Рет қаралды 470
"Amigo de lsmael Silva há muitos anos. Noel Rosa, via muito no Chave de Ouro, a tomar canja e gema de ovo. É intransigente com o que considera samba ruim. Refere-se com ênfase engraçada ao "divino" Cartola, o "imortal" Brancura, o meu "magnífico" Ismael... Acha que sambas como "Jura", de Sinhô, "Dorinha, meu amor", de José Francisco de Freitas, "Novo amor", de Ismael Silva, "Feitiço da Vila", de Noel e Vadico, "Ai, loiô", de Henrique Vogeler e Luís Peixoto, "Divina dama", de Cartola, "No Morro de São Carlos", de Hervê Cordovil e Orestes Barbosa, e mais uma meia dúzia, acha que esses nunca foram superados em graça, beleza e autenticidade. O que há com o samba de hoje? Lúcio responde que o samba antigamente era feito por sambistas e, hoje, por engenheiros, aviadores, militares, advogados... ".
("Lucio Rangel", de Rubem Braga, Manchete, 19/12/1953)
("Novo amor", com Ismael Silva, em "O samba na voz do sambista", Sinter, 1955)
(Foto: Lucio Rangel aplaude Ismael Silva; à esquerda, a graça de Consuelo Leandro, em "O samba nasce do coração", Boite Casablanca, 1955)
P.S.: De acordo com Humberto Franceschi, Lucio Rangel teria sido o verdadeiro roteirista de "O samba nasce do coração", na boite Casablanca, na Praia Vermelha, em 1955. No elenco, Pixinguinha, Donga e João da Bahiana, Ismael Silva e Ataulfo Alves. Preço pelo roteiro: uma mesa e uma garrafa de uísque a cada sessão do espetáculo (Depoimento a Carlos Didier).