Embora eu não seja amarelo, gosto muito desse canal
@andersoul48102 жыл бұрын
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@sergioDomen2 жыл бұрын
Saudações. Primeira vez que ouvi, exótico não é elogio, achei que era preciosismo. Não é preciosismo. Pela própria etimologia, "exótico", distingue, rotula, separa pessoas. Num país tão grande e com tantas diferenças como o Brasil, militâncias (ao contrário do pensamento conservador) servem para agregar pessoas. Grande abraço.
@d_fuyumi2 жыл бұрын
Eu me entendi como aroace aos 25 anos, então a consciência de que eu era uma pessoa racializada, o entender-me pessoa amarela já veio antes. Mas mesmo antes de termos todos esses veículos de conhecimento e os movimentos que temos hoje, desde criança já tinha alguma percepção do que estava rolando. Eu sou de Ibiúna - SP e aqui a presença de nikkeis é bem forte, é uma parcela considerável da população. Quando era criança não me perguntavam se eu era japonesa, chinesa ou coreana, me perguntavam se eu era japonesa ou mestiça. Daí eu ficava naquela de não saber o que era, só de que eu não era nenhuma duas coisas, mas por sorte, minha mãe me dizia para responder que eu era descendente. Daí eu explicava todo conceito de descendência antes mesmo de eu mesma ter essa consciência, já que todo mundo ficava "como assim, descendente?". Sempre me incomodei bastante e retruquei muito nessa coisa de me chamarem de japa e seus derivados. Sendo mulher hetero cis, sempre soube que não sou feia, mas que também não sou a garota que todos olhos e pensam "nossa", enfim, sempre soube que não era o padrão desejado. Mas pelo meu lado arromântica nunca liguei muito pra isso e a percepção de que alguns me veem através do fetiche racial veio só depois de adulta e sinceramente não sei se isso é menos pior do que os pedófilos me confundindo com menor de idade. É realmente difícil reconhecer elogios sinceros, não só de gente que dá em cima da gente, mas também de qualquer pessoa. A gente nunca sabe até onde a visão do outro sobre nós está comprometida por meros estereótipos.
@tobiasferreira75342 жыл бұрын
Ótimo vídeo, Abe! Fico muito feliz em poder consumir e ver cada vez mais essas discussões tomando espaço. O Yo Ban Boo ter retornado e sobretudo falado sobre este assunto me faz lembrar e pensar no Hugo Katsuo Othuki Okabayashi, atualmente mestrando do PPGCine-UFF, onde pesquisa justamente a respeito da corporeidade, fetichização, k-pop e pornografia gay com recortes acerca de corpos de homens amarelos; cheguei a saber de outros trabalhos dele interseccionando com a corporeidade de pessoas negras, é bastante interessante mesmo. Acho de suma importância que pessoas consideradas desviantes da hetero-cis-norma, sobretudo aquelas racializadas, que se encontrem e acolham. Evidentemente pode ser muito satisfatório e fornecer uma falsa ilusão de pertencimento quando um outro alguém branco nos "valida" em forma de fetiche, mas é um processo muito difícil mesmo de se desvincular... Embora não seja gay, sou aroace e uma pessoa transmasc não binária. É realmente uma complexidade viver o período de descobrimento sexual e de gênero enquanto ainda não tinha uma noção concreta acerca de ser também uma pessoa racializada, sobretudo perceber que nossas particularidades afeta de forma muito significativa a perspectiva, desejo, reconhecimento e valor que um outro dará a nós mesmo.
@MarciPP19892 жыл бұрын
Tema mais do que importante!! Adorei, obrigada :)
@gabrielnascimento71242 жыл бұрын
Estava comigo a pensar. faz tempo que o yo ban Boo não posta nada, saudades das pautas mesmo não sendo asiático. Aí tem vídeo novo. Loucura, não ?
@miriancostadecarvalho56962 жыл бұрын
Sua dicção é perfeita! Estava com sdds de vídeos ❤️
@midorilarissa2 жыл бұрын
Demais Abe!!! O "exótica" me assombra até hoje em relacionamentos com brancos 👻👻👻
@d_fuyumi2 жыл бұрын
Essa eu não ouvi muito, mas das vezes que eu ouvi fiquei com uma cara de "como é que é?", sei lá, achava tão esquisito.