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Nesta live, abordamos a relação entre o ser "mulher" (pautado em certos ideais e valores de gênero de uma sociedade, em certa época histórica), e seu transbordamento, etiquetado muitas vezes como "loucura". Maura Lopes Cançado foi uma brasileira, mineira, nascida em 1929 e cujos anseios sempre foram bem maiores do que se casar e ter filhos (ideal prescrito para as mulheres da época). Casou-se aos 14 anos e em menos de um ano teve um filho e se separou. Passou a ser uma mulher agora maculada para a sociedade de então, visto que era "desquitada". Internou-se, muitas das vezes por vontade própria, em hospícios e, em um deles, escreveu a obra (diário) "Hospício é deus", na qual narra suas experiências como mulher, louca, e suas relações dentro do manicômio. Sua obra, pioneira e fundamental, antecede em muitos anos as críticas realizadas pela própria reforma psiquiátrica no Brasil. Ainda assim, permaneceu ignorada por este movimento e tem sido redescoberta e lida somente nos últimos anos. Nossa convidada especial para falar sobre a vida de Maura e de seu livro foi a artista plástica, mestre em Psicologia Clínica e Cultura, Vânia Romão.
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