NO MIUDINHO DO PAIF - EPISÓDIO 8. A CEREJA DO BOLO: ACOMPANHAMENTO FAMILIAR

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Nesse vídeo falamos do que eu considero “a cereja do bolo” dessa série sobre o miudinho do PAIF. Claro que o atendimento familiar, nas suas diversas modalidades, é muito importante no cotidiano do CRAS e possivelmente a maior parte das famílias que acessam o CRAS terão demanda de atendimento e não de acompanhamento. No entanto, existem situações cujo grau de vulnerabilidade exige atenção continuada, através de um processo sistemático, com compromissos pactuados entre a equipe do PAIF e a família. Por que eu chamo isso de cereja do bolo? Porque a possibilidade de acompanhar, de "andar junto com as famílias", de proporcionar atenção continuada, rompe com uma longa tradição de respostas imediatas, reativas e improvisadas que marcou a assistência social brasileira.
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REFERÊNCIAS DESSE VÍDEO (COM LINKS PARA BAIXAR):
BRASIL (2009). Protocolo de gestão integrada de serviços, benefícios e transferências de renda no âmbito do SUAS. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Disponível em:
www.assistenciasocial.al.gov.b... imprensa/arquivos/Protocolo%20de%20Gestaa3o_internet.pdf
BRASIL. (2012). Orientações Técnicas sobre o PAIF. Volume 2. Trabalho Social com Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Disponível em:
www.mds.gov.br/webarquivos/pub...

[@emanuelpedrosa2668]

Bom dia! Trabalho em um CRAS e estou gostando muito das explicações e gostaria de fazer uma pergunta sobre o PAF. Como prever o tempo que a família vai ser acompanhada, visto que ao entrar em contato com a família pode-se verificar muitos outros conteúdos latentes no percurso da história do paciente.

[@SUASConversas]

Oi Emanuel, tudo bem? Olha, na minha experiência, nunca planejei um acompanhamento familiar com duração inferior a seis meses, mas é importante construir isso junto com a família. Se a gente usar o parâmetro das condicionalidades do Bolsa Familia, por exemplo, lá no SICON, seis meses é o tempo mínimo de acompanhamento. Então, conforme a situação de vulnerabilidade, eu combinava com a família OU seis meses OU um ano. Findo esse período, a gente avaliava junto se havia necessidade de continuar mais um pouco, que metas do PAF tínhamos alcançado, etc... já tive famílias que ficaram um ano e três meses, um ano e meio, dois anos... então varia, mas penso que menos de seis meses é bem complicado, então, quando eu ia propor o acompanhamento para a família, eu já mencionava um prazo mínimo de seis meses. Espero ter ajudado... abração!

[@Mily-dm8li]

👏👏👏

[@reisalicecasanova]

Qual é o vídeo citado no início, que traz todos serviços com famílias? Obrigada por compartilhar.

[@thekarencmedeiros]

Exvelente tema. Ótimos exemplos. Só é um pouco difícil acompanhar porque fala muito rápido. Bom que vejo o vídeo umas 3 vezes. Kkkkk. Continue com os vídeos. São ótimos. Muitos esclarecimentos para quem está iniciando no CRAS ou já está no CRAS.

[@SUASConversas]

hahahah egraçado isso de ver três vezes rsrsrsr mas, guria, tu acredia que tem gente que acha lento... ? De qualquer forma, vamos acabar com o sofrimento: tu viu que tem uma engrenagenzinha no qual você consegue deixar ele mais lento? (eu já to na wibe de acelerar, mas dá pra reduzir também, e aí assistir com mais calma). Beijos, sua linda, obrigada por acompanhar o canal!

[@vilmasetuval3667]

Boa tarde Ana seus vídeos tem me ajudado muito.

[@SUASConversas]

Que legal Vilma, fico MUITO FELIZ! É bem importante pra mim saber que eles ajudam! Bjs

[@renatafernandes9408]

Parabéns... estou adorando os vídeos 😍😍😍👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

[@SUASConversas]

Renata, querida, muito obrigada!!! Beijokas!

[@jaciarafernandes733]

Ótimos esclarecimentos 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿

[@SUASConversas]

Obrigada Jaciara! Que bom que gostou! Beijos!

[@andreadeia2106]

Parabéns 👏 sempre muito esclarecedor ✌️

[@SUASConversas]

Obrigada Andrea, que bom que está sendo importante para você! Beijokas, Ana

[@heliorodrigeusdesousa653]

Eu,achei, muito importante, esse,vedio

[@SUASConversas]

Obrigada!

[@patriciapicanco3817]

🤩

[@SUASConversas]

Obrigada Patrícia!

[@vastialvesmendoncamendonca6059]

Assunto muito importante e pertinente p profissionais técnicos do CRAS.... Parabéns.. ótima explicação 👏👏

[@SUASConversas]

Que bom que gostou Vasti! Obrigada por assistir! Beijokas!

[@rosangelaleite9059]

Toda familia em descumprimento de condicionalidades seja advertencia etc devem entrar no PAF. ?

[@zeneidamachado398]

Oi bom dia estou sendo acompalhada pos meu filho tem problema ele tem 22 anos mas não me sinto acolida pos as pessoas que trabalham la tem ma vontade de auciliar parabens vídeo maravilhoso

[@SUASConversas]

Oi Zeneida, fico muito triste sempre que recebo comentários assim...o Cras é pra ser "a casa das famílias"... talvez seja importante você falar com a profissional que te acompanha sobre isso... ou com a coordenação... enfim, para tentar melhorar... beijos, depois me conta se melhorou a forma como você se sente... beijos

[@brunaoliveira6217]

Amo os vídeos, aprendo muito! (Eu gosto do ritmo pq nao consigo assistir a videos em que falam muito devagar) rsrs♥️

[@SUASConversas]

😂😂😂 Bruna, tu nem sabe, rsss tem pessoas que reclamam que é muito rápido, rsss, outras reclamam que é lento, rsss ainda bem que existe aquela engrenagenzinha do player do KZbin que vc pode ajustar a velocidade. Guria, eu já tô acostumada a ouvir na velocidade 2x 😂😂😂😘😘😘😘

[@alannaho]

No município que eu trabalho a demanda maior é renda. Aqui a oferta de emprego com vínculo são poucas sendo que a prefeitura é quem abriga uma quantidade significativa de funcionários. As pessoas não consideram a opção de sair e buscar fora melhorias de vida. A maioria ficam no programa de transferencia de renda, trabalham como autônomos alguns dias do mês e os filhos vão crescendo e o ciclo repetindo.

[@SUASConversas]

Eu acho que o Brasil não vai se escapar (e penso que já seria hora) de pensar em uma renda básica... porque, como vc falou, o acesso à renda ainda é restrito... tem até um grupo, ou um comitê nacional, pensando/estudando esse tema, eu quero estudar mais sobre isso e pretendo trazer esse assunto pra cá, mas ainda preciso estudar mais o tema. Bjs

[@alanp.d.5348]

Por isso que nesses casos, o acompanhamento deveria ser obrigatório e, enquanto a política social não permitir trabalhar capacitação e recolocação no mercado de trabalho, estaremos enxugando gelo.

[@RN-wu3op]

No CRAS onde trabalho vejo famílias acompanhadas há mais de 6 anos. 😳

[@SUASConversas]

Oi RN! Tudo bem? Não quer dizer que seja errado, pode haver casos em que a gente vai acompanhar por anos sim, especialmente os casos que já têm um histórico intergeracional. No entanto, há muitos casos em que as situações se solucionam antes disso... uma coisa é uma família que a gente vê que o investimento é para a próxima geração (ex.: uma idosa não alfabetizada e o neto adolescente), outra são situações estagnadas, que aí talvez tenha que avaliar que estratégias/acessos estamos conseguindo ou não. Porque a situação não evolui? É o território que não dispõe de serviços, são as estratégias que não estão sendo efetivas, enfim, tem que analisar cada situação em equipe, enquanto Cras... Acho que um diferencial nesse sentido é o PAF (Plano de Acompanhamento Familiar), que nos permite planejar o acompanhamento com a família e avaliar como está esse processo. Então, seis anos em acompanhamento pode ser tanto uma situação intergeracional, quanto uma situação que vem se arrastando, que a família não está conseguindo os acessos necessários, que o território não proporciona esses acessos ou que precisamos rever a sistemática do acompanhamento... eu sempre acho interessante fazer um "para tudo" e, em equipe, analisar os rumos do nosso Cras guria...beijokas, espero ter ajudado...

[@alannaho]

Boa noite. Então é parte do abordado por Ana na resposta acima e mais um pouco ne. Por que o fato da família está em acompanhamento não quer dizer que seus problemas serão resolvidos ou que o fato da equipe acessar a rede terá respondida a demanda e assim por diante. Então precisamos de toda rede atuando, fazendo seu papel e da família sendo responsável com o processo para que haja superação das vulnerabilidades. Aqui em meu município não vejo comprometimento da família e mesmo por parte de minha equipe que trabalha reagindo a demanda espontânea que aparece, sem um estudo do caso sem dar continuidade, sem trabalhar a autonomia e superação. E o mais importante falta de clareza tanto por profissionais das demais setoriais sobre o papel do CRAS que percebo serem equivocada.

[@SUASConversas]

@@alannaho é verdade Alannah... geralmente os colegas de outras políticas também não conhecem nossa atuação... mas é como você falou, vários elementos interferem no tempo de acompanhamento, e se os objetivos serão atingidos, especialmente se a rede não estiver atuando em articulação... mas seguimos: a cada ação lá no miudinho que a gente vai fazendo em conjunto com a rede e que é bem sucedida, essa rede se fortalece... beijos lindona!

[@alannaho]

Como funcionaria essa equipe de protecao especial desvinculada ao CRAS?

[@SUASConversas]

Oi Alannah, temos um vídeo específico sobre isso (e, na descrição dele, temos documentos para baixar): é este aqui, espero que você goste! BEIJOKAS! kzbin.info/www/bejne/hoK3mGpnorJ2bKc

[@marlemnataliapereira6990]

Gostaria muito de uma orientação sua a respeito de uma situação q estou vivenciando. Trabalho no CRAS e ultimamente tenho estado angustiada com uma questão imposta pela gestora municípal da Assistência Social. O nosso município oferta os benefícios eventuais que são concedido após atendimento e análise dos técnicos no CRAS. A entrega também era realizada pelos técnicos . A gestora impôs que agora a entrega do benefício será feito pessoalmente por ela no setor da secretaria de Assistencia. Acredito q essa imposição dela se caracteriza uma ação até imortal, visto q ela exerce um cargo político . E essa ação pode até descaracterizar o trabalho sócial da equipe técnica, já que não sabemos qual o real objetivo dela fazer a entrega do benefício.. Gostaria de saber sua opinião a respeito do assunto. E o que poderia ser feito para impedir essa interferência da gestão

[@SUASConversas]

Oi Marlem, puxa, que situação... bem, há vários caminhos a seguir. O primeiro, do ponto de vista técnico, é ter claro que a oferta de benefícios deve ser articulada aos serviços e os serviços são executados em unidades CRAS e CREAS. No guia de orientações técnicas do CRAS (um dos primeiros, que fala tb sobre a estrutura física, que você baixa nesse link: www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Cras_melhoria_fisica.pdf há toda uma explicação da importância de desvincular a entrega de benefícios da secretaria, para que a referência de benefícios seja o CRAS, e não a secretaria de assistência (esta deve ser a gestora da política, enquanto a avaliação e concessão de benefícios é prerrogativa técnica). No finalzinho da página 12 do guia acima ele fala da importância de transferir a referência de benefícios da secretaria para o CRAS e dos problemas causados quando é ofertado na secretaria (isso lá em 2008... veja, já era considerado ultrapassado ofertar benefícios na secretaria em 2008, imagina em 2021). A segunda frente pra tratar disso é do ponto de vista jurídico-legal: se vocês têm uma lei do SUAS (ou de benefícios eventuais) instituída no município e essa lei prevê que a oferta de benefícios seja realizada no CRAS, após avaliação técnica, ela estaria descumprindo a lei. Outra frente é o controle social: o que o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) pensa disso? o Conselho está vendo isso e não apontou nada? Por fim, a última frente é jurídica e política: cargos em comissão (CC) e funções de confiança são regidos pelo art. 37 da Constituição. Lá está bem claro que eles são destinados, EXCLUSIVAMENTE, a funções de chefia e assessoramento. Então, mesmo que ela fosse psicóloga ou assistente social, ela não pode, enquanto CC, exercer uma função de um técnico. Ela pode atender um usuário para alguma reclamação, algum assunto da secretaria, etc., mas não para fazer um atendimento típico dos serviços da ponta. Isso é algo jurídico, mas também é político porque cabe uma denúncia ao TRIBUNAL DE CONTAS do seu estado. Você pode fazer a denúncia anonimamente, esclarecendo que a secretária, enquanto CC, está fazendo atendimento direto e avaliações típicas dos técnicos de nível superior e isso poderá trazer problemas bem sérios tanto para ela quanto para o prefeito da cidade (ser apontado pelo Tribunal de Contas sempre é um problema para um gestor, no caso de ficar provado que, ao invés de chefia e assessoramento, ela está invadindo a atribuição de equipes da ponta...). Enfim, espero ter ajudado... eu iria por todos esses caminhos. Beijos

[@cras389]

@@SUASConversas Muito obrigada pela seus apontamentos e esclarecimentos! Vou reunir com as colegas para discutirmos o assunto. Beijos

[@alannaho]

Ana você disse que o beneficio não pode ser ofertado na assistência, isso vale mesmo que tenha um técnico de nível superior contratado e execute a função de técnico na secretaria ele não pode fazer avaliação e concessão? Outra coisa eu li que o beneficio eventual pode ser ofertado em uma unidade especifica que não seja CRAS e nem CREAS isso procede? Por fim queria saber sobre sua experiencia com beneficio eventual como se dava a oferta do Benefício Eventual funeral considerando que o Cras (realidade do município que trabalho possui a equipe obrigatória) tem funcionamento de 8 horas diárias e cinco dias por semana. Como fica a questão de que este auxílio deve ser concedida de imediato? Exemplo aconteceu um óbito fora do horário?

[@SUASConversas]

@@alannaho Oi Alannah! Sua pergunta tem três perguntas, então vamos por partes, rsrr Exatamente, a orientação é que não seja entregue na Secretaria porque uma coisa é a gestão do sistema (o órgão gestor), outra são os serviços do Suas (o Paif, o Paefi...). Mesmo que haja um técnico de nível superior na secretaria, ele está ali para trabalhar na gestão, e não em um serviço (senão seria como ter procedimentos de enfermagem na secretaria de saúde: mesmo que tenha enfermeiros lá, eles estão trabalhando em um órgão de gestão, pensando a política, planejando, etc. e não em uma unidade de atendimento). Então o que contraindica a entrega na secretaria não é existir ou não técnicos de nível superior lá; é o usuário não associar essa entrega como algo descolado do serviço que ele frequenta (Paif, Paefi...). Hoje, no meu setor, que é a diretoria de gestão do Suas, no órgão gestor, estamos em 9 profissionais de nível superior. Mas não estamos ali para atendimento direto, e sim para a vigilância socioassistencial, o monitoramento dos serviços, a análise dos recursos pra abertura de novos serviços... Então nem temos BE no órgão gestor, até por ser contraindicado (e, se aparecesse uma gestora querendo distribuir CB no órgão gestor ou obrigar uma das psicos ou AS da gestão a fazer isso, nosso primeiro compromisso técnico e ético seria apontar que está inadequado). Até porque, muitas vezes, quando os gestores querem fazer isso (entregar benefícios na secretaria), o uso disso vira um uso político, distante da lógica do direito. Então o ideal é o benefício estar articulado ao serviço. Sobre a segunda parte da pergunta: o BE pode ser ofertado em todas as unidades estatais, exceto a gestão. Isso está naquela novíssima cartilha de perguntas e respostas, bem esclarecedora, que vou deixar abaixo. Por fim, a terceira parte da pergunta, do auxílio funeral: o fluxo do município tem que contemplar essas possibilidades. Ex.: a pessoa perde um familiar no sábado à noite. Ela vai na funerária, preenche o formulário que tiver lá, é informada dos procedimentos (claro que a secretaria de assistência tem que ter alinhado esse fluxo antes, com todas as funerárias do município, ou com as credenciadas, se for uma licitação), é feito o velório, enterro, etc. e, no próximo dia útil, a família leva os comprovantes no Cras OU ao final do mês, as funerárias juntam todos os auxílios funeral e encaminham para o Cras (enfim, depende do fluxo do município...). Então não precisa estar o serviço 24h aberto, até porque o pagamento do auxílio funeral vai ocorrer bem depois (e tb depende do fluxo se esse pagamento será para a família ou direto para a funerária, geralmente é para a funerária). Isso pode estar estabelecido junto com os critérios dos BE, que devem ser construídos em conjunto com o conselho de assistência social. Espero ter esclarecido... beijokas!

[@juliaandreia3700]

Fala mais devagar, Por favor 😀😀🌹🌹😘

[@SUASConversas]

Opa opa, rsrsr, vou puxar o freio nos próximos, prometo, Julia!! O brabo é que tem mais uns dois ou três gravados nesse ritmo alucinante rsrsr ... Beijokas, queridona!

[@juliaandreia3700]

@@SUASConversas é pq não quero perder nada. Gratidão 🙏

[@SUASConversas]

@@juliaandreia3700 Vou me puxar rsrsrrs sabe quando a pessoa engata uma primeira e vai?? (uma quinta, no caso, rsrsrrsrs) Mas falando sério, obrigada Júlia, esse feedback é bem importante. Pode ter várias pessoas que pensaram a mesma coisa e não falaram... para quem faz vídeos, sempre é bom saber como está o som, a luz, enfim, elementos que contribuem pra passar a mensagem da melhor forma possível! Beijão pra ti!