques de diversos piratas e corsários, nomeadamente nos séculos XVI a XVIII e culminando no fenómeno da emigração ao longo da sua história. Todas estas situações e muitas outras, moldaram a personalidade destas gentes, assente num sentimento de partilha e interajuda comunitária.
Para além de uma grande influência do calendário litúrgico, na confeção dos pratos tradicionais, o fenómeno gastronómico que nos dias de hoje encontramos no Corvo, está assente numa alimentação que, até ao século XX, esteve relacionada com a produção local e a economia do porco e da capoeira. O mar envolvente foi um importante recurso e aproveitamento para a sua cozinha, como sejam as algas, denominadas de ervas do calhau, ou patinha, como também são conhecidas pelos vizinhos florentinos, cruzando com a utilização do pescado que é uma parte importante do seu património alimentar local.
Vídeo produzido no âmbito do trabalho de campo realizado pelo projeto TASTE - Taste Azores Sustainable Tourism Experiences efetuado na ilha do Corvo, Açores, com a colaboração da Câmara Municipal do Corvo, Ecomuseu do Corvo e Associação Corvo Vivo.
TASTE é um projeto desenvolvido pelo CEEAplA (Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico e pelo CHAM - Centro de Humanidades da Universidade dos Açores e com a colaboração da Direção Regional da Cultura do Governo Regional dos Açores. Projeto com o apoio do PO Açores 2020 ACORES-01-0145-FEDER-000106.