Estudo mostra quais os carros mais seguros e em quais os ocupantes estão em risco - Parte 05

Transit Talk Especial com o Dr. Paulo César Pegas Ferreira, falando sobre seu trabalho A INTRODUÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NOS VEÍCULOS E A REDUÇÃO DA SINISTRALIDADE - CEPAL/IPEA 2024, publicado em 23 de setembro de 2024 - parte 5
Esta entrevista do Transit Talk Especial está dividida em 5 blocos. Leia a matéria completa no Portal do Trânsito.
Neste bloco, Paulo faz um apanhado de uma série de recomendações além dos cuidados na escolha do veículo.
Sobre o cinto de segurança, Paulo lembra dos inúmeros argumentos utilizados pelas pessoas que não usam o cinto de segurança, e explica que o fator multiplicador para calcular a força de impacto é de 35 vezes o pessoal da pessoa, ou do objeto solto dentro do veículo, em caso de impacto. Considerando que, no geral, mulheres morrem mais do que homens, em sinistros de trânsito,
Paulo chama a atenção para a situação de mulheres grávidas, partir do 7º mês de gestação, que não devem usar o cinto de três pontos, pois o feto pode ser atingido. E então cita a mostra um modelo de passador, que desloca o ponto de ataque para as pernas, aliviando a pressão no abdômen, como se fosse um cinto de 4 pontos.
As mulheres em sinistros graves e fatais, na mesma posição que um homens, têm se ferido muito mais gravemente que homens. Isso é devido ao fato que que os índices e referências obtidos nos Crash-tests, demonstram que os Dummys - os bonecos utilizados nestes testes - são baseados na altura média e anatômica de homens, não de mulheres.
Paulo conta que apresentou um estudo demonstrando que nem sempre o ajuste de altura do cinto de segurança é suficiente para o correto ajuste para pessoas fora do padrão até então adotado (homem, 1,75m e 85 kg). Mas isso tem mudado, a partir de setembro de 2023, dumys femininos têm sido utilizados pela EUROPEAN NCAP em seus Crash-tests.
Ele afirma que o cinto de segurança só é funcional e eficaz para pessoas com 1,46 cm e 36 Kg, no mínimo. Assim, se a criança não tiver estes números mínimos (ambos), ela deve estar adequadamente acomodada na cadeirinha.
O bebê conforto deve ser utilizado até 1 ano e o assento de elevação a partir de 1 ano completo até 4 anos. A partir daí, cadeirinha (de 4 anos completos até atingir 1,45 m de altura).
Sobre os custos dos acidentes, Paulo cita o estudo conduzido por ele que demonstrou que cada morte no Brasil custa R$ 2,95 milhões, só em carga tributária. São R$ 1,5 trilhões gastos com acidentes entre 2007 e 2018. É o PIB de muitos países, lembra Paulo.
Finalmente, Paulo cita a Carta de Curitiba, gerada por ocasião do Fórum Nacional Integrado de Segurança Pública, Defesa Civil e Trânsito, realizado em maio de 2024, em que ele apresentou este estudo, inclui a proposta de que um selo, com o resultado do Latin NCAP, seja fixado nos veículos serem comercializados no Brasil.
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Muito bom esse tema, sou instrutor teórico técnico a mais de vinte anos e sempre aprendendo nesse canal. Obrigado