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Como psiquiatra (CRM/SP 100.674), estou sempre refletindo sobre nossa mente e comportamento. No meu Instagram ( danielmbarros) você pode ver algumas reflexões que fazem nosso dia a dia melhor. Dá uma olhada lá e segue pra ficarmos mais próximos.
Hoje a Márcia Moreira pediu pra falarmos da Dislexia, um tema que não é muito fácil, mas que interessa a muita gente e vem sendo debatido amplamente. Uso como base o DSM 5, o Manual da Associação Americana de Psiquiatria, que nos ajuda a entender e conceituar a Dislexia globalmente.
Quando as pessoas dizem “o bebê aprendeu a andar”, ou “aprendeu a falar”, é importante sabermos que essas não são atividades que precisam ser ensinadas, são atividades comuns do seu desenvolvimento, que ele aprende à medida que cresce.
Já quando falamos de escrita e de fala ou de fazer contas, são atividades que precisam de ensino, não são atividades desenvolvidas automaticamente pelo ser humano. São aprendizados específicos, que precisam ser ensinados e realmente aprendidos. É aqui que entra a Dislexia. Às vezes a pessoa não consegue compreender as letras, ou tem dificuldade de se expressar, ou não consegue articular as ideias, inverte letras, por exemplo.
A Dislexia é uma doença que não é culpa de ninguém, mas precisa ser tratada. Essas dificuldades geralmente aparecem logo no começo da vida escolar. A criança fica sempre abaixo da média do que se espera para aquela idade.
As intervenções precoces poupam muito sofrimento. Com terapia, psicopedagogia, com auxílio de um psiquiatra da infância e da adolescência e de um neurologista, com ensino mais específico e técnicas de letramento, a Dislexia pode ser tratada. Não adianta brigar com a criança. Ela precisa de ajuda profissional.
Os terapeutas precisam ser especializados nesse tratamento - eu mesmo não trato disso porque não me especializei no assunto. Não é qualquer profissional que pode tratar Dislexia, é preciso ter conhecimento de técnicas e experiência. Importante lembrar que o adulto com Dislexia também pode e merece ter ajuda.
Te convido a fazer como a Márcia e deixar sugestões para próximos vídeos!
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