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O MUNDO ESTÁ NO VALE DO OMO NA ETIÓPIA 🇪🇹
Uma semana longe de tudo o que é conforto. Foi assim a nossa semana no Vale do OMO, na Etiópia. Este é o preço a pagar para poder explorar as tribos do sul da Etiópia e os seus modos de vida.
Passamos uma semana embrenhados na cultura tribal, e visitamos oito das tribos que vivem no Vale do OMO.
Este vale tem uma riqueza cultural difícil de bater e poder ver estes grupos étnicos, preservados e com modos de vida ainda ancestrais, é um privilégio.
O mundo tem sofrido mudanças repentinas e, especialmente nas últimas décadas os modos de vida ancestrais têm vindo a desaparecer, sendo substituídos por uma sociedade cada vez mais homogénea e sem grande identidade.
O Vale do OMO é a antítese disso tudo. Ali, tribos que vivem a menos de 100 km umas das outras não se misturam, não casam entre si, não estabelecem contacto e vivem de forma distinta.
O mundo fora do Vale do OMO chega a parecer mais homogéneo do que lá dentro.
Ali vimos tribos que se pintam com lama para se embelezarem. Vimos tribos onde as mulheres cortam os lábios inferiores para colocar discos, provavelmente para se tornarem menos atrativas para as tribos vizinhas.
Vimos tribos onde as mulheres penteiam o cabelo com lama, exibindo assim a sua condição de casadas.
Vimos rituais de casamento, onde os homens saltam nus sobre as vacas, as mulheres são chicoteadas nas costas até fazerem sangue e as noivas cobrem-se de lama seis meses antes de casarem.
Vimos tribos onde tivemos de beber bebidas estranhas para poder entrar, envergar trajes tradicionais ou até prestar homenagem aos antepassados.
O Vale do OMO tem o mundo lá dentro, e ver este mundo era para nos urgente. Uma urgência que metade da população mundial ainda não percebeu, mas que já está a acontecer. Estes povos estão a desaparecer, e quem valoriza a diversidade cultural do planeta tem que correr…
Correr… porque eles estão a desaparecer!