Daniel, sinceramente, eu li os textos, inclusive esse, do Han e o que vi foi algo diferente do que você está falando. E ja digo que grande parte do problema é a tradução do texto original que é bem ruim. Se vc ler o texto em inglês vai notar que a intenção dessas frases são outras e que em alguns momentos a coisa é bem mal feita. Eu vou comentar alguns pontos desses.... Sobre o texto original, eu não vi ele negar dor no neoliberalismo. Ele tem críticas ao excesso de trabalho, a mente empreendedora, a um tipo de atomismo do individuo na sociedade, que somados a uma falta de tempo para olhar o exercício do trabalho e notar suas possibilidades de mudança. Isso é algo visto na obra dele, e isso parece superficial pela tradução errada. Também temos que levar em conta o tempo que foi escrito, 2014. Desde aquele tempo mt coisa do neoliberalismo estava crescendo e, de fato, continuou a crescer a um ponto bizarro hoje. Era comum um excesso de pessimismo, inclusive, entre comunistas porque o neoliberalismo nadava de braçada nessa época. Aparecer uma resistência mais afirmativa tem sido algo mais recente. Eu mesmo nem era comunista nessa época mesmo sendo estudioso acadêmico. Inclusive, momento em que li muitas coisas de Foucalt. A frase que você comentou "não há tempo nem para alienação do trabalho", é um jeito de dizer que a coisa está pior. Não é que não existe alienação, não é uma exclusão do Marx. E isso se confirma na preocupação que ele tem em outros textos, como a preocupação pela falta de tempo para exercer contemplação e tédio, que seriam momentos importantes no processo de produzir mudanças. O que quero dizer é que essa frase é mais uma forma figurativa de dizer que as coisas estão piores, com a alienação tão poderosa que ela está cada vez mais difícil de ser percebida no fluxo social, não individual, pois o esgotamento chega antes mesmo de darmos conta desse processo. Parece-me que a linha de pensamento é mais que o discurso sobre alienação tem que ir além porque ela não esta conseguindo explicar para as pessoas sobre o próprio sistema de dominação. Lembrando que esse texto é uma resposta ao Antonio Negri. E o que deve ter acontecido é uma falta de esperança já que poucos acadêmicos e pessoas no mundo estava se preocupando com essas coisas. Era um tipo de "Negri, só eu e você estamos preocupados com isso aqui". Lembrando que em 2014 o progressismo neoliberal nadava de braçada também na academia. Na brasileira, por exemplo, foi o momento em que mais pessoas aceitaram os processos produtivistas de artigo sem mt contestação. Sobre a tradução, a frase "O caráter estabilizador do sistema já não é repressor, mas sedutor; ou seja, cativante". Fui ver o texto no ingles que é na verdade: "Now, system-preserving power no longer works through repression, but through seduction - that is, it leads us astray. It is no longer visible". O que ja aponta não para uma negação de Foulcault, mas uma tentativa de ir para além, mas incluindo também. No inglês fica semelhante ao que ele fala nos livros mesmo, que, em resumo, seria algo tipo: o sistema te seduz por um tipo de "ditadura da positividade", em que a opressão não é feita pela dor somente, mas também por estimulo a essa positividade. Por fim, ao estudar plataformização do trabalho atualmente, tenho notado que essa visão tem se concretizado. Muitas trabalhadores vivem mal, com salários péssimos e condições de trabalho super limitadas, dentre outros problemas, e mesmo assim se dizem agradecidos pela oportunidade. E o interessante é que eles negam as dores, os problemas, dizem o contrário, que estão realizando sonhos de uma vida sem patrão. A doidera é que a plataforma é o patrão, mas nem nesse nível de percepção estão aceitando porque a plataforma funciona com uma estrutura cheia de complexidade para entrar na cabeça e confundir os sentidos a nível cognitivo. O opressor, na plataformização não é claro, fácil de apontar porque não se apresenta do mesmo modo que a figura do patrão, e isso, repito, pode ser visto em pesquisas que demonstram as falas das pessoas. Tem começado a aumentar a resistência nos últimos anos, ou seja, algo percebido perceptível somente 10 anos depois do texto. Na época o neoliberalismo nadava de braçada. Agora se disser que ele é pessimista, isso é verdade, ao menos nessa época porque hoje não sei. Contudo, quem já leu mt trabalho nessa linha argumentativa sabe que esse tipo alerta pessimista não é para ser visto como somente pessimista por si, mas sim como pontos a se observar na construção de futuro. Espero ter contribuído para o debate.
@waltergarcia54114 ай бұрын
Muito interessante. Antigamente um trabalhador fazia praticamente toda a carreira ou passava toda a vida trabalhando em uma mesma empresa. Então, se a vida estava difícil, existia um inimigo claro: o patrão ou o Estado como representante do patrão e seus aparelhos repressivos. Mas hoje com o desemprego, por exemplo, uma pessoa está sempre mudando de trabalho e isso é vendido como positivo, como liberdade. Por isso o autor fala: a euforia precede a depressão. Então hoje é mais difícil indentificar contra o que ou quem lutar. Eu interpreto nesse sentido.
@gabriel.holanda7774 ай бұрын
Contribuiu pra caramba! É complicado certos textos realmente as traduções pro pt-br, as vezes perde demais, e se não ler na fonte é fácil mesmo de entender errado mta coisa.
@pedroribeirao88124 ай бұрын
Carai q textão
@SchneiderSouza4 ай бұрын
@@pedroribeirao8812 foi mal xD
@juniadiscursivas4 ай бұрын
Perfeito!!! Han fala do que a gente testemunha no dia a dia: a alienação e a exploração chegaram a um ponto que é complicado se pensar em revolução nos dias atuais. O modus operandi do neoliberalismo é isolar o trabalhador, alienar não apenas as massas, mas em âmbito individual, e gerar cansaço.
@erik.torrano4 ай бұрын
Ótimo vídeo como sempre, professor! Gosto muito de seu canal! No mais, também sou um estudante acadêmico de filosofia política, conclui o mestrado recentemente e passei a estudar, dentre alguns autores, Chu Han. Sendo assim, tive uma leitura um pouco distinta da sua neste artigo em específico. No primeiro texto do livro Psicopolítica, cujo título é Crise da Liberdade, o autor trata exatamente deste tema e comenta que essa situação em que a Ideologia do empresário de si mesmo que tem a suposta liberdade de fazer o que quiser, só dependendo de si mesmo, é uma ilusão que gera o adoecimento em massa das pessoas. Não compreendo que ele nega a completa Dominação do ser humano frente o capital, mas descreve esse capital vende um discurso que gera adoecimento, controle e a impossibilidade de mobilização efetiva na política. Essa impossibilidade é muito trabalhada no livro No Enxame, em que ele argumenta que essa Ideologia cada vez mais individualista torna os movimentos erráticos e facilmente desmobilizados. Ora, observando os efeitos concretos que movimentos como o citado occupy wall street, Jornadas de 2013 entre outros tiveram, não me parece ser uma leitura tão equivocada, de fato os movimentos políticos contra o capital não conseguem efetivar mudanças políticas profundas e geralmente são cooptados pelos defensores do Capitalismo e do status quo. Enfim, acredito que sua crítica seria bem respondida se este texto fosse interpretado com o acompanhamento de outros textos do autor e não de forma isolada, afinal, como você disse, é um artigo de opinião, não a obra geral do autor, de maneira que analisar apenas este texto também é uma forma de generalização simplista. Peço desculpas pela crítica e espero que Compreenda que é direcionada à sua crítica e não ao seu trabalho de maneira geral ou sua pessoa, reforço que gosto muito de seu conteúdo. Um abraço!
@espelhogamer4 ай бұрын
Daniel, eu gosto de você mas acho que você chapou legal na interpretação desse texto e, se você ler os comentários, vai ver muita gente apontando o mesmo. Cabe reconsiderar.
@iluminismoposmoderno4 ай бұрын
Não acho que chapei, mas acho que muita coisa ficou superficial e gerou muito ruído. Obrigado pelo toque.
@danielaraujo45854 ай бұрын
Concordo com você camarada, meu xará viajou muito errado nessa interpretação
@gilbertorochaoficial5464 ай бұрын
Eu acho que qdo se diz "empregado de si mesmo" é tmb um princípio de alienação, as grandes empresas da internet lucram com as vitrines e o algoritimo e projetado pra gerar lucro. Logo mais vem o lance das AIs, a máquina que era no campo objetivo do mundo do trabalho agora vai pro campo subjetivo tmb
@Pallas.tanato4 ай бұрын
Para mim tua leitura que ficou meio ruim... parece a do Pondé kkkk Na verdade é literalmente a mesma coisa e isso deixa as coisas bem superficiais.
@gutocst4 ай бұрын
Problemas de tradução pobre do texto do Han.
@felipebatista74694 ай бұрын
Ele entende sim, e isso é só sua intepretação sobre.
@xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx90284 ай бұрын
Nasci em uma cidade do interior de São Paulo onde todos sabiam quem eram as três famílias ricas suas empresas e suas mansões. Empresas acionisadas espigões no lugar destas casas, famílias diluídas, hoje não se sabe quem são os ricos na cidade e quem contra se opor
@lucas-santos334 ай бұрын
Só a passagem do texto abaixo já invalida essa sua interpretação (11:12) completamente bizarra. E olha que eu não gosto muito do autor. "A opressão da liberdade gera resistência de imediato. Ao contrário, isso não ocorre com a exploração com a liberdade. Depois da crise asiática, a Coreia do Sul estava paralisada. Veio então o FMI e deu crédito para os coreanos. Para isso, o Governo teve que impor a agenda neoliberal com violência contra os protestos. Hoje mal existe resistência na Coreia do Sul. Pelo contrário, predomina um grande conformismo e consenso com depressões e síndrome de Burnout. Hoje a Coreia do Sul tem a mais alta taxa de suicido do mundo. A pessoa emprega a violência contra ela mesma, em lugar de querer mudar a sociedade. A agressão ao exterior que teria como resultado uma revolução cede diante da autoagressão."
@TelefoneColetivo4 ай бұрын
Eu entendi que mesmo o neoliberalismo sendo super violento ele consegue fazer que o trabalhadores o amem. Seria isso?
@batistabomb-4 ай бұрын
@@TelefoneColetivo o neoliberalismo faz com que a sociedade individualize o sujeito, onde este crê que todas as mazelas que a sociedade produz são causa da sua própria falta de esforço. Esse tipo de visão totalizante estagna o sujeito, impedindo-o de fazer qualquer análise política que não retorne para a responsabilização de si sobre todos os aspectos.
@diogomazza19224 ай бұрын
eu acho que o Daniel quis dizer que o autor ignora a violência no nível geopolitico e como paises da periferia do capitalismo usam o aparelho de repressão pra seguir a agenda neoliberal, mas vou concordar com você, acho que o ele fez uma leitura um pouco enviesada.
@TelefoneColetivo4 ай бұрын
@@batistabomb- sim, perfeito concordo, mas os trabalhadores se apaixonam por esse discurso de "self made man", mesmo sendo oprimido por ele e desta forma revoluçoes não aconteceriam, esse é ponto que eu acho que o texto salienta
@batistabomb-4 ай бұрын
@@TelefoneColetivo sim, porque já estão mergulhados na ideia de "Fim da História" de Fukuyama e que foi pilar central dos governos de Thatcher e Reagan
@apollw_art4 ай бұрын
sempre me assusto com a velocidade do fim dos vídeos kkkkkkk
@iluminismoposmoderno4 ай бұрын
Muito abrupto né? Hahah
@Pallas.tanato4 ай бұрын
Tipo um pouco mais para frente nesse texto já se fala o porque dessa autoagressão, esse "autoempreendedorismo" não tá dizendo de um empreendedor no sentido do senso comum, que é o cara numa condição de workaholic em um cargo executivo, não, mas diz de um direcionamento excessivo de "energia" para um "eu" por conta de um mundo onde o Outro não pode ser acessado por outra via que não seja a lógica de comparação, competitividade ou indiferença, o apelo por produtividade aparece sim na vida de quem tá na margem da sociedade, eu vivo numa comunidade e a divisão entre as pessoas é óbvia, Edi Rock até coloca a duvida "Como subir sem pisar na cabeça de alguém?", como vencer sem pilantrar com alguém? Como "ganhar na vida" sem excluir o Outro para o meu próprio Ganho? Quando se fala em termos de "realização" e "curtição" elas podem nem estar, concretamente, em nosso acesso, mas assombra de forma invisivel os pensamentos, isso sim.
@SchneiderSouza4 ай бұрын
Fora que a tradução leva a outros sentidos. No Inglês, ao menos, parece coerente com outras coisas que ele diz. em outros textos.
@gustavobondiolli75703 ай бұрын
@@SchneiderSouzaisso me pegou, por mais que a tradução seja ruim, várias conclusões do vídeo são incongruentes demais com outros textos dele
@gustavobondiolli75703 ай бұрын
Apesar do Daniel estar completamente correto em dizer que o Han não compreende a existência da periferia
@IsabellaOliveira-ei2xzАй бұрын
O Han é interessante pra pensar aspectos específicos dos dispositivos, como redes sociais, algoritmos, bolhas sociais... Etc. Mas ele seleciona aspectos da sociedade e generaliza. Gosto do livro dele que chama "a expulsão do outro", tem reflexões interessantes sobre os pontos q abordei.
@alinexavier81232 ай бұрын
Daniel, quais filósofos você costuma recomendar para iniciantes? 😊 Obrigada
@TheSilentCreed4 ай бұрын
Se o neo-liberalismo é tão sedutor assim, então por quê as pessoas estão sendo seduzidas pelo desejo do fascismo? Isso também não expõe uma crise desse sistema tão "sedutor"?
@equipepko4 ай бұрын
Não enxerguei uma crítica ao Foucault e sim uma concordancia, a crítica e ao neoliberalismo que usou a análise crítica para se apropriar da visão e inverter-la, fazendo o indivíduo achar boa essa "liberdade " de ser "empresário " de si mesmo! Abraços.
@homemsemqualidades87504 ай бұрын
Eu não defendo tudo que o Byung Chul Han diz (como não defendo tudo que pessoa alguma diz), mas me parece que você interpretou errado algumas falas dele. Por exemplo a questão da violência do passado não me parece que ele esteja dizendo que não há no presente. O que ele esta dizendo é que em sociedades mais disciplinares, era mais fácil de identificar o agente repressor e de onde a violência parte. Hoje as próprias pessoas com uma mentalidade "empreendedora" se converteram no agente repressor de si próprias. Hoje as pessoas fazem o trabalho sem precisar de um carrasco como antes e muitas delas ainda defende esse ritmo doentio de trabalho e condenam quem não trabalha o suficiente. A relações de repressão e opressão social se internalizaram mais nas pessoas, e aí temos a contradição do dito homem "livre" para fazer o gerenciamento do seu tempo e acaba no final tendo que trabalhar muito mais que antes. Entendo que Byung Chul Han fundamentalmente reflete e esmiúça essa contradição na contemporaneidade. E pode conter sim erros na analise dele, mas acho muita coisa que ele diz valido e nos permite termos uma maior compreensão sobre essa suposta liberdade do "homem que trabalha para si".
@Setherian4 ай бұрын
Byung mora em Berlim neh, professor da Uni mais popular de ciencias humanas. Berlim virou alem de outras cooptações imperialistas um playground do Silicon Valley.
@guistres4 ай бұрын
Exemplo do empresário de si mesmo é o MEI no Brasil. E até mesmo você que produziu esse vídeo. A coisa é mais dialética do que você comenta. Uma sociedade nova carrega boa parte da sociedade antiga. Sem fábrica o poder disciplinar diminui. Vai em uma favela ou em qualquer lugar do Brasil e pergunte: você quer ser empreendedor? Alguma dúvida quanto a resposta?
@roberto5444 ай бұрын
No Occupy os protestantes pediam por mais uma Bolha... Talvez ele não tenha superado Foucault, mas, certamente, entendeu Huxley.
@ronaldothomejunior37024 ай бұрын
3:40 Olha... Eu não conheço Foucault, li pouca coisa do Marx e não conheço Han ainda. Mas o que eu entendi do trecho lido é que, infelizmente, o trabalhador está tão imerso na ideologia liberal que ele não consegue perceber para onde deve direcionar seu esforço. Como uma classe pode se unir e superar uma outra que a domina, se o trabalhador está cada vez mais voltado para uma batalha consigo mesmo? Enfim... Vou ler o artigo completo após seu vídeo. Claro, você pode estar certo e eu ter me equivocado. Falou!
@felipebatista74694 ай бұрын
Não, não ficou claro.. super concordo pq o neoliberalismo é isso mesmo.. isso até o 4:09 mas assim.. até o momento achei viagem da sua parte, mas vamos continuar ..
@brunosalencar2 ай бұрын
O cara que escreveu esse texto nunca trabalhou com um chefe na vida dele.
@felipebatista74694 ай бұрын
TÁ.. vi até o final, acho que faltou um tento de interpretação ai.. pq eu não vi nada de errado.. quando o naoliberalismo faz exatamente tudo isso que eles diz... ele tá lendo o neoliberalismo e apontando os pontos a qual são fortes e que para qual nós caminhos fortemente.. e de boa, eu quase acho que faltou interpretação de texto ai..na moral, ou foi só sua desculpa pra criar video.. pq PQP o que tem de errado o cara falar o que é verdade..
@jornalistarenatarosa42054 ай бұрын
Será que o Byung Chul Han viu "Parasita"?
@felipelopes76644 ай бұрын
O povo iraniano mostrou que é possível acontecer uma revolução durante a era neoliberal. Sim, o povo iraniano não optou pelo socialismo ou outra vertente secular, mas é uma revolução popular como qualquer outra. Enquanto os ocidentais se recusarem de estudar a Pérsia e outros casos, a nossa produção acadêmica tem tanta utilidade quanto um rolo de papel higiênico.
@mpguarnier4 ай бұрын
Que validade tem a opção do povo iraniano, com uma mentalidade machista, terrivelmente opressora e antiprogressista? O objetivo da revolução é criar uma condição melhor para as pessoas, o oposto do que se vê no Irã.
@sr.lefishpavis27574 ай бұрын
Revolução popular do Irã = fomento ao terrorismo e à repressão.
@nomcognom24144 ай бұрын
"Engraçado" defender um regime totalitário, opressor do próprio povo, por ter surgido de uma "revolução popular". Você deveria então defender também os regimes surgidos das "revoluções populares" do Benito Mussolini, do Adolf Hitler, etc.
@Sonicvitch3 ай бұрын
Malafaia apoia a sua moção...
@crispincjb4 ай бұрын
Adoro seu canal. Mas acho que devia ler Han novamente, o pouco que li obra de Han, não o vi descartar a convivência dos modos operativos conhecidos do controle disciplinar abordado por Focault como biopolítica, dos modos da psicopolítica atuante trazida à tona por Han.
@rafaelverissimo14684 ай бұрын
Han eh burro. Ele acha que Foucault só falava de poder disciplinar, ele só não estudou Biopolítica
@pedroribeirao88124 ай бұрын
VERGONHA! Rsrsrs fui eu que perguntei e citei o artigo. Vivas, grato pela crítica camarada. No entanto, aindao o acho muito pertinente, principalmente por colocar a economia da atenção e as patologias do uso das redes e dos smartphone (a tal psicopolitica) como eixo central da nossa dificuldade em se organizar enquanto classe. E concordo q ele faz generalizações grosseiras e tem um viés de primeiro mundo. Muito do q ele ensaia perde de vista a perspectiva periférica.
@Marcio_Luiz_arquiteturA4 ай бұрын
Sei não, Daniel... pela primeira vez, eu discordo da sua abordagem e interpretação do texto do Han. Por si só, o capitalismo sempre gerou distorções cognitivas e é fácil perceber que a maioria nem sequer compreende o que atacamos quando somos contra o capitalismo e nem percebe quais são os reais problemas. Agora, com o neoliberalismo, a coisa tá muito mais difusa e ofuscada, e a confusão se ampliou sobremaneira. Alias, tem youtuber se achando "dono dos meios de produção" só pq tem um canalzinho merda. kkkk Tanto é verdade que a extrema-direita no mundo todo vem elegendo gente que se diz "anti-sistema" defendendo justamente o mesmo modelo que aprofunda ainda mais os reais problemas e está destruindo nossas vidas. Mesmo assim, concordo contigo que nesse texto ele não está falando das realidades periféricas... mas não acho que isso seja um problema, e me parece que o que ele tá querendo dizer deu pra compreender perfeitamente. Sei não...
@iluminismoposmoderno4 ай бұрын
Vou falar mais sobre isso em outra ocasião. Obrigado pela excelente contribuição.
@ianalmeidapinheiro80074 ай бұрын
O cara é um filósofo que faz estudo de caso no Twitter quando mais de 30% do mundo não tem nem internet
@Antiposmoderno4 ай бұрын
para entender qual o problema do pos modernismo em geral e do proprio foucault, vale ver o que Gabriel Rockhill fala sobre. Vejam o texto "O falso Radical"
@Marcelopsi24 ай бұрын
Ele escreve dentro de uma bolha. Como sair dessa forma de visão de mundo? Vejo que até quando a gente pensa na periferia existe aí uma bolha tb. Talvez ele veja o neoliberalismo por meio da China atual?
@Luruch4 ай бұрын
Faltou interpretação, meu jovem. Que lástima.
@TelefoneColetivo4 ай бұрын
Acho que de certa forma o que ele fala é realidade sim, o discurso neoliberal venceu. (nao que eu concorde), mesmo com toda violência e super exploração. Podemos comprovar isso com as conversas diárias como trabalhadores de ifood, uber e autônomos de baixa renda. A imensa maioria aprova o discurso neoliberal.
@felipebatista74694 ай бұрын
O problema é vc querendo se moldar(ou já moldado) a subjetividade das redes, criticando quem fala o mesmo que vc, só pra ganhar like. triste.
@ricardorodrigues40654 ай бұрын
Ele escreve pra classe média.
@fernandx58894 ай бұрын
Não temos poder bélico, nem partido revolucionário e nem treinamento militar.
@equipepko4 ай бұрын
Mas como você consegue na mesma frase concordar e discordar! Sua visão está corretíssima quando fala sobre "o ponto de vista que ele escreve" , visão dessa pessoa de classe média que não passa pelos problemas periféricos, mas que cooptada pelo discurso neoliberal o faz "esquecer" a luta de classes que tbm é dele. Porém ele não se vê mais como oprimido, já que é "livre" para explorar e vender sua mão de obra, vemos isso hj em dia com trabalhadores por app rejeitando a CLT e suas proteções pelo simples discurso neoliberal que isso é um "controle" estatal. Não vi nenhuma contradição com o discurso da luta de classes e sim que o oponente mudou a estratégia e o antagonismo antigo foi superado no dia a dia e para a luta ser efetiva temos que desenvolver novas estratégias. Vejo muito esse erro pois figuras como nosso atual presidente e seu partido apoiam com atos o neoliberalismo enquando discursam como esquerdista em pautas já superadas, pois não são mais usadas para controle e exploração da sociedade.
@Ramoneoviolao14 күн бұрын
Obrigado pelo canal e pela reflexão, grandioso esforço é importante seu trabalho. Também discordo da sua análise. Sim, existe limites da análise e essa análise do han demarca uma experiência bem elite / classe média , concordo com vc. Mas ele não diz que a guerra não existe , que a revolta não existe. Sem ofensas, vou usar suas palavras , sua análise de KZbin soa como crítica pós moderna m4rd@. Haha, de qq forma , obrigado e parabéns pelo vídeo ❤
@rafaelcarvalho39284 ай бұрын
🤩🤩🤩🤩🤩🤩
@robertocarvalho50234 ай бұрын
Ele fala de uma perspectiva, mas não o considero um ideólogo; ele se esforça para mostrar como é doente a vida no centro do capitalismo. Para as perspectivas que vc mais valora, há os que você citou. Vamos aproveitá-los.
@adrianob.19844 ай бұрын
Não sou leitor de Foucault, nem de Deleuze e nem de Byung Chul Han... mas o que ele está defendendo nesse texto não é basicamente uma transição da "sociedade disciplinar" de Foucault para "sociedade de controle" de Deleuze?
@transintelectia4 ай бұрын
Nem o Foucault acreditava mais na sociedade disciplinar, ele já falava de biopoder. O cara ali viajou total
@bolivaribarg4 ай бұрын
Ele confunde o discurso com a realidade do sistema neoliberal. Se ele analisasse sob o ponto de vista estrito da lógica discursiva, estaria válida a crítica. Outro problema é reduzir a perspectiva comunista/socialista à economia do compartilhamento.
@patriciapimenta221524 күн бұрын
Olá! Permita-me algumas ponderações no sentido de apontar outra forma de ver essas passagens de Han que vc mencionou. Sobre Han não identificar violência no capitalismo: entendo que ele denuncia a violência maior e mais perversa, que é aquela que não é percebida e, portanto, reproduzida. Aquela que opera de dentro pra fora, a partir do convencimento pela internalização de valores pelas pessoas. Então, apesar de não comentar sobre as violências a que vc se fere, até porque nenhum teórico abarca tudo. Han faz um recorte (como todos) e foca na sua "teoria", o que, claramente, não quer dizer que ele desconsidera as demais. Sobre sua ideia de que Han entende que as pessoas estão sob o império do deleite e do prazer: penso que Han, só se refere a isso, está falando do sonho de consumo capitalista, do ponto aonde se diz que é possível chegar nesse sistema. Isso não é desconsiderar toda dor, miséria e desigualdade que existe. Até porque os escritos de Han, como eu os sinto, são baseados no profundo incômodo que ele tem com essas questões. Sobre a forma genérica como ele escreve. Penso que não pode ser de outra maneira, o que, mais uma vez não significa que ele não perceba ou negue outros aspectos, porque ele tenta apresentar na visão macro de compreensão da realidade, ressaltando o que vê como características principais dessa realidade. E mesa visão global é possível, sim e com toda certeza, incluir todos os aspectos que vc entende renegados por ele, como as resistências ao sistema feitas por diversos grupos. Pense nessa metáfora: alguém está se propondo a estudar e perceber os fluxos do oceano (macro, geral, dentro do qual estão todas as criaturas marinhas) e alguém o critica por ele não considerar os arrecifes ou os bancos de areia ou as baleias. Como assim, se o cara tá falando do fluxo das águas no qual tudo isso está contido? Penso, com todo respeito à sua fala, que ela reflete uma percepção muito reduzida e literal da ideia de Han. De todo modo, agradeço o vídeo, pq acho muito importante considerar as ideias, principalmente as opostas. Obrigada.
@Ligtez4 ай бұрын
Veri naisse! ;-)
@roborecruta4 ай бұрын
Sim, ele eacreve pro vale do silício
@criticanietzschefoucault4 ай бұрын
Eu sou a sociedade cansada do Han. Cansei dele faz tempo rs. É muita priorização de texto. Foucault fez textos para causar no seu tempo, ele escreveu ficções bomba né. Já Han consegue no maximo repetir Foucault e disso cansei logo no primeiro livro dele.
@brunosilva-hq2ui4 ай бұрын
Engraçado. Um pós-moderno que coloca Foucault como deus. Tristeza em assitir o mais do mesmo. "não superou Foucault em nada" kkkkkkkkkkk Tá certo. Queria assistir um vídeo onde você poderia critícar as debilidades intelectuais de Foucault. Mas acredito que isso esteja longe, e caso aconteça - penso eu - vai ser aquela crítica com luva de pelica. Acompanho o canal e meus parabéns pelo seu tranalho Daniel. Abraços.
@felipebatista74694 ай бұрын
Ahh então ele escreve pra mim, mas vc não fala pra mim.. complicado.
@robespierredepaulademeneze88674 ай бұрын
A interpretação não poderia ser esta: kzbin.info/www/bejne/aJrJmGWLbaZsqKs ? Professor Ricardo Antunes discorre há muito tempo sobre o tema, legal dar uma pesquisada, existem vários vídeos na plataforma.
@sandrofreire29384 ай бұрын
Vim pelo História Cabeluda
@iluminismoposmoderno4 ай бұрын
Seja bem vindo camarada.
@roborecruta4 ай бұрын
Tudo q ele fala têm, mas ele exagerou, ainda mais pra realidade do Brasil
@LucasGabriel-dq8xz4 ай бұрын
Uma discordância amigável, o Byung chun han superou sim o Foucault, no aspecto calebelo rsrs, excelente vídeo professor Daniel.
@PabloPinheiroBatista4 ай бұрын
Acho que a crítica de Byung Chul Han ao capitalismo, só funciona bem em um contexto bem delimitado mesmo, nem mesmo nos países centrais do capitalismo essa crítica se aplica, é uma crítica que carece de materialidade.
@augusto_dias4 ай бұрын
Não conheço o Byung Chul Han, tô com alguns livros dele na minha lista pra começar a ler, mas bem complicado esse texto, maior parte das coisas que ele diz não faz sentido no mundo real.
@marciacioran5424 ай бұрын
Esse professor destruiu o pos modernismo hj kzbin.info/www/bejne/aKfOaGadqNKKgtksi=2DlxfXHSftivnwa0
@paraisodashienas6844 ай бұрын
Esse cara está muito chato! Está feito um Olavo de Carvalho da esquerda! Quer criar discussões para ficar em tela!! Ficar em evidência!! Monetizar!!
@edu52504 ай бұрын
ai que deleite o capitalismo
@felipebatista74694 ай бұрын
não é verdade? hauhauhau a PQP
@lily-alves4 ай бұрын
Ai que medo desse vídeo. Eu gosto de Byung Chul Han.... Bora assistir e ver meu mundinho perfeito de Sociedade do cansaço, entre outros, virar pó. hahahaha