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Pode ser mais difícil de segurar a barra depois de se livrar da pessoa quando o comportamento dela é um tanto subjetivo, às vezes parece que ela está cuidando de você mas está agredindo de forma disfarçada, às vezes usa o que é de direito mas é totalmente injusta, por exemplo:
Você está no mercado e coloca um pote de geleia no carrinho, então sua “alma gêmea” diz, ”não vamos levar isso porque eu não gosto dessa geleia”.
Sua cara metade compra bens de vulto como carro, casa e coloca no nome da mãe.
Você descobre que está ingerindo calmantes sem saber porque colocam na sua comida para você não sair de casa.
Você é obrigada a trabalhar fora, mas além de cuidar dos filhos e da casa tem que pagar metade das despesas.
Você sustenta a casa para a outra parte estudar e depois da formatura ela usa seu direito de se apaixonar por quem quiser.
Você faz de tudo para cuidar dessa pessoa quando ela ficou doente, mas quando é sua vez ela está “cheia de problemas que a impedem de fazer qualquer coisa”.
A outra parte só faz elogios de outras pessoas.
A pessoa te traiu, promete não fazer mais, mas faz.
Esse tipo de agressão pode ser muito cansativo, desgastante, humilhante, pode colocar a pessoa num estado de estresse permanente.
Frases de amigos do tipo “homem é mesmo assim, mulher é mesmo assim, você tem que entender que ele está passando por outros problemas”, mas quem não está? São frases que te fazem duvidar da sua escolha de mandar essa pessoa embora.
Outro ponto que dificulta é o valor moral que a sociedade coloca nas pessoas que estão em relacionamentos. “Quem não tem namorado, marido, boa pessoa não é”.
Crença de que nunca mais vai conhecer alguém, e de que conhecer alguém é obrigatório para ser feliz.
Temos que ter cuidado com as profecias auto realizadoras. Por exemplo, ao considerar como verdade que você passou da idade para conhecer pessoas novas vai se fechar e mesmo com pessoas excelentes na sua frente você as considerará umas chatas.
Outro problema está na crença de que um relacionamento tem que dar “borboletas na barriga”, tem que mexer com você, tem que ser fenomenal. Mas esta crença só te coloca à disposição dos narcisistas que buscam pessoas inseguras para fazer e falar maravilhas no inicio do relacionamento, porque percebem que depois que te prenderem você ficará ao lado dela por mais barbaridades que eles façam.
Um caminho legal: Se conheça, estude sua história de vida, o que te faz acreditar que PRECISA de um relacionamento, QUALQUER relacionamento.
Vivemos uma vida toda fazendo coisas que foram determinadas lá na infância. Se você ouviu.
Por exemplo, que “nossa, maravilhoso tirar nota alta, agora sim gostamos de você”, você vai passar a vida tentando agradar aos outros, fazendo o que eles querem para se sentir validada. Vai aceitar todas essas agressões.
Mas se você nunca recebeu um elogio, mesmo desse tipo que te faz se sentir obrigada a entregar algo para ser reconhecida como alguém de valor, essa falta fica dentro de você, é uma necessidade não satisfeita que te fará passar por cima de agressões por que “afinal de contas tem momentos que a pessoa te trata bem”, e estes momentos são tão valiosos para você que te fazem desconsiderar todos os outros ruins.
Uma pessoa carente acredita que uma migalha de afeto é a única coisa que ela poderá ter, e fará disso gotas de ouro.
Se ela romper um relacionamento abusivo antes de estar totalmente consciente de seu próprio valor acabará se arrependendo e pedindo para voltar com o agressor, e este se sentirá cada vez mais forte para continuar, e piorar, o que sempre fez.
A necessidade de conexão do ser humano é muito básica, no sentido de ser muito forte, é natural o desejo de ser amado e protegido, saber que tem alguém que está ali por ela e para ela.
Uma criança tem em seus pais as figuras mais importantes, por que desde muito cedo ela percebe que essa conexão é vital. Um pai que se ausenta será muito marcante, por exemplo um tio que se ausenta quase não faz falta, mas um pai, mesmo que nunca tenha sido presente nem fisicamente, será sempre uma lacuna dolorosa.
Lembrei do post na internet do garotinho que ligou para policia para buscarem o pai dele que se recusou a ir no aniversário dele.
Entender que quando o outro não amor para dar não adianta pedir por esse amor, é muito difícil.
Algumas pessoas levam isso para a vida, se tornam adultos na expectativa de receberem amor de quem as deveria amar. E acreditamos que se a pessoa falou, prometeu ou demonstrou amor uma vez isso será para sempre. Mas muitas vezes não é para 5 minutos.
Quando adulto tudo fica mais difícil, pois acabamos exigindo amor de pessoas que vieram de outras famílias, com outras criações, e que não se sentem obrigados a nos amar, e quer saber... não são. Então nos resta nos fortalecer e desenvolver relações sadias com quem está disposto a se empenhar.