Hobbista Pode Fazer Pesquisa em Matemática? Descubra Aqui!

[@victordias1840]

O caso mais extremo de um leigo contribuido não apenas para a matemática mas criando todo um ramo da engenharia foi o russo Konstantin Tsiolkovsky, ele mesmo sendo um completo autodidata conseguiu criar praticamente tudo na engenharia aeroespacial, foi ele quem teve a ideia de criar um foguete de varios estágios para mandar alguém ou um satélite para o espaço demonstrando matematicamente como isso seria possível.

[@rafaelealdias1]

Vídeo interessante! Acho que a pergunta natural subsequente é: é possível um matemático hobista fazer contribuições sem ser um gênio? rs Acho que naturalmente existe um foco muito grande em questões abertas e problemas complexos.. Mas a verdade é que existe mais do que isso, acredito eu. Me vem a mente vídeos de matemática que usam formulações alternativas pra deixar pontos mais didáticos por exemplo. Talvez isso não tenha valor "matemático" no sentido de ser um conhecimento novo, mas expandir o entendimento geral é um valor por si só. Além disso, quantas inovações não foram só cientistas "brincando" com algum conceito ou ideia, até encontrar algo novo? rs

[@diasrob]

É plenamente possível! Na verdade, acho isso é uma das coisas mas democráticas que se tem na área de pesquisas científicas. Inclusive, os programas de mestrado e doutorado restringem mais, inclusive, algumas vezes, de forma subjetiva, candidatos aos acesso à formação como pesquisador, por meio desses programas de Stricto Sensu, do que as próprias revistas e jornais científicos. Definitivamente, mas há obrigatoriedade nenhuma de vinculação à instituições de ensino. Parabéns pelo canal inspirador!

[@carlos_messias]

Excelente vídeo! Muito inspirador para quem sonha em fazer pesquisa em Matemática. Gosto muito de ver os problemas em aberto e ficar admirando a beleza de conjecturas matemáticas, apesar de estar muito longe de ao menos compreender um pouco os caminhos que podem levar para as soluções. Você poderia trazer um vídeo em especial sobre algum problema que te chama muita atenção? Às vezes eu fico refletindo sobre a Hipótese de Riemann e a Conjectura de Goldbach, por exemplo. Apesar de serem distantes de minha realidade, os problemas em aberto me motivam muito a querer buscar mais. 🙌🏻

[@matematicaHobby]

Salve Carlos! Boa sugestão de conteúdo, espero trazer este tema logo mais no canal, eu ainda não tenho uma obsessão por uma questão específica, mas tenho sim alguns problemas que me chamam muita atenção.

[@technoir-1984]

A diferença entre um hobbyista e um "profissional" é uma questão de tempo de atuação diária. Enquanto um tende, mas não necessariamente, dispor de muitas horas para analisar teoremas ou descobrir novas, um possui menos tempo. Mas ambos são matemáticos iguais.

[@antoniovitor643]

Heee depende da sua definição de matemático, se sua definição for ampla, até professores de nível médio são matemáticos. Mas a minha definição de matemático é; Matemático é um profissional treinado e capacitado para resolver problemas complexos e produzir matemática. Por essa definição professores não são matemáticos.

[@douaizeit]

Uma pergunta: como você sabe que sabe alguma coisa? Qual o seu parâmetro ou seu padrão de verificação e confirmação de conhecimento em um determinado assunto? Na faculdade é fácil, vc fez as provas e tirou mais que 60, pronto, é certificado conhecedor daquele assunto. Como sabemos que já estudamos o suficiente de determinado assunto e estamos prontos para um assunto mais complexo? Poderia dizer: ah, vc sabe quando pega um problema mais complexo e sabe fazer. Tá, mas como evitar a auto enganação , isto é, resolver apenas os problemas que já sabemos resolver. Ou a auto enganação de achar que sabemos menos do que realmente sabemos ao pegar um problema mais desafiador.

[@matematicaHobby]

Salve, man! Eu uso os exercícios dos livros como parâmetro de estudo. A maioria dos livros que estudei têm resoluções disponíveis gratuitamente na web ou em plataformas como Numerade e Quizlet. Escolho os exercícios que me parecem mais interessantes, sem me preocupar se são difíceis ou não. Se consigo resolver a maioria dos exercícios que decido fazer (geralmente prefiro os de demonstração, fazendo apenas alguns de cálculo), recebo um feedback positivo de que estou indo bem. Mesmo quando travo, sou flexível comigo mesmo, pois pode ser que eu tenha seguido o caminho certo, mas me embananei com a manipulação algébrica ou algo do tipo. Existem algumas exceções de livros que não têm resolução para todos os exercícios. Lembro de estudar Geometria Analítica e o autor propôs um exercício do tipo "aqui está um teorema para você provar e testar se entendeu todas as definições e axiomas". Segui usando apenas os axiomas e definições do autor, apliquei a técnica de demonstração adequada e consegui chegar ao resultado enunciado pelo teorema. Isso me deu confiança, pois me senti convencido pelo argumento. Se não estou 100% convencido da argumentação que elaborei, se fiz alguns saltos estranhos ou não usei apenas as definições e axiomas apresentados até aquele momento, significa que a demonstração não está legal. Nesse caso, posso pedir ajuda na comunidade de matemática no Discord, onde sempre recebo respostas. Provar teoremas é assim mesmo; você prova até se sentir convencido. No entanto, a revisão por pares pode identificar problemas na sua demonstração. Minha desvantagem é não ter pares para revisar ou sugerir maneiras de deixar minha prova mais enxuta e clara. Sobre assuntos mais complexos, costumo recorrer ao livro específico sobre o tema. Se sinto que estou conseguindo avançar, significa que estou pronto para aquele assunto. Foi assim com Álgebra Abstrata, que comecei antes mesmo de Álgebra Linear. Estou avançando bem neste assunto, que geralmente é reservado para depois de Cálculo e Álgebra Linear.

[@maiconleonardoribeiro6879]

Eu acho o Galois até mais inspirador que o Fermat. Emil Artin até falou que se o Galois estivesse vivo ele não entederia nada da teoria dele pq os matemáticos pegaram a ideia bruta do Galois e lapidaram ela de uma maneira muito mais profunda e em vários ramos. Hoje eu acho que esse seria o maior impacto que um Hobbista poderia fazer pra matemática, vir com novas ideias e novas visões para toda a comunidade matemática terminar de lapidar.

[@ProfessorMarcioV]

Ótimo comentário Galois foi um milhão de vezes mais inspirador que Fermat. Foi absolutamente um gênio. Só que muito instável, não conseguia expressar de forma organizada suas ideias e se perdeu em política devido ao seu espírito irrequieto. Além de ter entrado neste duelo idiota por uma mulher que mal conhecia.

[@royaltyBS]

Admiro seu canal! Estou no 9° da escola, e estudo matemática porque amo. Você me inspira! Sugestão de vídeo: Como ter disciplina ou "vontade" de estudar.

[@matematicaHobby]

Não sabe o quanto fico feliz de ler isso! 😄 Ótima sugestão, tenho um doc aqui onde estou registrando o print de estas sugestões para trazer futuramente no canal. Um forte abraço!

[@leo-dd1eb]

Opa! Ótimo vídeo! Cara, conte um para gente um pouco de sua história com a matemática! Forte abraço!

[@matematicaHobby]

Salve Leo! Quero ver se o próximo mês eu gravo um vídeo assim. Um abração!

[@antoniovitor643]

Eu concordo com você que houve grandes contribuições de matemático amadores no passado, mas isso foi no passado; Não podemos nos esquecer a amplitude que a matemática adquiriu no século XX o que torna muito mais difícil fazer contribuições pelo fato de que se tornou algo muito especializado.

[@dinheirocomandregodoy]

A diferença é que um matemático "profissional" gasta 90% do seu tempo preenchendo formulários da Fapesp e 10% fazendo matemática. Já o "amador" é 100% matemática.

[@matematicaHobby]

Boa! 😂 Além do tempo gasto dando aulas, muitos fazem isso por obrigação e acabam se sentindo sobrecarregados. Além disso, há a pressão constante de produzir artigos, o que limita o tempo disponível para refletir calmamente sobre um tópico e criar algo mais significativo.

[@Rintauro314]

Cara, realmente fermat é uma inspiração para quem gosta de matemática e estuda por hobby, ele foi um grande matemático mesmo sendo "amador".

[@geovanecavalcante2787]

Ótimo vídeo!

[@marcelomenesesdelima2140]

Provou ta provado

[@marwanghazy2532]

Why you don't tour on your library

[@matematicaHobby]

Hello! I'm planning to make a "bookshelf tour" video soon. You’re the fourth person to ask for this!

[@douaizeit]

É triste. Acho que qualquer trabalho que usasse a metodologia cientifica de forma correta e apurada, deveria ser considerado. Não apenas os pares de academia. Eu entendo que é difícil adquirir esse rigor cientifico, mas não é impossível.

[@marwanghazy2532]

¿Por qué no haces giras en tu biblioteca?

[@matematicaHobby]

I can read Spanish, but the language I use in my videos is Portuguese haha.

[@pedro5425]

Bom dia, saberia informa se existem meios(por exemplo, revistas ou periódicos científicos) em que um matemático que não esta vinculado a uma universidade ou instituição de pesquisa poderia usar para publicar possíveis descobertas ou trabalhos?

[@matematicaHobby]

Olá! Boa pergunta, não sei dizer. Até onde eu sei, o caminho é entrar em contato com algum especialista da área que atua na academia, se o especialista entender que de fato está correto, ele poderá publicar um artigo contigo, ou talvez abrir as portas para que seu artigo seja publicado em alguma revista científica de prestígio.

[@carlos_messias]

Gostaria de saber sobre isso também.

[@matematicaHobby]

​@@carlos_messias acabei dando uma pesquisada aqui e encontrei uma pergunta do tipo lá no fórum Academia StackExchange, busquem por "Does one need to be affiliated with a university to publish papers?" e as pessoas estão dizendo lá que sim, em tese é possível qualquer um submeter um artigo a qualquer periódico matemático, mesmo não sendo afiliado a alguma instituição. O seu artigo irá passar por uma rigorosa revisão por outros especialistas da área, se for algo original e de importância (coisas triviais podem ser deduzidas, mas não trazem lá grande contribuição) ele poderá ser aceito por uma revista de prestígio. Agora existem por aí o que eles chamam de "periódicos predatórios" que gozam de pouca credibilidade e que, se você pagar, eles podem facilmente publicar seu resultado matemático. Publicar seu resultado num periódico do tipo não significa que seu artigo é de má qualidade, mas devido à má fama de tais periódicos, seu artigo poderá não ser notado no meio matemático.

[@brenodecarvalhocorreia2024]

Poderia fazer um tour pela sua estante?

[@matematicaHobby]

Olá! Quero ver se faço um vídeo do tipo até a semana que vem.

[@miguel8124]

Ola gosto do seu trabalho e gostaria de seus conselhos. Estudei para medicina durante anos consiliando trabalho e estudo e fiz isso pq queria provar para pessoas que duvidavam fo meu potencial e me humilhavam sei que fui infantil mas agora percebo que vou msm é fazer matematica aplicada mas tenho um receio pela minha idade ja tenho 28 anos sera q devo msm fazer isso? Tenho medo de ser rejeitado pelo mercado pela minha idade avançada ate pq vou me formar com 32

[@matematicaHobby]

Salve, Miguel! Primeiro, quero parabenizá-lo por sua determinação e dedicação. Decidir mudar de curso e seguir uma nova paixão é uma escolha corajosa, especialmente após tanto esforço. Quanto à sua preocupação com a idade, saiba que 28 anos está longe de ser tarde demais para começar uma nova carreira. O mercado de trabalho, especialmente na área de tecnologia, valoriza muito mais as habilidades e conhecimentos do que a idade. A matemática aplicada é uma excelente escolha. Tente adquirir na sua graduação uma base forte em probabilidade e estatística porque isso pode abrir muitas portas no mercado de trabalho, caso não dê certo a carreira de pesquisador. Profissões como analista de dados, cientista de dados e especialista em machine learning estão em alta demanda e muitas vezes são preenchidas por pessoas com formações diversas e trajetórias não lineares. Seu passado em medicina, por exemplo, pode ser um diferencial. É sempre importante ter um plano B, e pensar no 'ganha-pão'. Mas lembre-se de que seguir algo que você realmente gosta pode trazer uma satisfação pessoal e profissional incomparável. Desejo muito sucesso na sua caminhada! 🙂

[@liliepepe65]

claro q sim

[@Higanofc]

Fico triste com o pouco reconhecimento que os pesquisadores e cientistas brasileiros recebem. Quantos gênios não tivemos dado por conta da cultura do Brasil em relação aos estudos? Gostaria que tivéssemos a mesma cultura da russia em relação a isso. Lá os acadêmicos tem o mesmo prestígio que aqui um médico tem.

[@matematicaHobby]

Cara, real! Há muita gente talentosa Brasil afora, mas não conseguimos iniciar estas pessoas em matemática, e quando conseguimos, não somos capazes de absorvê-las na academia, e quando são absorvidas, os salários podem não ser tão competitivos quando lá fora, e isso acaba gerando "fugas de cérebros" para universidades no exterior.

[@eduardohenrique9358]

Queria entender porque você não quer ser um matemático profissional

[@matematicaHobby]

Eu adoraria ser matemático profissional! Alguns dizem que ser hobbista é mais divertido, como aquele músico que reserva a música apenas como hobby pessoal e não quer associar sua paixão a uma obrigação profissional. Para ganhar a vida, ele pode ser dentista, por exemplo, mantendo a música como lazer. Minha paixão pela matemática se intensificou depois dos 30 anos (tenho 34 agora). Infelizmente, não posso largar tudo para iniciar um bacharelado em matemática em uma universidade pública, já que esses cursos são oferecidos apenas em tempo integral. Quem sabe no futuro? Por enquanto, vou me dedicando a isso como um hobby. Além disso, o caminho para se tornar um pesquisador na área pode levar mais de 10 anos, contando o tempo de doutorado. E atualmente, está cada vez mais difícil ser absorvido pela academia para trabalhar como pesquisador.

[@renanwilliam3224]

O que ele disse faz sentido mesmo, eu me formei em engenharia civil e resolvi fazer licenciatura em Matemática, pois vi na engenharia o poder que a matemática tem de trazer soluções e quis entender melhor, o problema de vc seguir carreira é que vc se torna refém das instituições, pesquisadores e os cronogramas preparados por eles, nem sempre vc vai ter a liberdade para se aprofundar ou entender com mais detalhes os assuntos do seu interesse, o conhecimento formal as vezes é oposto ao conhecimento real. E temos exemplos bons de que o hobbismo tem sua importância, o Einstein mesmo começou a ter suas ideias quando estava trabalhando em um escritório de patentes e tinha o tempo livre para pesquisar. Atualmente estudo para concursos pois passei muito tempo na academia e não consegui um bom trabalho na área por enquanto...mas no futuro pretendo me aprofundar mais nos tópicos da Matemática sem influencia acadêmica .

[@eduardohenrique9358]

@@matematicaHobby Entendo. Você tem uma aparência jovem, achei que era alguém em dúvida sobre o que fazer da vida. Mas continue estudando e saiba que pra fazer mestrado e doutorado em matemática você não precisa ter curso de graduação. Se mais pra frente, quando vc tiver conhecimento suficiente e tiver sofrido bastante com a matemática, mas mesmo assim ainda sentir que queria passar o dia fazendo isso talvez vc possa pensar em entrar em ums instituição como o IMPA, que aceita pessoas sem graduação.

[@matematicaHobby]

@@eduardohenrique9358 é possível fazer doutorado sem ter nenhum diploma em alguma graduação? Este é meu problema, não sou formado em nenhuma área 😅. Tentei me formar em Estatística, mas meu contexto de vida na época me fez abandonar o curso. A maior parte do que sei, aprendi nos livros.