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O Dagoberto cresceu sem se sentir amado e respeitado por ser um homem gay, mas Deus deu a ele uma família para mostrar que ele era tão digno de amor quanto qualquer outra pessoa.
O Dagoberto era uma criança afeminada e foi abusado por homens adultos durante toda sua infância. Todos esses episódios traumatizaram o garoto que chegou até a tentar tirar a própria vida.
Com o sentimento de que jamais seria amado por ser gay, o Dago foi crescendo sem muitas esperanças e sem se envolver romanticamente com ninguém, já que o contato físico com outros homens ainda era muito traumatizando para ele.
Assim que saiu de casa fugindo de um ambiente tóxico, ele seguiu a cartilha de um jovem gay dos anos 1980. Saía para as baladas, fez amigos e se divertia, mas algo pegou ele de surpresa no fim dos anos 80, quando ele tinha 27 anos: o HIV.
O que foi uma surpresa para o Dago porque o HIV era associado à promiscuidade, drogas e ele era um jovem bastante certinho. Pelo checklist "de risco" que o médico fez com ele, o Dagoberto não imaginava que tinha contraído o vírus. Ali ele se viu diante de um novo desafio porque naquela época, contrair HIV era quase uma sentença de morte.
O que não ocorreu, mas o Dagoberto chegou a desenvolver Aids em meados de 1997, aos 36 anos, porque não fazia o uso corretamente dos antirretrovirais. Por sorte, um amigo próximo ficou ao seu lado nesse momento e o ajudou a entrar na linha.
E por sorte mesmo porque em 1998, o Dago conhece seu atual companheiro, o Claudio, e ali eles iniciam uma jornada de companheirismo. Tendo crescido num ambiente traumatizante e encarado a morte de perto, o Dagoberto agarrou a oportunidade de ter uma família e não largou mais.
No começo dos anos 2000, seu companheiro sugere deles adotarem uma criança e depois de muitas tentativas por vias "alternativas" frustradas, uma assistente social diz para eles entrarem na fila da adoção. Mas imagina? Um casal gay adotando uma criança nos anos 2000? Mas deu certo!
Quando o Dago e o marido chegaram para conhecer seu primeiro filho, o Lucas, o menino tinha dois anos, não andava e não falava. Assim que o Dagoberto abriu os braços para abraçá-lo, a criança saiu correndo em direção a ele. Era ou não era pra ser?
Depois do Lucas, os dois adotaramirmão biológico dele e seguiram assim por alguns anos, os quatro homens da casa, até que mais recentemente, quase aos 60 anos, surgiu a oportunidade de adotar a Kiara.
Quando o Dagoberto olha pra trás e recapitula toda sua história, ele não acredita que aquele menino traumatizado poderia criar uma família repleta de amor. Para ele, Deus colocou seus filhos no caminho justamente para mostrar que aquele amor inexistente na infância e adolescência, estava guardado, esperando o momento certo de chegar.
A história do Dagoberto faz parte da série "Na minha época ERA assim", com cinco histórias de pessoas da comunidade LGBTQIA+ com mais de 50 anos. A ideia é fazer um contraponto com aquelas frases que ouvimos as vezes “na minha época não tinha nada disso”, “na minha época não era assim”. Para assistir e ouvir as histórias, acesse a playlist: • Série: Na minha época ...
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