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O calcolítico corresponde a um período da História da Humanidade, cronologicamente balizado entre 3300 a.C. e 1200 a.C. Foi um período de grandes inovações, que muito contribuíram para a evolução da sociedade. O principal contributo foi precisamente a descoberta da mineração do cobre, o primeiro metal a ser trabalhado, daí o nome ‘Idade do Cobre’. Foi igualmente uma época em que assistimos a uma mudança da organização social, à sua estratificação e ao aumento de tensões entre grupos.
O nome ‘Palmela’ está intrinsecamente associado à cultura material do Calcolítico. Aquando da descoberta das grutas artificiais do Casal do Pardo, na Quinta do Anjo, no decurso das escavações arqueológicas promovidas por Marques da Costa, no final do séc. XIX, de entre a riqueza de espólio recolhido destacam-se um conjunto de taças campaniformes e de pontas de seta em cobre, nunca antes identificadas. A característica inédita destes materiais justificou a sua designação científica de “tipo Palmela”. A posterior descoberta de peças similares, no restante território atlântico europeu, possibilitou reconhecer a vasta dispersão da cultura “tipo Palmela”, a uma escala internacional.
Para além das Grutas da Quinta do Anjo, importante e bem preservado monumento onde se efetuaram inumações durante mais de 1500 anos, temos igualmente o testemunho de um importante povoado fortificado da época, o Castro de Chibanes.
Com recurso à arqueologia experimental, os vídeos aqui disponíveis possibilitam perceber a produção de alguns dos objetos mais característicos da época: uma ponta de seta em cobre “tipo Palmela”, uma taça campaniforme “tipo Palmela” e uma ponta de seta talhada em sílex.