Matemática Humanista em tempos de propagação do Ódio

O professor Carlos Mathias abordou histórica e filosoficamente o desenvolvimento das matemáticas, especialmente nos séculos XIX e XX, período em que a utopia do progresso científico se aderiu ao capitalismo liberal e foi destruída por crises econômicas, revoluções sociais, econômicas e políticas, e por duas guerras mundiais. Além disso, o professor falou sobre como as perspectivas humanistas do fazer matemático são importantes ao enfrentamento dos desafios trazidos pelo século XXI.
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[@josecarlosalmeida1924]

Professor Carlos Mathias, o que mais posso dizer dessa palestra, senão agradecer por nos lembrar que nós somos o outro do outro e que o fazer matemático só faz sentido se for para o bem do planeta e da humanidade. Obrigado por nos lembrar da sobrevivência e da transcendência, da importância do coletivo sobre o individualismo, tão apregoado atualmente pelo neoliberalismo. Vou terminar meu breve comentário com uma reflexão que ouvi de um psiquiatra em uma das tantas palestras de que já participei: "o por que da vida é evoluir e o para que é servir". Muito obrigado, Professor!

[@matematicahumanista]

Querido José Carlos, muito obrigado! Fiquei tão feliz por saber de sua apreciação! É isso, a luta é essa. Cada um agindo onde está, pensando no outro e no que podemos construir juntos. 🙏❤️

[@sandroazevedocarvalho9392]

Muito bacana a perspectiva histórica que você trouxe nessa aula.

[@claudenemendesrios8274]

Prof. Mathias, parabéns pela sua live. Não assistir ao vivo, mas pude rever agora e lhe agradeço pela abordagem histórica e que nos ajuda a entendermos este tempo tão difícil. É muito triste perceber que seres humanos escolhem a guerra com toda sua crueldade ao invés de escolher a vida, resolver o problema da fome, entre tantos. O professor de matemática precisa ter compromisso com a vida e com o que faz faz na sala de aula com esta área do conhecimento. Mas a escola pública brasileira atualmente é um lugar difícil, até sinistro, com a relativização do ódio.

[@matematicahumanista]

Verdade Claudene! 🙏❤️ Que tenhamos forças para avançarmos juntos no sentido de um bem coletivo. Obrigado pelo carinho!

[@rodrigoferreira9527]

Essa relativização se dá pela subjetividade mal pensada, não só por isto como também por humanizar a guerra. O meu irmão mais velho estuda uma matemática que vai além da básica e da mediana. Realmente,o que mais falta no ser humano,é humanizar a paz para que a gente mude por dentro,e aí poder mudar o outro. Nessa escola,tudo é solto e aleatório,e é aí que tá...a desordem social gerada pela falta de gerência bem planejada e pensada a longo prazo pra que os professores desse campo possam ensinar sem se atrapalhar com a indisciplina dos estudantes leigos.

[@professoreduardoaugusto7578]

MATHIAAAAASSS!!! Caramba!!!! Maravilhoso.

[@matematicahumanista]

Obrigado Eduardo! Foi uma fala importante que significou muito para mim! Seja sempre bem-vindo !

[@taniabertholdo5654]

"A gente nunca volta o mesmo para o mesmo ponto" ... Uma "aula" absurdamente e absolutamente necessária de ser vista, revista, pensada e repensada...sempre! Agradeço, de coração!

[@matematicahumanista]

Muito obrigado querida Tânia, pela presença, carinho e apreciação! 🙏❤️ Seja sempre bem-vinda!

[@luciamariasilva2567]

Prof Mathias, vc diz que seu canal é um canal de amor, realmente é, pq quem o faz, é uma pessoa que transmite amor no que faz. A live foi finalizada com uma grande mensagem de reflexão, precisamos ver o outro assim como queremos ser visto e ajudado. Parabéns! 👏👏👏👏

[@matematicahumanista]

Querida Lúcia, muito obrigado por seu carinho e consideração permanentes já há tanto anos! Fiquei muito feliz com sua presença e apreciação , 🙏❤️! Seja sempre bem-vinda!

[@ewerttonrocha5172]

Opa, Mathias! Infelizmente não pude assistir ao vivo, mas passando agora para poder curtir mais uma maravilhoso palestra sua!

[@matematicahumanista]

Obrigado querido Ewertton! 🙏❤️

[@carlosloiola]

Boa noite

[@antoniosales3981]

Muito interessante. Concordo com quase tudo que disse. Discordo quando confunde a "arma com o atirador". Isto é, a matemática com que usa e ensina essa ciência. Ciência é uma coisa, ética é outra coisa. Não é a ciência que tem que resistir ao ódio, é professor que tem que fazer isso.

[@antoniosales3981]

Inclusive, ė possível discursar contra o ódio com o coração cheio de ódio. É possível ser um bom matemático e um grande ser humano ao mesmo tempo. É possível ser medíocre em matemática e medíocre ser humano. Sei que é difícil separar a roupa de quem a veste, mas é possível e desejável. Caráter ė uma coisa, ciência é outra coisa. Descolonizar a ser humano é necessário, descolonizar a ciência pode ser uma burrice.

[@matematicahumanista]

Caro Antônio, não confundi arma com atirador. Armas existem por meio de quem atira, e a discussão é sobre as nossas práticas. Da mesma forma, a ciência se faz no fazer científico. A discussão sobre ética refere-se aos fazeres científicos e matemáticos como MEIOS para nosso bem-estar no mundo, em harmonia com as espécies que o coabitam e com o meio ambiente. Foi uma fala sobre as práticas humanas, acredito que tenha sido claro, não sobre as "coisas", muito menos substantivações abstratas de um corpo de conhecimento cultural.

[@antoniosales2020]

@@matematicahumanista Que é preciso bem formar o professor não há dúvida. Porém, não se forma bem quem ensina combatendo a ciência que ele ensina, uma ciência que nos colocou no patamar científico e tecnológico que nos encontramos hoje. Na formação do professor deve-se combater a arrogância, a ganância, a negligência, a ausência de ética e de respeito ao ser o humano. Deve-se orientá-lo a respeitar os limites impostos pela decência, pelas suas próprias limitações e dizer-lhe que não se repete com o outro o mal que, porventura, nos fizeram quando éramos alunos. Dizer-lhe que um bom professor sabe mais do que a ciência de referência, sabe se comunicar, se controlar, sabe por que ensinar, sabe o que e porque o aluno deve aprender. Deixe a ciência no lugar dela, basta que se aprenda a manejá-la com ética. Quando condenamos a ciência diminuímos a responsabilidade do humano. O problema está no ser humano e não na ciência. Deve-se aprender com os erros do passado.

[@matematicahumanista]

@antoniosales2020 caro Antônio, a ciência não foi atacada em momento algum, o que foi colocado é que "ciência" se manifesta pelo fazer científico e, esse, deveria considerar uma ética para a humanidade. É um equívoco imaginar a ciência como algo estático e instrumental, absoluto e universal. Ciência e fazer científico são indissociáveis e variáveis no tempo. Meu ponto é: para onde desejamos ir?