USP 90 nos - Antonio Candido

[@rosalia.munhoz]

eita que uma chavinha de fenda e um parafuso nesse pedestal já resolvia

[@bocadoverbo1968]

❤😊😊😊

[@katiacosta-santos8790]

Ouvindo a professora Ivone fica em mim a certeza de que a literatura negra brasileira estará sempre falando uma língua diferente da língua literária aceita pela crítica hegemônica do país. Exatamente por isso os Estudos Culturais são tão importantes, e é bom que se diga que essa linha de investigação e pensamento de forma nenhuma prega a não invetigação estética, como acusa a professora. Sigamos -- ainda que em vias separadas dentro da construção das narrativas de um mesmo país, e é bom que se diga que só agora as vozes negras [ainda que com suas discrepâncias internas] chegam nesse contexto, e por isso sou, sim, muito grata à Carolina Maria de Jesus, por não ter aguardando autorização para existir por escrito, ainda que combalida pela estética da fome.

[@celulardasonydasony6250]

Os clássicos Machado de Assis, Lima Barreto e Mano Brown fazem parte da literatura negra brasileira? Então. A professora diz q nao adianta só a irrefutável importância social e histórica se não tem a artística. Dá pra entender o q ela diz. Há interesse de mercado e nem sempre o q se publica é boa literatura, na análise do q se entende como crítica literária.

[@katiacosta-santos8790]

@@celulardasonydasony6250 Sim, já são, sim. Qual é o seu ponto? E quanto a entender a professora ou qualquer outra pessoa, cada uma entende a partir do seu contexto socio-cultural, e mesmo a partir do seu campo de atuaçao (político, intelectual, religioso, etc.). E quanto ao mercado, foram quase 500 anos de total desinteresse, e por força dos oprimidos o mercado se rendeu e agora age com sua costumeira voracidade. O mercado será sempre um mercado, sempre que houver um produto a ser capitalizado. por isso mesmo as escolhas do mercado é o que menos me interessa. E se você quiser/desejar adquirir um tantinho que seja de flexibidade intelectual-cognitiva, leia Saidiya Hartman, vai te bagunçar no início mas depois vai te libertar, vai te ajudar a exercitar outras miradas na sua certeza, inclusive sobre o conceito de "boa literatura! -- boa pra quem? boa pra quê? Felicidades!

[@celulardasonydasony6250]

@@katiacosta-santos8790 oi Katia, essa autora q vc indica nao conheço, fiquei curiosa, vou ler. Meu ponto no comentário foi no contexto da aula, sobre a formaçao de uma literatura brasileira e o q entendi do q disse a professora. Felicidades, Márcia.

[@katiacosta-santos8790]

@@celulardasonydasony6250 É exatamente de tudo isso que estou falando...

[@leandrosaraiva69]

Se Machado é um clássico da literatura negra, como isso deve ser entendido? O caráter negro de sua literatura foi apagado, e sempre esteve lá? Onde, exatamente, em Dom Casmurro, por exemplo? Já houve muita gente boa que não gostava de Machado porque ele se dedicou fundamentalmente às intrigas e vida mental da elite. Os negros, e numa sociedade escravista ainda, aparecem pouquíssimo. Em termos de identidade, Machado seria um traidor? Ou talvez um autor fraco de uma tradicão negra, que não pode tematizar de frente, por opressão, as questões raciais? Assim, Ferrez ou Iramar Vieira Jr. seriam superações dos limites de Machado? Tenho a fortíssima impressão que as melhores respostas pra essas questões estão na obra de Machado se Assis que, como em qualquer tradição, dá base e pesa sobre o presente, que nem sempre mostra avanços.