A Conflitante Direção de "A Favorita"

"A Favorita" quase saiu de mãos abanando no Oscar, apesar de ter sido aclamado por grande parte da crítica. E por mais que eu goste de quase tudo no filme, tem um aspecto que me pareceu intragável: a direção. No vídeo de hoje, eu explico o porquê disso.
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EQUIPE:
- Max Valarezo: Roteiro, direção e apresentação
- Ana Caroline Silva: Direção de arte, cenografia
- Edu Varela e Pedro Neto: Identidade visual
Finalização por Ícaro Sousa e André Ribeiro
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FONTES:
Yorgos Lanthimos on ‘The Favourite’ and Why He Used Extreme Wide-Angle Lenses
collider.com/yorgos-lanthimos-...
‘The Favourite’: Oscar Nod Likely for DP Robbie Ryan, But Damned If He Knows Why
www.indiewire.com/2018/12/the...
All-Seeing Eyes: How Director Yorgos Lanthimos and DP Robbie Ryan Defy Period Film Aesthetics in The Favourite
www.moviemaker.com/archives/m...
The Favourite: A Review
www.forbes.com/sites/sheenasc...
91st Academy Awards
en.wikipedia.org/wiki/91st_Ac...
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MÚSICA
"Invitation to the Castle Ball", por Doug Maxwell
"Lamentation", por Kevin MacLeod
"Fond Memories", por SYBS
"Baroque Coffee House", por Doug Maxwell/Media Right Productions
"Nemesis", por ALBIS
"Renaissance Castle", por Doug Maxwell/Media Right Productions
"Crunk Knight", por Kevin MacLeod
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[@giulia8138]

A Favorita foi o filme mais injustiçado do Oscar.... Merecia no mínimo melhor roteiro!!

[@ericabs]

Yorgos Lanthimos utilizou lentes fisheye para dar a sensação de um espelho convexo, comuns nas casas daquela época. Com esse tipo de lente, é capaz de visualizar o ambiente inteiro. Em pinturas renascentistas, os pintores para capturarem mais realismo na tela, contavam com a ajuda de lentes e espelhos, côncavos ou convexos. Achei brilhante a direção do Yorgos. Amei a câmera diagonal!

[@nathaliavaleriano8015]

Eu tbm achei que casou tão bem e fez uma enorme diferença se comparado a outros filmes de época. Foi retratado de forma brilhante até pelas lentes

[@elatafalando]

Vcs dão muito valor para a mediocridade

[@MKvicio]

Além dos ângulos mais "baixos" servirem pra mostrar o tanto de poder que aqueles personagens tem e ainda enfatizar o tamanho do castelo em questão de altura. (por acaso, qual a fonte dessa informação? É algo que tu descobriu em entrevista com ele, algo que tu mesma observou ou algo que leu em uma critica? Queria links pra ler mais sobre)

[@MKvicio]

@@elatafalando 1.Esse seu comentário é só muito arrogante. 2. Você está tomando sua opinião e a do vídeo como verdade e se fechando completamente ao diálogo, que deveria se incentivado em um vídeo como esse, onde se tenta entender os motivos por trás de algo feito de forma completamente proposital por um diretor. 3. Se fechar ao diálogo é dar muito valor a própria mediocridade.

[@ericabs]

@@MKvicio eu sei disso por causa das aulas de Espelhos, em Física, quando fiz meu 2º Grau e cursinho pré-vestibular. Inclusive, o professor nos deu exemplos de pinturas de Leonardo da Vinci , "Monalisa" e a "O Casal Arnolfini", do Jan van Eyck.

[@mikannn]

Tava ansiosíssima pra esse vídeo

[@wellitonrocha1531]

Eu já quero um feat e chama a Carol também. Rsrs

[@barbozanderson]

@@wellitonrocha1531 já teve

[@renanberger7885]

Eu amei a direção como um todo. Essas técnicas causaram um estranhamento da porra, q casaram lindamente com a temática do filme.

[@camillabe]

Renan Berger siiiiim concordo

[@LinCMA]

penso o mesmo!

[@wellitonrocha1531]

Eu também amei.

[@thyagomoreschi7206]

Essa com certeza foi a intenção do Lanthimos, quem é acompanhou a filmografia dele sabe que ele gosta de causar estranhamento e tirar o expectador do lugar comum. É uma das assinaturas dele.

[@giulyanoviniciussanssilva2947]

Eu achei que era a única forma de vc entender que é o diretor dos filmes que nós conhecemos Kinodontas, O sacrifício do servo sagrado esse é o filme mais normal dele.

[@ramonhenriqueliraramos7074]

Uma análise baseada em critérios objetivos e que não rebaixa o filme em nenhum instante. Análise da técnica por quem é técnico. Não é apenas uma opinião qualquer. Ótimo vídeo!

[@cedrio1027]

pq não pode rebaixa o filme não? ele é intocável? só pq ganho premio tem algum mérito significativo? grandes merda

[@brunorosario5129]

@@cedrio1027 Não torna o filme ruim, só rebaixa um de seus elementos: a direção.

[@marcosladarense]

Ele apenas analisou os critérios objetivos. o papel de um diretor é muito maior do que isso é sim ter critérios significativos não apenas se valer do uso de câmera. Portanto não gostei dessa análise longa e prolixa do Max.

[@giulyanoviniciussanssilva2947]

Apesar que eu discordei um pouco mas ele faz isso muito bem.

[@sergiojunior1998]

Olá, Max! Ótimo vídeo! Mas venho discordar do que você fala sobre o sentimento conflitante trazido pelo uso da câmera num posicionamento que "pisa" no telespectador. Primeiramente, o tema principal do filme não é "ridicularizar os nobres". O filme é sobre submissão e ganância, traçando um paralelo entre como a futilidade e os sentimentos do trio principal influencia até mesmo na situação política de todo o reino. Levando isso em conta, é certeiro o filme criar esse conflito através dos seus planos. Porque sim, ele mostra que mesmo com os personagens sendo todos infantis e ridículos, AINDA ASSIM eles são "superiores" a nós e tem poder o suficiente pra mudar todo o país. Então no fim das contas, o que pra você foi um problema é na verdade uma das maiores virtudes da direção (na minha opinião). Enfim, mesmo discordando, ainda foi um ótimo vídeo. Parabéns pelo trabalho!

[@andreluizmaia22]

Isso resumiu bem o que eu senti a respeito dessa escolha pelos contra-plongées

[@marco.nascimento]

realmente, talvez esse conflito seja proposital mesmo

[@daianemorrudo2985]

Penso o mesmo. São uns idiotas, mas estão acima de nós porque detêm o poder. Continuo achando as escolhas do diretor super apropriadas.

[@jack27bcs]

Ótimos argumentos e belos contrapontos, consegui entender a perspectiva dos dois, mas ainda sim a direção peca no uso excessivo das técnicas citadas!

[@aaaaaarom]

Meu filme preferido dessa temporada do Oscar!

[@joaopaulolima5550]

O meu tbm

[@gabryelx7741]

Meu tbm

[@GuilhermeAlves-yh4sj]

meu também

[@jonedmarcelo1311]

Filmão

[@edumetal70]

Discordo. Pois bem, o diretor quer nos mostrar quão ridículos são esses personagens. As escolhas de enquadramentos e ângulos não entram em conflito porque eles refletem as atitudes dos personagens. Não tem relação com o que pensamos ou com o que iremos pensar. Sabemos que essas pessoas são ridículas, mas elas não sabem disso. E mesmo que soubessem, fica claro que elas não dão a mínima. É disso que se trata. Com isso essas opções se mostram não apenas coerentes como também bastante inteligentes.

[@educhinaski5753]

Concordo!

[@Iagov02]

Concordo. Acredito que o excesso é realmente pra mostrar a grandeza do lugar e causar estranhamento. Uma vez que as personagens e as situações tem suas estranhezas e particularidades incomuns!

[@mariacarolinafreire2661]

Concordo. E ainda acho que o ângulo baixo, mesmo que provoque esse senso de inferioridade no telespectador talvez faça isso propositalmente, não deixando de ser parte da ironia do filme, de forma que mesmo que ele mostre o quão ridículas são essas pessoas em uma escala social ainda estaríamos abaixo delas e deixando o telespectador com esse incômodo de "como essas pessoas patéticas podem ser superiores a mim".

[@Junior-xg5ux]

Eu enxergo no uso dessa câmera subversão, ele quis subverter o uso da câmera mesmo Eu gostei muito do filme, e digo mais, tirava esses óscares tudo de bohemian pra dar pra A Favorita

[@mestrekame5869]

Sim! E ainda tiraria os de roteiro de Green Book também....

[@Junior-xg5ux]

@@mestrekame5869 Sim cara!!!! verdade

[@gabriellecarvalho2614]

melhor roteiro original no meu coração e isso que importa

[@gabriellecarvalho2614]

só queria registrar mesmo

[@victoriacavalcante2318]

Concordo

[@adrieladson1725]

Também acho que deveria ter levado.

[@jacksonmariano4278]

Esse filme não levar roteiro foi no mínimo curioso

[@ianvitor662]

Fiquei mt triste quando Green Book levou essa categoria, A Favorita merecia mais

[@juliananovais389]

Quando ele usa contra plongee (câmera filmando no angulo de baixo pra cima) ele não faz o espectador se sentir abaixo dos personagens patéticos, mas demonstra como são patéticos aqueles que endeusamos. A lente que distorce os cantos (olho de peixe) reforçar se tratar de uma história distorcida, como todas as outras sobre essa época, não é real é uma distorção sobre o que supostamente ocorria. O movimento de panning demonstra que qualquer pessoa que tenha supostamente testemunhado esses fatos e escrito sobre não poderia acompanhar de fato, pois a cada giro que se faz pra olhar o que outro fala se perde as expressões daquele que está ouvindo, que revela o que de fato pensa, e não o que quer aparentar estar sentindo quando coloca a máscara para falar. Ou seja todos os relatos são unidirecionais, distorcidos, mas estamos habituados a aceitar como verdade baseado em fatos algo que na realidade nunca passou de boatos. E demonstra também com o tamanho desses espaços o quanto seria difícil ouvir tudo que é dito de um lado e de outro, e como era fácil se distrair com a quantidade de coisas acumuladas nesses ambientes. E pra mim faz total sentido. O que ele fez foi contar uma história de forma "realista" enquadrando de forma fantasiosa, quando normalmente conta histórias fantasiosas enquadrando de forma realista.

[@guiscardini]

Nossa Max, discordo completamente. As duas técnicas (panning e olho de peixe) claramente precisam de um aparato tecnológico moderno pra acontecerem, e pra mim o Yorgos estava tentando jogar esse anacronismo na nossa cara, pra desconcertar, e causar estranheza. O tempo todo eu era lembrado por essas técnicas de que eu estava em um outro tempo-espaço no filme, de maneira sutil e subjetiva o suficiente pra eu transportar esse mal estar pros cenários do filme, e ver aqueles personagens com a estranheza que certamente planos estáticos e abertos não causariam. Normalmente, filmes de época me cansam, e esse me deixou na ponta da cadeira o tempo todo. Foi mal, mas vou ter que ficar totalmente contra vc dessa vez!

[@marcosladarense]

hipermediacao chama-se isso !Bingo

[@MKvicio]

O uso de olho de peixe não serviria pra dar uma sensação de incômodo? E o ângulo baixo não seria usado por que é uma história que trata mto de poder? Até pq existem diferentes ângulos baixos diferentes um dos outros

[@MKvicio]

Alem de ser possível argumentar que as três coisas servem bem ao propósito de colocar em tela o quão grande é aquele castelo, com ângulos de baixo que deixa o teto parece ainda mais longe, tendo que percorrer toda a distância de um personagem ao outro com os olhos nos pan e tendo como o próprio vídeo fala a olho de peixe é uma lente bem aberta

[@yannlimarodrigues]

@@MKvicio Uma grande angular mais "comum" seria suficiente pra mostrar o tamanho e suntuosidade dos ambientes. E é justamente aí que discordo da crítico do Max. O Yorgos é um diretor capaz e sabemos que ele fazer esse tipo de escolha é proposital. Ele sabe quais os problemas que a lente "olho de peixe" vai trazer. Então, se ele sabe os problemas, por que ele a usa em excesso de propósito? Porque ele quer se aproveitar desses problemas como parte da mensagem narrativa através da estética. O Max tá certo em apontar que a olho de peixe deforma muito as bordas e nisso acaba atrapalhando a ver o tamanho. Mas se for ver, a maioria dos filmes de época aposta nessa suntuosidade. Faz sentido A Favorita, com trama e tantas técnicas que visam ridicularizar ou criticar a visão de poder da nobreza do filme, usar a lente somente pra mostrar suntuosidade? A deformação causada pela olho de peixe na verdade soma à crítica do filme por "corromper" essa suntuosidade.

[@acsagabriela1080]

@@yannlimarodrigues Exatamente

[@Vladobrane]

@@yannlimarodrigues ok, faria sentido *se* o olho de peixe não fosse usado Até mesmo dentro de quartos pequenos e em florestas. Ou seja, se fosse pra "distorcer" a suntuosidade, então o diretor deveria ter pensado melhor quando e onde usar...

[@yannlimarodrigues]

@@Vladobrane eu tava respondendo uma questão de tamanho dos espaços, por isso falei mais da suntuosidade. Mas não vejo isso como o único propósito do uso da lente. Em uma entrevista que linkaram em outro comentário, o Yorgos fala sobre esse uso. A lente distorcendo nas bordas mostra como todos os ambientes ocupados por esses personagens são corrompidos, pelo poder que eles têm de afetar toda a nação através das suas maquinações. Então usar a olho de peixe em uma Externa não perde o sentido, porque os personagens estão lá e são eles, símbolos dessa nobreza, os agentes corruptores, não a lente em si. Ela só é a ferramenta para gerar essa linguagem visual.

[@stelladib2549]

Será que ele nao usou essa reperticao justamente como ironia, ja que como vc mesmo explicou, o a historia é cheia de reviravoltas e surpresas?

[@jandaia1737]

quando uma pessoa faz algo ruim, intencionou ou não, continua ruim

[@MatheusGoblet]

@@jandaia1737 mas aí que está o problema, as ideias de direção dele podem ser ruins para você, mas teve gente que gostou, eu particularmente, pois distorceu toda a minha visão em torno de filmes de época, é um filme que tem um olhar muito particular e único

[@jandaia1737]

@@MatheusGoblet É, tem esse ponto. Mas pra mim foi mais questão de conforto mesmo, eu achei legal o olho de peixe, mas aquelas "viradas de rosto" da câmera me deixava bem tonto. Pra quem não sentiu isso deve ter aproveitado bem melhor que eu

[@MatheusGoblet]

@@jandaia1737 você deve morrer de enjoo vendo os filmes do Gaspar Noé, porque quem é sensível a câmeras que se movem o tempo todo assim, não ia aguentar ver filmes desse cara

[@juliotimberlake1]

O diretor de fotografia do filme disse (eu vi o trecho no Jornal Nacional, então não é disse-me-disse) que a olho de peixe foi usada para criar a sensação de que estamos preso no cenário por conta do efeito que dá nas laterais, como se pudéssemos presenciar cada canto do local e isso nos mantivesse presos

[@joaovyctoroliveiraneves7625]

Por que não fazer um vídeo sobre como funciona a avaliação dos filmes no Oscar ?

[@estefaniamoreno3122]

corporativismo, creio eu

[@williansouza4835]

Acho q também por não ser nenhuma novidade, existem infinitos vídeos sobre isso. Carol Moreira tem uma playlist inteira sobre o tema.

[@vnrender]

Oq é isso kkkkk opinião é q n aquilo mesmo, pq eu acho essas técnicas do yorgos espetaculares e é uma marca visual dele em a lagosta e sacrifício do cervo sagrado também. Quem souber inglês por favor leia essa reportagem com o diretor de fotografia do filme. deadline.com/2018/11/the-favourite-robbie-ryan-yorgos-lanthimos-cinematography-interview-1202494103/

[@andreiamiguens5778]

O panning ficou exaustivo mesmo. Tem uns ambientes (ex. O quarto da rainha) que já conhecemos e não precisa mais disso. Muito bom!

[@andreluizmendesdossantos7715]

Gosto de como você não tem medo de contrariar seu público como nesse vídeo e naquele sobre Nasce uma Estrela. Parabéns! Pra mim a repetição dessas técnicas foi proposital. Era pro filme ficar com um visual distorcido como um todo. Sobre Nasce uma Estrela, eu senti exatamente o mesmo: que o filme se perde na crítica da artificialidade.

[@Fabricionunes1989]

Max, tanta coisa pra você comentar sobre esse filme e vc vem criticar a identidade visual que o diretor quis usar? Sinceramente achei desnecessário...o Yorgos é famoso por ser bastante excêntrico com os movimentos de cena desde os primeiros filmes...nada do que vc disse me incomodou. Mas é sua opinião e eu respeito!

[@renatomism]

Na verdade o vídeo é um ensaio sobre como a técnica auxilia na narrativa, tanto que ele também aponta as escolhas do diretor que considerou boas. Além disso, tem tanto vídeos no youtube analisando A Favorita, é legal buscar outras perspectivas.

[@lulima8064]

"Tantas coisas", mas ele escolhe falar disso. É um direito dele. E eh só pq o diretor tem fama de excêntrico que ele fica livre de qualquer análise? Wtf

[@brunofarias4540]

Concordo com você, Fabrício! Ousadia é sinônimo de Lanthimos. Das provocações levantadas por Valarezo, só concordo, em parte, com o uso desenfreado da "olho de peixe". Inicialmente, encarei esse recurso como uma "espiada" na intimidade das personagens, mas depois , com seu uso excessivo, como uma distorção daquela realidade social e seus desvios de conduta. Outra forma de ver o uso da "Olho de peixe" é como uma estratégia para indicar que mesmo sendo um filme com elementos históricos, não passa de uma ficção, uma história criada.

[@Fabricionunes1989]

@@lulima8064 Só acho que o filme é tão rico em tantos aspectos que ele se apegou em um detalhe que, pelo menos pra mim, não atrapalhou em nada a experiência. Mas é um direito dele criticar e analisar o que ele quiser, assim como é um direito meu concordar ou discordar da análise dele.

[@Fabricionunes1989]

@@brunofarias4540 Eu entendi que o diretor quis imprimir essa estética estranha no filme todo, tornando um produto esteticamente homogêneo. Eu acharia pior se ele tivesse usado como recurso para chamar atenção a cenas específicas e o restante do filme fosse filmado de forma mais convencional.

[@FilipeSousaSousa]

Acho que ele (diretor) quis trazer um desconforto para quem tá vendo, que nem no Dente Canino, que por vezes filma só partes dos personagens e é estranho para quem tá vendo, mas que ao mesmo tempo combina com o filme. E A Favorita é um filmão da porr@, devia ter ganhado mais oscars.

[@gabrielferreira1531]

Era esse filme que merecia o oscar de melhor filme

[@guithur]

Melhor Roteiro e Melhor Edição foram roubados de A Favorita, e por mais que estivesse torcendo muito por Roma, Melhor Filme pra Favorita não seria exagero nenhum. Melhor Atriz eu gosto mas ao mesmo tempo sei que a Glenn Close foi muito superior e merecia mais.

[@andrem9270]

Talvez a Glenn close não foi melhor. Ela tem uma cara hiper expressiva assim como Willem Dafoe e Jack Nicholson por ex. Acho que pra eles é muito fácil parecer transtornados ou loucos Então esse tipo de ator/atriz vai bem até recitando embalagem de macarrão.

[@guithur]

@@andrem9270 Até entendo, as duas dão 100% do que o filme precisava. Mas acho que a Glenn Close é até maior que o próprio filme, sem falar do ''conjunto da obra'', acho um pecado ela não ter ganho. Sem desmerecer a Olivia, acho que ela da um show também.

[@mestrekame5869]

Glenn foi muito superior em termos de carreira, mas A Esposa não é nem o melhor filme nem performance dela. A Favorita merecia mesmo o Oscar de melhor roteiro e até de melhor filme....

[@brendabezerra8943]

O objetivo não era mostrar o espaço por mostrar e exibir a grandiosidade dos detalhes dos cenários, a escolha da olho de peixe tem propósito e eu acho estranho partir do pressuposto que essa estranhesa enfadonha seja algo que saiu do controle, quando claramente eram essas as sensações buscadas pelo diretor... Nunca pensei que esse dia chegaria, mas hoje eu discordo completamente do Max kkkkkkk

[@FabioBReis]

Pensei a mesma coisa. Tô louco pra assistir esse filme. Isso me faz lembrar o Wes Anderson, que abusa dos planos simétricos e ninguém reclama. Eu particularmente não gosto, pois deixa tudo muito artificial. Quem soube usar de planos simétricos e câmera estática muito bem foi a série Desventuras em Série, do Netflix.

[@Vladobrane]

Mas aí cria uma estranhesa de usar toda hora, até quando podia usar outras técnicas, não? Sei lá, usar só a técnica de olho de peixe exaustivamente pra ela sevir para um propósito de estranhesa é ok, mas e o Panning que também é usado exaustivamente?

[@Gabrielcezar94]

Não é questão só de parecer, com o uso da olho de peixe, que estamos espiando, na verdade é mais uma questão de extender o senso de distorção daquele mundo, daí que não acho que o uso dessa lente, ou o panning, sejam para enfatizar uma partícula cena, mas para criar um senso geral de algo estranho e alterado.

[@Gabrielcezar94]

E outra que vc fala é do uso constante de contra plongée. Pra vc parece que de início é legal porque estamos tratando de pessoas da nobreza, mas que depois isso parece rebaixar demais o público. Mas o recurso está lá justamente para ressaltar esse estado alterado de todos, que se acham cada um superiores aos outros. Achando que cada um tem o poder, quando na verdade vc nunca sabe de onde virá a rasteira. A questão não é "pisar na gente" mas tratar da ironia de que eles se acham no poder mas são mais ridículos do que acham.

[@Gabrielcezar94]

E o estilo repetitivo está lá exatamente como uma ironia à ilusória variedade da trama. Os personagens estão por demais presos à seus vícios e enganos que não importa mudar, continuam na mesma armadilha.

[@TheEvilDatsuTube]

Isso não me irritou em A Favorita, mas ironicamente me irritou extremamente em O Sacrifício Do Cervo Sagrado.

[@thalinechagas3680]

Obrigada Max , por mais esse vídeo que trata com originalidade , coerência e didática perspectivas particulares das obras da cinematográficas que tanto amamos apreciar.

[@kaiomatheus7403]

Eu acho muito interessante esses assuntos do qual se trata técnicas mais profundas de um filme, as técnicas que as "pessoas comuns" ignoram, muitos nem citam, só os assuntos comuns. Amo muito seus vídeos 😍

[@Vinicius-ph2uo]

Não acho que você possa ter certeza das intenções do diretor. É evidente que ele não quis usar a olho de peixe pra mostrar a suntuosidade do palácio, até pq ela é usada em cenários em que isso inexiste. Foi uma escolha ousada e até o momento não sei a razão dele ter escolhido essa técnica. O panning é uma escolha do diretor, o filme usa isso pra criar uma identidade visual, não sei como isso poderia ser dito como erro do diretor. Não acho que o vídeo possa se dar ao papel de fazer uma avaliação técnica do trabalho de direção, até pq foi baseada em especulações das intenções do diretor.

[@CattarinaGuanais]

Nossa, amei o vídeo! Excelentes referências! Amei a explicação sobre as lentes e a correlação do uso variado de milímetros baseado na significância dos pedaços do Roteiro. Faz todo sentido a Direção ser considerada “a desejar” quando se vê as coisas desse ponto de vista!! Ou melhor, desse ângulo...

[@flavialima141]

Maravilhoso como sempre! Aprendo muito com seu canal.

[@isabelasantanaazevedo]

Faz análise do filme Cold War, ele tava indicado na categoria de filme estrangeiro no Oscar

[@SauloBenigno]

Que show de edição esse episódio Max :) , que análise, parabéns!

[@guilhermecamargoguimaraes1369]

Muito obrigado por falar deste filme Max!! Eu amo esse filme, e olha por esse perspectiva, só faz enriquecer mais!! Mas, por favor fale sobre sua opinião sobre Green Book! Ele realmente mereceu o Oscar? Abraços!

[@glauciodf]

Mesmo que vc tenha achado exaustivo, a direção não se resume apenas à fotografia, achei justa a indicação.

[@dricadriandrade1740]

Também! Estava tão envolvida no filme que mesmo com essas lentes não me cansaram.

[@marymarimarie4017]

Parabéns pela análise, aprendemos muito com você.

[@andreluizmaia22]

Eu vou ter que discordar sobre uma pá de coisas em relação ao vídeo, especialmente sobre o uso da grande angular. Eu gosto como a câmera distorcida reflete aquele ambiente não apenas fisicamente, mas psicologicamente. E isso não fica evidente logo de cara. Só quando a gente percebe aquela nobreza completamente desconectada da realidade do resto do reino e os jogos mesquinhos de poder que isso começa a se encaixar. Sem contar que a lente olho de peixe de 6mm, com essa distorção proeminente, tornam as cenas paradoxalmente amplas e claustrofóbicas, com a sensação de que aqueles cenários enormes vão te espremer e te sufocar a qualquer momento, algo que os personagens vivenciam com alguma frequência. No mais, adoro seu canal, concordei com alguns aspectos do vídeo, mas, em geral, concordamos em discordar.

[@Pholux777]

Exatamente o que eu vim comentar! Mesmo repetitivo e estranho, esse é o objetivo do diretor. Ele mesmo diz que não gosta de seguir regra nenhuma.

[@DougEmpires]

Uma das melhores coisas do filme é exatamente esse senso de isolamento, de que os assuntos externos, mesmo que presentes, não importam tanto, e parte disso só é possível por conta das brilhantes escolhas estéticas, encaixotando os lugares, as personagens. "a distorção circular automaticamente direciona o nosso olhar para o centro do quadro" (pegando uma fala sua). Aliás, eu não sei o que você achou de Roma, mas reclamar de repetição de movimento aqui e aclamar lá seria incoerente então espero que você não tenha gostado tanto de Roma para o seu próprio bem =p Sua voz é muito boa pra narrar as coisas, continuo gostando de seus vídeos. Uma fala do diretor de fotografia que resume bem a questão: "Yorgos e as lentes abertas são grande parte de sua narrativa. Ele realmente gosta de contar a história com uma lente larga. Se você ler nas entrelinhas o que as lentes fizeram para o filme, a coisa que eu assisti ao filme foi muito claustrofóbico. Pela natureza de poder ver tudo à sua frente, você percebe que os personagens estão quase presos no local. Mesmo que tenham todo esse luxo e poder, eles estão um pouco isolados neste mundo. A lente larga é dupla. Ao mostrar a sala inteira e também isolar o personagem em um espaço pequeno - como um personagem pequeno em um grande espaço - você tem a sensação de não escapar. Acho que uma das críticas do filme dizia que era como um playground que se transforma em um campo de batalha que se transforma em uma prisão. Eu acho que é uma boa explicação do que o filme tenta transmitir com esses personagens. Eu acho que as lentes largas são bastante integrantes para isso também."

[@ericaholiveira2895]

Amei esse vídeo!!! 😍 Agora eu entendi porque a câmera olho de peixe me incomodou tanto. Max você é brilhante!!! Queria entender assim de cinema.

[@cassioalexan]

Max, eu lembrei logo do Wes Anderson, que faz algo parecido em seus filmes, movimentando a câmera de um lado pro outro com uma certa frequência também (não sei se o nome também é panning), porém com o Wes eu não sinto essa canseira, esse exagero que Yorgos Lanthimos imprimiu neste filme. O que pode dizer sobre como o Wes Anderson emprega essa mesma técnica (ou técnica semelhante)? Por que com ele não sentimos esse "erro na mão"?

[@jrvassalo]

Vi o filme hoje e amo o canal...fiquei feliz de ver vídeo sobre o filme... Nem tinha percebido o lance do panning... Enquanto o do "olho de peixe" me surpreendeu muito na parte da carruagem no começo.

[@HugodeFreitas]

Mais um excelente ensaio porém tenho que discordar (assim como discordei no último vídeo sobre A Star is Born). O fish-eye, os contra-punglés e os pannings só se tornam cansativos quando você edita todas as sequências dessa forma. Vi o filme no cinema e em nenhum momento me incomodou. A forma como você abordou desconsidera o talento do diretor e supõe que ele usou essas técnicas até a exaustão apenas pela experimentação. O filme além de ser uma sátira à corte inglesa, também revela que sim, eles são ridículos mas são a realeza. Exatamente o que você criticou. Ora, essa é uma das propostas do filme, mostrar o quão caricatos e cômicos eles são ao mesmo tempo que as decisões que eles tomam impactam na vida de um país inteiro. Então sim, eles são superiores que nós. Apenas uma observação (já que vi o último vídeo também), do jeito que você foca nos aspectos negativos, você acaba detonando os filmes e suprimindo quaisquer qualidades neles sendo que você começa o ensaio destacando que eles foram indicados a 8, 10 Oscar's. Acaba focando em aspectos negativos e tira a beleza do restante do filme.

[@tym6524]

Parabéns! Você colocou luz em algo que costuma passar despercebido para o grande público. E a relação entre a montagem com o teor que ela pretende enquadrar.

[@ullyoflores]

Assisti a esse vídeo com sentimentos bem conflitantes, como você mesmo colocou. Quando você faz uma montagem com todos os movimentos de câmera, a sensação chega a ser agoniante e incomoda bastante, mas não tive essa impressão assistindo ao filme, achei que tudo acontece de forma fluida durante a história, mas isso pode ter sido só minha perspectiva. Em algumas entrevistas, o diretor de fotografia explica que a função das lentes fisheye é para mostrar o isolamento desses personagens naqueles espaços enormes, as pessoas ficam pequenas quando as comparamos o tamanho dos ambientes. Há uma sensação de solidão. Ele disse também que o filme é uma comédia, e ele gostou de brincar com isso, era apenas pra ser divertido, muito menos do que técnico. Yorgos sempre comentou sobre o fato da câmera nos seus filmes funcionar quase como uma entidade a parte, uma presença, e dentro de uma comédia, acho que ela só estava ali pra brincar e esticar esse elástico o máximo antes dele se partir. Inclusive, acho que a câmera filmando sempre de baixo pra cima trás impacto nas poucas cenas onde ela é filmada de cima pra baixo. Apesar de ridicularizar a realeza, eles ainda detém o poder e são responsáveis pelas tomadas de decisão, então, nesse ponto há uma superioridade sim. Acho que outro aspecto a ser avaliado é de como o diretor sempre distorceu a realidade nos seus filmes, ele é conhecido por isso. Seja na forma como as pessoas se comportam ou na trama das histórias, sempre que assistimos aos seus filmes sabemos que não estamos vendo um retrato perfeito da realidade. Ele sempre quebrou regras quando se trata do "real", e acho que dessa vez A Favorita quebrou as regras na forma como foi filmada. Ele sempre teve sua própria mitologia, e acho que aqui não é diferente. Dito isso, eu sou uma confessa fã do seu trabalho Max. Apesar de não ter concordado em tudo que disse nesse vídeo, eu sempre fico muito feliz de ver s sua perspectiva sobre os filmes. Na verdade acho que essa é a primeira vez que eu não tenha concordado em tudo. Obrigada por sempre trazer questionamentos (:

[@RafaelaTex]

A quem chame a essa repetição de coerência

[@JoaoNeto-is5qp]

Gostei bastante do vídeo, Max. Você tem um dos canais mais legais do youtube na minha opinião. Uma observação que eu tenho a fazer é sobre um outro aspecto da lente olho de peixe: vi em algum lugar (talvez um comentário do próprio diretor) que ele usou a lente olho de peixe e a grande angular para o espectador ter uma visão maior da cena e causar uma sensação claustrofóbica como a sensação de não poder escapar do lugar.

[@murillohott6130]

Que isso, suas análises são sensacionais!

[@deadmaufeio5537]

Wes Anderson girava a câmera toda hora em Hotel Busapeste e ninguém reclamou. Dois pesos duas medidas?? Achei justa a indicação do Yorgos, um dos meus diretores preferidos atuais

[@marco.nascimento]

Análise foda!! Engraçado que não me incomodou na hora, apesar de ter percebido, pois são bem evidentes e repetitivas. Talvez seja parte da estética mesmo que o diretor quis criar, com a olho de peixe mostrando o quão distorcido é aquele meio, além de mostrar os ambientes. E o panning seja pra enfatizar o quão rápido muda o jogo de poder ali mostrado, entre as duas que tentam ser a favorita da rainha. Eu realmente teria que assistir de novo, e irei, pra ver com calma se a técnica serve ao seu propósito em cada vez que é utilizada ou se é apenas vazio mesmo. Acho que minha nota baixou meia estrela de cinco depois desse vídeo hahaha mas continua sendo o meu segundo preferido dessa temporada de Oscar, atrás somente de Roma. Deveria ter levado Melhor Roteiro Original facilmente. Enfim, parabéns pelo trampo, abraços :))

[@drawhq]

A forma mais gostosa de aprender sobre cinema. Cada vídeo, uma aula!

[@jandaia1737]

fiquei foi tonto de tanto ver essa câmera virar

[@Davi-hy5gv]

Não consigo imaginar esse filme filmado de outra forma. A direção chega a ser incomoda assim como a trilha sonora pra mim a obra se casa com a direção.

[@fabricio999999]

Gosto muito das suas análises!

[@ProfPsiAlana]

Muito bom, Max! Por causa de seu vídeo eu consegui entender porque fiquei cansada ao assistir A Favorita. E como vc disse, a história do filme é muito boa!

[@eniofilho1404]

Bom...boa analise, é claro que tem explicações como por exemplo o uso do contra plongée que como vc mesmo disse no video, é para passar essa sensação de poder por parte dos personagens que em sua maioria são da nobreza, é claro que depois de um tempo pode-se ter essa sensação de cansaço visual e meio que uma contradição da mensagem que o film queria passar, acho interessante seu ponto de vista, mas é ai que ao meu ver ocorre a junção do angulo com a lente olho de peixe (tbm citada por vc que é usada frequentemente), nesse caso eu tbm vi o uso dessa lente com o propósito de que tivéssemos essa visão distorcida desses nobres, pois como vemos no filme até mesmo o personagem do Nicholas Hoult que de certa forma queria que houvesse um fim na guerra, tbm se mostrava um personagem bem problemático, ou seja o uso frequente dessa lente e do angulo de camera era para mostrar o quanto todos ali eram estranhos, tinham uma aparência distorcida perante a posição em que eles se encontravam. Bom esse foi meu modo de ver esse uso frequente que até então não me incomodou ao assistir o filme.

[@WillLOL123]

O que lhe desagradou foi justamente o que eu mais gostei. A direção incômoda e repetitiva, por várias vezes excêntrica, era o propósito do Yorgos. Se o longa no aspecto visual lhe deixou desconcertado, então ele cumpriu bem o seu objetivo.

[@claudiaborges6436]

Este canal amplia, fantasticamente, a forma de ver o cinema.

[@edipo4ever]

Parabéns pela crítica extremamente bem fundamentada e respeitosa à obra e ao diretor. Quando assisti a esse filme senti que realmente era uma grande obra, com alguma coisa faltando... Quase um gosto agridoce. Sua crítica me ajudou a entender essa mistura de sentimentos sobre o filme 🤓

[@lbcortez]

Parabéns pela crítica!! Excelente!!

[@turmadaembrosia6864]

Max, por favor fale sobre "The House That Jack Built". Não consegui concluir se esse é um bom filme, mas de certo é um filme interessante

[@mabrickjuliocezar4214]

Vi a favorita ontem no Shopping jardin Sul em São Paulo, achei incrível, que final impressionante, a rainha coloca a Abigail no lugar que ela merece! Eu gostei muito dos movimentos de câmera , lembra o Kubrick dentro do labirinto em O iluminado! E a câmara baixa lembra cidadão kane!

[@jeremyerudon]

sinceramente? eu não achei exaustivo o suficiente. a trama e a fotografia foram o que mais me perderam ao filme. aliás, não posso negar que vemos vários exageros, mas acho que se trata de uma forma poética de levar o filme. pense no barroco e no rococó. esse filme é barroco. enfim. não sei o que achar dessa análise. mas vou assistir o filme novamente. vai que eu consigo aprimorar um pouco mais meus conhecimentos em cima dele né :v

[@vitorfinati7638]

Max está ousadíssimo nos vídeos hehe curti!! gosto desses vídeos que desafiam nossa visão inicial sobre algo. Vou admitir que parando pra refletir a repetição das técnicas pode ter sido algo que não me fez ter um apego tão grande com o filme, apesar de eu ter gostado ainda. Só não concordo muito com a visão de que o uso de contra plongée acaba ridicularizando o público. Acho que a ideia do filme é ridicularizar a monarquia e ele usa esses planos para mostrar como mesmo sabendo disso, nós temos a tendência de engrandecê-los. Parabéns pelo vídeo Max!

[@jacobvsn1]

A questão da lente distorcendo o tempo todo, pra mim foi usado de uma forma bem original, justamente porque é usado em demasia, de certa forma é como se a distorção da grandeza desse lugar estivesse sempre presente. Enfatiza ao mesmo tempo um certo vazio quando a gente olha pra esses personagens isolados em meio a todo esse espaço. É como se estivesse expressando as leis desse mundo. Da mesma forma é o ângulo baixo, passa a ideia de que há sempre um jogo de poder ininterrupto, um personagem querendo passar por cima do outro, ao mesmo tempo que passa a sensação de opressão no expectador. O contraste entre ter poder e ainda sim ser ridículo é sensacional. Do ponto de vista humano nossa busca por poder se torna meio ridícula quando a gente para pra perceber o sofrimento que causamos. Acho que não se trata de como a câmera normalmente é usada, ou como deveria ser, mas sim sobre o que o diretor quiz passar, o que nem sempre precisa agradar as normas. O jogo entre os personagens é incessante por mais na merda que eles estejam. Então pra mim faz todo sentido a repetição. É quase uma rima, os lugares e as situações mudam, mas a semelhança permanece. O jogo de poder permanece.

[@pedrorian528]

a lente olho de peixe nesse filme foi usada pra captar os personagens solitários em ambientes grandes

[@marvelsnapnoob]

Adorei o vídeo! Me deu uma noção de como as câmeras devem ser usadas para passar certas mensagens, claro que como bom entendedor, sei que nem sempre elas irão seguir o propósito óbvio e podem servir para inovar! Quando vi o filme, n fiquei incomodado, mas no vídeo, vc mostrando toda hora as câmeras deu até dor de cabeça kkkkk. Acho que se ele tivesse usado menos, teria ficado melhor mesmo!

[@kenn4935]

Max, POR FAVOR, LÊ ESSE COMENTÁRIO! rsrsrs Já que você tocou brevemente no fato de que esse filme tem três protagonistas, isso me trouxe à memória que você já foi aluno do Pablo Villaça. Eu também já fui. E eu lembro que ele sempre fala que um filme só tem um protagonista, mesmo aqueles com diversos plots, como no caso de Magnólia. Pelo que pude notar, você não é adepto dessa visão (acadêmica, creio eu). Faz um vídeo sobre isso ou pelo menos indica quais atores pensam assim. Você tem algum artigo que explique a teoria do único protagonista? Quanto ao víde muito bom!! Falou exatamente o que eu pensava e tinha "medo" de falar, já que foi um dos filmes mais elogiados pelos cinéfilos nessa temporada de premiações.

[@afonsocbrasil]

Interpretei o uso do fisheye e as distorções causadas como uma forma de mostrar o quão o ambiente do palácio e os seus personagens são surreais. São personagens caricatos que, mesmo longe da guerra, tem o poder de decidi-la, e a vida de milhares de pessoas é decidida ao prazer de seus humores e luxúria. Vai ter vídeo sobre Green Book?

[@BasicLand-Swamp]

Nem assisti o vídeo ainda, mas já queria deixar meus parabéns ao Max que participou da premiação do Oscar pelo canal da TNT. Sucesso! Porque você merece.

[@EdsonSantana92]

Vi em algum lugar que o uso da olho de peixe era conceitual, devido aos espelhos da época serem todos assim.

[@Rafylt]

O melhor roteiro, atriz, figurino e direção de arte do oscar, diria que até melhor montagem, e pq não filme. Até entendo o seu PONTO DE VISTA, mas realmente não acho necessário controlar essas técnicas de filmagem... cada vez que aparecia o olho de peixe eu ficava maravilhado, queria é mais

[@ramonhenriqueliraramos7074]

Ainda bem que é o ponto de vista de alguém que dedicou a vida a estudar cinema e que utiliza critérios bem definidos para o fazer. Desnecessário é um comentário cuja natureza é apenas a crítica pela crítica, sem nenhum mérito maior. Um traz conhecimento; o outro, repulsa.

[@jvbcb3214]

@@ramonhenriqueliraramos7074 Não seja babaca, o cara só discordou, com educação, não faltou com respeito e argumentou o ponto de vista dele, assim como o Max.

[@thaykle]

Discordo sobre melhor figurino, Pantera Negra usou muito da criatividade para criar seus figurinos, já A Favorita apenas usou o óbvio figurino de época

[@brunofossari]

Eu imaginei que ele tivesse usado a olho de peixe justamente com a intenção de distorcer os cenários para fazer uma comparação com o comportamento "distorcido" dos personagens

[@cassioalexan]

Perfeitas suas colocações, Max. Eu mesmo fiquei atordoado só em assistir seu vídeo, em que mostra os defeitos desse longa - sim, considero como defeitos, pois se uma obra qualquer fica "carregada" de características como as que você apontou, longe de ser uma inovação, pra mim prejudica tanto, a ponto de eu mesmo nem querer assistir ao filme completo. É estranho que ninguém tenha observado isso quando o filme estava sendo editado - nos exageros de técnicas de câmera muito mal empregadas pelo diretor. Ou se perceberam, viram que era tarde demais consertar, até porque foram várias cenas. Uma pena! O filme parece realmente interessante. Mas é cansativo de se ver!

[@quinho32]

Muito Bom, uma aula de análise, defende sua tese com exemplos claros e muito bem demonstrado. E é claro com elegância e polidez, típicas de um verdadeira gentleman. Para béns, você talvez tenha me mostrado porque gosto menos desse filme que os outros do diretor.

[@zimtonia]

Encontrei muita semelhança com a estética de Stanley Kubrick durante toda a projeção do filme, inclusive nas pontuações da trilha. E principalmente na cena final, naquela sobreposição com os rostos e os coelhos. É muito Kubrickiano... Lembrei de "Barry Lyndon" (1975).

[@luciosbr]

ótimo vídeo, ótima análise

[@victornovaes6431]

Tive a mesma sensação com o regresso: o diretor fica mudando a câmera de lugar tantas vezes que desmancha o realismo que o filme se propunha.

[@anacarolinemonteiro5049]

Eu vi uma entrevista do diretor de fotografia falando que o uso do olho de peixe e das rotações são para criar uma sensação de claustrofobia e de prisão. Como se os personagens estivessem presos naqueles cenários e em busca de uma saída que não existe. É algo que acho bem coerente com a história do filme. Mas vou ver o filme novamente para observar se as repetições me incomodam

[@brazinterma1900]

Oi Max (chara do filho do Pateta) Eu tenho uma sugestão de um vídeo para seu canal com este título: " A Intimidade de O Primeiro Homem". Ao contrário de muitos filmes sobre a corrida espacial que normalmente são carregados com teores patriótico (Apollo 13), épico (Os Eleitos) ou filosóficos (Gravidade) a obra de Damien Chazelle explora a jornada intima de Neil Armstrong tanto no lado pessoal quanto na sua missão da NASA. Uma pena que o filme não sido muito lembrado no Oscar, mesmo conquistando a estatueta de efeitos visuais, merecia mais do que só 4 indicações. Na minha opinião Ryan Gosling tem a melhor performance protagonista de 2018, superando inclusive Ethan Hawke (First Reformed). Bom fica a dica!

[@FernandaValente]

ótima análise!

[@Bruninhobrait]

Pra mim a direção funcionou sem nenhum problema, tanto que nem reparei nessas repetições de movimentos de câmera e achei mt corajoso o uso de fish eye (além de dar um efeito estético singular maravilhoso). Penso que essas repetições funcionam justamente na forma do filme como um todo, pois ajudam a moldar um estilo único à obra, tanto que quando eu me recordo do filme não me lembro de nenhum diálogo em particular, mas sim de sua fotografia e direção, mas é claro que isso pode não agradar muitas pessoas.

[@kaiowicca]

A escolha do ângulo da câmera não se baseia apenas em técnica, e sim no uso sobre uma perspectiva semiótica da história. Acho que seria um bom contraponto a ser analisado no vídeo. O uso exagerado desses recursos afirmam algo na narrativa. Desde ter a sensação dos personagens estarem presos e enclasurados aos ambientes, com o fish eye. A sensação de superioridade com a filmagem de baixo. Afinal, é um filme sobre poder e estar preso dentro sistema. Muito bom o vídeo e obrigado por gerar questionamentos saudáveis.

[@johnfrogman3710]

o convite do diretor não era para rir da nobreza, e sim do ser humano como um todo. o ângulo de baixo é para nos mostrar q mesmo a “casta superior” da sociedade, tão super valorizada pela história, pela arte e pela vontade de ascensão social, também é composta de pessoas desprezivelmente falíveis.

[@almeidaws]

acho que, talvez, justamente pelo roteiro ser tão inconstante é que se procurou manter as técnicas constantes. talvez essa discordância seja proposital, caso contrário talvez não tenhamos nada minimamente previsível no filme, o que também é desconfortável.

[@albertbrasileiro484]

Ótima analise!

[@Dipropionato_de_Betametasona]

é como voce falou, boas ideias so que mal executadas, esse panning me deu um enjoou do cacet, e a olho de peixe da mais certo em lugares fechados.

[@isiscfb]

As cenas com olho de peixe me incomodou muito e não entendia o porquê disso😪

[@canalmarcelcarvalho]

Ao começar a assistir o filme, logo percebi esses detalhes das câmeras, porém, com o breve passar do tempo, meu cérebro se acostumou com essa proposta do diretor e acabou focando mais no filme do quê propriamente apenas nesses recursos técnicos. O filme pra mim foi muito bom como um todo.

[@luizotaviozahar3755]

Parabéns! Você conseguiu me fazer entender porque um filme tão bonito em sua fotografia consegue ser tão chato.

[@LucasGeorge26]

Pra mim essa repetição teve também um significado de algo cíclico, como se todas as quedas e ascensões sociais retratadas no filme fossem em si um ciclo de busca pelo poder dentro da nobreza, um sistema que se reproduz e se mantém.

[@hivton1]

Não acho que essas técnicas tenham sido à toa, só por gostar. Deve ter algo além disso

[@hcarfax1199]

Otima critica ,entendo super bem a critica e faz sentido de fato. Sobre a repetição das tecnicas de câmera nesse filme,particulamente nao achei ruim,pois me casou foi um certo estranhamento incomodo [no bom sentido ] e me dava bastante energia para acompanhar a historia. Mas....já nos filmes do Gaspar Noé,principalmente Enter the Void, a repetição das tecnicas de movimentaçao de câmera que o diretor usar, de fato me incomoda[negativamente],ao ponto de eu achar os filmes dele muito cansativos.

[@RafaelSantos42]

Acho boa a direção dele, creio que a única função da olho de peixe fica pra mostrar a grandiosidade dos castelos e excessos da nobreza, mas narrativamente acredito que os Pannings da câmera funcionam principalmente nas cenas de conflito, é como se fosse um grande jogo de xadrez, e o Lathimos mostrasse a "vez" de cada uma fazer suas estrategias, um movimento arriscado mesmo de ficar sendo repetido, mas pra mim funcionou nesse ponto. Mas entendi bem o seu ponto! Grande video!!!

[@rockdolljuliana]

Uma baita aula de cinema esse vídeo! 👏👏

[@contaprincipaloriginaligor6782]

1:45 - Sério, nesse momento do Vídeo, eu já estava me Irritando esse Movimento de Câmera sendo Repetido de novo e de novo e de novo.

[@wjr126]

Nessa eu discordo de você, Max,mas admiro muito seu trabalho e respeito sua opinião. Parabéns pelo canal.

[@rafaelfreo7173]

Gostei bastante da sua analise Max, observei só agora considerações que você fez sobre o filme e acredito serem relevantes para uma discussão. O que eu não concordei, e isso falo sem partidarismo com o filme, é o argumento da linguagem da direção contraposta sobre a narrativa do filme. Vejo que o estilo repetitivo é uma falha quando não justificado e neste caso, considero ele justificado pelos mesmos motivos que você observou. O diretor parece entender que existe uma linguagem, uma mensagem e um modo de entender esses personagens assistindo-os do ponto de vista do castelo, como se fosse um personagem que assisti as cenas nos emprestando seu olhar. Confesso que tentei entender o demérito da repetição mas acabei não concordando por concordar como algo proposital, consciente e não meramente jogado. Acredito que o intragável neste filme foi o grande mérito dele, e melhor, ele pisa em cima do olhar julgador de quem se considera melhor que a realeza e sua cúpula caçoados no filme. Gostei bastante do vídeo mesmo sem concordar, muito bom trabalho de conteúdo para o youtube, continue!

[@estefaniamoreno3122]

fiquei tonta somente com essas cenas, imagina o filme inteiro

[@Thadeuwer]

Nenhuma das técnicas desse filme me incomodou. Pelo contrário, curti muito o uso de todas essas técnicas, inclusive sua repetição 'excessiva', achei um trabalho muito bom do diretor.

[@michellec.59]

tu gostou do filme o sacrifício do cervo sagrado? é o filme q mais gosto dele