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Claudio Prado é um visionário. Já compunha a comissão de frente da contracultura dos anos 70, produzindo shows de novidades que se revelariam grandes nomes da música brasileira, como Novos Baianos e Mutantes. Ajudou a organizar a primeira edição do Festival de Águas Claras, em 1975, tido como a versão nacional de Woodstock. Em Londres, para onde foi no fim da década de 60 para estudar sociologia, semeou amizade com o então exilado Gilberto Gil para, décadas depois, ser convidado pelo então ministro da Cultura para aconselhar sobre a aplicação da tecnologia digital nas manifestações culturais do país. Claudio soube aproveitar a oportunidade oferecida pelos Pontos de Cultura criados pelo ministério e neles disponibilizou kits multimídias e oficinas de alfabetização digital que ensinam o pleno uso dos recursos audiovisuais. A experiência inédita no mundo, baseada numa bem-sucedida parceria entre poder público e entidades civis, virou referência para diversos governos estrangeiros. Com o objetivo de promover as novidades tecnológicas a favor da sociedade e suas expressões culturais, o paulistano de 67 anos acaba de criar a ONG Laboratório Brasileiro de Cultura Digital: “A era digital é um rito de passagem da humanidade para a transformação pela qual precisamos passar”