Obrigada e parabéns e este grande tema Jaqueline Conceição 👏👏🇦🇴🇦🇴🇦🇴🇦🇴🇦🇴
@nogueiracicero6 жыл бұрын
"Se a gente for olhar aqui na sala, acho que a gente tem um bom desenho disso" Uiii! E se a gente for olhar na lista de vídeos e na lista de professores e ministradores de cursos da Casa do Saber (vide site) -, acho que a gente TAMBÉM tem um bom desenho disso. Os poucos pensadores negros aqui do feed estão falando da questão racial. Será mesmo que não há bons professores, sociólogos, filósofos, matemáticos etc. negros que possam trazer contribuições e debates relevantes para a Casa do Saber? Até onde não estamos contribuindo com as opressões que dizemos lutar contra? Ficam os questionamentos, senhores dirigentes da Casa do Saber.
@luhluzza8304 жыл бұрын
Já havia notado essa hegemonia branca na casa do saber! A maioria dos palestrantes homens e brancos. Depois diz que nossa sociedade não é polarizada! Não e racista! Claro que é!
@o66084 жыл бұрын
Cicero Nogueira casa do saber é uma associação de brancos classe média alta pra cima . Gente altamente preparada para manipular qualquer ideia . São pessoas que vivem num mundo a parte . Num planeta particular. Mas há espaço pra todos . Até para manipuladores bem intencionados.
@thainasantana49293 жыл бұрын
Muito pertinente!
@cleideribeirobezerra6813 жыл бұрын
Negros e negras, indígenas e outros são sempre invisibilizados, ainda, infelizmente.
@gilenoferreira1646 Жыл бұрын
Valeu muito obrigado, GILENO FERREIRA Cardoso Salvador Bahia.
@MariaAparecidaAraujo-n2y4 күн бұрын
Parabéns à Professora que é extremamente clara e coerente na sua explanação. Foi gratificante .
@julianastefani96876 жыл бұрын
Parabéns à Professora Jaqueline que é extremamente clara e coerente na sua explanação. Parabéns à Casa do Saber por dar espaço e visibilidade à questão racial, tão negligenciada em nosso país.
@ivonetesoares34886 жыл бұрын
6
@EU501733 Жыл бұрын
Inteligente , culta e linda .
@psicologapaulacunha33935 жыл бұрын
Que vídeo bacana!! Sou Psicóloga, vou dar uma palestra sobre o ser negro na contemporaneidades, os desafios e possibilidades. Amei assistir o vídeo!!
@RaizaSystem306 жыл бұрын
Exposição clara, sucinta e de extrema relevância. Parabéns!!!
@JeffersonLimaSouza937 ай бұрын
Tive o privilégio de ser aluno da Professora Jaqueline Conceição numa aula master da Fundação Dom Cabral e tivemos um dia incrível de extensos aprendizados. ELA É DEMAIS!
@bananadalana3 жыл бұрын
Que dicção perfeitaaaaaa, obrigada pela sua mensagem é um assunto extremamente importante!!!
@fernandamoreira52946 жыл бұрын
Posta mais! Amei o termo invisibilidade negra e sim, ele existe! Acredito que temos que falar mais sobre isso, se de fato queremos um país melhor e mais justo. Obrigada pelo vídeo
@vivendoaprendendo7174 жыл бұрын
Pois é Fernanda Moreira, mas se formos realista com toda a situação, sabemos que para mudar este quadro, depende de como iremos educar nossas crianças de hoje em diante, pois só aplicando desde da infância, é que poderá mudar algo.
@vivendoaprendendo7174 жыл бұрын
Pode se notar que as pessoas mais velhas tem conceitos de uma vida da qual aprenderam, e não querem mudar, por assim, se acharem que a geração de hoje é que estão todas erradas. Mais uma vez, eu bato na mesma tecla, a mudança, está na educação desde a infância, para um êxito melhor, para um mundo e uma estrutura cultural e de uma vida com mais decência.
@pauloalcides7376 жыл бұрын
Cara, a casa do saber é incrível, acrescenta muito ao meu senso crítico.
@josewsantos72173 жыл бұрын
Bom dia, Jaqueline. Quando se fala de lugares de poder desprovidos de negros, vamos lembrar dos meios jurídicos! Muito importante isso. Parte relevante da desigualdade é reflexo da distribuição desigual de justiça. Obrigado por nos falar sempre com propriedade e clareza!
@joaosantos80424 жыл бұрын
Esse vídeo foi uma soco no estômago. A pedrada que todo brasileiro precisa tomar.
@fernandamaria83394 жыл бұрын
As reflexões de Jaqueline Conceição são muito boas. Sua fala, dialogo flui de forma consistente e crítica reflexiva.
@keysebandeira42102 жыл бұрын
Como sempre,. maravilhosa!
@fatimaribeiroribeiro90105 жыл бұрын
👏👏👏👏👏👏👏👏 esse é um assunto que eu não falo pois tenho um filho que defende de unhas e dentes a cor dele é fantástico ❤️ o modo que fala e faz eu sou apaixonada por ele 😍
@anapaulabrasil54954 жыл бұрын
Parabéns, Professora Jaqueline!!! Como Professora de História, procuro me informar cada vez mais sobre esse assunto para poder levá-lo de forma clara para meus alunos.
@skinnylegend84606 жыл бұрын
Por vezes,estudamos mais sobre a segunda guerra ou holocausto nas aulas de história do que sobre a escravidão que ocorreu no Brasil. Parece tem vezes que foi algo normal que aconteceu e ponto.
@Fr3AkFr3Ak6 жыл бұрын
skinny legend É, quando estudei sobre, sempre me pareceu algo espinhoso demais, ou melhor, falar do que ocorreu próximo doi mais que falar da morte de milhares que ocorreu do outro lado do oceano.
@garudadrakon47286 жыл бұрын
Escravidão negro é um tema bastante dominante na História do Brasil. O sofrimento dos judeus é apenas estudado numa parte especifica da História escolar, fora disso, nada se fala sobre. O que estudamos sobre Segunda Guerra não é nem 10% do que ela realmente é. e, irônicamente, estudamos mais sobre a situação dos negros no Brasil do que dos Índios. E esses, por sua vez, só tem uma duas paginas no livro de História e pronto, ninguém fala mais nada. As pessoas sabem mais sobre a situação dos negros do que dos brancos. E tu ve pela quantidade de brasileiros que sabem como funcionou a escravidão negra no Brasil, mas acham que Índios nunca foram escravizados
@brennolima41376 жыл бұрын
Eu estudei relativamente pouco sobre a segunda guerra no ensino médio e fundamental e foi muito falado a respeito da escravidão negra e do negro na sociedade atual, não só em história, mas também em geografia e até mesmo literatura através de textos literários que falam justamente sobre isso. Não sei que lugar você cursou, mas temas relacionados à figura negra são muito mais recorrentes em vestibulares no Brasil que a segunda guerra, ainda mais quando se trata de algo específico desse período como o holocausto.
@Adrianoscheik4 жыл бұрын
Sim, estes temas são importantes, todavia isto ocorre porque nosso currículo escolar brasileiro é eurocêntrico e isto gerou epistêmico para as populações negras e indígenas aqui.
@biankagomes53824 жыл бұрын
Eu concordo plenamente contigo!!
@wanderson837134 жыл бұрын
Ouvimos história ,ouvimos memória genética ,ouvimos o lado pessoal falar ,ouvimos o grito do negro afim de um ambiente ,um mundo melhor pra se viver ,e ainda temos aqui a diferença de ideias o que é maravilhoso pro nosso crescimento . Obrigado pela grande oportunidade !
@anaclarafelix6646 жыл бұрын
Incrível. Conseguiu suscitar maravilhosamente essa discussão que é tão vasta e complexa. MAIS VÍDEOS, POR FAVOR!
@jeymessonrodrigo25265 жыл бұрын
Um espaço de fala de altíssima relevância. Obrigado por vocês existirem!
@alexandrecarvalho5059 Жыл бұрын
Perfeitissima
@luhluzza8304 жыл бұрын
Até que enfim uma palestrante negra na Casa do Saber!
@wellingtonmartins81194 жыл бұрын
Adorei! Super abriu a minha mente pra enxergar de outras formas o que estou lutando pra aprender!!
@vivi13563 жыл бұрын
Como vc conseguiu se sobressair dos outros negro e conquistar um lugar na sociedade.estar em uma situacao diguina ..? Vc e exemplo de conquista para eles..
@rafaschuh4 жыл бұрын
Jaqueline, você é maravilhosa
@elienaialves13352 жыл бұрын
Excelente explanação!Precisamos estudar,refletir e falar mais sobre o assunto, parabéns!
@eletricaresidencialparamul21726 жыл бұрын
Maravilhosa, professora! ( Augusto Eletricista )
@vivendoaprendendo7174 жыл бұрын
Verdade quanto mais eu leio, me deslumbra tanta informações, pois até a poucas horas, meus entendimentos a respeito era pobre do saber, falando a verdade pouco me interessava a este assunto, obrigada professora Jaqueline por abrir meus olhos, que até então eram cegos.
@sancoruja5 жыл бұрын
Que tudo! Amei o que ela fala.
@giovannabarros70815 жыл бұрын
Parabéns pelo vídeo e pela iniciativa de tentar mais um meio de avançar nesse debate. Tristeza é ler os comentários e perceber quão necessário é uma comunicação explícita e não-violenta com algumas pessoas que só são capazes de enxergar através de suas projeções e frustrações pessoais (é assim que eu enxergo quem diz que insistir no tema racismo é coitadismo, porque na maioria dos casos, eu vejo e sinto que a pessoa é quem está projetando seus próprios coitadismos e vitimizações em nós, pessoas negras com pautas REAIS e preocupações REAIS com os nossos iguais). Espero que esse debate seja cada vez mais fomentado, e que, de alguma forma, possamos ABRIR NOSSA ESCUTA e ENXERGAR DE FATO o outro e suas questões, pra poder construir uma sociedade não só com igualdade racial, mas com empatia e consciência. Mais uma vez, parabéns pelo vídeo e obrigada por compartilhar saberes tão preciosos!
@geanebauer6 жыл бұрын
Que mulher foda!!! Adorei conhecer, e que triste realidade! Precisamos aprender mais e discutir mais, pois esse é o caminho para se combater e diminuir o preconceito e a injustiça.
@veronicateixeira62236 жыл бұрын
Jaqueline perfeita a sua colocação. Precisamos abrir o debate!!
@joaovilareal48546 жыл бұрын
Ótimo vídeo, Jaqueline! Muito interessante a Casa do Saber falar sobre esse tema exatamente nesse momento em que estou estudando sobre isso. A negligencia sobre a escravidão no Brasil é algo que ocorre desde a formação do Brasil como colônia, não sendo privilégio dessa "modernidade". Uma pena a quantidade de má interpretação do que você diz, basta ler os comentários para perceber que as pessoas não têm noção nenhuma sobre isso, vários comentários exaltados e discursos sem fundamentos. Recomendo a leitura para quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto de Joaquim Nabuco "O Abolicionismo", apesar de algumas contradições do autor ele tem como cerne de sua análise a escravidão no Brasil e sua herança na formação social brasileira. Abraços
@andreicostadeoliveiravieir51973 жыл бұрын
FABULOSA!
@amandapacheco47814 жыл бұрын
Amei a didática da Jaqueline e o seu tom de fala!
@ChrisMonfardini2 жыл бұрын
Queria que essa mulher fosse minha mãe. ❤️
@superplanos87426 жыл бұрын
Sensacional, uma bela abordagem sobre um tema tão complexo. É triste ver que o preconceito começa aqui, nos comentários.
@nhxc4 жыл бұрын
Eu sou criança e sou negra e respeito minha raça
@TalitaCabralTV6 жыл бұрын
Valorizo a representatividade! E que sirva para a Casa do Saber ter um balanço do conteúdo humano que acompanha o canal. Acho bacana moderar comentários ofensivos porque senão o saber fica depois do poder 😉 Mas sensacional Silvio Almeida, Jaqueline, enfim, muito grata e isso que muda a realidade do racismo nesse país. Axé e continuem enegrecendo as questões meuzamô 😘
@seujaime5 жыл бұрын
Ser Negro no Brasil: A escravidão como elemento civilizatório. Jaqueline Conceição. Ângela Davis costuma dizer que negro é uma invenção da modernidade para justificar a escravidão no mundo. Do ponto de vista prático, o que separa o indivíduo negro do indivíduo branco? Duas questões centrais: as construções sociais que giram em torno de ser negro; e a condição de vida que indivíduo negro vive não só no Brasil como em vários lugares do mundo. Mas se a gente for citar especificamente o Brasil, sob o aspecto do que é ser negro, é importante pensar na forma que se deu a construção dessa identidade em nosso país. Primeiro, com a vinda dos africanos para cá trazidos através da escravidão. Segundo, do mal estar histórico que é a escravidão em nosso país, porque não se discute a escravidão como deveria se discutir, para entender de fato a origem dos negros que vieram, qual a contribuição concreta que os negros trouxeram. Há estimativas que dizem que há mais de dois milhões de corpos negros mortos nas costas brasileiras, jogados do navio ou que se suicidaram. Isto é um número muito alto. Essas questões não se há espaço para discussão, para debate em nosso país. Nem dentro da academia e nem fora, se fala muito superficialmente sobre a escravidão. Se pensa muito sobre a questão econômica do período pós-escravidão, e como se deu essa transição. Se fala muito de dados históricos evidentes, que não se pode negar. São memórias como, por exemplo, cidades como Salvador, ou como Ouro Preto, que são museus ao céu aberto que trazem essa narrativa. Mas não se discute, qual o impacto na formação da consciência de uma nação a questão do negro e do branco num país marcado por uma divisão racial, aonde o modo de ser e estar no mundo é organizado pelo controle de um grupo sobre a vida de forma plena e total de um outro grupo. Esse lugar aonde o indivíduo negro foi colocado, e que colocou ele em um não-lugar reflete muito sobre como a forma que as questões raciais se dão em nosso país. Um dos aspectos importantes é o processo de miscigenação que é uma política deliberada. Não é ao acaso que pessoas brancas e pessoas negras se misturaram. Tem um processo que a gente chama de limpeza racial, que é o clareamento da pele, e com isso o clareamento de costumes, ou o esquecimento de costumes, modos e tradições que marcam um lugar. Se você for na casa de pessoas italianas, elas vão ter orgulho em dizer a sua origem. Ah, mas eu sou de Parma, se come tal queijo, se come tal massa, se corta carne de tal jeito, se fala de tal maneira. Se você for na casa de pessoas da Espanha, elas vão ter orgulho de dizer de onde ela são. Eu sou de tal cidade. Se você for na casa de pessoas japonesas os costumes que se vivia no Japão de hierarquia familiar, de hábito alimentar, se mantém intacto. Agora se você visitar a casa de uma família afro-brasileira, ou de descendência africana, que a família veio para cá no processo da escravidão não se sabe quais são os costumes. Qual é a origem? Eu sou uma mulher negra que não sei de qual local da África minha família veio. E isso me foi historicamente negado, porque nunca houve uma preocupação em organizar e nos dar acesso a esta informação. Isso não é uma coisa irrelevante, isso tem a ver com identidade. Tem a ver com o local de fala e com um lugar no mundo. Se eu sei de onde eu venho eu sei para aonde eu posso ir. Se eu não sei de onde eu venho, para onde é que eu vou? Qualquer coisa me serve. Este é o processo de miscigenação, foi isso que ele causou, aliado a noção de supremacia branca e europeia, de que a cultura europeia é superior que as outras culturas do mundo. E não foi à toa, inclusive, que foram os europeus que foram convidados para vir para cá, num processo pós-abolição para ocupar os postos de trabalho. Havia um processo, uma construção, para que isso desse conta. E esse local de invisibilidade, esse local de mal estar, de “não se fala”, “não se diz”, que é também um hábito brasileiro, um hábito cultural nosso, vai cada vez mais colocando não só a memória africana, mas o local, o lugar onde que este indivíduo africano da diáspora descendente tem que ocupar. Cada vez mais um local invisível, cada vez mais um local de menos fala. Ao mesmo tempo que hoje pelos processos naturais das tensões na vida da modernidade há cada vez mais um redesenho dessas relações, mesmo que de uma forma muito ainda superficial, há uma representatividade maior nos meios de comunicação, há uma representatividade maior na cultura, porém nos espaços importantes de decisão de construção como a política, como as universidades, como os cursos universitários que projetam e produzem o conhecimento de forma mais impactada na sociedade os indivíduos negros ainda não conseguem ter acesso. Isso tem a ver com esse processo histórico desse desenho. Por que o local, o espaço que esses indivíduos ocupam não permite que eles possam transitar para outros espaços. Nem todo pobre é negro, mas a maioria dos negros são pobres e isso tem muito a ver com o desenho de política pública na área da ciência social, na saúde, na educação, que pode garantir uma qualidade de vida a curto, médio e longo prazo desse indivíduo, para que ele possa se desenvolver de forma cada vez mais plena. O que a gente vê, no entanto, é cada vez mais políticas que vão impactando de maneira negativa a vida da população negra. E isso vai desde a reforma tributária, por que vai impactar diretamente no processo de arrecadação, então quem tem menos vai ter cada vez menos, até a política da previdência social por que é o trabalhador na sua grande maioria negro que não vai ter condições de investir numa previdência social privada, vai precarizar cada vez mais a condição de vida dele. Então, a dinâmica do ser negro no Brasil ela passa por um processo de silenciamento desde a primeira vez que o primeiro negro pisou aqui, mas também de resistência pois qualquer coisa que você pensar em termos de cultura brasileira tem a influência africana. Os hábitos alimentares, os hábitos de banho, nosso gosto por música, nosso gosto por dança, nossos hábitos de lazer, são todos hábitos que a gente encontra na forma de organização dos povos africanos antes do período da colonização. Então a gente traz essa memória, e é uma resistência que ela não é, ao mesmo tempo dita, ela não é valorizada mas ela tá colocada. O hábito de sentar em roda, o hábito de ouvir como forma de aprendizagem, são hábitos que são trazidos, neste processo de colonização forçada, pelos africanos. A principal característica, a principal dificuldade de ser negro hoje no país é justamente essa invisibilidade. Aonde nós somos colocados, o tempo todo, a todo momento. E essa invisibilidade também se dá por uma exposição excessiva. É como se fosse assim: vocês estão reclamando do quê, olha quantas atrizes negras têm hoje! Mas a juventude negra continua morrendo sem acesso à escolarização, sem acesso ao mercado de trabalho, sem acesso à universidade. Então são duas faces que o capitalismo trabalha muito bem, com as duas ao mesmo tempo, e que também tem a ver com esse processo. Vamos pensar que na época da escravidão uma cidade como São Paulo, para cada cinco habitantes quatro eram negros e um era branco. E se a gente for pensar em termos populacional do nosso país hoje cinquenta e dois por cento da população é negra, se autodeclara negra. Então, num país aonde a maioria é de pessoas negras é assustador a gente pensar que nos principais espaços não há a maioria de pessoas negras. Se a gente for olhar aqui na sala (de entrevista com jornalistas) a gente tem um bom desenho disso, que é o retrato desse lugar do ser negro. Eu tenho dificuldade da gente poder dizer: Eu acho que este debate está em aberto e que tem que ser feito, e que o tempo todo a gente tem que se perguntar de fato, inclusive para pessoas brancas, o que é ser negro? Por que boa parte das referências sobre ser negro para nós negros foi passado por pessoas brancas. De falas locais, costumes, por uma questão de a gente não saber a nossa origem. Ao mesmo tempo há um processo de resistência, de criar uma identidade negra, mas que é um campo em disputa, e que precisa ser pensado não só pela Sociologia, não só pelo Serviço Social, não só pela Educação, mas pela Filosofia, pela Economia, pelas Ciências Políticas de uma forma a construir mesmo essa identidade e esse lugar num país miscigenado, que é o nosso país. E por um país que as tensões raciais elas acontecem dentro dos presídios, dentro das favelas, e que precisam sair desse espaço e que a gente possa repensar esse lugar aonde o indivíduo negro foi colocado historicamente, e que precisa ser revisto mesmo. Para que o nosso país possa entender inclusive a sua própria identidade, acho que tem a ver com o grande projeto de nação que a gente começou lá no começo do século passado e até hoje ainda não conseguiu ainda encontrar esse caminho. Não dá para negar. Não dá para silenciar cinquenta e quatro por cento da população. Entrevista transcrita do KZbin, canal Casa do Saber. Publicado em 26 de Abril de 2018.
@ronaldobarbosa60115 жыл бұрын
8
@possi50563 жыл бұрын
Que síntese realista e importante.
@ceciliafoladordeazevedo28686 жыл бұрын
Parabéns! Você é ótima!!!!
@mimicerq4 жыл бұрын
Que exposição maravilhosa! Parabéns!!!
@tatianamourao59175 жыл бұрын
Achei absolutamente procedente sua fala!Grat!
@caroltavaresmoura4 жыл бұрын
Gostei que questionou a própria equipe do canal.
@nicolaufernando99906 жыл бұрын
Maravilha. Há que se falar e falar. Aqui no Rio conheci uma casa na Gamboa que durante uma obra descobriram 3 mil restos mortais. Nas cidades que recebiam navios negreiros constumavam-se abrir grandes valões para descartar os corpos dos humanos recém chegados.... Iguais a esse buraco haviam milhares perdidos por toda costa. O transporte era tão cruel e torturante que a grande maioria das pessoas que não morriam durante a viagem, morriam até uma semana depois do fundeamento do navio... Não podemos deixar essa historia ser esquecida....
@AndreLuiz-ip3fh6 жыл бұрын
Nicolau Fernando concordo.
@olivialobo25266 жыл бұрын
Ótima explanação! Acredito que a discussão sobre escravidão realmente tenha uma divulgação pequena, no entanto, a problematização (para além do viés econômico) sobre o assunto no campo da História no que toca a seu impacto socio-cultural na sociedade brasileira no âmbito ecadêmico tem sido evidente. Cito aqui três historiadores que pensam esse impacto: Hebe Mattos, Sidney Chalhoub, Keila Grinberg. Fora as teses de mestrado e doutorado produzidas por novos pesquisadores.Vale a pena conferir. Compreendo que há um longo caminho ainda a ser percorrido.
@suelilima82606 жыл бұрын
Parabéns a casa do saber, pois a questão do negro na sociedade brasileira precisa ser discutida de forma mais contundente. Quem é negro entende, perfeitamente, como é difícil ser negro em um país que há "democracia racial".
@renatabaptista66775 жыл бұрын
Que tema necessário.
@gloriabotelho41113 жыл бұрын
Perfeita!
@LuizHenrique-qq6jk3 жыл бұрын
Excelente.
@leandrosilvadossantos58534 жыл бұрын
Incrível ter o tema debatido no canal... Por mais vídeos assim 👏👏
@tr3gdderezadefatimabarbosa9074 жыл бұрын
Parabéns 👏👏 muito esclaredor!
@JPSHEIK123 Жыл бұрын
Excelente vídeo, mas o que mais me deixa na dúvida é a questão do pardo ou até mesmo do branco que tem a descendência também de povos africanos. Quase não é comentado sobre isso e o que se faz com essa galera de fato. Se alguém puder me explicar fico agradecido. E novamente excelente vídeo.
@edvanalves51855 жыл бұрын
Que aula, sensacional!
@JoaoPedro-hh9vk3 жыл бұрын
Parabéns pelo ótimo vídeo
@thewitcher6357 Жыл бұрын
O cristianismo tem grande contribuição no processo de escravidão...
@vitorocanha73815 жыл бұрын
Deus a tenha em bom lugar minha princesa Isabel
@fatimafarias33975 жыл бұрын
Excelente e esclarecedor e concordo plenamente com esse vídeo.
@gomesnews92356 жыл бұрын
Infelizmente, acho que nós Negros nunca seremos reparados. Temos que encontrar a nossa história garimpando informações.
@vitormathias93396 жыл бұрын
Parabéns à professora Jaqueline Conceição pelas colocações realizadas e por fazê-las com tanta qualidade. São de extrema importância num país que negligencia a sua história e formação sócio-cultural. No que se refere à miscigenação, surgiu-me uma dúvida, entretanto. É óbvio que foi um processo consciente e institucionalizado a fim de não só "clarear" a população, como o de manter o indivíduo negro à margem, impedindo por exemplo a formação de uma classe proletária ou burguesa de matriz africana, no período posterior à abolição, mantendo a população negra sempre em condição subalterna. Mas as consequências do processo de miscigenação são sempre negativas? Fiquei com essa impressão após assistir ao vídeo. A despeito da ideia de democracia racial oriunda desse processo, que é de fato uma falácia, visto que não há democracia racial alguma, já que negros e indígenas continuam à parte dos centros de poder, a consequência da mistura entre os povos nativos, africanos, europeus, e posteriormente asiáticos para a nossa cultura, também tem aspectos sócio-culturais positivos. A exemplo da linguagem, música, comida, entre outros, que nos confere uma identidade única no mundo, ou seria esta uma visão romântica? Abraço!
@sanderfilmes9024 жыл бұрын
Bastante esclarecedor. Muito bom!!!
@jfr23376 жыл бұрын
Li muitos comentários e fico triste com a postura de alguns brasileiros e também com a falta de habilidade em compreender o que foi dito. Distoa para outros assuntos.. e o pior entram em crítica antes mesmo de problematizar o que foi dito. Triste
@iedadesouza5844 жыл бұрын
Infelizmente é exatamente a postura de muitos brasileiros, não lê e se lê não entende,a mesma coisa acontece com o ouvir. É sim uma inabilidade de compreensão e falta mesmo de conhecer.Todo mundo opina baseado em apenas experiências pessoais,sem qualquer outro critério.Triste!Um monte de ignorantes que não querem aprender porque acha que o que sabem já é suficiente!😔
@MatheusCardosoDeLima Жыл бұрын
Ótimos palavras e reflexões! Só não entendi a afirmação da quantidade de corpos negros encontrados na costa do Brasil (2milhões) serem do tamanho de SP. Alguém pode explicar?
@ledasantos23424 жыл бұрын
Sempre quis saber, não através de estudos, mas em uma roda com meus ancestrais, de onde viemos antes de sermos "brasileiros", viagem no túnel do tempo.
@claudiowalder5 жыл бұрын
perfeita análise
@jeehscrumper3 жыл бұрын
Vídeo maravilhoso!
@aldemircamargo87336 жыл бұрын
Igualdade na educação,do fundamental ao superior , agora com relação a identidade temos uma miscigenação na cultura como exemplo o samba paulistano com percussão afro e sotaque Veneto ,Bela Vista querida.Mario de Andrade disse pra pegar o que é bom concordo com o mulato e tenho grande admiração pelos japoneses que reverenciam seus antepassados e não deixam de pensar no futuro é a relação mais interessante entre passado e futuro da humanidade.Vamos juntos conquistar direitos e ingressar no afro futurismo ligado a tudo e toda informação para nos igualar e incluir.
@mestreganon5 жыл бұрын
Mais sobre o tema, por favor
@paulaliandrarodrigues35656 жыл бұрын
ameii cada pedaço
@lelekalopes10164 жыл бұрын
Que aula 👏🏽
@alts97036 жыл бұрын
Meus parabéns...
@Jo-cv8ch6 жыл бұрын
Casa do Saber traz discurso muito interessante sobre resumo ao conceito das zonas de desenvolvimento dos desafios do preconceito e respeito ao negro. Ao mesmo tempo traz outros pontos de temas culturais do País, comparando com países de primeiro mundo o Brasil está distante com relação em se investir cultura em humanos. Desenvolver essa forma de linguagem por meio de interações e das trocas de experiências vividas. Não basta, portanto, avaliar desempenho desses indivíduos pessoal.
@monicaventura95245 жыл бұрын
Brilhante!
@debora.2894 жыл бұрын
Ótima abordagem
@wanderson837134 жыл бұрын
Gostei , obrigado !
@psicosimplificado66454 жыл бұрын
Excelente fala demostrando que há de fato um tema não só silenciado mas estigmatizado nas frações de nossa sociedade. Uma pergunta que podemos fazer é, apesar da pedagoga ter notado a discrepância naquela sala à dois anos atrás será que tal panorama foi alterado ou a casa do saber se traduz somente ao saber dito por pessoas que se assemelham ao conteúdo europeizado?
@vivendoaprendendo7174 жыл бұрын
Verdade Cícero Nogueira, e isto podemos ver em todas áreas trabalhistas, são contado nós dedos os trabalhadores negros, e pior ainda, se for em cargos auto, é de cortar o coração quando temos conciencia que isto não existiria se desde do princípio fossemos educados com igualdades de racial.
@jusceliarocha57065 жыл бұрын
Conteúdo maravilhoso! Parabénss
@suelenklem69195 жыл бұрын
Adorei!!!!
@matelu756 жыл бұрын
Obrigado professora!!!
@okay36464 жыл бұрын
Obrigada
@corintomartins4675 жыл бұрын
Excelente vídeo muito objetivo .👍😄
@sergiomontenegro12866 жыл бұрын
Perfeito, parabéns!!!!
@charlesdias55396 жыл бұрын
Sensacional ,
@brunefarias64134 жыл бұрын
Perfeita!
@reginalda.3 жыл бұрын
Vc é maravilhosa.
@marcomartins6 жыл бұрын
sou formado em historia e bacharel em direito, no meu trabalho de conclusão de curso tratei dos direitos dos negros do ordenamento jurídico brasileiro internacional
@siellyssonfrancisco97735 жыл бұрын
Excelente!
@luiscarlosdequadrosalves74936 жыл бұрын
Ótima reflexão....
@edsonbernardo4024 жыл бұрын
Assim como as ideologias se combatem com as ideologias com o racismo combate-se com pratica e alteração de uma conjuntura educacional sistemática...
@anaabrahao75236 жыл бұрын
Excelente explanaçao!!!!
@pauloantraz8535 жыл бұрын
A nossa essência é a Liberdade. Nisso, negros e brancos podem concordar com JP Sartre. A Liberdade é o nosso espaço comum e original.
@jairodesantana77816 жыл бұрын
Se 52% da população são negros ou afrodescendentes porque alguns políticos derrotados dizem que somos minoria??? Sou de descendência mameluca e luto por um lugar de respeito em nossa sociedade, assim no o excelentíssimo senhor Joaquim Barbosa.
@yagodias56286 жыл бұрын
A maioria são pardos. Depois os brancos, depois os negros.
@luescorpion29656 жыл бұрын
Pardo não é sinônimo de Afrodescendente, Norte, Centro-oeste e alguns estados do Nordeste são mais indígenas do que africanos, mesmo no Sul houve influência mais nativa.
@marciagoncalves64984 жыл бұрын
@@luescorpion2965 Exatamente ! Eu sou cabocla do sul da Bahia - Ilhéus, aonde possui a maior comunidade indígena do estado !
@emanuelcarlosaugustaaugust94532 жыл бұрын
Gostei
@jairodesantana77816 жыл бұрын
Ótima abordagem de um assunto. Porque ninguém fala sobre as mortes de judeus!!? Eles foram perseguidos e mortos mas ninguém defende nem julgam os nazistas.
@renatadossantosdeoliveira77284 жыл бұрын
Não saber nossa origem gera um vazio, uma sensação de não pertencimento tão grande que recai na pergunta quem eu sou?
@AntonioSilva-ef9zd6 ай бұрын
Você falar a verdade sobre o negros no Brasil diga não mundo racista respeito o povos negros no Brasil