COMO OSWALDO ARANHA MORREU?

Como Osvaldo Aranha morreu?
Oswaldo Aranha foi um político, diplomata e advogado brasileiro, que teve uma atuação marcante na história do Brasil e do mundo. Ele é uma das figuras mais importantes da diplomacia brasileira do século XX, e ganhou destaque internacional pela sua atuação como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947, que aprovou a Resolução 181, também conhecida como Plano de Partilha da Palestina, que estabeleceu a criação do Estado de Israel em 1947.
Oswaldo Euclides de Souza Aranha, nasceu em 15 de fevereiro de 1894, na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Filho de Luísa de Freitas Vale Aranha, e do coronel da Guarda Nacional e fazendeiro Euclides Egídio de Sousa Aranha.
Em 1934, Osvaldo Aranha deixou o Ministério da Fazenda, e nesse mesmo ano ele aceitou o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, onde permaneceu até 1938. Nesse período, ele estreitou os laços entre os dois países e defendeu uma posição contrária ao nazifascismo na Europa.
Devido a divergências ideológicas relacionadas aos caminhos que a criação do Estado Novo estava tomando. Osvaldo Aranha entrega o cargo de embaixador e retorna ao Brasil. Porém acaba sendo convencido por Vargas, a ocupar o cargo no Ministério das Relações Exteriores.
Sua gestão no cargo, foi marcada pela definição da posição do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Aranha era favorável a uma aproximação com os Estados Unidos, e a uma participação do Brasil ao lado dos Aliados, contra o Eixo formado pela Alemanha, Itália e Japão. Para isso, ele enfrentou a resistência de setores nacionalistas e pró-fascistas, que defendiam a neutralidade ou mesmo a aliança com o Eixo. Ele conseguiu convencer Vargas a romper as relações diplomáticas com o Eixo, em janeiro de 1942, após o ataque japonês a Pearl Harbor, e a um suposto ataque de submarinos nazistas, a navios mercantes brasileiros. Em agosto deste ano o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália. Ele também negociou com os Estados Unidos, a instalação de bases militares no Nordeste brasileiro, e o envio de tropas brasileiras para combater na Europa, formando a Força Expedicionária Brasileira.
Após a guerra, Osvaldo Aranha vai ter seu nome lembrado na história mundial, pela sua atuação como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947.
Como presidente, ele teve que conduzir os debates sobre temas complexos e delicados, como a questão da Palestina, a independência da Índia e do Paquistão, a descolonização da África e da Ásia e a admissão de novos membros na organização.
A sua atuação mais notável foi na sessão que aprovou a Resolução 181, que propunha a partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe. Osvaldo Aranha foi um dos principais defensores da solução de dois Estados, e usou sua habilidade diplomática para convencer as delegações indecisas ou contrárias. Ele também adiou a votação por um dia para dar mais tempo para as negociações. Graças ao seu esforço, a resolução foi aprovada por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções. Essa decisão abriu caminho para a criação do Estado de Israel em 1948. Por seus esforços na situação palestina, ele foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz de 1948.
Em 1953, ele voltou ao Ministério da Fazenda, a convite de Vargas, que havia sido reeleito presidente. Aranha enfrentou uma nova crise econômica, marcada pela inflação, pelo endividamento e pela pressão dos nacionalistas, que exigiam a exploração do petróleo pelo Estado. Aranha tentou equilibrar as contas públicas, reduzir os gastos públicos e atrair investimentos estrangeiros, mas encontrou forte oposição no Congresso e nos sindicatos.
Com a morte trágica do amigo Vargas, Osvaldo Aranha se retira do governo e passa a dar atenção aos seus negócios pessoais e à advocacia. No governo Juscelino Kubitschek, retorna à ONU, à frente da delegação brasileira, para fechar com êxito sua carreira política.
Nos seus últimos anos de vida, Osvaldo Aranha vinha apresentando vários problemas de saúde, principalmente cardíacos que o debilitaram significativamente. Devido a sua saúde ele ficou cada vez mais distante de cargos políticos.
Na noite do dia 27 de janeiro de 1960, Osvaldo Aranha faleceu em sua residência, na Rua Cosme Velho nº 415, no Rio de Janeiro, vítima de ataque cardíaco. Ele tinha 65 anos e sofria de hipertensão arterial.
A notícia de sua morte causou grande comoção no Brasil e no exterior. O presidente Juscelino Kubitschek declarou luto oficial de três dias, seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, após uma cerimônia religiosa na Igreja da Candelária.
E foi assim que Osvaldo Aranha morreu.
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