Boa noite. O BDI, assim como o orçamento estimado, é uma referência. Cada empresa deve possuir na "ponta da caneta" o seu BDI calculado com base nos seus custos, no lucro presumido e nos tributos que paga. Se este percentual de bonificação for inferior ao que consta no orçamento de referência, desde que não haja restrição no Termo de Referência, eu entendo que sim, que uma empresa pode utilizar um BDI inferior na sua proposta.

Valeu, obrigado!

Obrigado.

Você deve escolher o sistema que é mais vantajoso para a Administração Pública. Essa é a regra. O sistema desonerado somente é vantajoso para serviços que fazem maior uso de mão de obra. Se a incidência maior for de equipamentos, serviços especializados e materiais, a desoneração deixa de ser vantajosa.

Obrigado pelo comentário. É sempre bom ver que o conteúdo tem ajudado a quem busca sobre o assunto.

Bom dia. No BDI há a parcela de lucro presumido e com o percentual usualmente utilizado pelas empresas. Para a empresa garantir o lucro, é preciso que todos os serviços e custos estejam adequados à execução da obra.

E possuir uma boa gestão e controle da execução.

Boa tarde. Pela questão técnica, deve ser avaliado o impacto desse erro, inclusive em relação ao valor do próprio convênio firmado. Se não impactar, deve ser solicitado os ajustes e vincular à liberação da primeira parcela. Se for impactante, o convênio deve ser recusado e orientado ao município que deve realizar os ajustes e proceder a uma nova licitação.

​@@orcamentodeobraspublicas6567 Agradeço ao professor! Os serviços adicionais seriam a carga e descarga de resíduos, incluindo o transporte, e o transporte de areia e intertravados, itens que a licitante não incluiu! Sempre que um convênio é formalizado com um valor x, o valor da obra reduz após a licitação, restando um saldo a ser restituído pela licitante à administração pública! Considerando que esses itens não foram incluídos na planilha e o licitante tenha esse saldo a restituir, a administração pública pode pedir a correção, mesmo que a empresa contratada não tenha solicitado alterações e já tenha começado a obra? Em outras palavras, a administração pública solicitaria uma planilha de readequação já com os preços licitados pela contratante, incluindo os novos itens? Os preços dos novos itens seriam considerados os preços da data base na qual a planilha foi licitada? Isso dentro dos conformes da lei 8666/23 respeitando o percentuais estabelecidos de aditivo, Grato pelas dúvidas.

@cszinho, o convênio geralmente é entre o Estado ou a Federação e o município. A parcela do convênio é repassada ao município para que este recomponha o seu caixa quando do pagamento da fatura da medição. Não sei informar com precisão se esta parcela do convênio é paga integral ou referente ao valor que a empresa ofertou na licitação. Mas querendo ou não, deve existir um saldo entre o valor do convênio e do contrato, isso se a empresa ofertou desconto. Se as distâncias de deslocamento, carga e descarga forem relevantes, a empresa deve solicitar o aditivo ou ela deve ter considerado esse custo quando ofertou sua proposta e se consagrou vencedora, não necessitando de aditivo. Mas caso ocorra o aditivo, os valores referenciais devem ser considerados com a data base da planilha orçamentária, mais o desconto que a contratada ofertou na sua proposta.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado professor

Boa noite, é preciso verificar e comparar a composição utilizando o ladrilho hidráulico 20x20cm com a composição usando o piso tátil de 25x25cm. Por exemplo, se o serviço for medido em m², a utilização do ladrilho 20x20cm terá um coeficiente que representará uma equivalência de área ao m² executado, independente de ser utilizada uma peça de 20x20cm ou 25x25cm, pois a área medida será a que está prevista em projeto. Cabe dar uma olhada na Norma ABNT 16537:2024, pois a largura é definida em função do tráfego. Quando se refere a tráfego intenso (que muitas vezes é o caso de obras públicas), a largura de sinalização deve ser maior ou igual a 40cm, com situações que pode chegar a 60cm, e talvez por esse motivo deve ser utilizado a composição com o ladrilho de 20cm de largura.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Entendi Professor! Porém a medida do ladrilho que será executado no passeio em projeto é só 20cm de largura fora da Norma ABNT 16537:2024 de acessibilidade, que no mínimo é 25cm. A execução desse piso é para calçada e rampas em vias de pouco trafego. Nesse caso tem como rever esse item na composição, e readequar os outros insumos conforme a alteração do coeficiente do Piso Tátil, visto que tá fora de norma? Caso se houver essa alteração os preços dos insumos tem que se manter ao valor licitado não ultrapassando o valor mínimo estabelecido para cada insumo e mão de obra dentro da composição? Ou deve-se considerar o novo aditivo com o preço do item com a composição que foi licitado fora de norma? Isso não pode impactar auditoria futuras?

Não é permitido alterar insumos, coeficientes e valores de valores contratados, exceto se estes estiverem acima ou superfaturados. Mesmo assim tem um tratamento especial. Neste caso, se existir danos à contratada ou à Administração Pública, deve ser feito o aditivo, suprimindo o serviço errado e aditivando o correto.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado Professor!

Bom dia, O correto é a contratada ter conhecimento e levantar todos os serviços da obra antes de executá-la, até mesmo durante o processo licitatório, pois a planilha orçamentária pode conter vícios insanáveis que pode inviabilizar a obra. Ao ofertar um desconto ou preços em uma planilha, a contratada está concordando com aqueles serviços e quantidades. Claro que podem surgir correções com aditivos e supressões ao longo da execução, mas desde que evidenciados antes. A Administração Pública não deve permitir a execução de um serviço que não foi contratado sem antes formalizar e aprovar um aditivo. Agora, após 8 meses de executado e medido os serviços, isso é um caso necessário dr apuração de responsabilidades, uma vez que serviços com quantidades a maior e medidos caracterizam superfaturamento. E deve ser feita uma auditoria para identificar os valores devidos, se a empresa executou a mais ou a menor em relação ao que foi mediddo,, em questão de valores globais, e responsabilizar os culpados. Em contrapartida, há um termo que a fiscalização utiliza como sendo "metafísica" , que nada mais é avaliar essas diferenças e compensar em outras medições futuras. Mas eu não considero isso como correto

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado Professor!

Boa tarde, É preciso analisar toda a documentação para isso. Mas vou responder com base na situação de que o edital/termo de referência traz a exigência de um engenheiro de segurança e ele é necessário para o objeto/contrato. Para este caso, o engenheiro de segurança tem que fazer parte do custo da administração local, nem que seja uma quantidade mínima de horas semanais/mensais. A ausência desse custo na planilha pode representar uma falha na elaboração do orçamento, mas também é preciso verificar o impacto desse custo em relação ao valor total do contrato. A depender do tipo do projeto, se projeto básico ou executivo, há uma margem admissível para falhas na elaboração dos custos, que pode oscilar entre 15% a 5%. E essas "falhas", quando não se trata de uma contratação integrada ou semi-integrada, são absorvidas pela Administração Pública, resultando em aditivos de valor. Cabe questionar a ausência do custo referente ao engenheiro de segurança na planilha orçamentária e essa inconsistência não necessariamente pode ser um impedimento para o processo seguir. Espero ter respondido à sua questão.

Boa noite.Não entendi muito a sua pergunta. Seria colocar/apresentar os percentuais que compõem o BDI ou seria apresentar os valores dos serviços com e sem BDI?

Prezada Erica, o BDI é o "coração pulsante" de uma empresa, pois nele há parcelas de despesas, de tributos e de lucro que não estão inseridos no custo direto dos serviços. É importante que a empresa conheça de fato quais são as suas despesas indiretas e faça periodicamente ajustes destes parâmetros. O BDI fornecido pela licitação é um parâmetro, nele foi utilizado métodos estatísticos para obtenção dos quartis de cada parâmetro e também do valor do BDI. Ou seja, o valor médio do BDI não necessariamente reflente a utilização dos parâmetros médios de cada item que o compõe. Quanto ao seguro, ele é um item importante e imprescindível para obras e serviços de engenharia. Geralmente os editais exigem que a contratada apresente o seguro da obra ou do serviço. A garantia também é um item imprescindível, caso a contratada não venha honrar com seus compromissos tributarios e de pagamento, a garantia servirá para a contratante amortizar esses custos.

​@@orcamentodeobraspublicas6567Obrigada!

Bom dia. A determinação dos quartis foi obtida a partir do estudo que culminou no Acórdão 2622/2013. O primeiro quartil representa que 25% dos dados coletados são iguais ou menores que ele. Ou seja, estatisticamente o 1º quartil indica que 25% dos dados coletados apresentaram um valor até aquele ponto. Já o terceiro quartil representa que 75% alcançam até aquele valor.

O ideal é abrir diligência para que a empresa justifique e confirme os percentuais utilizados, uma vez que ela pode estar com uma quantidade de contratos que justifique uma parcela menor de administração central, bem como tem interesse em ganhar a licitação ofertando uma margem de lucro menor. Se solicitar correção, o valor da proposta inicialmente ofertado muda e aí sim, ela pode ser inabilitada.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Ótimo, Obrigado! Professor e se no edital tiver um item que permita que a banca faça correção dos BDI's e composições, nesse caso terá que ser feita toda correção da planilha e ser enviada a licitante em meio de diligência para a que a mesma aceite as correções? Ou essa correção não é permitido mesmo tendo no edital o item? E se for permitido no caso se a empresa não concordar com as alterações ela será desclassificada?

​@@cszinhoa licitação permite dois critérios de julgamento da proposta: menor preço ou maior desconto. No critério de menor preço, cabe à empresa definir como será o menor preço da proposta, inclusive ofertando um percentual de BDI inferior ou maior que o proposto pela Administração Pública. Neste caso eu acredito que não há como a Administração Pública interferir se uma empresa apresentar um BDI inferior ao de referência, nem solicitar ajustes. Já no julgamento de maior desconto, as informações são "imutáveis", ou seja, a empresa deve concordar com o BDI proposto pela Administração Pública e apresentar o desconto proposto para aquela licitação. Mas se for uma ME ou uma EPP? Para esses casos, deve haver um tratamento especial, tendo em vista os critérios de tributação e encargos serem diferenciados.

@@eulanet entendi Professor, no caso se for menor preço mesmo que os elementos estejam foram da margem dos percentuais dos quartis, a administração pública só poderá solicitar diligência para confirmar esses percentuais, não poderá fazer nenhuma correção, Obrigado professor.

Bom dia. Se a remuneração do projeto for com base no salário ou na hora trabalhada do profissional, sim, a fórmula é essa. Mas pode ser simplificada, por exemplo, ao aplicar os encargos sociais no salário ou na hora trabalhada, e aplicar um fator que correlacione as demais despesas indiretas, como administração local, impostos e tributos.

Bom dia, não existe um modelo pré-definido, porém a TRDE deve possuir todos os requisitos que são exigidos. Por exemplo, aqui na Administração Pública onde estou, a remuneração de projeto é por m², portanto os custos de encargos sociais já estão incidindo nesse valor. Sobra então as despesas com Administração local, lucro, tributos e impostos. Neste caso, a TRDE é calculada de forma semelhante ao BDI, porém deve ter duas TRDE, uma para projetos e outra para demais serviços que não sofrem influência de alguns fatores.

Obrigado!

Muito obrigado pelo retorno e comentário sobre o vídeo.

Uma análise que faço uso é da real necessidade do engenheiro o tempo todo na obra, a depender da complexidade e valor, pois somente o salário de um engenheiro pode ultrapassar os limites impostos pelo Acórdão 2622/2013. Portanto, pode ser computado como o mínimo de uma visita à obra por semana, mas tudo vai depender do bom senso e da complexidade que exige a permanência do engenheito no local..

Boa noite, geralmente é utilizado o BDI de serviços. Ele não se enquadra na condição de "mero fornecimento de materiais e equipamentos", embora se assemelhe a um "frete" quando se tratar de mobilização e desmobilização de equipamentos.

Bom dia Paulo. A fiscalização pode e deve exigir o RDO (Registro Diário de Obra), cópias de registros de ponto, pagamento do FGTS e INSS específico da obra e da equipe de administração local. Com essa documentação, haverá subsídios para identificar se a equipe está trabalhando na obra ou não, e a fiscalização se protege com esses registros. Mas sempre haverá brecha para a contratada cometer fraude, como por exemplo o funcionário assinar a folha de ponto sem estar na obra ou preencher o RDO com informações falsas.

Boa tarde Andrey, No caso de obras licitadas pelo município, deve-se considerar a distância do município até a obra, o que muitas vezes não justifica essa distância de mobilização. Mas é possível que, a depender da obra, certos equipamentos não existam no local e é necessário mobilizá-lo de uma cidade (ou capital) até o município, a exemplo de um equipamento de estaca hélice contínua. Nesse caso justifica o custo de mobilização

Prezado Paulo, O Acórdão 2.622/2013 orienta o uso do BDI para itens de mero fornecimento de materiais e equipamentos. Se o material ou a mistura betuminosa é adquirida em grandes volumes teria o mesmo raciocínio, tendo em vista sua parcela de significância no orçamento e a baixa ou ausência de peso no valor da mão de obra agregada em relação ao material ou equipamento. Isso também vale para redes de esgotamento sanitário ou de abastecimento de água, em que é possível dissociar o fornecimento dos materiais (tubulação) do serviço. Usualmente a composição do serviço é sem o fornecimento do material principal. Isso traz ganhos para a Administração Pública e melhora o entendimento dos Tribunais de Contas quanto à melhor aplicação dos recursos, sem prejudicar a remuneração da contratada.

Obrigado pelo comentário.

Bom dia Gizele, Não tenho curso de orçamento disponibilizado. Não tenho Instagram para uso profissional.

Boa noite, Havia o Decreto Federal 7.983, mas ele já foi substituído por um novo Decreto em função da nova Lei de Licitações e ainda não gravei o número. O SICRO é específico para obras rodoviárias, desenvolvido pelo DNIT e dificilmente você encontrará todas as composições referentes a essa tipologia no SINAPI. Por esse motivo o Decreto indica o SICRO para essa tipologia enquanto o SINAPI para obras civis. A diferença da mão de obra do SICRO para o SINAPI está fundamentalmente nos encargos sociais e encargos complementares. Geralmente o sindicato de obras rodoviárias é o da sindicato daconstrução pesada, enquanto o SINAPI é o da construção civil. Então há variações em alguns percentuais nas convenções coletivas que influenciam nesses encargos.

Deve-se tomar cuidado ao inserir serviços de outros referenciais em uma planilha orçamentária. Por exemplo, se a tipologia da obra é essencialmente obras civis , e por acaso é preciso buscar uma composição do SICRO porque não há no SINAPI, a mão de obra, insumos e encargos serão preferencialmente do SINAPI, embora a composição seja do SICRO, pois não há lógica em se ter valores diferente para uma mesma mão de obra, tampouco encargos sociais diferentes.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado professor! No caso se o orçamento for todo baseado na tipologia de rodovias na data base SICRO, nesse caso não pode utilizar a mão de obra da SINAPI com encargos da SINAPI né isso? Em hipótese alguma devo trocar a mão de obra da SICRO para SINAPI né isso?

Exato!

Bom dia, Eu não vejo impedimentos e não encontrei decisões de tribunais que desclassificasse uma empresa nesse caso, desde que os parâmetros do BDI estejam dentro dos percentuais estipulados no Acórdão 2.622/2013 do TCU e os encargos sociais em conformidade com o sistema de tributação adotado. Embora tenha licitações que desqualificam a empresa nesse caso, ou o inverso, o sistema de tributação é uma decisão da empresa e ela vai buscar a melhor forma de obter vencedora no processo dentro da legalidade.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Muito obrigado Professor, professor outra dúvida! O preço da composição pode ser maior que o preço unitário da planilha usando um BDI menor? Ou não pode e tem que corrigir igualar esse preço da composição com preço unitario da planilha do edital?

@@cszinho a princípio não há impedimentos que o valor de um serviço seja maior que o valor referencial, o que vale é o princípio do menor valor global. Entretanto, há editais que não permitem que ocorra isso, que não seja apenas o valor global igual ou inferior ao valor de referência, mas os valores dos serviços também. Quando o valor de um serviço ofertado pela contratada é maior que o valor de referência, isso produz uma atenção redobrada, pois em aditivos contratuais pode afetar o desconto inicialmente ofertado se houver uma mudança quantitativa desse serviço.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado Professor 🙌

Professor qual BDI utilizar na mobilização e desmobilização de equipamentos e pessoal, o BDI diferenciado ou o de serviços gerais?

Existem casos e casos para essa questão. Se o aditivo de valor se referir a aumento significativo de quantidade de serviços e impactará na duração da obra e prazo final de entrega, é justificável também o acréscimo na administração local. Se a obra sofreu uma paralisação/interrupção de parte da obra, cujo fator causador foi devido à Administração Pública, e isso impactará diretamente no prazo de conclusão, o aditivo de valor referente à administração local também é devido, e as causas e responsabilidades pelo atraso devem ser apurados no âmbito da administração pública. Porém, se o aditivo de valor da administração local é em função da ineficiência da contratada, que tem proporcionado atrasos injustificados na conclusão da obra, o valor é indevido, não deve ser pago e pode ser caracterizado como superfaturamento. O próprio Acórdão 2622/2013 do TCU diz que deve ser estipulado o pagamento do valor da administração local proporcionalmente à execução financeira da obra (item 9.3.3.2) e produz as interpretações acima.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Obrigado Professor!

Sou formado Técnico em Edificações e em Engenharia Civil

Muito obrigado

A tabela SINAPI é o preço referencial para aquisição, ou seja, é um valor que a Administração Pública tem a garantia de utilizar como referência para elaboração dos orçamentos base de seus contratos de obras e serviços de engenharia. A partir dessa referência, as empresas interessadas fazem suas propostas, cujo valor global deve ser inferior ou igual ao orçamento base da Administração Pública. No seu caso, você foi vencedora ao ofertar um desconto de 15% sobre os valores de referência SINAPI. Dessa forma, o seu valor de "venda" é de 15% da tabela referencial SINAPI. Ou seja, esse valor é o custo do insumo mais mão de obra, custos administrativos, tributos e remuneração. Não acrescenta mais nada. Se R$0,85 é o valor com desconto, esse será o seu valor de Nota Fiscal e sua margem de lucro será menor ou inexistente para esse produto/serviço. Mas é possível que para outros itens essa margem de lucro seja recompensada em função do valor.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Entendi, me bati e fiz uns cálculos aqui. Meu custo é 0,75 e o valor que ganhei estar 0,85 então ainda estou no lucro. Analisando direito, vi q na nota de empenho esse valor de 0,85 já é com o desconto de 15%. Me preocupei pq pensava q iria dar o desconto em cima desse valor, aí iria ficar no prejuízo. Ms agora entendi, muito obrigada por responder. Virei a noite quebrando a cabeça e agora com sua resposta, consegui concluir meu raciocínio. Deus abençoe

Obrigado, Carlos Renato. É bem isso, a impressão é que há um desconhecimento/desatenção a esses fatores que deixam os índices que compõem o BDI em segundo plano.

Boa noite Charles, Para completar um ano de validade da proposta do contrato, os valores são vigentes do dia 20/05/2021 a 19/05/2022 (365 dias), ou seja, no dia 20/05/2022 a contratada tem direito a solicitar reajuste. O mês base da proposta é 05/21 e se mantém nos anos seguintes: 05/22, 05/23 e por aí vai.

Boa tarde Jeferson, Em teoria, sim. Não há custos visíveis de mobilização/desmobilização, exceto se for um serviço de fundação profunda que demande um equipamento que não há na região. Porém, a depender do serviço e da sua quantidade, o valor não cobre o deslocamento de um equipamento e suas horas estimadas de funcionamento, a exemplo de uma escavadeira hidráulica. Neste caso, se for imprescindível, estima-se a sua mobilização e desmobilização. O estudo do vídeo aborda obras que possuem grandes quantidades de serviços, porém reformas e ampliações podem ter quantidades menores e deve ter uma análise mais específica.

Boa tarde Thayana, essa questão se trata de uma legislação específica que não domino muito, mas pelo que li, empresas optantes pelo SIMPLES que possuem cadastro CNAES para o fornecimento de limpeza, vigilância, obras e construções de imóveis, recolhem o INSS de 20% sobre a folha de pagamento, como as demais empresas e o percentual de Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) não estará incluído na alíquota do SIMPLES.

Valeu! Obrigado pelo comentário. Ele é importante.

Márcio Horta, O quartil é um parâmetro/dado estatístico no qual o 1⁰ quartil indica que 25% dos dados coletados possuem até aquele valor; já o 2⁰ quartil é o valor médio e indica que 50% dos dados estão concentrados até aquele valor médio. No caso do BDI, o valor médio "garante" que 50% dos dados analisados possuem até aquele valor, ou seja, aumenta a quantidade de participantes que podem ofertar até aquele percentual de BDI.

Mácio Horta, o limite do BDI para o sistema com desoneração é o BDI do 3⁰ quartil com o acréscimo de 4,5% da CPRB e, segundo meus cálculos, fica em torno de 31,33%. Esse seria o "teto" aceito, porém não cheguei a conhecer empresa que tenha apresentado esse percentual, nem licitação que tenha inserido esse valor como referencial. O máximo que a Administração Pública onde trabalhei praticou foi de 29,5%.

Márcio Horta, o ISS geralmente é um tributo municipal e cada município possui uma legislação específica sobre esse percentual a ser recolhido para obras e serviços de engenharia, cujo entendimento consensual é que deve incidir somente sobre o custo da mão de obra e não dos insumos e equipamentos. Como não há um método prático de se calcular isso, cada município adota um percentual que pode variar de 40 a 60%, no geral.

@@orcamentodeobraspublicas6567 Muito obrigado pela resposta....te mandei mais uma pergunta em outro vídeo sobre bdi onerado e desonerado e seus tetos

Boa noite Márcio, Não tenho agora de cabeça os artigos na lei, mas sim, é uma obrigação da Administração Pública, e com a transparência no processo licitatório, inserir o BDI nas planilhas de licitação, garantindo aos proponentes a devida remuneração, bem como o pagamento da garantia, risco, seguro e tributos.

Sim, é uma recomendação, e até concordo que seja em uma única linha. Mas independente do formato, sendo discriminado em planilha ou apenas uma linha, o pagamento desse item deve ser proporcional ao avanço físico da obra.

@A_Lei_em_Voz lembrei de algumas situações bem específicas, quando um profissional atua em uma determinada fase da obra, muitas vezes no meio ou no final dela, a exemplo do engenheiro mecânico. Ao constar em apenas uma composição, seu custo será deduzido do avanço físico da obra, mas ele não terá atuado no início. Isso pode ser entendido como uma antecipação de pagamento. Pior se a empresa abandonar a obra antes do inicio da atuação dele. Então são casos e casos, pois em uma retomada de obra com outra empresa, um percentual desse profissional já foi tomado...

Só vi agora sua resposta. É isso mesmo! Quando uma obra é paralisada ou encerrado o contrato, pode ficar um percentual de algum profissional da Administração Local medido sem que ele tenha atuado. E embora se crie a hipótese de "antecipação" de pagamento, esse novo custo de administração local tem que ser revisto para a continuidade da obra ou para uma nova licitação, pois a retomada não significa que terá o mesmo saldo de prazo do contrato/orçamento inicial.

Professor o senhor sabe qual item do acórdão cita que o detalhamento da Administração Local e Mobilização e Desmobilização dessa rubrica deve ocorrer mediante uma composição de custo unitária? Ou seja ambos itens devem ser apresentados como um único item na planilha.

Obrigado 👍

Valeu! Aproveite

Valeu! Obrigado.

Prezado Thiago, 1⁰ quartil, médio e 3⁰ quartil são valores estatísticos que tem como principal informação a incidência de valores para cada parâmetro (quartil). No 1⁰ quartil há a informação que até 25% dos dados coletados alcançam aquele valor. Já no 3⁰ quartil a informação é de que até 75% dos dados possuem valor inferior àquele. Entre o 1⁰ e o 3⁰ quartil há o valor médio. Conforme o Acórdão 2.622/2013, deve-se buscar o valor médio como parâmetro, mas não impede que se faça a avaliação pormenorizada de valores que superem o médio ou, até mesmo, o 3⁰ quartil. A busca na defesa não está apenas em embasar a definição estatística do quartil, mas na importância que o percentual da Administração Local deve ter sobre o valor do orçamento, estando este superior ao que determina o Acórdão. Uma explicação poderia ser a complexidade da obra, a necessidade de um profissional especializado por um dado período, a exemplo de engenheiro mecânico, engenheiro eletricista, engenheiro de fundações e/ou terraplanagem, e por aí vai... Mesmo assim, há setores da Administração Pública que limitam o percentual de Administração Local sobre o orçamento de forma linear e, muitas vezes, irredutível. Nada impede que bons argumentos possam justificar uma excepcionalidade.

Valeu!

Obrigado+

Obrigado.

O propósito é esse, disseminar o conhecimento.