O Dilema das Redes (sociais) | Netflix COMENTANDO FILMES EP #97

O DILEMA DAS REDES (SOCIAIS) | Comentando o documentário recente da Netflix que aborda os algoritmos e os diversos efeitos produzidos pelas redes sociais ligados à dependência, manipulação, fakenews, teorias da conspiração etc...
Será que o problema são as redes sociais propriamente ditas?
Resumo da bagaça
1) “Nada grandioso entra na vida dos mortais sem uma maldição” Sófocles
2) Modelo de negócios é o mesmo desde o século XIX, ver citação abaixo
"Se você não paga pelo produto, você é o produto" (hahahaha não mesmo)
3) Redes sociais não são o problema. O problema é o que vira as redes sociais no capitalismo
a) Algoritmos são feitos para viciar, produzir manipulação
b) O objetivo não é fornecer o que a pessoa quer, mas induzir a pessoa a utilizar qualquer conteúdo que gera dependência e vício.
4) Por que as teorias da conspiração ganham força?
5) Há grande preocupação da classe dominante com a estabilidade do sistema.
6) Eles mesmos dizem não ser possível fazer muita coisa, já que toda tentativa de mudança se esbarrou no lucro dos acionistas.
7) Termina com saídas individuais.
"Depois da Revolução de Julho de 1830, os ideais do liberalismo encontraram o defensor incorruptível em Armand Carrel, editorialista do National, tipo de jornal de partido, jornal ideológico. Carrel morreu em duelo; quem o matou foi o seu concorrente Émile de Girardin, fundador da Presse, tipo do “grande jornal” com muitos anúncios e pouca ideologia. O acontecimento é simbólico. Simboliza o antagonismo entre jornalismo liberal e jornalismo capitalista, ambos, porém, expressões da burguesia vitoriosa.
Girardin, o assassino de Carrel, tinha fundado em 1836 La Presse; era um jornalista hábil, capaz de ofender os inimigos com ironias mordazes e excitar as massas por meio de ataques violentos. Mas escrever não era amais importante das suas atividades jornalísticas. Até então os jornais foram bastante caros; Girardin barateou o preço das assinaturas, baseando o negócio, em vez da venda da tiragem, nos anúncios. Para garantir sucesso aos que deram anúncios ao seu jornal, Girardin criou um público permanente e estável de leitores, publicando no folhetim um romance em série, em continuações. O êxito dessa invenção foi tão grande que até os jornais mais antigos, de digna tradição ideológica, se viram obrigados a imitar o exemplo. As consequências dos anúncios foram infinitas. Pela primeira vez a prosa na literatura se tornou mais importante do que os versos. O artigo inteiro, denunciando "homens ignorantes de letras, invadindo a livraria e sonhando com ganhos quiméricos"."
CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental. Brasília: Edições do Senado Federal,. 2008. Vol. III. (pag. 1713-5)
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Vídeo sugerido:
Por que o capitalismo deu errado? 10 motivos EP #93
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[@fabriccioproduction]

O melhor canal do you tube disparado!!!! Eu vi esse documentário e fiquei pensando como o Gustavo poderia abordar! Muito bom!

[@ojuara1347]

Muito bom, vale investir numa série de vídeos: 'comentando filmes/documentários'

[@falajose]

muito bom o seu canal, e aproveitando da netflix, comenta também sobre a série que fala da vida de Trotsky

[@andersonmedina7681]

Do ponto de vista do business, as redes sociais são televisões com informação bidirecional, o que permite conhecer o espectador e fornecer propagandas personalizadas. A televisão comum ia por tentativa e erro, só podia, portanto, vender produtos mais genéricos. As redes sociais, por sua vez, podem vender coisas muito específicas, criando mercados onde antes provavelmente não seria possível, dada a difusão dos potenciais consumidores nos meios antigos. isso é positivo inclusive para pequenos empreendedores, que podem vender coisas subjetivas como cursos e "coachs". Mas é o mesmo princípio, o mesmo vício, a mesma imersão de horas e horas, com a "desvantagem" de que esse espectador pode sair eventualmente dessa posição e interagir. Eu diria que todo o chilique é por simplesmente o "gado" estar interagindo e criando alguma consciência, ainda que a princípio seja burra. No futuro, o terraplanista pode ser um cidadão atento e fiscalizador da democracia, e isso é perturbador numa sociedade do controle. Eu não acho que os programas sejam tão personalizados assim. Os youtubers gigantes não são tão numerosos, a tendência é haver um monopólio de conteúdo. Nesse sentido, não acho que a TV será aposentada. A questão é a propaganda das mercadorias, que é superior. Entretanto, os produtos genéricos, como sabonetes, podem continuar perfeitamente na televisão. O grande risco para aTV é que a nova geração é menos aderente a esse modelo. O desafio dos canais vai ser fidelizar a nova dona de casa. Sobre o gado, basicamente vão utilizar redes sociais menos interativas, como o Tik Tok. Acho o modelo interessante (do ponto de vista burguês), porque ele encurta o vídeo (repetição de milhares de conteúdos em tempo menor, o que cansa o cérebro) e sem muito espaço para sair do tema.

[@karolinaneznamy]

excelente comentário. excelente mesmo.

[@edemarfisch9557]

Exatamente. O documentário insinua inclusive que algumas revoltas, como a de Hong kong, foram geradas por fake news. Os problemas sociais e nacionais, no caso, desaparecem

[@mariahuszcz1144]

Muito bom!!!

[@agente287]

Faz um vídeo sobre Mao

[@DucaLuz]

Perfeita a análise Gustavo.

[@oanonimogreg6487]

Engajamento aqui

[@oanonimogreg6487]

@Alexandre Fonseca sim

[@franciscolira6637]

Massa demais vei, agora que vc comentou eu vou ver esse documentário!! Excelente vídeo man.

[@igoralves2712]

O melhor canal sobre tudo que existe, principalmente capitalismo, comunismo, Marx e tudo mais

[@Tusabe123able]

excelente. aguardando a continuação do curso do capital

[@joaocouceiro533]

Seu canal é extremamente relevante para o debate interno no Marxismo, e também o debate para o movimento de consciência de classe na classe trabalhadora.

[@mateusmc123]

Engajando aqui pra ajudar o canal a crescer através do algoritmo com sérios problemas por causa do sistema social em que vivemos. Bom vídeo

[@Bruno-cj2pk]

Muito bom. Esses dias eu estava me perguntando porque a grande maioria dos romances e contos clássicos da literatura surgiram a partir do século XIX. Boa explicação.

[@Vinicius-nc2ig]

Já cheguei como...metendo o dedo no like sem perdão

[@marcellabritto5935]

Gustavo, boa noite! 3 coisas: 1) Ainda acho que a máxima "Se você usufrui de um produto que não te onera, saiba que você é o produto" ainda faz duplamente sentido, não apenas o metafórico apontado pelo vídeo, mas pelo caráter financeirizado dessas gigantes da tecnologia. O aperfeiçoamento dos algoritmos para fisgar cada vez mais a atenção das pessoas contribui para o aumento de volume dos anunciantes, produzindo alta rentabilidade e, por conseguinte, acaba impactando as expectativas das ações dessa empresa. Em última instância, a capacidade cognitiva do ser humano vira um ativo importante no circuito do Capital. 2) Castoriadis, no seu livro "Encruzilhadas do Labirinto (Vol. 1)" critica Marx por se entusiasmar com a evolução tecnológica per si e conferir suas adversidades à forma social do capitalismo, apartando o sujeito produtor daquilo que foi produzido (assim como você aparentemente faz no seu vídeo). Com base em Leroi-Gourhan, afirma que o instrumento/objeto/utensílio/produto é apenas o resultado palpável de todo um "conjunto técnico" que envolve os valores e paradigmas de uma dada formação social, a disciplinar desde a natureza da formação técnica, os objetivos a curto, médio e longo prazo e, portanto, as soluções tecnológicas. Não haveria como abstrair o meio técnico daquilo que o conforma socialmente. As plataformas virtuais de interação humana, por essa ótica, são moldadas intrinsecamente para exploração/escravização humana. Como você responderia essa provocação? 3) Essa pergunta é bem descolada do tema do vídeo, mas gostaria de saber se existe uma aproximação entre Marx e Bourdieu. Li uma dissertação sobre "A teoria materialista do simbólico" e me pareceu bem evidente. Seria um tema para o volume 3, "Marx e a Sociologia"? Rsrsrsrs Ademais, muito bom o vídeo! Abçs!

[@brunosantana3863]

Eu acredito que as redes sociais produzem uma espécie de servidão maquinica, conceito proposto por Maurizio Lazzarato em seu livro Signos Máquinas Subjetividades. Por isso, não acredito que apenas a forma social separada da técnica seja capaz de explicar essas implicações. Eu parto da leitura de que essa forma "individualizada" de propaganda algorítimica é o próprio sintoma da acumulação de capital neoliberal, onde permeia uma certa "valoração" e "objetificação" ainda maior de nossas subjetividades. Umas espécie de sociedade do controle, alá Deleuze e Guattari. Enfim, acho que essa é uma ótima discussão.

[@marcellabritto5935]

@@brunosantana3863, obrigado pela contribuição e pela indicação. Pois é, esse é exatamente meu ponto 1: Falar "É impressionante como o capitalismo inverte tudo ao seu alcance" é pressupor uma existência intocada, não-vertida e estranha ao capitalismo, que passa a ficar de cabeça pra baixo quando subsumido a este. No caso em questão, essa existência é a dos meios técnicos, da tecnologia. E se você levar esse pressuposto às suas últimas consequências, você legitima o próprio Estado. Afinal, não é o próprio Estado um INSTRUMENTO de dominação de classe, uma TECNOLOGIA social de distribuição e organização dos meios de (re)produção social? O problema não é o Estado moderno (meio técnico), mas o caráter burguês que o envolve! E daí dá pra desenvolver corolários bem díspares do que o próprio Gustavo defende. Pitaco meu: acredito que essa cisão valorativa entre produto tecnológico (intrinsecamente positivo)/forma social de produzir (intrinsecamente negativo) que ele faz se deve pelo fato dele trabalhar com TI e se encantar com "o potencial humano do trabalho".

[@marcelotomaz3672]

Boas reflexões!

[@Mayaotsu]

Faz um video comentando o filme parasita, parabéns pelo vídeo qualidade excepcional como sempre

[@ViniciusSilva-fv7lk]

Engajamento!

[@davidh.3449]

O negoço é tão tenso que apareceram mais três cavaleiros do apocalipse. Agora nós tá fodido mermo.

[@marinsmateus]

kkkkkkkkkkkkkk

[@marconesherbertedesouzalim2260]

Kkkkk

[@German1184]

HHAHAHHA

[@CiclistaComunista]

ótimo vídeo, fiz uma live com o professor Pedro Bernardes e falei sobre isso

[@pauloantraz853]

Fiquei com a impressão de que essas coisas servem com válvula de escape para as tensões, como numa panela de pressão: ela gira, gira, e permite o cozimento mais eficiente dos alimentos.

[@jorgemachado5317]

comentei saí correndo, pra ajudar no engajamento

[@Torkieh]

esse bloco de filmes e documentários é uma baita ideia de engajamento, gustavo! quando possível, faça mais desses também, por favor!

[@charlesrv7]

Ótimo vídeo, Gustavo. Vi algumas análises desse documentário no YT mas a sua dá de 10x0. Mostra que o marxismo é uma ferramenta espetacular. Obrigado por compartilhar seus conhecimentos.

[@rafaelmarcelino3647]

Olá ,Gustavo .Tudo certo ? Seria possível gravar um vídeo sobre o artigo “O Cálculo econômico sob o socialismo “ do Mises .Eu gostaria de saber suas considerações sobre o artigo .Parabéns pelo Canal !!!!

[@marechaltukhachevsky2909]

Ele já fez esses 2 vídeos sobre o assunto: kzbin.info/www/bejne/h5PUdodrZ66pgpY&ab_channel=Orienta%C3%A7%C3%A3oMarxista kzbin.info/www/bejne/qHbOd5t_nsukmaM&ab_channel=Orienta%C3%A7%C3%A3oMarxista

[@jeanbahia525]

É isso!

[@alematheus90]

Perfeito Prof.! gosto muito de fazer análise interpretativa de videos, séries, etc com base no A. J. Severino, em específico nas orientações que ele nos dá para analisar, ler e interpretar textos teóricos, no caso, documentários; fiz inclusive no Dilemas das redes e cheguei a mesma conclusão que ti! Não há saídas individuais! Um forte abraço! Aprendo muito contigo!

[@lcbdias]

Gustavo, para além de tudo que vc comentou a própria Netflix faz parte de um fenômeno que eu gosto de chamar de “entretenimento da crítica”, que pra mim é muito diferente de uma crítica do entretenimento de um Guy Debord ou de um Adorno. Por exemplo, o Netflix lança um conteúdo que se presta a uma crítica das redes sociais na qual efetivamente não se tem uma crítica as condições de reprodução da lógica de funcionamento das redes sociais (crítica estrutural), onde o estofo teórico é o mínimo para parecer fruto de um pensamento crítico mas igualmente mínimo para não ser radical demais, afinal esses conteúdos são encomendados. Abre-se espaço para uma aparente multiplicidade ideológica que te legitima enquanto agente da transformação a partir de um verniz crítico, quando na verdade vc tá só vendendo mais uma mercadoria, exatamente igual a lógica segundo a qual operam as redes sociais “clássicas” objetos da crítica. O que gera um posicionamento cínico nas pessoas, vc se sente bem por ser uma pessoa consciente do que está acontecendo e isso te satisfaz, não num sentido behaviorista, mas sim como parte de uma cultura aligeirada própria da sociabilidade online de querer entender fenômenos extremamente complexos em 30 min vendo um vídeo super colorido e didático. Não estou defendendo um fetiche bizantino de que só os livros é que prestam e outras mídias são inferiores ou um elitismo cultural, apenas que certos fenômenos a gente não entende em 30 min... nem em 1 mês... nem em 1 ano. E que existe uma mercadoria, um produto em forma de “crítica” disponível para consumo por aí e que boa parte do debate público acaba se reduzindo a discutir esses "produtos" dentro dos termos (epistemologia) desses próprios produtos.

[@mirasaladi2936]

Faz um vídeo sobre a série Trotsky da Netflix (se você tiver estômago é claro, porque eu não tive)

[@wilianaalmeida]

Tem textos do Esquerda Diário e até nota de repúdio escrita pelo neto do Trotsky e assinada por vários intelectuais sobre ela

[@mirasaladi2936]

@@wilianaalmeida verdade, A cultura pop sempre foi cheia de anticomunismo, é esperar muito que uma série da NETFLIX vai ser historicamente precisa sobre um revolucionário

[@PASTORVERMELHO]

realmente, muita desonestidade intelectual de quem produziu a série!

[@eduardoserrao7372]

Muito informativo, análise esclarecida, nice work.

[@Grmgaming1728]

Mais um excelente vídeo. Quase viciando no canal Orientação Marxista, hein?! Aguardando o próximo.

[@rodrigo-os5fd]

Admiro muito o seu trabalho

[@thiagolb8]

Pra gerar engajamento!

[@kairamh]

O usuário não é ferrado pela ferramenta e sim pelo sistema

[@doctorironniggazumba]

Grava um sobre a série Trotsky.

[@joaogabriel-hk3pn]

Ele indicou um artigo do pstu sobre a série

[@mokrodrigues4515]

Excelente vídeo, Gustavo! Mostrando como uma análise marxista permite ver conexões muito mais interessantes e menos bagunçadas do que as amplamente divulgadas! Abraço!

[@PASTORVERMELHO]

Olha. eu sou das antiga, e confesso que, pra mim, antes era pior, hoje vc tem sobrecarga de informações, antigamente era escassez de informações, inda mais se vc morasse a quilômetros de um lugar civilizado, hj eu tenho acesso a filmes, livros e até gibis que antes não tinha...concordo que essa mídia seja uma continuação das mídias anteriores, a Rede Globo praticamente elegeu Collor nos 80...pra mim, a saída mesmo é subverter as redes sociais, e não voltar a idade média!

[@claudiodonizete7279]

Mas ele não propõe a voltar a idade média alguma. Gustavo atenta ao mecanismo das redes em renovar a dominação capitalista sobre nossa classe. E aponta as insuficiências das análises e caracterizações dos participantes. Essa é a crítica factual e não volta a lugar algum. Abraços!

[@nunokel]

Voltar a Idade Média é a melhor opção.

[@Riello879]

Gustavo, já pensou em fazer um podcast?

[@5driedgrams]

26:20 Né, querem convencer o viciado em crack a não usar crack.

[@fabinhos5338]

Porra! Já vem aquela ânsia de esperar o próximo. O Gustavo é o próprio algoritmo. Excelente vídeo.

[@matheussilvaunknownperfil6334]

eu fui assistir e depois voltei pra cá. aconselho muito vcs irem ver esse doc

[@glaucioadrianozangheri2978]

Muito bom!! 👏👏👏👏👏

[@sammyadaniele]

Acabei com meu Facebook. Só falta diminuir o KZbin e o Instagram kkkk

[@thaisrabello6059]

Gustavo, obrigada por explicar melhor que eu os desconfortos que eu tive qndo vi o filme :D

[@reinaldonascimento7539]

Debaixo do seu vídeo....UM ANÚNCIO KKKKK

[@inototen]

Teve uma coisa que me deixou meio irritado, é que quando eles estavam sugerindo as "soluções" deles é que eles não mensionaram nem o modelo de negócio opensource.

[@palex82]

Valeu camarada.

[@RochaFelipeR]

Fico sempre impressionado com a abrangência do seu conhecimento, trazer a história da comunicação de massa, com o detalhamento apresentado, foi inesperado. E a lista de vídeos sobre as mortes do capitalismo, vai continuar no ano que vem?

[@YUR1402]

Boa noite, eu sei que não é relacionado ao vídeo, mas queria indicação de qual livro do trotsky seria mais recomendado começar. Nunca li o mesmo e queria conhecer melhor seu pensamento. Obg.

[@wemersonreispinheiro8289]

Atualmente. Hoje em 2024 a Netflix lançou um plano com anúncios e ela divilga muito esse plano por ter um menor preço, so que eles tem estratégias de marketing pq dentro desse plano contem anúncios! Entao faz total sentido a Frase de que somos os usuários.

[@mzigaib]

O tempo todo durante o documentário bate no fundo da cabeça "isso é resultado dos meios de produção".

[@vinialves5977]

Gustavo, ao dizer "o produto é você", refere-se ao fato de você, consumidor algoritimizado, é vendido às empresas e comercializado de forma geral. A mesma lógica aplica-se à política; você é vendido para grupos, partidos etc.

[@orientacaomarxista]

Vini, ok. Mas isso é uma metáfora. O problema é que muitos acabam tomando literalmente. Temos que distinguir a diferença entre o que é vendido.

[@Senju26]

Na minha visão, o usuário das redes sociais não deixam de ser um produto. A frase “quando vc não tá pagando pelo o produto, o produto é vc” eu interpretei como sendo os dados. As redes sociais utilizam seus dados como moeda de troca. Então tecnicamente quanto mais vc usa a rede, mais dados sobre vc são gerados e depois esses dados são utilizados para direcionar a propaganda. No fim, vc (seus dados) é o produto.

[@joaoboechat7637]

Faz um vídeo falando sobre o pstu

[@lubruz]

Fala sobre os filmes do Godard! A Chinesa, por exemplo, mostra como a Revolução Cultural chinesa influenciou a juventude comunista na França

[@davidh.3449]

Gustavo considera o maoísmo a pior forma de stalinismo que existe.

[@nunokel]

A Ironia é o documentário ser exibido na Netflix. 😂

[@semchance6856]

Pois é. Mas tá manipulado

[@aleksandrf6817]

aí é foda

[@hehehepaitachato9184]

É a famosa frase, "Não existe produto grátis. Quando ele não tem custo, o produto é VOCÊ!". o Fábio Akita fez um vídeo falando desse documentário também, vale muito a pena dar uma olhada.

[@Oneapadu]

Tá num documentário na Netflix é verdade...🤪

[@luisfernando.santos31]

São apenas 4 cavaleiros do apocalipse,mais fora isso excelente videos

[@LeandroRamos42]

Uma coisa curiosa é o título que deram na tradução brasileira, pois o original significa "Dilema Social".

[@joaovictorfarrulladarze3564]

Não entendi se o Gustavo não entendeu (o que eu duvido) ou se ele criticou de um jeito que eu não entendi. Mas quando o documentário diz que o produto é cliente é porque o tráfego do público se materializa no "produto" a ser vendido para anunciantes. Quanto mais a plataforma se especializa em gerar tráfego, gerar interações e captura de dados dos clientes, tudo isso se traduz em um melhor retorno sobre o investimento de anúncios. Assim as empresas trabalham para fazer avaliações mais precisas sobre o público e o espaço publicitário se torna mais valioso, aumentando assim sua receita, pelo menos nessa frente. A metáfora é sobre a venda da atenção dessas pessoas que se mapeadas propriamente, trazem mais receita. Não entendi porque ele é contra essa frase do público ser o produto. Vlw e parabéns pelo vídeo!

[@Pseudoquase]

A crítica dele, pra mim, ficou expressa de forma um pouco confusa mesmo. Ele poderia ter aceito a formulação de que o produto é o usuário/consumidor e ainda assim ter afirmado que isso não é nenhuma novidade, conforme o que ele mesmo informa. Acho que teria funcionado melhor

[@joaovictorfarrulladarze3564]

@@GilbertoRicci Se você pensar na lógica do produto, é o portal que está vendendo algo e quem está pagando é o anunciante. A plataforma vende o consumidor para o anunciante.

[@klaus_lima]

Fazia um tempo que não assistia vídeos do Gustavo.

[@vicentejouclas2518]

Antigamente havia campanha na televisão que chamava-se : _ mexa-se!_ Durante o futibol, então... ninguém saía da sala!

[@jonathanrbr6324]

Gustavo, preciso de sua ajuda com indicação de livros que façam uma crítica aos órgãos de direitos humanos.

[@Trexfreestyle1991]

Tudo aquilo que distancia o sujeito de si mesmo é alienação, tudo aquilo que lhe priva de ter um pensamento autônomo (não apenas pensar por si mesmo) mas de buscar uma criatividade genuína apartir de si mesmo é alienação, esse termo ou conceito quer dizer apenas efeitos sejam eles internos ou externos que limitam a agência, a capacidade de autonomia do individuo, distanciando-lhe de uma experiência autentica, lançando-o em coerções, sujeições e subjetivações. As redes sociais não são um "veiculo passivo" de transmissão de informação, pelo contrario, se tornou o lugar onde os modelos de negocio se "expandem em rede" tanto pelos mecanismos de capital social (virtual), quanto pela politica de big data e vigilância, juntamente com publicidade digital. Nossas ações digitais (inconscientes) se tornam apenas mecanismos dentro da grande máquina de negócios capitalista. Nossas ações se tornam dados que são coletados, minerados, rotulados e segmentados dentro de um novo modelo em rede para acumulação de capital.

[@gui_lhermedfs]

Comentário pra ajudar o algoritimo

[@joaoamadosvz]

A afirmação de que você está sendo vendido faz sentido : com a quantidade de informações armazenadas, o Big Data, é possível identificar perfis de consumidores com maior efetividade. Então "você" está nesse pacote de venda de perfis de consumidores. Quando o reconhecimento facial estiver em todo lugar (afinal, quem não deve não teme. pqp...) esse pacote será mais ainda individualizado. Outra questão que o documentário aborda é o viés nas sugestões de vídeos, no caso do KZbin. Se você algum dia assistir um vídeo sobre terra plana, as recomendações daí pra frente serão sobre o tema, enquanto você seguir a ideia, ou se encerra após um período ao mostrar desinteresse. É assim que radicais e malucos acabam pensando que o mundo todo pensa da mesma forma. Abraço e parabéns pelo canal

[@renanlazzarini]

Gustavo, uma pergunta que me ocorreu durante sua explanação: Em outro modelo de sociedade, se não tivéssemos acionistas visando o lucro, que é sempre onde a saída disso tudo se esbarra, será que mesmo assim não haveria o mesmo mecanismo com o objetivo de poder? Sei lá... Por exemplo, a preocupação não seria o dinheiro, o lucro, mas em ter uma religião com seu nome? Em ter seu nome como evidência de algo? E, dessa maneira, se ter novamente as pessoas seguindo com comportamentos como os de hoje em dia, mas em nome de defender posições como religiões? Como crenças fundamentais? Não sei se consegui ser claro... Ah, e que fique claro que não estou passando pano para o caos em que vivemos, não.

[@kairamh]

Avisa não, Gustavo, espera só que vai começar a ter anúncio na netflix e outros serviços de streaming... e a mensalidade vai ficar igual, claro.

[@xeva]

Comentando pro algoritmo

[@elcan9725]

Foda

[@rafaelvaloisleite]

Dizer "o produto é você" é uma figura de linguagem (talvez não a ideal, mas ainda assim não deixa de fazer sentido) que se refere não ao modelo de negócio audiência/publicidade, mas sim a outro mercado interligado àquele: o do comércio de dados pessoais das pessoas, que serão utilizados para fins diversos relacionados sobretudo a marketing.

[@tomasdepaivacardoso9579]

olha o like chegando antes do play

[@LucasSilva-vc9tp]

👏👏👏👏👏👏👏👏

[@MacacoArrogante]

Engajamento

[@Joao-nh6nr]

A afirmação "A internete é o opio do povo" está correta?

[@chico23451]

Como o whatsapp lucra?

[@TheJulioChaul]

teve uma hora queeu senti que o doc era um pouco de propaganda para os democratas...pela novelinha lá que mostra o garoto entrando em contato com uma ideologia meio dos republicanos e tbm pela imagem do Putin como se fosse um demonio andando num corredor do inferno kkkk mas pode ser um delírio meu

[@Emernamiki]

(sociais) EU ENTENDI KKKKKKKKKKKKKKK

[@mahrianajuana]

Engajamentário.

[@eliabeoliveira9965]

O documentário não menciona o papel das agências de inteligência estatais nas redes sociais. Principalmente o uso político e geopolítico das redes, como as questões que o caso Snowden pôs em evidência. Afasta o debate das questões políticas, e hipertrofia as questões "morais" e de "saúde mental". Enfim, ou o documentário foi produzido por verdadeiros idiotas, ou por gênios em esconder o essencial dilema.

[@bernardoguerra833]

Excelente, Gustavo! Você precisa arrumar alguma alma caridosa pra legendar seus vídeos em inglês. Abraços!

[@jorgeamaro2686]

Comentário de engajamento

[@professorlucaspstu]

Excelente

[@joaotobiastoledo8200]

Eu gosto muito desse canal, mas tem um erro q eu sempre vejo o Gustavo cometer q resolvi apontar. É coisa boba, mas vale a pena corrigir, pq é relativo à língua portuguesa. Mtas vezes o Gustavo encaixa o termo "além de" quando o correto seria "em vez de". Isso acaba mudando o sentido da frase, embora não afete a qualidade da mensagem, já q da pra deduzir pelo contexto. A explicação tecnica eu não sei dar kkkk mas o erro eu sei reparar. De qlqr forma, acho q vale a pena se atentar pra isso. Abraço

[@televisaoassassina9822]

Gustavo, o próximo capítulo do curso do Capital ainda saí esse ano? Perdão o comentário nada haver com o vídeo.

[@orientacaomarxista]

Sai sim

[@andreroberto464]

SABE COMO CHAMA MEU CACHORRO? CÃO VEFGÊNCIA SOCIALISTA! HAHAHAHA

[@jorgemachado5317]

Tudo bem, nós não nos vendemos para o facebook. Mas não seria possível estabelecer uma relação com a venda da força de trabalho? Por exemplo, nós não vendemos nosso trabalho para o capitalista, mas sim nossa capacidade de realizar o trabalho, assim como não vendemos a nós mesmos para o facebook, mas acabamos por disponibilizar nossos dados para a geração de "mais valor", afinal sem estes dados a propaganda não seria nem de longe tão efetiva como é

[@hugomarinfumagali8804]

Olha, para ser venda, há necessidade da relação ser onerosa. Em geral, o Facebook não paga absolutamente nada por seus dados, já que você está, de fato, consumindo o produto deles.

[@jorgemachado5317]

@@hugomarinfumagali8804 Exato. Assim como o empregador não paga pelo trabalho. Remunera devidamente a força de trabalho que compra, mas o mais valor gerado pelo trabalho é absorvido. Assim como o mais valor gerado pelos dados é absorvido (afinal esta relação de disponibilização de dados e metadados foi ficando mais clara somente com o tempo, tal como não é clara a relação de exploração)

[@hugomarinfumagali8804]

@@jorgemachado5317 e o que o Facebook compra de ti? O que é trocado pelos dados?

[@jorgemachado5317]

@@hugomarinfumagali8804 Nada. Este é o ponto. Assim como o capitalista também não compra o mais valor produzido Se você disser que os dados disponibilizados para o facebook são devidos a ele, assim também ocorre com a mais valia. Por que o capitalista sempre pode alegar que te pagou a força de trabalho devidamente, mas ficou com o mais valor produzido porque vc estava fazendo uso fruto dos meios de produção EDIT: estamos falando aqui inclusive de dados de pessoas que nem estão no facebook, mas apenas se relacionam com a plataforma devido a seus metadados estarem ligados a pessoas próximas que a utilizam

[@hugomarinfumagali8804]

@@jorgemachado5317 mas as relações são diferentes. Você está confundindo a esfera da produção da riqueza com a circulação desta. Nós consumimos uma mercadoria produzida pelo Facebook, que enriquece através de propaganda. Os dados são utilizados apenas para tornar mais EFICIENTE a propaganda. O exemplo do Gustavo é ilustrativo. Você teria que considerar que todos os consumidores de propaganda geram mais valor aos veículos de comunicação, porque o que altera é a eficiência da propaganda, não sua finalidade. Quem gera mais valor ao Facebook são os trabalhadores que criam toda a estrutura para tornar ele um excelente veículo de propaganda.

[@daviribeirodecamargo235]

Otimo video, Mauro Iasi também fez um otimo video sobre o tema no Canal da Boitempo. Gustavo, avalia esse video aqui pros teus reacts kzbin.info/www/bejne/p4mUhYCLqseZarM do João Carvalho argumentando que o Brasil colonia era FEUDAL hahahaha, abraço!

[@jblp92]

O PCB não esquece nada, nem aprende nada.

[@xeva]

Você poderia comentar os partidos de esquerda no Brasil? Ou pelo menos se denominam. Por exemplo PT, PSOL, Pstu, PCO, Pc do B Etc. Qual a linha de cada um, pensadores, mobilizações de massa, se há crescimento, etc. Quebra aquele rótulo superficial de esquerda e ajuda a entender o motivo de discórdias entre eles. Obrigado pelo conteúdo disponibilizado.

[@carvalhojorge4342]

Eu acredito que você está deixando de considerar a dialética, especialmente a transformação de quantidade em qualidade e vice-versa. Comparar o advento dos anúncios em jornais impressos com as atuais redes sociais pode ser correto num sentido muito amplo, mas totalmente inócuo para entender a realidade atual. Há pesquisas que demonstram que as redes conseguem até mesmo alterar o humor de um usuário, ou a percepção positiva ou negativa sobre um determinado assunto apresentando posts que, algumas vezes, nem mesmo tem relação direta com o assunto em foco. Pensei que você ia defender que no Capitalismo, tudo, absolutamente tudo, é transformado em produto (mercadoria). As pessoas são transformadas em mercadorias não só no uso das redes sociais, mas na escola, no hospital, no lazer etc.

[@felipedw]

vc podia fazer um vídeo sobre keynesianismo. há diálogo com os keynesianos? por que o keynesianismo também não é a melhor forma de superar o capitalismo?

[@Seu_Lunga]

Pergunte como a terra é plana ao pombo alfa, também conhecido como doutor Afonso Vasconcelos. Canal ciência de verdade.

[@alisonrocha4405]

👍

[@pedrolucasmont]

Comenta sobre o filme O Poço. Acho q ngm chegou a comentar esse filme do ponto de vista marxista

[@hugomarinfumagali8804]

Minha crítica ao vídeo é quanto a tese principal de que o homem é naturalmente egoísta. Marx rechaçou em suas obras as teorias que defendiam uma série de comportamentos humanos como imanentes.

[@altamirjoao]

Gosto do canal e gostei do vídeo, mas não concordo quando vc diz somos consumidores das redes sociais e não os produtos vendidos. Vamos analisar: eu consumo quando compro alguma coisa, como uma TV, um kg de arroz, etc. Nas redes sociais eu não pago nada. Se não pago, não consumo. Se não consumo, não posso ser chamado de consumidor. Agora vamos ver os papéis das partes envolvidas: no mercado capitalista há o comprador, o vendedor e a mercadoria. O comprador é o anunciante. O vendedor é a rede social. O anunciante dá uma quantia em dinheiro à rede social em troca da mercadoria. Assim é em uma loja. Se a loja não possui mercadoria, eu, o comprador não vou ter interesse nenhum em ir lá. Então para os anunciantes o que é a mercadoria? É algo que se a rede social não tiver não haverá interesse do anunciante e, portanto, não haveria o negócio. A mercadoria são os usuários. Aliás, usuário é uma forma velada de nominar o que a rede social vende. E esse nome é proposital. É para nos sentirmos importantes enquanto somos negociados. A audiência é o que precifica o usuário. Quanto maior, mais valorizados somos. Há solução pra isso? Em um mundo capitalista, não. E eu não estou entrando no mérito se é ruim ou bom fazer parte de uma rede social. Essa é outra discussão.

[@dr.strangelove5835]

esse filme tem uns segmentos bem bregas, principalmente a parte dramatizada.

[@TheJulioChaul]

barango demais