O ZEN REVELADO!

[@doninunes1073]

Brother, sua trajetória dentro do budismo daria um livro que com certeza eu compraria. Parabéns pelo vídeo!

[@jonathanrainer4831]

Vídeo essencial. Gostaria de pedir um vídeo sobre seus conhecimentos sobra o Budismo Tibetano. Abraço

[@transcendenciaaoamuniz]

kzbin.info/www/bejne/oJavnYWifcmtadE

[@giovaniribeiro6788]

Feliz aqueles cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições.

[@antoniocarlosmatoso9156]

Professor, adorei este video e gostaria de pedir mais videos à respeito desse assunto!!! Poderia sugerir o Budismo Shingon, o Tien Tai, O Nitiren e o Terra Pura e perguntar sua opinião quanto ao Budismo Tibetano. Existem escolas Budistas serias em PE? Ja que o proprio Budismo esta desapareçendo? Abraçao e ate mais ver!!!!

[@sergiohenriqueribasdeolive5345]

Se aprende muito neste canal.Parabéns pela iniciativa.

[@danielclaudiodeoliveira6711]

putz, obrigadaço pelo CONHECIMENTO transmitindo! uma joia!! E também muito obrigado por ter falado de Carlos Castanheda, no vídeo Xamanismo! Valeu pelos 3 lados do triângulo.

[@doninunes1073]

Dizem que Castaneda era brasileiro, nascido na cidade paulista de Mairiporã. Teria ido jovem para os EUA. Um vídeo sobre Carlos Castaneda e seus livros seria bem interessante

[@danielclaudiodeoliveira6711]

@@doninunes1073 desde quando li suas obras em 1990, sempre acreditei que ele é brasileiro e se mudou p os USA. Mas realmente é uma incógnita isso! Mas entendi muito mais coisas com seu vídeo depois de 25 anos... quando li tinha 20 anos, hoje tenho 50 e durante esses anos cada vez mais o conhecimento se expande p um horizonte de nível maior. Obrigado por tudo!!

[@ouvidodelotus]

Mais um vídeo bastante necessário. Ninguém mais pode dizer que não sabia...

[@antoniocarlosmoraes7989]

Poderíam me explicar sobre itiren Daishonin, tenho muita dúvidas, obrigado

[@transcendenciaaoamuniz]

kzbin.info/www/bejne/eomxhYiid55srbMsi=56AlaEjz4Ioiif4E

[@autodidata9976]

Sr. André, gostaria de fazer um pedido, você poderia fazer um vídeo sobre a real história da vida do Buda Shakiamuni? Já vi muitos vídeos sobre a história da vida dele mas todas diferem em alguns pontos .Se puder muito obrigado!!!

[@kelsonklein3182]

Deixa eu entender, quer dizer que os japoneses distorceram os ensinos originais do Buda?

[@transcendenciaaoamuniz]

@@kelsonklein3182 O processo de decadência da doutrina budista é bastante complexo e se inicia com a popularização dos ensinamentos. A decadência promovida por grupos japoneses é apenas um capítulo recente de uma longa história...

[@canaldedeus4721]

Eu me interesso pelo Budismo, mais quando me deparo com essa comercialização toda eu fico pensando. De fato tudo se parece seja qual for a religião, é dinheiro , dinheiro e dinheiro. Vejo a Doutrina tradicional do Budismo sobre renacimento aí vejo vídeos de monge falando de espíritos como verdadeiros espíritas de Kardec. Eu como carne e não sou Budista, aí penso se me tornar um, terei de parar de comer carne. Aí vejo Monges que curtem um belo churrasco. André te acompanho para obter um alto nível de informação através do seu conteúdo de alto conhecimento parabéns!!!

[@meditacaoaguasdelindoia1764]

Nao e bem assim....esse cara e como o cid moreira que por ser crente pra ele nada mais prestava.leia e se informe, pesquise.

[@LuizHenrique-cj5wc]

Boa noite professor. Tento estudar e praticar o Budismo já a alguns anos através dos sutras e alguns poucos materiais sérios que encontramos na internet, mas infelizmente ainda me carece uma explicação mais aprofundada visto que não sou um grande conhecedor da doutrina, e quando vou atras desse conhecimento em alguma escola o que eles ensinam me parece mais uma grande aula de auto ajuda. Tenho aprendido mais sobre o assunto nas raras vezes que você aborda sobre o tema do que nessas escolas. O professor teria alguma sugestão de por onde continuar essa busca de uma forma séria? Conhece alguma escola Budista em BH? Seria excelente também abordar sobre o assunto com mais frequência. Um grande abraço e obrigado pelo vídeo!

[@transcendenciaaoamuniz]

Não conheço nenhum grupo budista ortodoxo em BH. Se você lê inglês há várias indicações de leituras interessantes. Abraço.

[@pedrobispo8400]

Professor, gostaria da indicação das leituras em inglês. Meu email é [e-mail] caso seja conveniente

[@rafaelgrinder5553]

Sou praticante de Zazen e, apesar disso ainda não iniciei meus estudos no Budismo de forma aprofundada. O vídeo trata algumas questões as quais já vinha me perguntando, há um tempo... Vídeo muito bom, claro e bem fundamentado como sempre!!! O que acha a respeito do Budismo tibetano ?

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá, o Budismo tibetano é bem amplo. Há quatro grupos principais e diversos sub-grupos. Infelizmente, hoje em dia, pelo menos nos grupos que conheci no Brasil, é um mercado de "Iniciações" conferidas sem critério nenhum, aliado a auto-ajuda, crenças neoespiritualistas, exotismo oriental para madames e adoração dos líderes (os lamas) no pior estilo de "guruísmo" possível. Zero Dharma. Abraço!

[@rafaelgrinder5553]

Transcendência André O. A. Muniz velho! suas colocações são muito boas! ahahahaha Principalmente pelo fato de delas serem coerentes com a realidade que a gente vive. Alguma indicação de leitura pra começar a estudar o verdadeiro Dharma ?

[@victortironi2403]

Mestre, boa noite! Poderia falar em tempo oportuno sobre a Terra Pura? Creio eu um tema pouco compreendido e muito interessante. Grande abraço!

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá Victor, esse é um tema, de fato, bastante interessante. Teríamos que fazer uma parte dedicada às doutrinas da Terra-Pura, ortodoxas e integradas ao Budismo em geral, e uma outra parte dedicada às "Igrejas Amidistas" japonesas, heterodoxas e exclusivistas...Abraço!

[@doninunes1073]

@@transcendenciaaoamuniz boa sugestão para video

[@macimiano]

Muito esclarecedor esse vídeo! Não vou ser o chato que irá pedir para você falar das escolas Nichiren (rs), mas gostaria muito de um vídeo sobre as escolas Tientai e Tendai! Abraços

[@ouvidodelotus]

Talvez ajude...

[@macimiano]

@@ouvidodelotus ?

[@Midinight000]

Fui ver está senhora um dia numa palestra. O que chamou minha atenção foi o pacote para passar em sua companhia "aprendendo" no dia seguinte... A bagatela de R$ 900,00. E foi aí que a pergunta me veio: qual a diferença disso pra um pastor evangélico?Já tinha ouvido falar que o budismo era caro, mas no geral, realmente vi apenas um rosário de opiniões e pouco Dharma.

[@transcendenciaaoamuniz]

É muito triste essa estrutura comercial. Tudo gira em torno de pagamentos, taxas e formalidades. O Japão controla seus monges filiados com o recolhimento de taxas crescentes de acordo com o grau monástico. Quanto mais fiéis pagantes nos templos, menos pesado fica o pagamento das altas taxas para o Japão. As comunidades estrangeiras (fora do Japão) são as "colônias" que recolhem para a "coroa"...O colonialismo não acabou no meio religioso. Essas palestrinhas e cursinhos de auto-ajuda são uma fonte de renda bastante importante para "monges" que vivem de mídia e promoção da própria imagem. Sempre com as mãozinhas postas, um sorriso no rosto e a fala mansa para aliciar os mais ingênuos...

[@muntzful]

Caiu no conto do vigário. Já me ofereceram algo semelhante, só que meu faro pra gatunagem é aguçado, tirei o corpo fora.

[@Midinight000]

@@muntzful pode ter certeza que não gastei um vintém de mel coado pra isso. Hahaha!

[@thiagosouzacosta9921]

Boa tarde, Andre. Poderia mostrar mais objetos e instrumentos que possui trazendo a história por trás deles e o que eles representam :D O André Muller em um vídeo mostrou os aventais dele para agregar na explicação das diferenças entre as maçonaria. Vlw

[@yggdrasillbr1180]

Boa tarde Andre Peço que faça, se possivel, um video sobre " As quatro nobres verdades" e o "Nobre Caminho Octoplo" e como a tradição budista trata desses pontos

[@Gugu4672-t3w]

Olá André, sou seguidor da Soto Zen (não da linhagem da "senhora" que o sr. citou). Permita-me respeitosamente acrescentar algumas colocações. 1. Sobre a questão das visões místicas e experiências miraculosas experimentadas por Dogen, bem como de suas viagem à China, a grande maioria são baseados ou em autores posteriores ou em escritos supostamente atribuídos a ele, mas sem autenticidade confirmada. Há também alguns relatos do próprio Dogen, porém nada sistemático. Portanto, sua história "oficial" foi construída a partir de tais retalhos, nem todos de autoria confirmada. Eu acho correto sim que a história deva ser sempre estudada e questionada e não aceitada cegamente. 2. Há também relatos de poderes e acontecimentos sobrenaturais na vida de outros grandes líderes budistas, como Nagarjuna, além de textos que são atribuídos a ele. Inclusive, esses tempos atrás, eu estava lendo um artigo que questionava se Nagarjuna realmente existiu ou se foi um personagem ao qual se atribuiu inúmeros textos e histórias que estavam dispersos na época. O fato é que, independente de ele ter existido, é inegável a enorme importância dos textos atribuídos a ele para o movimento Mahayana. 3. Sobre a questão de alguns representantes de linhagens budistas te atacarem afirmando que você não tem "autorização" ou "carteirinha", é algo absurdo mesmo. Mas vindo daquela "senhora" que você citou, não me surpreende. Lembro que a mesma atribuiu à alcunha de "apoiador do neonazismo" para quem não votasse no candidato dela. 4. Eu sempre gostei da filosofia budista e, das muitas escolas que procurei estudar e praticar, me identifiquei com a Soto justamente porque, ao contrário de muitas escolas que já vi no Brasil, não encontrei um emaranhado de crendices, adorações cegas à gurus e outras cirandices. Além disso, lá encontrei um maior valor à prática e ao questionamento, pelo menos na linhagem que sigo. Também me identifiquei com a filosofia de Dogen e sua ênfase na prática do Zazen, da mente original de principiante e da prática junto com às atividades cotidianas. Já pratiquei em outras tradições, mas esta foi a que melhor me adaptei e a que mais senti afinidade. 5. Lendo as obras de Dogen, é perceptível que ele foi um profundo estudioso dos sutras mas, mesmo assim, suas obras são pouco conhecidas, até mesmo entre os praticantes da Soto. 6. Por último, não sei se você já ouviu falar do livro "Zen at war", que discorre sobre os muitos monges e reverendos budistas que apoiaram o militarismo e expansionismo japonês na segunda guerra mundial. Algo impensável para muitos que hoje tem uma visão de "budismo pacifista". Mas esse é um exemplo do que ocorre quando os monges e sacerdotes usam do seu cargo para promover sua ideologia política, como por exemplo aquela "senhora" outrora citada. Essas são minhas contribuições. De qualquer modo, obrigado André por seus excelentes vídeos em que sempre aprendo muito. Abraços e Gasshô!

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá Gugu, obrigado por sua participação. Em relação às visões, experiências sobrenaturais etc., elas pertencem ao que chamamos de "literatura hagiográfica". Estão presentes em todas as Escolas Budistas, sem nenhuma exceção. Eu, particularmente, as tomo como elementos simbólicos importantes, mas nunca como fatores de "legitimação" para a ortodoxia de uma doutrina. E esse é o ponto central do problema, a utilização desses elementos hagiográficos como uma "certificação de autenticidade" de um determinado grupo. Em relação a Dôgen, minha impressão é que, como no caso de vários outros fundadores, se construiu uma extensa hagiografia sobre sua figura, atribuindo-se a ele uma série de coisas que ele mesmo nunca afirmou. Veja, por exemplo, que ele se apresenta contrário a afirmar que sua doutrina é "Zen" ou, sequer, que é a "Escola Soto". Dôgen, como os mestres chineses, afirma apenas que é Budismo, não uma escola específica, apesar de usar a linhagem exegética Caodong (曹洞 Soto, em leitura japonesa). Em resumo, todo o discurso sectário e separatista é posterior ao próprio Dôgen. Eu recebi os 58 Preceitos de Bodhisattva (os mesmos com os quais o próprio Dôgen foi ordenado monge na Seita Tendai japonesa) com 5 influências diferentes, no entanto, para a mentalidade chinesa tradicional, é tão somente Budismo (não algo específico de uma ou outra Escola). O rito foi executado de acordo com a Escola Lü (律- Vinaya). Os acaryas (1 homem e 2 mulheres) seguiam a Escola Linji (Rinzai 臨済) e Jingtu (Jodô 凈土). O mestre deles é um seguidor do Huayan (Kegon 華嚴) e eu mesmo sigo a Tiantai ( Tendai 天台) ...Ou seja, são várias linhagens exegéticas envolvidas, mas não "seitas" ou instituições estanques separadas. Da mesma forma, a insistência em uma "linhagem ininterrupta" é outra estratégia de legitimação que, no Japão, tem origem em Kukai. Ele apresentava sua Escola Shingon como superior às Escolas de Nara, afirmando que ele tinha uma linhagem direta e ininterrupta (o que não era verdade, obviamente), enquanto as linhagens de Nara eram doutrinárias e idealizadas (uma vez que a sucessão fora interrompida com a morte de Aryasimha). Esse discurso, presente no Tantrismo chinês, foi muito bem utilizado na construção das linhagens putativas do Chan. O pessoal do Zen utiliza isso o tempo inteiro, falando em "professores autorizados", "transmissão da linhagem" e outros recursos retóricos para valorizar o próprio produto...Ah, sim, conheço esse livro "Zen at war". As obras do monge Suzuki Chozan são também bastante reveladoras a este respeito. Em resumo, é isso. Muito bom o nosso papo. Um grande abraço!

[@Gugu4672-t3w]

@@transcendenciaaoamuniz Sim, também considero as linhagem como simbólicas. Há a recitação da mesma na Soto, mas vejo como uma forma respeitosa de lembrar como o Dharma chegou até nós. Por exemplo, há seis Budas míticos antes de Shakyamuni. Há também algumas histórias extraordinárias, como a de um patriarca que estava muito velho para receber a transmissão e decidiu renascer novamente. Pelo que eu pude estudar, Dogen foi também fortemente influenciada pela doutrina da "Iluminação original" da escola Tendai, e essa característica diferenciou um pouco a Soto das outras escolas ditas Zen/C'han da época. Sobre a questão de autorização ou reconhecimento para ensinar, eu até entendo de certo modo, dado o grande número de charlatões que aparecem por aí fundando novos seitas, muitas vezes inventando experiências místicas para as validar. Vamos supor, por exemplo, que um aluno seu da Tiantai quisesse ensinar e fundar uma filial em outra região. Considerando que a ordem foi fundada por você com determinados princípios, provavelmente você só autorizaria este aluno a falar em nome da sua ordem e agir como representante dela se você tivesse plena confiança de que ele conhece e segue corretamente os preceitos prezados pela sua ordem. Mas o que de fato é absurdo é querer desligitimar alguém sem conhecer de fato, como já fizeram com você. Sobre a sua experiência com as escolas chinesas citadas, acho que já te perguntei isso, mas ainda tenho dúvidas. Como você teve contato com essas escolas? Foi por ter se identificado após prévio estudo, ou foi por ter praticado em algum lugar por aqui ou na Ásia? Abraços!

[@transcendenciaaoamuniz]

@@Gugu4672-t3w , sim, eu acredito que um controle institucional racional das qualificações de quem ensina, é verdadeiramente necessário. Eu mesmo já tive problemas com isso, com ex-discípulos sem formação adequada, que não terminaram a formação proposta por mim, se colocando como mestres e querendo "fazer discípulos". Um deles tem até canal no youtube e só fala bobagens. Creio que o grande problema, relativo a essas autorizações, se dá quando o controle passa a ser uma mera questão burocrática e sectária, ou seja, pegam um sujeito, botam pra aprender cerimonial, ele paga umas taxas para uma instituição estrangeira, passa por uma cerimônia e é "certificado" como "professor autorizado" por um "mestre" que mal o conhece e que foi certificado da mesma forma. Sem saber nada, se coloca como "legítimo" com base nos diplomas recebidos e passa a dar continuidade a essa farsa.Qualquer questionamento, basta alegar sua "linhagem" e dizer que é "reconhecido" (sem dizer quais os critérios desse reconhecimento e sem dizer a abrangência real de tal reconhecimento...). Infelizmente, no caso das instituições japonesas, esse é o padrão. Há toda uma estrutura sectária, de identidade confessional e institucional, envolvida na questão dos reconhecimentos e das autorizações. Não se trata de reconhecer a pessoa, mas de reconhecer seu papel enquanto membro pagante e obediente a uma estrutura...Veja o caso da turma mais antiga do Rev. Tokuda Igarashi. A proposta original dele, de certificar pessoas, e não de certificar o papel dessas pessoas dentro da instituição "Soto Zen" ou no "Soto Zen Shumuchô", não floresceu no Brasil. A política institucional foi mais forte, ou seja, a de que os brasileiros deveriam se submeter a uma estrutura estrangeira, com uma hierarquia estrangeira para terem "legitimidade". E é essa mesma "legitimidade postiça" que se alega nos templos e nas comunidades nipo-brasileiras, sino-brasileiras e tibetanófilas. No meu caso, a ideia foi justamente a de criar algo em que a legitimidade se baseasse no Dharma, nas Escrituras, não numa estrutura sectária alienígena. A princípio, recebi uma Iniciação no Budismo Tântrico Sino-Japonês e vários documentos de alguns dos primeiros brasileiros que receberam essas mesmas iniciações no Japão (isso depois de onze anos de estudos sob a tutela de um mestre, que prefiro não dizer o nome para não lhe prejudicar, por estar ligado a um grupo japonês ainda hoje). Depois disso, e através do estudo das doutrinas do Mikkyô, passei a estudar as diferenças entre o Tomitsu e o Taimitsu (Esoterismo Shingon e Esoterismo Tendai, tendo em vista que a linhagem na qual fui iniciado, do ramo Chizan-Ha, originara-se em Kakuban, que recebeu forte influência do Taimitsu, apesar de ser um representante do Tomitsu). Com o aprofundamento nesses estudos, passei a me identificar muito profundamente com o ensinamento Tiantai e busquei estudar sobre o sistema de ordenação proposto por Zhiyi e Ming-Guan (Ordenação Completamente Mahāyana e os Preceitos Perfeitos). Fiquei muito satisfeito ao saber que essa fora a mesma base usada por Saichô para fundar a Escola Tendai no Japão e ordenar seus monges-bodhisattvas. Como não conhecia ninguém que pudesse me transmitir tais preceitos, fiz aquilo que o próprio Sutra Mahāyana da Rede de Brahma indica, ou seja, tomei os votos sozinho diante das imagens de Buda (como o fundador da Escola Shingon-Ritsu, Eizon, também fez) até receber um sinal (que veio, no meu caso, através de um sonho). Depois de alguns anos, através da amizade que tinha com uma monja argentina de um templo da comunidade taiwanesa em SP, surgiu a oportunidade de receber novamente os 58 Preceitos Mahāyana com as formalidades do ritual. Três oficiantes me conferiram (ou confirmaram) nesses Preceitos, recebidos por eles na linhagem de um mestre de Taiwan (Mestre Puxian), seguidor da Escola Huayan. Em resumo, recebi os mesmos preceitos que ordenam os monges Tendai no Japão, os mesmos preceitos com os quais Dôgen, Nichiren, Hônen, Shinran e Eizon foram ordenados, recebi a mesma transmissão esotérica no Mikkyô, mas o meu "não vale"...🤣🤣🤣

[@Gugu4672-t3w]

@@transcendenciaaoamuniz Obrigado por compartilhar suas experiências. Sim, é lamentável ver a situação do Japão, onde templos se tornaram nada mais do que um negócio de família, passado de pai pra filho, lucrando com ritos funerários. Mas também conheço alguns mestres que são ainda bem exigentes quanto à prática e o respeito aos preceitos de quem ordena como monge, pelo menos na Soto. Sobre o esoterismo budista, tenho interesse em conhecer melhor, mas não sinto tanta identificação com a maioria das escolas encontradas no Brasil, normalmente tibetanas, principalmente pela devoção quase cega aos lamas supostamente "reencarnados". Você acredita que é possível estudar e praticar sozinho, ou são necessários iniciações e professores específicos, como citado em alguns textos? Abraços!

[@transcendenciaaoamuniz]

@@Gugu4672-t3w , há uma boa literatura em inglês sobre o tantrismo sino-japonês, que é bem mais sistematizado que o tibetano. Em relação à prática, a parte básica é bastante simples. Com uma boa preparação teórica, não há nada que impeça de praticar mantras, mudrās e visualizações básicas (como Gachirinkan - "contemplação do disco lunar"). Em relação a rituais mais complexos, como o Ajikan completo ("contemplação do bija A"), o Juhachidô, os pujas de Taizokai e Kongokai e o Gomá, a coisa se complica bem, tendo em vista que são muitos detalhes, muitos elementos ritualísticos necessários e é necessária uma extensa preparação teórica. Infelizmente, a maioria dos templos Shingon e Tendai reduzem tudo isso a uma repetição mecânica, supersticiosa e cerimonialista...Um abraço!

[@lucasberlen8885]

Muito interessante, André!!!!! Podería falar da sua escola e linhagem?

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá Lucas, meu grupo segue como critério máximo de legitimidade os sutras do Mahāyāna, principalmente o Sutra do Lótus, segundo a interpretação da Escola Tiāntai (天台). A Escola Tiāntai, originalmente, é uma escola exegética, de pensamento e de interpretação, não uma "igreja" como acontece na instituição Tendai japonesa. A obra principal da Escola Tiāntai é "Grande Cessação e Contemplação" (摩訶止觀) e lá está escrito que todos aqueles compreendem e aplicam os ensinamentos ali contidos são possuidores da verdadeira transmissão da Doutrina Tiāntai. Eu recebi a ordenação de Bodhisattva numa linhagem chinesa, oriunda de Taiwan, de acordo com os ritos da Escola Vinaya (律宗), os mesmos preceitos que são usados para as ordenações monásticas da Tendai-Shu no Monte Hiei. Também recebi o "kanjô" ou "Iniciação" no Esoterismo Tang (唐密 ou 密教) através da modalidade conhecida como "Isshin-Kanjô" (以心灌頂). Tendo em vista o estado realmente lamentável e a anti-tradição reinante nas instituições "budistas", fundei um grupo no Brasil com o objetivo de agregar as poucas pessoas que desejam praticar o Dharma com seriedade, sem delírios, fantasias e subserviência às instituições corrompidas da Ásia. Bem resumidamente é isso. Abraço!

[@lucasberlen8885]

@@transcendenciaaoamuniz Muito Obrigado!!!!!!! Grande abraço!!!!!!

[@antoniocarlosmoraes7989]

Nitiren Daishonin

[@transcendenciaaoamuniz]

kzbin.info/www/bejne/eomxhYiid55srbMsi=56AlaEjz4Ioiif4E

[@jsfilon]

Boa noite, Andre. Já que foi esclarecido a questão do zen. Seria interessante se possível fazer um video sobre o Shorinji Kempo.

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá Juarez, obrigado por sua participação. O Shorinji Kempo engloba uma organização religiosa chamada " Kongo Zen Shorinji Sohonzan". Tal organização alega que Doshin So teria sido ordenado monge no Templo Shaolin, em Henan, China. No entanto, não dizem com base em quais preceitos foi ordenado e com base em quais preceitos eles próprios ordenam...É bastante estranho que uma organização religiosa atrele seus critérios de ordenação com uma prática esportiva. É muito estranho que monges, alegadamente ligados a uma linhagem chinesa, comam carne e bebam álcool. Mais estranho ainda é que não haja quaisquer critérios objetivos (tomada de Refúgio nas Três Joias, tomada dos 5 Preceitos de Leigo) para o laicato. Nenhum grupo budista Zen tem como seu "objeto principal" de veneração a Bodhidharma, só o "Kongo Zen" do Shorinji Kempo, em cujo altar está a estátua de Bodhidharma, não a de nenhum Buda. O Japão virou a terra dos exotismos religiosos e eu diria que o "Kongo Zen" (palavra copiada dos escritos do Monge Suzuki Shozan) da organização Shorinji Kempo, é um deles. Abraço!

[@efeso2000]

Professor, você poderia explorar mais o tema sobre o Reiki?

[@samuellucena4270]

Imagino que seja por essas e outras que pregam a não especulação, abominam os estudos via escrituras e dizem que o bom discípulo é aquele que não questiona e que só responde "hai!" pra tudo...

[@ArturBrasil100]

Por gentileza, André, você poderia discutir o budismo Kadampa?

[@transcendenciaaoamuniz]

O Kadampa tradicional, de Atisha, reformado por Tsong-Khapa, ou o "New Kadampa" de Kelsang Gyatso?

[@ArturBrasil100]

Transcendência André O. A. Muniz O New Kadampa.

[@transcendenciaaoamuniz]

Prezado Artur, o NKT é um grupo centrado nos ensinamentos do fundador. O nome "Nova Tradição" é uma contradição insuperável. As práticas ou "sadhanas" são todas escritas pelo fundador, tudo segue a interpretação dele (o chamado "guruísmo") e há um forte apelo comercial envolvido, além de uma certa indução ao fanatismo. Como pontos positivos podemos ver a resistência ao Dalai-Lama e alguma preocupação em transmitir conteúdo doutrinário, apesar dos desvios...Um abraço!

[@ArturBrasil100]

Transcendência André O. A. Muniz Muito obrigado, André!

[@muntzful]

Turma do zen, mentir títulos e linhagens pra ludibriar as pessoas, não é cometer fala enganosa?

[@transcendenciaaoamuniz]

Se formos incluir nesses comentários todas as quebras de preceitos dos zenistas, o negócio vai ficar feio...

[@muntzful]

@@transcendenciaaoamuniz A lista de infrações é extensa.

[@ouvidodelotus]

Pra quem alega uma transmissão "fora das escrituras", os zenistas parece que gostam bastante de um papel...

[@muntzful]

@@ouvidodelotus Somados a isso, o fetiche que o brasileiro tem por títulos e diplomas. Caiu como uma luva.

[@ouvidodelotus]

Falou em "diprôma" e ainda é do estrangeiro... Pode ser até curso de bebeção de água e mandação de oi e tchau que basta para os patetas chamarem alguém de mestre... Por isso muita gente acha estranho que esses temas sejam discutidos aqui... A "autoridade do diprôma" estrangeiro, na cabeça de muita gente, é inquestionável...

[@ProfessorDouglasRemonatto]

Gostaria ter acesso ao seminário sobre seu conceito de “tradição”. Vc usa muito esse termo mas não há um vídeo sobre. Vi que tinha gravado um seminário sobre o assunto, como posso ter acesso a ele?

[@transcendenciaaoamuniz]

Olá, obrigado pelo interesse. Agora só quando abrirmos outra turma...Sem previsão ainda. Abraço!

[@mvts1]

Uai, é o professor Douglas "Jesus" daqui de Cuiabá

[@tiagomenezes7946]

Fala do budismo de nitren e da BSGI!!! Ali tem é coisa

[@ailton8135]

Bom dia. Seria ótimo um vídeo longo e detalhado sobre a formação da bíblia, seus livros e seus relatos fantasiosos, livros apócrifos e de mais incoerências com relação lógica da humanidade.

[@RafaelPrado579]

Caro professor André, o sr poderia falar das tradições do Vedanta?

[@dartto]

porque a maçonaria e os maçons são excomungados pela igreja católica? tem a ver com a relativização que a maçonaria faz das religiões e os princípios que são incompatíveis? (segundo a igreja)

[@muntzful]

Só quem é excomungado é o católico que é maçom. A excomunhão só é possível em relação a pessoas de uma determinada religião e não a outras. Um maçom puro não pode ser excumungado pela igreja católica, já que ele não segue o catolicismo.

[@sovimaquipratekomerselvage755]

Pode falar sobre o denomeno ariel

[@bryangremio1903]

Fala sobre seita reverendo moon

[@gleisondiasdealmeida9217]

As obras de alan watts sobre o zen budismo sao confiáveis??

[@ezequielsilva4708]

Olá mestre André,gostaria de ser um iniciado na maçonaria

Arrocha !!! kkkk. Parabéns pelas elucidações.

[@meditacaoaguasdelindoia1764]

Existem picaretas mas tambem tem trabalhos serios no jiu jitsu e kung fu, nao e pra generalizar....seja um bom crente rapaz