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@caiocordeiroadv8 ай бұрын
Valeu!
@noemialves9808 Жыл бұрын
A era digital e uma verdadeira biblioteca de alexandria para quem sabe buscar ! Feliz de estar encarnada neste tempo.
@c-5541 Жыл бұрын
Thanks!
@Tendrel Жыл бұрын
Muito agradecido. As vezes eu lembro das aulas da filosofia. Eu acho que vou entrar nessa coisa de apoha (a dupla negação na construção de universais pelo Dignaga e Dharmakirti) no próximo video, embora só saia em fevereiro.
@c-5541 Жыл бұрын
@@Tendrel Gostei muito da sua exposição. O uso do vocabulário da filosofia analítica me ajudou muito :)
@malthuslongoni4029 Жыл бұрын
Obrigado por este vídeo. Há algum tempo que estou lutando com essa ideia da percepção que, por exemplo, fantasmas famintos tem da água, por medo de cair em um relativismo. Mas o exemplo do amendoim ajudou bastante, bem como a explicação desse "meio termo" entre o relativismo e o realismo.
@mauriciosantos9802 Жыл бұрын
Parabéns pelo vídeo 👏 Mas tenho uma dúvida na tradição Nyngma tem o conceito de Rigpa que seria a base mental sobre qual todos os fenômenos se manifestam...sendo que a propia conciencia é um Fenômeno que se manifesta em Rigpa...Minha duvida é Rigpa é algo eterno? Mais uma vez parabéns pelo trabalho
@Tendrel Жыл бұрын
Terminologia dzogchen você só aprende em retiro, depois de fazer o ngondro. Mas a palavra rigpa é traduzida na minha sangha como "estado desperto atemporal", se está fora do tempo, não é eterno, não sendo eterno, não é eternalista. Obviamente que você sabe que todas as tradições budistas aceitam que avidya, ignorância, é o que projeta a noção de causalidade e tempo. Então o tempo só existe para seres ignorantes.
@mauriciosantos9802 Жыл бұрын
@@Tendrel Obrigado pela resposta
@Tendrel Жыл бұрын
Depois fiquei pensando que cabe lembrar que rigpa é a tradução da palavra sânscrita vidya. Então quando no budismo fundamental, por exemplo, se fala em avidya, o primeiro dos doze elos, se está falando de "ma-rigpa", isto é, não rigpa, ignorância. A palavra avidya é literalmente não ver, cegueira.Assim, rigpa é ver: ver as coisas como elas realmente são, além de causalidade e tempo. Assim rigpa está longe de ser um conceito nyingma. É um conceito raiz de todas as formas de budismo.
@joaovernieri84099 ай бұрын
Tendrel, me tira uma dúvida: Quando vocês do vajrayana falam de um professor plenamente realizado, vcs querem dizer q ele ou ela é um Buda?
@Tendrel8 ай бұрын
O reconhecimento da iluminação é um fenômeno interdependente. No hinayana se reconhece muito poucos budas, em interdependência com a visão estreita desse veículo. Talvez um só, lá atrás na história, 2600 anos atrás. Mesmo assim, o hinayana reconhece centenas ou milhares de arhats, e acredita na possibilidade de alguns poucos arhats surgindo até os dias de hoje. No mahayana se reconhece mais budas, por causa da visão ampla, que produz uma interdependência mais vasta. O vajrayana é uma forma de mahayana. Então, para o vajrayana ser ensinado, a pessoa precisa ver o professor dela como um buda. Se ele é um buda, ou não é, por um lado, não importa tanto se ao menos ele é um bodisatva. No vajrayana também há um voto de não discriminar entre bodisatvas e budas, mesmo porque, na atemporalidade, todos os seres são budas. Se ele pelo menos tem erudição e a motivação do mahayana, e você tem a visão pura, ele pode ser visto como um buda o suficiente, pode haver transmissão do ensinamento vajrayana. Se ele não é visto como um buda, não tem nenhum ensinamento vajrayana acontecendo. A essência da prática do vajrayana é visão pura, e se você não tem visão pura do seu professor, você não consegue ter visão pura por si próprio nem pelos demais seres. Mesmo que você se diga um praticante do vajrayana, tenha uma filiação normal a um professor, faça a prática de deidade diariamente, tendo participado da cerimônia de iniciação, tudo certinho -- se você não tem visão pura, você está praticando apenas o mahayana, então se você não é capaz de ver seu professor como um buda, não tem vajrayana de forma alguma. Se você DEIXA de ver seu professor como um buda, depois que você tomou iniciação, você além de estar quebrando votos, o que vai trazer várias complicações, nada do que você faz e que tenha a aparência de vajrayana é realmente vajrayana. Só vai ser vajrayana enquanto você tiver pura com relação a AO MENOS o seu professor. Então todo professor do vajrayana, para um aluno vajrayana, é visto como um buda. Alguns desses seres são mesmo bodisatvas, alguns deles são bodisatvas de oitavo nível. Do nosso nível de realização, não tem absolutamente nenhuma diferença que a gente seja capaz de discernir entre um arhat, um bodisatva de 8o nível e um buda. Existe uma diferença tremenda entre esses três, mas a pessoa precisa ser bastante treinada no budismo para chegar a entender essa diferença, e, o que é muito difícil, ela precisa ser bastante realizada ela mesma para ela chegar a perceber realmente essa diferença. É bastante seguro ter visão pura com relação a um bodisatva de alto nível, e relativamente seguro ter visão pura de um bodisatva de primeiro nível. Não é muito seguro ter visão pura com relação a uma pessoa que apenas entende bem o darma e mantém a motivação do mahayana -- e a partir disso a aceitar como preceptor vajrayana --, mas até isso pode funcionar em alguns casos. De todo modo, o voto vajrayana é ver a todos os seres como um buda. É claro que, estritamente falando, não tomamos todos os seres como preceptores vajrayana, a não ser que sejamos nós mesmos totalmente realizados -- nesse caso, o darma brota de forma não dual, e o professor é como o Buda Shakyamuni no Sutra do Diamante diz, "ele não guarda nenhuma concepção arbitrária de si mesmo como alguém que ensina, nem uma concepção arbitrária de seres sencientes a que ele está ensinando" -- ainda assim o ensinamento do darma brota incessante. De forma geral, muitos e muitos professores do vajrayana são afirmados como reconhecidos como Budas. De forma geral, o voto vajrayana é não falar da realização, seja sua ou do seu professor, então a maioria de nós não fica dizendo "acredita no meu professor, por favor, ele é um buda", isso vai do que a pessoa consegue fazer, e convencer uma pessoa dessa forma é uma quebra de voto sobre o segredo do vajrayana. Fazer algo assim coloca a própria pessoa numa espécie de posição de preceptor vajrayana, é uma atitude com que se tem que tomar muito cuidado. No entanto alguns professores são tão visivelmente realizados que essa informação vaza e se torna pública, então ninguém duvida da realização de nenhum professor que tenha o título kyabje, por exemplo, senhor de refúgio. Se ele chega a ter esse título é porque ele é amplamente, publicamente, reconhecido como um buda por muitas pessoas. Se ele "é um buda", bom, daí a pessoa precisa entender que Buda é um fenômeno interdependente. Mesmo o Buda Shakyamuni, para muitas pessoas, ele era só um ser comum que falava demais e tinha uma aura dourada de 20 metros. Para algumas pessoas ele era um demônio. Para Devadata, uma fonte de inveja. No ensinamento do mahayana, que é vacuidade é forma, etc., o surgimento da realização de alguém como uma interdependência, esse fenômeno em si, é vazio. O Buda disse, no Sutra do Diamante, também, que se você acha que o Buda é realizado por alguma das marcas dele (por uma característica qualquer que você percebe), então você é um herege. A única forma de ver realização num ser é ser realizado -- o vajrayana transforma isso no conceito de visão pura.