Os ciúmes dos homens - Parte III

Para ler o artigo "Masculinidade e ciúme na perspectiva da teoria da sedução generalizada", do Prof. Paulo César Ribeiro:
www.scielo.br/p...
Para ler o artigo "Stanley Kubrick se matou: o que se pode ver de olhos bem fechados", do Prof. Paulo César Ribeiro:
revistapercurso...
Para comprar o livro "Os Ciúmes dos homens":
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[@aszardini]

ao final dos três vídeos, só posso lhe agradecer pelo conhecimento e esclarecimento da temática!

[@fabiobelo]

Que bom que gostou, Adriana! Obrigado!!

[@aszardini]

@@fabiobelo muito aprendizado teacher!

[@justgi2676]

Se todos estudassem psicanálise essa exigência do ciúme certamente perderia força. O ciúme no senso comum transmite a ideia de que é relativo ao outro, quando na verdade refere-se mais ao próprio sujeito. Agora quando alguém sentir ciúmes de mim não vou ficar me achando. Vou pensar: Será alguma projeção homoerótica ou algo da ordem da sua passividade? Hahaha Seus conteúdos sempre foram incríveis, depois das lives a compreensão ficou ainda mais fácil. O vídeo do Opinião Minas tb está muito bom! Obrigada Belo! As quintas não serão mais as mesmas.

[@fabiobelo]

Obrigado, Gi!

[@GuilhermeCarvalho-qq8dj]

Por favor, mais vídeos com esse conteúdo.

[@nreis8794]

Eu adorei o tema do vídeo. ☺

[@fabiobelo]

Obrigado por acompanhar!

[@thamiresl.541]

Fiquei muita curiosa de como seria essa reformulação teórica para as mulheres. Elas definitivamente não são socializadas a rejeitar sua passividade. O que seria? Pode fazer um vídeo sobre isso? Minha hipótese inicial seria que como é bem mais estipulado na mulher um ideal de beleza, e assim elas odeiam a definição de seus corpos, o ciúme deve dizer algo a respeito sobre isso. A convocação do corpo é uma grande temática contemporâneoa.

[@fabiobelo]

A dinâmica ainda tem a ver com a recusa à passividade mesmo nas mulheres... quer dizer, isto pode ser uma das fontes também. A passividade, neste caso, ganha o contorno da "perda de amor"... não sou amada como ela o é... acho que tem muito disso. Mas vc tem razão toda problemática do narcisismo está presente no ciúme dos homens e das mulheres! Vale sim fazer um vídeo só sobre isto!

[@alegralohan]

Esse canal foi um achado! Agradeço pela explicação facilitada. Embora seja um vídeo sobre o ciúme dos homens, eu como mulher me reconheço. O desejo, a fantasia, a passividade e as outras coisas que caracterizam o ciúme eu vejo em mim e refletem no meu comportamento. Não sou abusiva, pelo menos não me considero, mas sofro nas fantasias que imagino ( o delírio). Me fez pensar.

[@fabiobelo]

Que bom que te fez pensar, Alegra. O tema é importante e certamente afeta tb as mulheres. Agradeço pelo comentário e por acompanhar!

[@marcelopeixoto9588]

Esclarecedor, gratidão 🙏

[@fabiobelo]

Obrigado!

[@RenatoPVBraz]

Genial! Grato pela série, foi esclarecedora.

[@fabiobelo]

Eu que agradeço, Renato!!

[@gislainebalbino1258]

Oi Fábio. Tudo bem com você? Eu me sinto muito bem maratonando os vídeos do seu canal e esse tema era uma das necessidades que eu trago na vida. Assisti aos 3 vídeos e pretendo assisti-los novamente. Acontece que eu faço consulta de Tarot e 90% dos clientes que eu atendendo eu recomendo que procurem ajuda profissional ou na psicologia ou na psicanalise. Como a maioria não me dá ouvidos resolvi eu estudar psicanalise para digamos assim "ser mais útil" . não que o Tarot não seja uma otima ferramenta no autocuidado, mas eu senti que precisava de outros saberes para ajudar aos outros e a mim tbm. Chega de falar de mim. Ultimamente um fato recorrente tem acontecido nas minhas consultas. Mulheres heterossexuais e homens homossexuais falam sobre parceiros que a principio demonstravam um quadro de ciume exacerbado, mas passado algum tempo esses mesmos parceiros começam a sugerir uma terceira pessoa nas relações do casal. Elxs acabam aceitando como forma de satisfazer a fantasia do parceiro, porém acontece que vira uma constante e em alguns casos de uma terceira pessoa, começa a surgir várias e elxs não gostando de estar nessa situação se desagradam totalmente para agradar o outro. Uma delas está prestes a se casar e o noivo era assustadoramente possessivo. Recentemente esse mesmo rapaz revelou a ela o seu envolvimento com mulheres trans, disse que era uma fantasia que ele guardava e realizou. Ela compreendeu depois de muita relutância. Recentemente ela me procurou para saber se deve ou não se casar, pois ele agora disse que gostaria de vê-la sendo penetrada por vários homens ao mesmo tempo, e ela viu que ele tem assistido a essa categoria de vídeos, incluindo homens sendo penetrados por vários outros homens. E ele disse a ela que gostaria de experimentar sexo oral em um homem, mas ela teria que estar com ele na cena. Pelo o que sei sobre ele é que ele passou por uma criação muito rígida e hoje ele tem um cargo de grande responsabilidade em uma instituição governamental. Ela é artista, feminista, trabalha em uma ONG se descreve como um ser livre e até se sente culpada por estar confusa dentro das fantasias dele. Nas palavras dela se qualquer outra pessoa dissesse o que ela ouve dele, ela daria total apoio, mas como modelo de contrato conjugal não é o que ela tem em mente. Baseado nos arcanos que se apresentaram o que eu disse a ela resumidamente foi: "você e ele precisam encarar seus medos e fantasias juntos" (foi o que os Arquétipos mostraram) aí apontei o caminho da psicanálise. Agora ela Todo esse textão é para dizer que eu amei esse assunto, precisava dele e estou aliviada em estar apontando a psicanalise para minhas e meus clientes. No começo dessa semana li sobre o caso Schreber e automaticamente me lembrei dessas situações acima. Suas explicações me servem como lampadas. Obrigada por estar nessa plataforma, professor!

[@fabiobelo]

Obrigado por compartilhar sua experiência e pela companhia, Gislaine! É isso: basta querer ver e vamos nos deparar com as variadas formas de relação com o outro, né? Abraços!

[@RodrigoSantos-et4bz]

​@@fabiobelo poderia me indicar obras e artigos sobre ciúme dos homens? E sobre essa "moda" dessa fantasia dos homens que tem buscado ver suas mulheres sendo penetradas por outros homens. Poderia me sugerir qual a melhor leitura desse desejo recalcado atrás do ciúme possessivo e também sobre essa fantasia sexual do homem corno? Livros e artigos.

[@Onixmann]

Fábio, você comentou na série sobre a construção de uma clínica a partir de Laplanche. Já existe algum material aplicável à disposição? Desde que conheci o seu canal, me apaixonei pelo seu pensamento (seu, pessoalmente, e a construção laplancheana a qual você bebe com tanto entusiasmo) e como ele tá alinhado de forma tão responsável a pautas super atuais. Enquanto estudante, o comprometimento dessa releitura psicanalítica me fizer sentir finamente encontrado, e esperançoso! Mas não tenho conseguido achar muito material pra seguir nessa caminhada, não sei se por falta de habilidade na busca ou outro motivo. Agradeceria imensamente se pudesse indicar canais de estudo ou obras que ajudassem no trilhar rumo a essa clínica! Admiro demais seu trabalho! Abraços do Recife!

[@fabiobelo]

(conversamos no outro vídeo! deixa comigo q vou ofertar esses cursos em breve!)

[@lpsilvestre9157]

Quando é que vai rolar aquele cupom desconto para seus seguidores aqui comprar esse livro sensacional? 😅😅 Muito bom o vídeo!! Obrigado!

[@fabiobelo]

Acabei de colocar na descrição do vídeo. O ebook está apenas 1 dólar! amzn.to/3kz5wII Compre, leia e me diga o que achou! Muito obrigado pela companhia!

[@esencialab732]

Gostei ds sua explanação, mss senti necessidade dos vídeos serem um pouquinho mais didático...por exemplo, qual é a verdadeira tradução para passividade neste caso? Obrigada

[@fabiobelo]

Excelente questão! Vou fazer um vídeo específico sobre a teoria da sedução generalizada... é ali que a gente encontra uma ideia mais clara sobre a passividade... de qualquer forma, o modelo da passividade é aquela do bebê frente ao adulto e depois do eu frente à pulsão. Passividade radical, portanto... essa passividade vai sendo traduzida ao longo do tempo através dos códigos da cultura que temos... no nosso caso, códigos genitalizados e generificados que tendem a traduzir a passividade como ser penetrada(o), por exemplo...

[@esencialab732]

@@fabiobelo Bacana, aguardarei. 🙏

[@alicedavid1857]

incrível, fábio!

[@fabiobelo]

Que bom que gostou, Alice!!

[@larissaleite9896]

Professor, na sua apresentação e como já comentado aqui anteriormente, o ciúme é considerado como algo aprendido, não inato. Como ficaria essa situação, por exemplo, na chegada de um irmão? Não seria ciúmes do lugar ocupado pelo bebê no desejo dos pais? Qual o caminho para pensarmos sobre isso?

[@fabiobelo]

Boa questão, Larissa! A reação da criança frente ao irmãozinho nem sempre é de agressão / inveja / ciúme... pode haver muita ambivalência também... a criança já se identifica com os pais e quer também ocupar o lugar deles no cuidado do bebê... há muitos matizes nessa cena... o importante é entender que não é automático, não é inato... o ciúme responde sim a uma perda de exclusividade... mas ele não está necessariamente presente e nem exclusivamente presente.

[@gleidesrosa6424]

É um tema complexo e sempre me perguntei se o ciúme era inato, pois até os animais demonstram a necessidade de serem únicos e de marcarem território. Parece que Freud demonstra pelo que entendi que não é inato e que se trata da condição primária da passividade de cada sujeito né? Vivi alguns relacionamentos com homens extremamente ciumentos e suas fantasias iam bem além do que realmente acontecia e pra mim fez muito sentido essa tese que vc levanta em seu artigo. Na clínica é muito comum lidar com esses sujeitos absolutamente controladores e ciumentos, tanto homens como mulheres, independente de sexo como vc mesmo apontou, vivem na grande maioria, na projeção de seus desejos recalcados.

[@fabiobelo]

Isso! Nada de inato! Ao contrário... tem gente que até gosta de ter ciúmes! rs... e tem gente que tem aversão ao afeto!

[@Andraoide]

Ótima análise, Fábio. O livro é praticamente indispensável para quem gosta da temática. Tenho uma dúvida: considerando que o ciúme tem um componente epistemofílico, esse querer-saber sem fim do ciumento, que se expressa numa curiosidade mortificante sobre o outro, como fuçar o celular do parceiro, o diário, as gavetas, etc, e nas expressões mais violentas a morte seguida de evisceração (quase para decifrar o outro a partir de dentro). Você diria, tomando o contexto do vídeo, que esse desejo de saber é um desejo de saber sobre o gozo do outro? Saber se o outro goza mais, quase como a disputa entre Hera e Zeus? Ou talvez poderíamos pensar que esse saber se refere a outra coisa, como uma garantia de controle e fidelidade, portanto de filiação também?

[@fabiobelo]

Excelente questão, Gustavo!! Acho que esse impulso epistemofílico é sim uma resposta à excitação apassivadora interna. É como se o sujeito tentasse lidar com a passividade também dessa forma, dominando o objeto através desse saber sobre o objeto: onde vc está, com quem conversa, como goza... O ponto da filiação é continuidade desse processo: o ciumento fica duvidando de que pode efetivamente ser pai, pois, no fundo, a passividade reina: como alguém tão passivo conseguiria colocar um bebê dentro de uma mulher? Eu iria nessa direção... Obrigado por acompanhar e pela questão!

[@Andraoide]

@@fabiobelo Muito obrigado pela resposta! Dá uma boa discussão isso tudo.