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Existem no país hoje, e desde sempre, duas grandes correntes de economistas com visões de mundo bem distintas acerca do desenvolvimento e crescimento. Para o grupo dos ortodoxos ou monetaristas, o desenvolvimento econômico tende a ser um processo natural e que depende basicamente de boas políticas internas, tais como: governo parcimonioso que não tribute demais, bom funcionamento da justiça, controle da inflação, educação pública universal de qualidade, defesa da concorrência, etc… Se essas políticas forem perseguidas, o desenvolvimento será apenas uma questão de tempo. Para o grupo dos desenvolvimentistas ou heterodoxos, o processo de desenvolvimento econômico se dá num contexto de intenso conflito entre nações, especialmente no que diz respeito a domínio de técnicas produtivas e capacidade de inovação. As multinacionais dos países ricos defendem com unhas e dentes seus mercados e tecnologias de produção. Para economistas desenvolvimentistas, o padrão de especialização produtiva é chave para entender o processo de desenvolvimento econômico. Ser desenvolvido significa dominar tecnologias avançadas de produção e criar capacidades e competências locais. Produzir castanha de caju ou chips de computador, carros ou havaianas, bananas ou computadores faz diferença. Ou seja, o processo de desenvolvimento não é setor-neutro (depende da composição agricultura, serviços e indústria do PIB) e depende do tipo de produto que um país é capaz de produzir. A produtividade da economia deixa de ser algo que depende dos indivíduos, como na visão ortodoxa e passa a ser algo sistêmico. Trabalhadores inseridos em setores tecnologicamente sofisticados serão produtivos devido às características intrínsecas do setor e não a dos trabalhadores. A empregada doméstica que é retreinada para trabalhar numa fábrica tem sua produtividade aumentada enormemente, por exemplo.
Duelo de Titãs!😁 post no BLOG www.paulogala....