GRINGO TENTA ENTENDER A LETRA DE "CONSTRUÇÃO" (CHICO BUARQUE)

[@Jahkant]

"Deus lhe pague" é algo que dizemos para agradecer alguém por algum favor que não temos como retribuir. Na música, isso é usado de forma irônica. Ele "agradece" por ser permitido a fazer coisas básicas e até por coisas contra as quais ele deveria se revoltar: agradece por ser permitido "sorrir", "por esse pão pra comer", "por esse chão pra dormir", por "me deixar respirar, por me deixar existir", "pela cachaça de graça que a gente tem que engolir, pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir, pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair, Deus lhe pague", etc. Acredito que a música retrate a dura jornada da grande massa de trabalhadores brasileiros.

[@andreacordeiro2173]

E que se faz dramática no contexto atual da COVID 19: ‘por me deixar respirar, por me deixar existir”….

[@JosueCarvalhojcsn]

Seria um equivalente a "god bless you", como um agradecimento.

[@PauloPereira-jj4jv]

Disse TUDO, e sem fazer nenhuma referência típica dos esquerdistas... Concordo.

[@RafaelSouza-oo2uq]

Não somente. Na verdade construção (1971) faz 2 críticas severas: -a jornada de trabalho insalubre que os profissionais da área eram expostos. -a Ditadura militar, com as mudanças nas relações de trabalho que a mesma imputou a sociedade. Em 4 fases, a música mostra do início ao fim uma jornada de alguém condenado a morte.

[@joers1964]

@@PauloPereira-jj4jv " Referência típica dos esquerdistas"? É o que se pode chamar de realidade! A Direita prefere o folclore!

[@iammatheus]

Sim, qualquer das vias em que ele caísse ele estaria na "contramão" atrapalhando o tráfego. Esse é o ponto. Não há um lugar pra ele ali que não seja sendo explorado. Ele não tem literalmente "nem onde cair morto".

[@maga479]

E também está "atrapalhando" a produtividade da sociedade, ou seja, a busca desenfreada por produzir pra gerar lucro pros capitalistas.

[@lucianomedeyros4508]

Atrapalhando o lazer

[@angelodoreto683]

@@maga479 lá vem o comunismo

[@joaquimbraga7264]

@@angelodoreto683 Primeiro que não precisa ser comunista/socialista pra criticar o capitalismo, existem diversas outras correntes de pensamento socioeconômico, como o anarquismo, por exemplo. Segundo que a crítica não precisa nem ser ao capitalismo como um todo, apenas ao modelo de capitalismo existente. E terceiro, é uma música do Chico Buarque 🤷‍♂️ esperava o quê?

[@stephfitti]

@@joaquimbraga7264 É tipo coxinha que ouve Rage Against The Machine, nem se ligam no significado das letras e depois ficam putos quando os caras se posicionam politicamente contra reaça

[@luismanzoli]

Seth, essa música foi escrita em versos alexandrinos perfeitos. Significa que cada verso tem 12 sílabas poéticas, com a última palavra de cada verso sendo uma proparoxítona.

[@Anderson_Anderas]

complicou a cabeça do cara

[@luismanzoli]

@@Anderson_Anderas kkk uma informação a mais

[@CarolinaRibeiroOriginal]

@@Anderson_Anderas complicou até a minha cabeça 🤣🤣🤣

[@rosaliarodrigues1448]

Prova da intimidade de Chico Buarque com a literatura. ...e com notícias locais, claro.

[@luismanzoli]

@@rosaliarodrigues1448 o curioso é que quem também fez isso, ou quase isso, foram os Mamonas Assassinas em "robocop gay"

[@ateuedai860]

A minha interpretação dessa música é que se trata de três trabalhadores diferentes. Conforme um morre, é rapidamente substituído por outro, como peças de uma fábrica que se quebram. O primeiro é um trabalhador sério, fiel e dedicado, por isso ele beija a mulher como se fosse a última, os filhos como se fossem únicos e ergue paredes sólidas na construção. Em um momento de descontração (e desconcentração) no trabalho, tropeça e morre. O segundo é um trabalhador relapso, infiel e bêbado. Por isso ele beija a mulher como se fosse a única (já que não é), atravessa a rua como um bêbado, finge que é sólido ao subir a construção e as paredes que ele ergue só se mantém por mágica. Bebe como uma máquina, por costume, e, bêbado que é, tropeça e cai. O terceiro é um trabalhador já desiludido, frustrado e depressivo. Faz amor maquinalmente, beija a mulher por ser algo lógico, rotineiro, ergue paredes flácidas só por obrigação e, como não liga para mais nada, se sente como um príncipe ao cair e dar um fim naquilo. E, nos três casos, as mortes são irrelevantes para o resto da sociedade, só servindo para atrapalhar o cotidiano dos outros, ressaltando como o papel do trabalhador é substituível. Mas é claro que essa é só minha interpretação pessoal e posso estar completamente enganado... :)

[@emersonbarcelos4669]

Faz muito sentido essa interpretação... Gostei dessa visão

[@douglasm.9059]

Interpretação ímpar meu caro. Parabéns

[@galvinamarques8320]

Também amei sua interpretação. Parabéns!

[@rap0706]

Interessante!!!

[@mabittencourt]

Nossa! Nunca tinha olhado a música dessa maneira e achei igualmente linda! Chico é fantástico!

[@marianaramos6554]

Na verdade, para se entender um pouco sobre o fim dessa música, tem que saber que o contexto histórico no qual ela foi escrita foi durante um período de forte repressão da ditadura militar no Brasil. Quando ele canta "Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir / A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir / Por me deixar respirar, por me deixar existir / Deus lhe pague" é uma crítica ao governo na época. O homem trabalhador pobre, um simples operário, vive para trabalhar e tem que "agradecer" ao governo por essa oportunidade. E quando ele morre, a única coisa que faz é atrapalhar os outros, sua vida e humanidade pouco importa.

[@jorgepiresjunior]

Preciso.

[@PauloPereira-jj4jv]

É uma crítica SOCIAL, à forma como se trata o trabalhador, o peão, no sistema capitalista. Salários baixos, sem segurança, sem nada. Isso NADA TEM QUE VER com a ditadura.... e sim com a forma como o patrão, a quem ele agradece, o trata. Essa crítica é válida até hoje, e não se limita ao "governo da época". Tirando isso, você acertou bem na explicação.

[@andreagoncalvesdossantos5087]

Exato! Aliás , 90% das letras do Chico são referentes ao sistema político e injusto durante a ditadura.

[@GaldiniPaula]

@@PauloPereira-jj4jv concordo contigo. PARA MIM a crítica dessa canção se aplica mais ao capitalismo e suas implicações ao proletariado, que apesar de tudo agradece ao patrão (ao sistema) pela "oportunidade".

[@adrianacavilha]

Perfeito!

[@euzinhaasilva8131]

Seth, quando ele fala da cachaça que A GENTE TEM QUE ENGOLIR, ele chama a atenção para as fortes pressões que sofremos que muitos nos iludimos com um drink pra continuar vivendo. O Machado de Assis disse em 1899 : "Morre-se muito bem às seis ou sete horas da tarde". Naquele tempo não havia transito nas ruas e as pessoas já estavam em casa a esta hora. Hoje a cidade não para. A função do trabalhador, no mundo capitalista é gerar lucro, até a morte dele atrapalha se não for na hora certa. A cidade precisa continuar girando. E Se alguém morre em uma estação do metro, milhares de pessoas ficaram mais preocupadas com o atraso do trem, com as justificativas que serão dadas no trabalho ou em casa, do que com o morto. O trabalhador será substituído no dia seguinte. O marido, o pai e o amigo ficará na lembrança de poucos.

[@HerrNinguem]

Isso de morrer na contramão atrapalhando o tráfego me lembra a história de um sr q trabalhava no Carrefour e morreu durante o expediente: colocaram uma barreira em volta do corpo e a loja continuou aberta pra q o negócio não pudesse parar. Ou o caso da funcionária grávida do Itaú que sofreu um aborto durante o expediente e não foi liberada pelo chefe, mesmo estando toda ensanguentada. Isso é acumulação na periferia do capitalismo

[@thamiresgoldman9782]

Ótima análise

[@JonatasRamiroGoulart]

Seth, muitas músicas durante as décadas de 60/70 eram complicadas propositalmente. Isso pq na época tínhamos censura prévia, então os artistas abusavam de muitas metáforas e jogos de palavras para burlar a censura. Apenas quando cantadas, junto com toda e emoção da arte, era possível entender as mensagens. O próprio Chico Buarque chegou usar de pseudônimo, pq era extremamente virado pelos órgãos de censuras

[@leandroceeg]

Eu considero Chico o maior da nossa música. Aconselho ouvir o disco Construção inteiro. É magnífico!

[@pauloeduardoferreira2234]

Seth vc foi mto bem! Vc entendeu o conceito aberto da obra. Imagino que existam músicas em inglês que seguem a mesma proposta e que seria mto difícil para um estrangeiro entender. E mto legal ver vc nessas "roubadas" e sempre com mto bom humor. Sempre mto divertido. Parabéns!

[@guilhermelamounier1818]

Dica do professor de História: sempre que refletir sobre uma música, nunca se esqueça do contexto histórico no qual a canção foi concebida.

[@josiasvarela5329]

Ótimo comentario o seu.

[@luizmarquesdelima5710]

Uma das reações mais legais. Muito bom ver você se encantando pela genialidade do Chico, mesmo que numa letra triste, porém necessária. O Chico foi tão perseguido e censurado por suas letras que por um tempo teve que lançar as músicas sob o pseudônimo de Julinho da Adelaide e logo em seguida foi exilado. As músicas que ele escreve para e sobre as mulheres são lindíssimas e (quase sempre) mais leves.

[@jchesaroliveira]

o choro é por contemplar tamanha obra de arte. Um retrato magnífico de uma situação triste e corriqueira no nosso país. Obrigado, Chico!

[@Lididantaz]

As músicas de Chico são poesia pura, me emocionei percebendo você se envolver com a música e fazer sua própria interpretação. Acho que para os americanos tudo é muito literal.

[@mauricio.o.f]

Você escolheu a versão ao vivo, o que dificulta um pouco. Além disso, os arranjos da versão em estúdio são uma obra prima de Rogério Duprat.

[@Perutti1]

Verdade...as reações à música brasileira do Chico, Caetano, Gil e outros gênios deveria ser com a gravação original...nela tem tudo pra fazer a cabeça da turma de hoje pois fez a cabeça da turma dos anos 70 pra cá...

[@ocellomendonca]

Verdade

[@amauriangelino]

Inclusive os metais que rompem de forma quase "ensurdecedora" no verso 'morreu na contramão atrapalhando o tráfego' são a perfeita alegoria das buzinas disparadas pelas pessoas que de forma egoísta sequer se importam com o que aconteceu, apenas querem passar sem serem atrapalhadas por quem não tem nem onde cair morto.

[@Cintiantunes]

Verdade, Mauricio. A versão de estúdio é impecável.

[@rafaelnakaoka]

Conforme Chico troca os "tijolos" dessa Construção que fica cada vez mais flácida, mais frouxa, ele desvenda o alcoolismo, os problemas no trabalho, as/os amantes, os filhos fora do casamento e o cotidiano (pra citar outra música do compositor) opressor que culmina na morte de mais um sujeito oculto que ninguém dá a mínima. Deus lhe Pague complementa tudo isso e ainda faz referência direta à Ditadura.

[@PauloPereira-jj4jv]

Não faz.

[@suilyalencar]

Faz sim

[@mephistounderwater]

@@PauloPereira-jj4jv Claro que faz

[@daisyferreirabatista9392]

Ótima análise. Eu sempre penso sobre a precariedade das condições de trabalho quando ouço essa canção.

[@canalsemnome2374]

@@mephistounderwater Onde ?

[@giovannimesquita9232]

O Chico é um gênio e é necessário ouvir muitas vezes mesmo, mas não é um sacrifício é um privilégio.

[@patricks6380]

Essa música é cheia de "construções" linguísticas, não é fácil nem pro brasileiro comum entendê-la completamente, é o tipo de música que é estudada nos cursos de letras nas universidades, todos os finais de frases possuem proparoxítonas e por aí vai.

[@BatataPotato1945]

@O verdadeiro Sergio Ricardo Diria que sim kkkk

[@ptshi1462]

Melhoramos para pior

[@albertoalmeida3424]

É estudada e super valorizada porque o brasileiro comum, e até os acadêmicos são burros e carentes de boas referências. Essa música do Chico é interessante porque ele conta a mesma tragédia do trabalhador se acidentando, três vezes, e faz isso brincando com a CONSTRUÇÃO DOS VERSOS, trocando umas palavras, mas no final, é a mesma tragédia contada em 3 partes diferentes, é só!

[@azelionegraojr7707]

A interpretação dessa letra foi utilizada algumas vezes nos antigos vestibulares discursivos da década de 70 no século passado. Para identificação das figuras de linguagem, vocabulário e até mesmo a capacidade de intelecção do texto. Ponto para o Gringo, que continua aprendendo.

[@alainpierre]

Eu lembro de um vestibular que fiz que tinha João e Maria: Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você além das outras três

[@blodvern5625]

@@alainpierre De faculdade particular, né? 😉🤣🤣🤣🤣

[@giuliabcomini]

7, ninguém com mais de 30 anos passou ileso de interpretar Chico nas aulas de português hahhaa as professoras piram no Chicão

[@ligiacabral8220]

Me identifiquei!!! 😁

[@santospessoa3391]

Eu também kkkkk

[@RonaldoTalison]

Eu tenho 23 e conheci essa música na aula de português

[@atashicandybaby]

Ainda lembro da musica da Geni, eita que na sala foi mó zuado.

[@atashicandybaby]

Taca pedra na Geni.

[@lucianaflulu709]

A gente só tem noção do quanto nossa língua é complexa quando vemos uma pessoa de outro mais tentando entender. Realmente nossa língua e música é muito rica .

[@fabioladuarte9839]

Seth, esse tem q virar um quadro do canal. É mto interessante a visão de fora que vc traz das musicas brasileiras. Sugiro vc analisar a música Anunciação do Alceu Valença. Bjos

[@blackdee]

Ótima ideia de virar um quadro

[@marcoeli]

Eu sempre choro ao ouvir esta musica, porque pra mim ela reflete muito o dia-a-dia do povo sofrido.

[@josefernandocursino2772]

"Geni e o Zepelin" de Chico Buarque. Se quiser complicar "Língua" de Caetano Veloso.

[@MarcioNSantos]

Acho que Geni talvez seja um pouco mais fácil de entender, pelo menos em relação à estória. Mas do ponto de vista da complexidade das palavras talvez seja mais difícil.

[@alexandretorres5087]

Geni é muito triste. Very sad.

[@REBELDIA100fim]

"Língua" é mil tretas, coitado do Seth. Essa tem que fazer um curso, para entender tudo o que o Caetano queria dizer.

[@jeanvasconcelos]

Por favor, Geni, analisa Geni! Nunca te pedi nada.

[@marcelafrancis41]

Sem dúvida "Língua".

[@pliniofava]

Parabéns pela coragem. Esta é difícil mesmo. Mas é um trabalho ímpar.

[@amanda.c.cardoso8005]

O álbum construção fez 50 anos a uns 2 dias atrás... Quando ele diz " subiu a construção como se fosse maquina" é uma crítica ao modo como o sistema trata os trabalhadores, não como se fossem humanos, mas máquinas, quando ele diz " seus olhos embotados de cimento e lágrima" ele é um pedreiro, constrói paredes. E essa última frase "morreu na contramão atrapalhando o tráfico " é uma crítica a como as pessoas se acostumaram com a tragédia como se fosse normal, ele tá literalmente atrapalhando a vida de todo mundo, ninguém liga que ele morreu, mas sim, que está atrapalhando o tráfego . Agora a parte do " Deus lhe pague " é uma ironia mesmo, tipo , além de uma crítica ao governo da época.

[@rcteugenio]

Desculpe a correção, mas não é tráfico e, sim, tráfego. Creio que vc nem percebeu. Abs.

[@amanda.c.cardoso8005]

@@rcteugenio hahaha verdade, fiquei em duvida na hora que escrevi e escrevi errado, obrigado pela correção 💖

[@pretinhotrincado]

@@amanda.c.cardoso8005 Eu também não gosto de corrigir, mas 'pedreiro' está escrito errado. Abraços.

[@PauloPereira-jj4jv]

Qualquer governo.

[@messiasvitor1027]

Que bom que você conseguiu mergulhar e sentir bem esta música tão Bela e profunda. Parabéns pra ti!

[@marcosfurlan]

Seth, "Construção", além de falar de um operário da construção civil, também é uma construção com um conjunto de palavras , alternando o significado com a mudança delas, todas proparoxítonas. É isso, é óbvio, mas também é um processo de construção de um artista, que constrói com palavras. Palavras, ainda que muitas, são limitadas, tais quais os elementos de uma construção (tijolos, areia, cimento, etc), mas essas limitadas peças (palavras) constroem as mais diversas obras. Assim, Construção é um processo criativo, uma construção de um artista, de um poeta, um operário das palavras. É um prelúdio do que Chico, e outros artistas, nos entregariam ao longo de suas vidas. Operários, enfim.

[@marcusviniciusmagalhaesdea3779]

É uma letra cheia de ironias, elipses, silepses, metáforas, comparações, metonímias e várias outras figuras de linguagem, além de interpretação subjetiva. Entender metade das construções (sic) gramaticais e líricas dessa música credencia qualquer um ao título de fluência em português.

[@Klebernasilva]

Verdade. Proparoxítonas e trissílabas.

[@REBELDIA100fim]

Linda a sua análise.

[@sandramiranda5473]

É belíssima.... lembro quando foi lançada e o quanto ela foi comentada nas rádios, o quanto destacaram a questão das sílabas PROPAROXITONAS.... ele brinca com as palavras: última, tímido, máquina, sólidos, mágico, sábado, náufrago, lágrimas, tráfego, príncipe.... todas são palavras proparoxítonas que ele muda de lugar e consegue rimá-las continuadamente. Maravilhosa, própria de quem é um mestre da língua portuguesa, como o grande CHICO BUARQUE.

[@eduardoserrao7372]

Come arroz e feijão como se fosse um príncipe porque é a última dignidade que resta. Não tem nada mais.

[@theofernando5487]

Está música lembra uma notícia de alguns meses atrás, em que um funcionário do Carrefour morreu no meio do mercado e continuaram as atividades como se nada tivesse acontecido "Morreu na contramão, atrapalhando o tráfego".

[@jorgepiresjunior]

Seth, ele não se suicidou, foi um acidente. Ele se despediu da esposa para ir trabalhar sem imaginar que nao voltaria. Foi um acidente de trabalho, mas ele era apenas mais um numero. Na década de 70 não havia preocupação com segurança do trabalho. Os trabalhadores da construção civil no Brasil eram descartáveis. Edit. Comentei antes do video terminar. Parece que vc acabou por entender.

[@flaviolau4610]

A música deixa a morte do operário no ar. Pode ser um acidente por ele estar triste e ter bebido ou pode ter bebido para ter coragem pra pular. Eu acho que foi suicídio

[@InquietasLeituras]

Flutuou no ar como se fosse um príncipe fica explícito o suicídio.

[@jorgepiresjunior]

@@InquietasLeituras se ele quetia se suicidar, pq ergueu no patamar quatro paredes solidas? Faz sentido? O cara sai pra se suicidar mas decide esperar pelo almoço. Faz sentido? Trabalhou, almoçou e se suicidou...

[@InquietasLeituras]

@@jorgepiresjunior cada estrofe é um personagem. São três pedreiros diferentes. O último se suicida.

[@jorgepiresjunior]

@@InquietasLeituras ainda que cada "catástrofe" fosse um pedreiro diferente, isso nao ajuda na tua tese de suicidio, nas tres "catástrofes" ele ergueu 4 paredes, nas duas primeiras ele tropeçou no ar. Vc sabe o significado da palavea tropeçar? Alguém que tropeçou, obviamente nao cometeu suicídio.

[@viniciustavares1816]

Parabéns Seth por aceitar esse desafio! hahahaha. Essa letra é muito difícil para a gente também, muito simbólica. Continue com esses videos!

[@alessandroprado1467]

A primeira coisa que aprendi sobre "Construção" quando estudamos a letra da música na 8a série, em 1989, é que todos os versos são alexandrinos e terminam com proparoxítonas!

[@capitu4958]

Chico Buarque ele é mágico na construção das letras de suas músicas, ele é muito profundo.

[@anselmofrancisco2351]

Outras sugestões de Chico para você são: “trocando em miúdos”, “eu te amo” e “apesar de você “, essa última tem uma clara conotação politica com relação à ditadura militar e aos direitos que foram tirados dos brasileiros de 1964 a 1988.

[@adriannabr1]

meu Deus q clássico.... parabéns Seth Chico genial....❣ os comentários explicativos estão sensacionais ❣

[@saulolessa5]

Construção é a Capela Sistina das composições, uma das maiores poesias da história da humanidade sem nenhum exagero.

[@BrunoUesso]

Esse quadro é maravilhoso. Eu gosto de fazer esse exercício com meus alunos de sexto ano nas aulas de arte e é muito interessante de vê-los ouvindo as palavras que são ditas na música, já que muitas vezes ouvimos música só para nos entreter e nem notamos o que acontece na poesia. Parabéns por esse quadro, a sensação de ver o processo de aprendizagem é muito gratificante!

[@ciriosimon]

Tem um paralelo com a mente do operário delirando antes da morte.

[@marciacsoares7928]

Toda interpretação das músicas do Chico na época tem que levar em conta a diferença e a luta de classes sociais, e o mais importante, vivíamos em uma ditadura militar.

[@Lucas22Bosso]

Seth, estou adorando esses vídeos das músicas brasileiras. Mas fica a recomendação de ouvi-las nas versões sem ser de shows, porque muitas vezes fica mais difícil entender as letras nestes tipos de vídeo. Parabéns pelo trabalho!

[@ocellomendonca]

Excelente vídeo! Ganhou mais um inscrito.

[@gabrielmignoni8173]

A música sinaliza a banalização ou insignificância da vida de construtores (representando a classe operária). Principalmente para a época que não havia muitas leis trabalhistas para a segurança do trabalho.

[@ataldagabriella]

Seth, admiro demais não apenas seu humor e sua desenvoltura, mas toda essa coragem de ir vivendo, aprendendo e agregando esses pedacinhos de nossa cultura que (aparentemente) te conquistou. Esses seus vídeos interpretando as músicas estão maravilhosos! xoxo

[@italov847]

Analise a música: "Clube da Esquina 2 - Milton Nascimento e Lô Borges". uma das mais bonitas canções da música brasileira

[@goytabr]

Você fez confusão: "Clube da Esquina 2" é do Flávio Venturini. A primeira é que é do Lô Borges (e também adoro essa música). E essa (a primeira) não são só os gringos que não vão entender: só quem é de Belo Horizonte e conhece como funciona a muito peculiar vida boêmia da cidade entende totalmente. O "Curral del Rei" mencionado na letra é o nome do povoado que existia no lugar onde hoje fica BH e que foi totalmente demolido para se construir a cidade (que, muito antes de Brasília, foi planejada por urbanistas para ser a nova capital de Minas Gerais). Do Curral del Rei, só sobraram uma casa de fazenda, que hoje é o museu histórico de BH, no meio de um bairro nobre, e o batistério da capela do arraial, que foi incorporado à nova catedral (da Boa Viagem) -- o resto todo desapareceu sem vestígios. Mas metaforicamente, "Curral del Rei" é Belo Horizonte, e a música captura perfeitamente o espírito da boemia de BH, que parece que nunca quer se render e fica procurando um lugar aberto até onde der, como se tivesse que fugir de algo ou de alguém, até se render ao dia que nasce.

[@italov847]

@@goytabr Não cara, Clube da Esquina 2 é do Milton e do Lô Borges, ela surgiu primeiro como um instrumental no álbum de 72 e só foi ter uma letra anos depois, a pedidos da Nana Caymmi, que pediu para o Márcio Borges colocar uma letra nela. Flávio Venturini apenas gravou anos depois. E sou de bh, consigo entender a mensagem, principalmente do clube da esquina 1.

[@Karamount]

Travessia/ Para Lennon e ./Maria Maria

[@beancaatticus8296]

É música é profunda, nem todos os brasileiros a compreendem em sua plenitude. Parabéns, Seth.

[@Perutti1]

Gringo, Chico Buarque é o maior compositor brasileiro de todos os tempos...ninguém fez letras tão mágicas como ele....um gênio da música...uma voz maravilhosa...É O MAIOR, É O MAIOR, É O MAIOR......

Uma letra de uma inteligência única. Mexe muito com a mente e o coração. Uma obra de arte. Chico é um dos gênios da MPB. Seu período criativo foi esplendoroso. Inclusive na literatura teve seus momentos.

[@rodrigocrispim]

E a frase que mais representou Seth foi: "É bonito, mas não entendi."

[@txcanalcf2]

Ele é igualzinho um brasileiro médio...

[@judithesposito2544]

@@txcanalcf2 E só pq ele é americano. Ele deveria ser super inteligente? Somos todos iguais, só o que muda é a terra que pisamos

[@NatteRoll]

@@txcanalcf2 Perfeito

[@judithesposito2544]

@@ANONIMO-ed6dk é que o cara fala como se o cara fosse diferente

[@asanamaria]

@@judithesposito2544 dê uma olhada em QI médio dos países! Não sei qual é o dos americanos

[@portopedro]

Seth, analise "Pedro Pedreiro" do mesmo autor. Uma abordagem bem mais animadinha, muito menos trágica, porém, igualmente crítica. Uma dica, Chico Buarque foi perseguido no período militar, tal qual os melhores letristas que o país já teve. Por isso, as músicas de 64 a 85 possuem uma grande carga de protestos, ironias e figuras de linguagem que fossem capazes de driblar a censura da ditadura. Em suas letras Chico é preciso em fazer leituras sociais com uma capacidade poética incrível.

[@Magopera1]

Seth, bom dia (hora de Brasília)! O Chico, para nós, é mais ou menos um Burt Bacharach para vocês, um patrimônio nacional. Primeiro, ele vem de família de intelectuais brasileiros (Sérgio Buarque, escritor, Aurélio Buarque, filólogo, etc), depois ele surgiu num contexto histórico opressivo no Brasil (mais ou menos como hoje em dia). Na língua portuguesa as palavras proparóxitonas (Termos que possuem acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas exatamente por conta de sua raridade (regra básica da acentuação do português), dentro dessa raridade, Chico tinha de escolher a sonoridade e dentro disso, além da poesia, a denúncia social. O primor da letra só se compara com sua genialidade e pertinência. Ela não é triste, ela foi uma denúncia do sofrimento que o trabalhador pobre brasileiro ainda sofre. Obrigado por se arriscar, mas seu olhar foi melhor do que muitos brazucas, believe me!

[@alma7477]

PERFEITO

[@joaonolasco5046]

Valeu o esforço, a interpretação dessa letra magistral é muito além da métrica, um ato de compaixão pela dura realidade dos trabalhadores (não apenas os da construção civil), que deviam se conformar com seu destino previamente traçado, ao qual não conseguiam fugir, e do qual se defendiam na bebida, na infidelidade e no desprezo pela própria vida.

[@ErreOrtegabr]

Excelente resposta. A Análise dele é muito boa, mesmo sem 9 auxílio. Essa letra é sacanagem, uma obra mesmo.

[@gomes2151]

Você está expllicando pra um falante da língua inglesa (que tem acentuação predominante na penúltima e antipenúltima sílaba em palavras não monossilábicas) o que são ''palavras proparoxítonas''? PS E as palavras proparoxítonas em português não são _''acentuadas exatamente por conta de sua raridade''_ , de onde tirou isso...são acentuadas porque o português é uma língua silábica, e se a proparoxítona tem *_quinhentas_* sílabas, o caboclo tem que ter uma referência gráfica, senão sai na pronúncia _''paralepipêdo''_ .

[@marcellomentasimonsennico5670]

Genial. Que belo exemplo de como existem pessoas de boa vontade, realmente inteligentes, que querem sempre adquirir conhecimento. Esse vídeo é a antítese do brasileiro médio, que sempre menospreza o que lhe é estranho. PARABÉNS!!

[@thiagott]

Teria sido bom ouvir _Geni e o Zepelim,_ do mesmo cantor. Ouve depois em off, vale a pena. É good vibes, eu juro! 😇

[@DahnMS]

Maldade.

[@rcteugenio]

Também é um tapa na cara da sociedade hipócrita.

[@serenaacida9900]

Olha q maldade. Hahaha

[@carlazes5528]

É good vibes kkkkkkk sacanagem

[@SuellendeLana]

Porra...

[@ClaudiaSantosdjmisscloud]

Seth, a basicamente um operário que cai da construção no meio da rua. Explicando como o trabalhador se sente oprimido e fazendo as coisas automaticamente. Apesar de estar ajudando construindo algo importante, ele caiu na rua onde pessoas mais ricas do que ele estavam andando em seus carros, por isso atrapalhando o tráfego. A construção desses versos é uma preciosidade.

[@carlosalbertobatistajunior9150]

Seth recomendo você escutar a música "Canção da América" de Milton Nascimento, letra muito profunda se a pessoa tiver alguém que ama e gosta muito e que já tenha partido não segura as lágrimas.

[@karlafas]

Que lindo, Seth! Emocionante ver sua reação e e sentimento ao ouvir e entender a música! Continue ouvindo chico buarque, gilberto gil e caetano velozo.

[@jared4131]

Outro americano e youtuber, Gavin Roy do canal Small Advantages, não analisou a letra, mas disse num vídeo que gosta muito de Construção e que até chorou quando a ouviu pela primeira vez. Quer dizer, talvez ele tenha mais sentido a canção do que se preocupado em entendê-la: a razão (análise) pode impedir que a emoção aflore plenamente, impedir que nossa imaginação e sentimentos fluam livremente. Como se fosse mágica...

[@arnaldodosanjosdavid8209]

Sim, Jared, ás vezes é mais importante sentir, deixar fluir e você acabar compreendendo do que analisar a letra.

[@elisetedalla1850]

Não importa o lado, ele está no chão atrapalhando o trânsito e as pessoas seguem a sua vida, sem se importar com ele . Ele é insignificante!

[@denilsonrosasamorim8227]

Se tentarmos entender literalmente essa música, nunca entenderemos.

[@quindin]

isso

[@1337Confusion]

A lingua nativa dele não permite ele entender isso ... se você pegar alguem que fala uma língua proveniente do latim como o espanhol vai entender

[@tiagoviale]

É muito interessante ver a reação de alguém que não é nativo da língua interpretando a letra, prestando atenção nas nuances, na parte técnica, na gramática. Como na parte que comenta o tempo imperfeito do subjuntivo, algo que eu sinceramente nem lembrava que era o nome, por não ter dado muita atenção nas aulas de gramática, mas que já é tão natural desde sempre, que não penso nisso. Lembro que quando comecei meus estudos em inglês, ficava imaginando se era tão difícil para nativos do inglês aprender e entender quando usar o "present perfect". Esse vídeo foi a resposta para a pergunta que ficou em minha mente durante todos esses anos. No final a gente só aprende a falar e se acostumar com tudo, sem termos técnicos, sem nomenclaturas gramaticais, tudo vem de forma natural, quando se vive o idioma Obrigado e parabéns pelo trabalho!

[@Calvin-re2pr]

Não se sinta humilhado, é difícil para muitos brasileiros, mas você teve contato com um dos ícones da nossa cultura CHICO BUARQUE, e um dos nossos clássicos da música. Reparou que todos os versos terminam com proparoxítonas? Ouve MULHERES DE ATENAS, do Chico.Não precisa fazer um video, só escuta, e comenta, apenas, sem fazer um react.

[@RobertoBrant]

Seth, voce é o "gringo" mais "BRASILIANISTA" que ja conheci! Voce dá mais valor na musica brasileira que muito brasileiro... Obrigado por ser um FÃ do nosso país, da nossa cultura, da nossa música, enfim, de tudo aqui!

[@lcgalev]

Essa música é um verdadeiro festival com o uso da figura de linguagem; só o nativo entende, assim como, só o americano entende as suas (figura de linguagem). Exemplo: na música "That's Life" com Frank Sinatra... "...I'm gonna roll myself up in a big ball and die..." Como é???... "... Eu vou me enrolar numa grande bola e morrer" Não entendi! Ô loco, meu!!! Me perdoe a figura de linguagem.

[@alainpierre]

Não seria algo como: vou comer até ficar gordo e morrer? Também não tenho certeza... Hehe...

[@otaviochagas599]

O formato desses versos expressa a real beleza da nossa língua. A melodia em transe no final com a orquestra ("Deus lhe pagueeeeee), consegue exprimir a agonia da mensagem. Pra mim, é um clássico que deixa claro o quanto nosso imenso povo brasileiro pobre é batalhador, sobrecarregado, explorado e submisso. Eu sempre choro quando ouço esse som. Me dá uma sensação de impotência do caralho. Quando ouço Admirável Gado Novo a sensação é a mesma.

[@marcociampi3462]

Perfeito Otávio Chagas!

[@helderdantas7421]

Se Chico Buarque fosse norte americano, seria considerado como Bob Dylan e outros iguais.

[@mateusrocha3708]

Se Bob Dylan fosse brasileiro seria considerado como Chico Buarque, Vinícius, Tom...

[@marlimartins5116]

Uma das músicas mais lindas da MPB. Chico é MIL!

[@chicolofi]

É sobre a dureza da vida dos trabalhadores mais simples do Brasil, que são tratados como se fossem coisas, cuja vida não tem importância.

[@thaisaraujo8872]

A morte dele começa a ser definido como poético e depois se resume ao inconveniente porque ninguém se importa.

[@lucasnepsui]

A última parte lida é de "Deus Lhe pague", que as vezes era cantada junto ao final desta canção; ao que sei é uma crítica a ditadura, não um agradecimento a Deus; quando ele fala: "A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague" É uma crítica direta, quando a morte e a vida, a alegria e até o ar que respiramos precisa ser autorizado por eles. "Deus lhe pague" é um tom de pura ironia.

[@REBELDIA100fim]

eu fico impressionada, sempre, com o quão burros eram os censores na Ditadura. A música é um soco no meio da cara, mas o cara não sabe ler e interpretar texto... vai lá e deixa passar. rs Pensar nisso me faz rir, mesmo diante de canções tão fortes.

[@lucasnepsui]

@@REBELDIA100fim Eu não duvido que gente de lá mesmo, entre os militares, era facilitador para que tais canções passassem na censura, né possível que implicassem com coisas tolas e deixassem passar algumas críticas como esta.

[@rafasampa1989]

No fim, ele agradece quem lhe explorou, abusou e tratou como lixo. É a gratidão (inconsciente) do trabalhador para com o patrão. Pura ironia.

[@silviastanziola659]

Maldade mandarem Chico Buarque pra você analisar, isso é coisa que mesmo o nativo da língua vai ter que parar e pensar bem pra interpretar, e ainda assim fica muito aberto à interpretação individual. É o tipo da coisa coisa que cai em provas de vestibular/ENEM da vida. Agora você já sabe como se sentem os jovens tentando entrar na universidade no Brasil.

[@juruminha1158]

Eu ri de desespero KKKKKKKK

[@eduardohardera.7904]

Chico Buarque constrói uma poesia sobre o drama da vida operária com proparoxítonas, versos lógicos numa estrutura mágica, invertendo as proparoxítonas e mantendo o sentido lógico.

[@suelidossantos5840]

A música fala de um operário probre deprimido.

[@rubimenegol]

Resumidamente exatamente isso

[@mbgrusso]

Ele vai trocando mesmo as palavras de lugar, como se vai mudando a mensagem, reforçando, tornando mais dura.

[@meucachorroeeu]

5:22 se tivesse caído no lado "certo" (da sociedade)... esse é o ponto da música! Parabéns, Seth! Entendeu, sim 👏👏👏

[@lucasbenzano6021]

Muito bom... Essa música (uma das melhores de Chico, que é um gênio) fala de um operário que vai trabalhar e acaba caindo de uma construção alta e aí morre no final. Evidentemente, de uma forma extremamente rebuscada. Um abraço, de Salvador, na Bahia, no Brasil.

[@marianaramos6554]

olha, se você quer uma música mais agradável, menos triste, ouça "futuros amantes" de Chico Buarque também. É linda, romântica e complexa.

[@giuliabcomini]

Chico é o único que consegue colocar escafandristas num contexto romântico haha

[@danbsb]

Ou se quiser uma mais triste ainda escute "Atrás da Porta" kkkkk

[@marianaramos6554]

@@danbsb affffff, Atrás da porta com a Elis Regina interpretando é de matar qualquer um.

[@thiagowatanabe9613]

Mas o próprio Chico diz no especial (dos 60 anos, produzido para a Direct Tv é transmitido na TV aberta pela Band) que futuros amantes conta a história de uma pessoa que foi meio que jogada na friendzone, uma pessoa se declara para a outra, mas a outra diz que esse romance ficaria para o futuro kkk (um futuro taaaao distante que a civilização moderna já estaria submersa no mar)

[@meucachorroeeu]

Seu olhar (nerd e passional) entendendo poesia em português é fascinante! 👏👏👏

[@cristianoramos8199]

Dica de musica: "Cálice" e "Roda viva", ambas de Chico Buarque - fantásticas e com importância história, outra seria "Chão de Giz" de Zé Ramalho - linda.

[@clayton2445]

Up!

[@romulojose1677]

Chão de Giz é pesado, tem várias teorias sobre sua composição

[@blodvern5625]

Pode acrescentar na lista "Vapor Barato" de Jards Macalé e Waly Salomão, "Como Nossos Pais " de Belchior e "O Bêbado e a Equilibrista" de João Bosco e Aldir Blanc... 😉🙂 E "Disparada" do Vandré

[@eduardoferreira1963]

proparoxítonas no final das frases. O personagem é um operário de uma construção. Tímido....máquina.... etc ADOREI , SETH!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 É tão difícil para nós também. Arte da melhor qualidade é assim mesmo

[@layllasilva9170]

Vc podia fazer “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

[@rgurgel]

Sensacional letra de Chico. Seth, é isso ai mesmo. São construções diferentes de uma narrativa. Desde uma narrativa mais poética, da primeira para outras, e uma narrativa mais mundana talvez, no caso, a última. Fez amor como se fosse máquina (fez amor de forma automática), beijou porque é lógico beijar a mulher, flutuar como um príncipe (o auge da sua vida seria aquele), e atrapalhou o sábado (porque ninguém estava preocupado com ele, ele estava atrapalhando a vida de outros). E o deus lhe pague, é bastante típico nas letras do Chico Buarque ele falar algo do tipo ninguém vai te ajudar... Espere por deus e é isso que vai ser de você. Mas !!! Chico realmente nunca "traduziu" suas músicas, ele sempre as escreveu para que o seu público interpretasse conforme seus próprios sentimentos e realidades, mas sabemos pela história dele que muitas dessas são críticas a sociedade e a política da época, então, é uma base para interpretação.

[@cid1272]

Observe que a letra foi composta em versos dodecassílabos, que quase sempre terminam numa palavra proparoxítona. Genial.

[@jesseferry6110]

Ótima idéia, Seth, não só apenas de tentar entender, mas também tentar interpretar a música. Faz toda a diferença. Tente ouvir 'Apesar de você' do Chico Buarque também

Já ouvi essa música milhares de vezes e sempre entendi a frase "subiu a construção como se fosse máquina" de um jeito, mas a dúvida do Seth me deixou em dúvida, porque agora teve um sentido dúbio pra mim

[@catarinah.f.rezende5631]

Como você entendia? Eu sempre li como se fosse de modo automático.

@@catarinah.f.rezende5631 Ah sim, nessa parte eu concordo. Mas a dúvida ficou no subir, que antes eu achava que ele tinha ido trabalhar no alto do prédio, e não que ele estava apenas construindo. Essa era a minha interpretação da infância

[@gerardoroch]

Tão interessante qto à abordagem do Seth, são os comentários. Todos estão de parabéns. Estudo p - quem sabe um dia - compreender e me emocionar c os geniais da língua inglesa.

[@gandhi_assuncao]

Eu acho que é sobre a desumanização do ser humano ou do trabalhador, que a morte dele é só uma coisa do cotidiano sem muita importância

[@CristianAvencurt]

Parabéns pelo que conseguiste interpretar da música. Já tive que fazer trabalho de português sobre essa letra.

[@anselmofrancisco2351]

Veja a musica “João e Maria”.... acho que vai entender e gostar

[@maiolino66]

Essa letra é estudada em TODOS os cursos de letras, literatura e português. Essa letra é um exemplo de como a arte não é só uma questão de inspiração, mas de trabalho com as palavras

[@MariaAna-bj5lc]

Realmente é uma obra de arte.

[@magaalcatel4089]

Eu não vou ler os comentários para não ter influências nos comentários. Mas, o pouco que escuto essa música, ele fala dos momentos que atravessamos, em que somos automáticos e em qualquer momento tudo pode acontecer. Nós sofremos quando vimos coisas ruins pela primeira vez e nos acostumamos. E principalmente quem leva uma vida difícil. Eu ficava triste quando via uma pessoa no sol bem quente esperando esmolas, agora vejo, sinto e sigo em frente. Já vi acidentes terríveis, fiquei sem me alimentar; hoje vejo, sinto e depois passa. É assim, a vida pode ser tráfico, mas esquecemos. Eu escuto comentários quando alguém suicida no metrô e as pessoas ficam revoltados mais pelo atraso da viagem e não sentidos com a situação do próximo. Então, o que entendo é que Chico fala da naturalidade quando as pessoas se acostumam com a tragédia. E que vivemos o dia a dia sem esperar o que pode acontecer no momento seguinte. Acredito que vc também acertou algumas coisas.

[@Fabili2009]

O Chico Buarque é o maior artista vivo do Brasil e um dos maiores do planeta, atualmente. Salve Chico!

[@davidcampista]

Essa música é da década de 1960 quando o cuidado com o trabalhador era inexistente e a vida deles era desprezível.

[@pollyanagoncalves2826]

Essa música é incrível!!! A métrica é um trabalho de arquiteto.. Sempre me arrepio com essa música!

[@dearrascaeta2322]

A troca de palavras entre versos também da a ideia de que a própria música está sendo construída, além de todo contexto histórico.

[@azulavap]

Sugiro "Águas de Março" ("Waters of March"), de Antonio CArlos Jobim.

[@guariba63]

O operário da construcao nao se matou... Ele caiu do prédio acidentalmente...

[@TheOenrain]

"Na contramão" é gíria, é uma coisa que atrapalha mesmo, um estorvo.

[@janainachaves2009]

Analisa Roda Viva de Gilberto Gil é incrível. E esse tipo de vídeo deveria virar fixo do canal pq eu ameiiiiii