Marx ou Foucault: um falso dilema que precisa ser revisto.

  Рет қаралды 3,101

Iluminismo Pós-Moderno

Iluminismo Pós-Moderno

2 жыл бұрын

Não existe incompatibilidade entre ambos. Somos livres para usá-los para nossos próprios fins.
apoia.se/iluminismoposmoderno

Пікірлер: 50
@gabrielpeixinhomirareis635
@gabrielpeixinhomirareis635 2 жыл бұрын
Fica a sugestão para que se instaure, em moldes parecidos com o react ao vídeo do Jones Manoel, um embate teórico (e, portanto, enriquecedor) com a Profª Angélica Lovatto, que está produzindo um curso intitulado “Crítica às teorias pós-modernas”. Segue o endereço de uma das aulas, voltada para a crítica do pós-estruturalismo (em cuja tradição Foucault está inscrito, aliás) => kzbin.info/www/bejne/bKLWpn-Ia5x5Y7M.
2 жыл бұрын
Até fixei pra não esquecer depois. Adorei a sugestão, assisti a palestra inteira e fiz 7 páginas de anotação. Realmente achei bem problemática a fala dela. Pretendo fazer um vídeo resposta, mas ainda nem sei como, é muita coisa, vai dar um vídeo bem grande e bastante trabalho. Muito obrigado.
@kalado153
@kalado153 2 жыл бұрын
'Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres' Rosa Luxemburgo
2 жыл бұрын
Amo essa frase. :)
@LuizaRios
@LuizaRios 2 жыл бұрын
Sem dúvida é um falso dilema. Gostei da sua frase do final: a gente tem que partir deles e ir além deles. 👏🏼
2 жыл бұрын
Ahhh que bom que curtiu. Eu também gostei dela. Essa foi roteirizada, hahaha.
@colunas.tortas
@colunas.tortas 2 жыл бұрын
Ótimo vídeo!
2 жыл бұрын
Que bom que gostou. Fico muito feliz.
@lukacsiano41
@lukacsiano41 2 жыл бұрын
Achei muito legal, modificar as estruturas para , então, e somente então, revoluciona-las. Entretanto, só tem um problema, no meu modesto juízo, o capital é circular e não conseguimos tomar a classe trabalhodora para o nosso lado, já que a máquina ideológica liberal é muito forte. Sinceramente, estou convencido que o Capital só vai ser vencido quando o trabalho vivo for substituído ao maximo por trabalho morto.
2 жыл бұрын
A substituição do trabalho é uma das coisas que me interessa. Tem um livro chamado "Pós-capitalismo" de um marxista que explora essa linha. Ele diz que o capitalismo vai cair, mas não por meio de uma revolução da classe trabalhadora, mas porque as relações de trabalho estão mudando tanto que eventualmente o capitalismo será insustentável.
@stampedesp
@stampedesp 2 жыл бұрын
Eu ainda acho que esse debate tem que ser feito sobre a teoria revolucionária e não sobre a prática revolucionária. De novo: tem que se falar de Nietzsche e Hegel. Muito do que vc falou do marxismo, por exemplo, já foi tratada por Gramsci. Falar de guerra cultural, marxismo e não falar do filósofo sardo me pareceu uma escolha de um alvo fácil. A questão das minorias, por exemplo: o conceito gramsciano de intelectual orgânico e marxistas negros, como Fanon, oferecem uma excelente resposta a qualquer questão proposta por Foucault ao marxismo. A questão é de teoria: um negro gay e trabalhador, como eu, ao construir um mundo onde não sou oprimido crio um discurso imune aos problemas (relação de poder, regime de verdade, dispositivo, etc) teóricos que Foucault levanta para atacar outros discursos, como o da loucura? Se um foucaultiano me responder algo como: "evidente que seu discurso de emancipação pode estar suscetível aos problemas de todos discursos políticos do passado, mas será melhor que esses discursos do passado pois implicará uma afirmação das minorias", responderei que isso é neokantismo: o discurso que emancipa negros é melhor que o que não osvemancipa pq está mais próximo de uma verdade. O marxismo, nesse ponto, usou e usa Hegel: o materialismo histórico tem como pressuposto a emancipação da consciência coletiva. Agora, como um foucaultiano lida com seu Nietzsche, que é o motor do carro que ele usa para se deslocar em suas análises - isto é, Nietzsche é o motor da análise genealógica - quando tem que seguir viagem da estrada de análise dos problemas para a cidade da Emancipação? O carro é o mesmo. Pq na estrata de análises esse carro genealógico desvia automaticamente dos buracos chamados de "regimes de verdade", etc, e na cidade da Emancipação deixará de fazer isso? Se um foucaultiano me disser que a cidade da Emancipação tem menos buracos que a estrada de análises dos discursos do passado eu vou dizer: seu carro genealógico acabou de soar o alarme (niilista) anti-kantiano e anti-hegeliano - alarme que vem direto de fábrica, a fábrica Nietzsche.
2 жыл бұрын
Eu até concordo com você. Mas eu particularmente faço o que posso na medida do possível né? Não dá pra conhecer todos os autores e saber quem falou o que antes. Porém, estou ciente que Gramsci possui boa parte das ideias que tornaram Foucault famoso posteriormente. Sobre falar dos filósofos, o mundo funciona assim né? As pessoas gostam de falar dos pensadores, as pesquisas se dão sobre o pensamento deles, não fui eu que escolhi assim, apenas jogo o jogo, heheh.
@ilmaramilhomem710
@ilmaramilhomem710 2 жыл бұрын
👏👏👏👏👏Prefiro Ciro...
@TheThiago444
@TheThiago444 2 жыл бұрын
Nossa muito obrigado. Esse video lavou minha alma kkk tbm tenho essas impressões. Acho que Foucault e Marx são pontos de partidas para reflexões mais potentes.
2 жыл бұрын
Sim. A maior parte dos autores precisa ser vista como ferramentas do passado para construirmos o futuro que desejamos. Nesse sentido, não só Foucault e Marx, mas Bourdieu, Nietzsche e afins.
@ruanserafim4999
@ruanserafim4999 2 жыл бұрын
Otimo vídeo, mas a questão que me fica é: a classe trabalhadora não é formada pelas 99% das pessoas?! Essas que incontornavelmente fazem parte de algum grupo das ditas minorias com suas particularidades de sofrimento? O "fulano" que pensa classe trabalhadora em abstrato é tudo menos marxista. Os próprios, Marx e Engels, abordaram questões que fugiam da idealização de uma classe, quando abordaram questões que estão além dessa de classe em abstrato que pintam por ai. A classe é a condição que perpassa todes os oprimidos. Hoje, diretamente ou indiretamente, ninguém vive apartado da exploração capitalista e suas diferentes estruturas. Seja mulher, preto, animais não humanos, indígenas, lgbtqia+ etc. Todos sofremos, alguns centenas de vezes mais, outros menos obviamente. A questão da guerra cultural acredito ser a chave. Temos que combater tanto os marxistas idealistas como também a "inclusão neoliberal" que é vendida por ai. Como podemos fazer isso? Tá aí o desafio do nosso século...
2 жыл бұрын
Concordo. Ta aí o desafio do nosso século. E digo mais, se não vencermos esse desafio não teremos outro século. A grande questão é como diabos conseguimos construir um sistema que beneficie esse 1%. Pra isso Foucault é tão necessário. Não tanto para dizer o que devemos fazer, mas para nos mostrar porque não fazemos o que devemos fazer.
@gilbertocosta1700
@gilbertocosta1700 2 жыл бұрын
Acho que a “servidão voluntária” é um dos pilares dessa construção… desse um por cento…
@JoaoPSLuz
@JoaoPSLuz 2 жыл бұрын
Bom vídeo, mas me parece que cabe ir mais frontalmente aos debates (não q eu vá fazer isso agr). Só vou pontuar que as divergências entre os autores são relevantes e vão além das suas versões vulgarizadas. Concordo que Foucault está na esquerda e diria que ele próprio é um anarkista que não se colocou como tal pq era anarkista demais pra isso e não quis ser "localizado" pelo poder ele próprio diz isso, né? Então não duvido do comprometimento do autor os oprimidos nem com a radicalidade de seu pensamento. Só que me parece que Foucault e vários autores relevantes da esquerda posmod acabam mto mais capturados pelo liberalismo na academia. Seja essa captura desonesta seja uma interpretação autoral e declarada. Não a toa o Deleuze, no fim da vida, se declarou "marxista"...(intuo que pode ter relação com essas capturas). Outro ponto o marxismo vulgar tende a social demogracinha (vou manter esse ato falho pq ficou divertido) e o fim da 2 internacional demonstra isso. O Leninismo de fato é mais "pragmático", mas mesmo os textos panfletarios do Lenin são cuidadosos com a vulgarização, mantenho mtas críticas ao leninismo, mas aqui quero pontuar q a vulgarização do marxismo ele próprio criticou chamando de "Esquerdismo ou de Oportunismo". Essa mistificação da classe trabalhadora nem os anarkismos estão mais próximos tem como crença. Mesmo o Luxemburguismo que polemiza com o mecanicismo leninista e defende algo mais orgânico n tende a isso. Quanto a tua leitura de guerra cultural eu só tenho a dizer que concordo pacas! Pelo último vídeo sobre representatividade sei que tu tem noção da captura liberal de pósmods. Quanto aos pósmods de direita "Fukuyama" que vão pro inferno rsrsrsrs.
@joaopedrofeitoza3420
@joaopedrofeitoza3420 2 жыл бұрын
Sim, o Lênin até fez um livro sobre isso que é " Esquerdismo, doença infantil do comunismo".
2 жыл бұрын
Sim. Foucault usa o termo "anarqueologia" para definir a si mesmo. Para mim, seria algo equivalente a dizer que ele era um "anarquista pós-moderno", mas isso talvez só faça sentido na minha cabecinha confusa, uahuahuaha. Acho que os liberais podem tentar capturar Foucault, mas isso só faz sentido na medida em que temos uma esquerda meio fechada também né? Como se não fosse desejável ir além de Marx ou até criticar o mesmo em alguns pontos. Eu gosto muito de focar que a "lógica do clubinho" não deveria funcionar no meio acadêmico e na política. Não é escolher entre Foucault e Marx, mas ver o que ambos tem de interessante para nós e jogar fora o que ficou anacrônico. Adorei "social demogracinha, uhauahuah. Eu concordo com o leninismo ser mais pragmático e acho isso um ponto muito positivo. O marxismo quanto se aproxima do idealismo é bastante problemático (até porque a intenção é ser materialista né?). E Lenin foi alguém que antes de tudo lutou pelo poder. A teoria que precisava se encaixar na realidade e não o oposto. Sempre foi assim e sempre vai ser assim. A realidade não se curva aos teóricos. Os teóricos tem a opção de interpretar e aceitar a realidade ou morrer na posição infame de falsos profetas. Mas é justamente por isso que as ideias precisam ser fluídas (e por isso que a pós-modernidade é importante), porque o mundo muda rápido demais. O trabalho corre o risco de se tornar obsoleto. No mínimo vai mudar drasticamente. E toda a luta vai ter que encontrar ferramentas intelectuais para interpretar e lidar com isso. Enquanto a gente cria teorias complexas de como o mundo funciona e nos degladiamos entre foucaultianos, marxistas, leninistas, trotskistas e afins, os capitalistas neoliberais investem pesado em sua indústria cultural tosca e manipulam as mentes dos jovens com seus liberalismos, ancapismos, conservadorismos e afins. Já notou como essa galera defende teorias muitas vezes opostas, mas estão sempre pacificamente unidas votando no primeiro fascista que aparece pela frente?
@joaopedrofeitoza3420
@joaopedrofeitoza3420 2 жыл бұрын
@ ótima análise mano, é fazer trabalho de base e construir a revolução!
@raulvieira7422
@raulvieira7422 2 жыл бұрын
👏👏👏👏
2 жыл бұрын
Valeuuuu.
@MrMateus66
@MrMateus66 2 жыл бұрын
Obrigado por levantar a discussão, mas acho que houve uma certa relativização do comentário que a pessoa trouxe aí. Não é questão de simplesmente tomar o poder a qualquer custo que vai validar uma teoria ou não, mas é inegável que é fundamental analisar as consequências práticas e políticas de uma perspectiva para saber até que ponto ela é capaz de capturar o real em movimento para fazer algo a partir daí. Outra questão, o que você traz como "marxismo vulgar" não tem lastro na realidade, porque as diversas experiências revolucionárias vividas no século XX não tem nada de vulgar e são representadas por intelectuais orgânicos da classe trabalhadora extremamente fieis ao método, mas inventivos o suficiente para fazer a diferença em sua própria nação. Praticamente nenhum marxista da tradição anticolonial, marxista-leninista etc acha que tomar o poder vai resolver os problemas da humanidade, até porque isso mesmo é um processo histórico e cheio de contradições. Em suma, isso nunca foi dito pelos principais representantes do que você chama de "marxismo vulgar". Você traz que o foco central seria "mudar a sociedade para que seja possível algum tipo de revolução". Mas como a gente faz isso? Não é com a tomada do poder, por mais longo e árduo que isso possa ser?
2 жыл бұрын
Concordo em você que dentre os grandes intelectuais talvez não existam nenhum defensor do que eu chamei de "marxismo vulgar". Até porque, para ser grande pensador você precisa não ser vulgar né? Mas isso não muda o fato de que nos inúmeros meios de comunicação e no próprio "senso comum", não exista algo parecido. A própria política que em sua prática já é necessariamente uma vulgarização de ideias mais complexas. Mas eu diria que o mesmo vale para Foucault. O foucautianismo vulgar também não é propagado por nenhum grande autor. Eu devolvo a sua pergunta. Como fazer revolução sem mudar o rumo da sociedade? Uma revolução contra a maré, contra a vontade e contra a compreensão do povo e da própria trabalhadora teria como dar certo e não se tornar o autoritarismo que busca combater?
@joaquimoliveira6509
@joaquimoliveira6509 2 жыл бұрын
@ Antes da revolução, temos que vencer a guerra cultural. Por isso eu gosto do termo: processo revolucionário, que vai alem da ideia de um movimento de tomada de poder e inclui todos os preparativos :)
@israel-manaus-BR_psn
@israel-manaus-BR_psn 2 жыл бұрын
👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼
2 жыл бұрын
Uhulll
@flavioottonicar7249
@flavioottonicar7249 2 жыл бұрын
Parabéns, esperava há tempos por esse vídeo...(obs: eu, como Nietzscheano, quero mais é que Marx e Foucault se destruam com o martelo!!!!)
@5driedgrams
@5driedgrams 2 жыл бұрын
Na visão de um nietzscheano, o que há de errado com a escravidão e a exploração de maneira geral?
@lukacsiano41
@lukacsiano41 2 жыл бұрын
@@5driedgrams boa pergunta. Ser nilista é ser insensível a justiça?
2 жыл бұрын
Obrigado. Olha, acho que existem várias maneiras de ser nietzschiano. Eu particularmente me considero um nietzschiano que deseja integrar Foucault, Marx e o que quer que seja, em uma luta cultural contra o capitalismo neoliberal, que ao meu ver, é a negação última da vontade de potência humana, visto que torna a vida um vazio niilista sem sentido e está literalmente destruindo o mundo em que vivemos. Preciso lançar alguns vídeos sobre Nietzsche para que isso fique claro. Sempre ciente de que esta é uma das possíveis leituras de Nietzsche.
2 жыл бұрын
@@5driedgrams boa pergunta. Na visão de um nietzschiano, não existe nada de "ontologicamente" errado. A natureza é cruel e exploradora mesmo. É uma atitude "humana, demasiado humana". Mas nenhuma escravidão se sustenta sem inventar mentiras e ilusões. A escravidão se sustenta apenas a partir da crença que as pessoas possuem em sua legitimidade e da vitória dos escravagistas sobre os escravos. E Nietzsche deseja destruir todos os "ídolos". Nietzsche tem a metáfora da ovelha e da ave de rapina. Do ponto de vista da ave de rapina, não tem nada de errado em comer a ovelha, é a natureza dela. Mas se as ovelhas se revoltarem e matarem a ave de rapina, também não tem nada de errado, pois também faz parte da natureza. Então, se os escravos se revoltarem e matarem seus opressores, não existe nada de errado nisso. A escravidão e a exploração não se sustentam no momento em que estivermos dispostos a extingui-las. A grande questão para um nietzschiano é "onde reside sua fidelidade? do lado dos exploradores ou dos explorados?" Uma vez que você souber a resposta pra essa pergunta, se una do lado em que deseja e comece a luta. Eu escolho ficar do lado dos explorados. Não porque a "natureza" assim deseja, mas porque eu, enquanto ser moral, passível de empatia e desejoso de um mundo mais harmonioso prefiro assim. Por isso Nietzsche serve para qualquer lado. Porque estamos acostumados com uma tradição platônica que nos faz acreditar em ídolos e a derrubada dos mesmos pode gerar vácuos de poder que podem ser preenchidos com mais opressão ou mais liberdade.
@icarolorenzo8689
@icarolorenzo8689 2 жыл бұрын
👍
2 жыл бұрын
Yeahhhh
@kalado153
@kalado153 2 жыл бұрын
Legaliza 🌞🌿
2 жыл бұрын
:)
@railenocorrea2003
@railenocorrea2003 Жыл бұрын
Esse é o 19° video sobre Foucalt e Marx que assisto e não consigo entender nada. Será que ninguém consegue explicar sem fugir do assunto e não ficar dando exemplos "nada haver" ?
@O_Ramirez.
@O_Ramirez. 7 ай бұрын
Marx propõe uma metodologia de cunho científico que se propõe a analisar a história, a materialidade e suas contradições, apontando caminhos para se combater a nível econômico a raiz do problema, que segundo a História nos mostra, sempre se concentrou em um poder centralizado, de onde vêm a Ideologia que aprisiona as massas. Foucault rejeita a ideia de 'poder centralizado'. Rejeita o materialismo histórico e dialético em suas deduções e recai ao pós-estruturalismo. Obviamente, inútil. Mais atrapalha do que ajuda...
@neith8017
@neith8017 2 жыл бұрын
(parte 1 da crítica porque o youtube bugou um comentário imenso) Eu acompanho o canal por uma coisa ou outra, mas não posso deixar de fazer uma crítica imensa quanto ao vídeo em questão, pelos seus erros e relativismos quanto a questão do que é o marxismo e como ele é desenvolvido. Enfim, pra começar, acredito que o comentário da pessoa em questão que gerou o vídeo poderia ser uma pergunta retórica irônica, uma vez que a filosofia de foucault e de seus seguidores é um pós-modernismo enjaulado de faculdade eclético e que rejeita a tradição revolucionária obviamente por não vir da classe proletária. De fato, esse comentário não ignora o conceito de ideologia, ele somente mostra que não existe prática revolucionária, sem teoria revolucionária, e que nada importa se essa mesma teoria não é seguida pela prática. Já dizia Marx sobre o programa de gotha: "Cada passo do movimento real é mais importante do que uma dezena de programas". Você diz sobre um tal "marxismo vulgar" que é ultrapassado, sobre isso, eu realmente não entendo, o que é marxismo vulgar? Existe outra filosofia proletária sem ser o marxismo e como é desenvolvido dentro do conflito de classes sendo a ideologia da classe mais revolucionária? O que é vulgar no sentido mais estrito da palavra? Pois temos grandes revoluções, experiências e contribuições vindas desde Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao e Presidente Gonzalo, até as lutas de libertação nacional, as guerras populares nos países semicoloniais, a revolução albanesa, etc. Quanto ao que esteja ultrapassado, marxismo não se trata do assalto aos céus? É o quê então, se não for a revolução proletária? Pois somente a classe proletária, e seu destacamento, os comunistas, se organizando no Partido Comunista, são capazes de liderar a revolução mundial. Dentro disso, não há nenhum julgamento moral, é somente pela natureza de cada classe que impede a revolução de outras classes, como a pequena-burguesia ou o campesinato somente. Já dizia Mao, os maiores aliados da revolução proletária é o semiproletário e o campesinato. Para uma verdadeira mudança, na qual estamos historicamente determinados a moldar, não importa outra coisa senão a práxis revolucionária. Não precisamos, como você disse, mudar a sociedade para que haja nela possibilidade de revolução. Nós já temos as condições materiais favoráveis, nós já somos explorados pelos imperialistas ianques e chineses, nós já somos esmagados pela burguesia compradora, nós já vivemos uma história sangrenta do povo quilombola e indígena que morre na mão de latifundiários, nós já temos um proletariado cada vez mais conflituoso, um campesinato pobre que é esmagado pelos grileiros e de novo, pelos latifundiários, grandes oligarcas, que usam suas terras para lucrar com monocultura, para exportação de soja... Todos os conflitos do machismo, do racismo, do capacitismo, etc., são antes, conflitos de classe em sua história. É somente com a aliança operário-camponesa, com a guerra popular universal, com a tomada e ocupação das terras do latifúndio e o desenvolvimento das forças produtivas, que são sim, o começo da revolução de Nova Democracia. É lógico que existem contradições no seio do povo, existem milhares de culturas se inter-relacionando no meio da gente, mas isso não significa nada, uma vez que essas contradições costumam e são não-antagônicas. Sobre Lenin, você realmente pecou e muito e distorceu a história marxista, pois nem Lenin com suas teses, nem Stalin sintetizando o Leninismo moldaram historicamente o partido de vanguarda do proletariado porque o proletariado não era revolucionário. Era JUSTAMENTE pelo fato do proletariado ser a classe mais revolucionária pelo motivo de que era somente dali que brotava a mais-valia, que era dali que provinha a cultura proletária, que era dali que surgiu como cosmovisão (weltanschauung) o marxismo como ideologia única do proletariado internacional, embasada e impactada diretamente pelas condições materiais, por isso o seu desenvolvimento, que não necessita diretamente de qualquer seguimento dogmático do que Marx escreveu. Lenin não desenvolveu o centralismo democrático, a noção de vanguarda, o papel do partido que eleva a consciência de classe e outras coisas porque o proletariado em sinão era suficiente. Era JUSTAMENTE porque o proletariado é alienado por culpa da propriedade privada, é justamente para manter unidade dentro do partido, para se ter uma centralização teórica proletária, para ASSALTAR OS CÉUS, fazendo a tomada do poder, instaurando uma ditadura revolucionária do proletariado por meio de uma revolução violenta. Sobre os líderes "populares", eles não são moderados simplesmente por questão de simplesmente serem calados. Isso é ignorar a história do Estado como aparelho que regula o conflito das classes mais conflituosas e antagônicas dentro da sociedade, sendo agora, pertencente a burguesia propriamente dita. Eles são moderados porque são a faceta moderada e "tranquila" da burguesia, eles são os próprios representantes dos seus interesses dentro do Estado. O próprio esquema de eleição já nos mostra o porquê disso. Não existe revolução e tomada de poder por meio de voto. Não porque o partido não promove golpes, muito menos, deixa sua clandestinidade de lado para se entregar ao fundo partidário, para institucionalizar seu partido, para fazer frente e sentar do lado de representantes sujos dos mais diversos partidos, seja o próprio PSDB, seja o PT. Eles não são líderes "populares". São representantes populistas da própria burguesia ou pequena-burguesia. A representação do PSOL, com seu ecletismo teórico, sua falta de compromisso com a práxis revolucionária, sua coalizão com partidos explicitamente reacionários, com a luta camponesa de verdade e não da divulgação do oportunismo traidor do MST (pesquise sobre a história da cisão com a liga dos camponeses pobres) e as mais diversas coisas são provas dos jogadores de "esquerda" desse joguinho eleitoral. É pela necessidade de um exército popular, pela linha de massas, pela linha da revolução cultural, promovendo no seu primeiro passo a luta e ocupação das terras de latifúndio, que é em última instância o que permite historicamente o Brasil ser uma semicolônia e carregar tradições e culturas retrógradas graças ao semifeudalismo, com a sua presença abrupta da religião ainda, que não permitem qualquer discursinho eleitoral. Não existe partido revolucionário que se lance nas eleições que não seja oportunista, pois até Lenin em sua época já assumia que somente, em países avançados, a política de eleição somente prestava às denúncias do regime burguês. Não existe qualquer senso de práxis revolucionária, estando no campo das eleições, sendo que o que sustenta e defende o Brasil é o Exército, a força armada do grande latifúndio e da burguesia compradora. O próprio João Goulart não foi deposto à toa. Foi por questões agrárias.
@ricardohistoriaeciencia6770
@ricardohistoriaeciencia6770 2 жыл бұрын
Creio eu que o certo lendo bem esses dois pensadores é substituir o capitalismo pelo comunismo, mas também estudar a cultura e suas micro formas de dominação.
2 жыл бұрын
Uma coisa não exclui a outra né? Na verdade, sem entender as formas de dominação em seus diversos âmbitos, não temos como ir além. Fiz um vídeo chamado "Michel Foucault: o poder só se concentra porque ele é microfísico" que aborda um pouco isso.
@O_Ramirez.
@O_Ramirez. 7 ай бұрын
Cara, nunca vai existir substituição do capitalismo pelo comunismo porque comunismo não é uma oposição, não é uma ideologia, não é o outro lado da corda. É um instante, um acontecimento, um processo temporário de transformação. É o momento da SUPERAÇÃO do capitalismo, e não sua oposição.
@gabrielpeixinhomirareis635
@gabrielpeixinhomirareis635 2 жыл бұрын
Sem entrar no mérito quanto ao que realmente pretendia o autor do ponto de vista teórico-político, o foucaultianismo, máxime através de sua expressão acadêmica, resultou num desfavor incalculável à luta das minorias, as quais, sem prejuízo de suas particularidades, tanto no séc. XIX como hoje se reúnem enquanto universalidade no seio, sim, da CLASSE TRABALHADORA. As contradições observadas nas experiências revolucionárias exitosas, a meu ver, de forma alguma invalidam essa evidência histórica. Ao revés, a mim parece que muito do que se entende por "inclusão das minorias" no bojo do capitalismo se deveu ao imperativo de acompanhar os avanços realizados naqueloutras. Em suma, conforme muito bem assinalou Lukács - maior teórico marxista do século XX e que foi duramente perseguido pelo regime Stalinista -, "o pior socialismo é preferível ao melhor capitalismo". E não há emancipação possível enquanto, fora de uma luta programática lastreada no conceito de classe - e tendo por centralidade o TRABALHO - , as minorias prosseguirem em suas inglórias batalhas particularistas por mais "lugares ao céu" no cada vez mais extenso e árido vale de lágrimas que representa o sistema capitalista, mormente em sua periferia.
2 жыл бұрын
Sou obrigado a discordar quando você diz que o foucaultianismo fez um desfavor à classe trabalhadora. Até porque, Foucault apoiou até a revolução iraniana, bastante duvidosa. Então não se baseia em fatos dizer que existe em Foucault qualquer tipo de negação das experiências revolucionárias por conta das suas contradições. Até porque Foucault pressupõe que essas contradições são inevitáveis. Mas daí se as revoluções cometeram seus erros, é importante assumir isso e não jogar a culpa nos outros né? Não saberia dizer se o pior socialismo é preferível ao melhor capitalismo, porque pra isso eu precisaria ou professar fé em alguma teleologia histórica (o que não professor), ou ter analisado todos os capitalismos e socialismos que existem (e obviamente não analisei). Mas isso para mim é um falso problema.
@neith8017
@neith8017 2 жыл бұрын
(parte 2 da crítica porque o youtube bugou um comentário imenso) Não, o Estados Unidos não perdeu por culpa de "guerra cultural" nenhuma. Assim como sofreram uma lavada recentemente com uma frente anti-imperialista sob liderança reacionária do Talibã, os Estados Unidos no Vietnã tomaram sim um pau, justamente por um erro grande do Presidente Ho de realmente achar que a guerra contra o imperialismo seria algo pacífico até aquele momento. Isso é, de novo, distorcer a história. Segue o relato da guerra do Vietnã, feito pelo próprio Vo Nguyen Giap, glorioso líder do Exército do Povo vietnamita: " Com 55 dias (uma estranha coincidência comparada com os 55 dias da batalha de Dicn Bien Phu) com esmagador poder tanto militar quanto político - e com três golpes estratégicos junto com a ofensiva e o levante no Delta do Rio Mekong -, mais de um milhão de tropas pró-EUA foram destruídas e dispersas, o governo fantoche foi derrubado, o regime neocolonialista - construído pelos EUA com grande dor através de cinco presidências - foi esmagado. A vitória da resistência anti-EUA foi esperada com grandes sacrifícios e esforços da nação inteira em uma fero/, e longa disputa de inteligência e força com o inimigo, especialmente pelos compatriotas do Sul. A defesa invencível da terra natal; a vitória da liderança, direção, gerenciamento e comando no nível macro em combinação com específica ação de combate e esforço de cada oficial e homem em todos os campos de batalha, em cada unidade - não de um único campo de batalha ou unidade a Executiva Nacional, a Comissão Militar do Comitê Central do Partido, o Quartel General e seus representantes no front, o Comitê Central para o Vietnã do Sul e os Altos Comandos de campos de batalha, os Altos Comandos das campanhas e o Alto Comando da Trilha Ho Chi Minh jogaram um papel especialmente importante. No início de 1975, o Alto Comando Supremo mostrou claramente seu talento para planejar a estratégia, bom conhecimento do inimigo e de si mesmo na direção da guerra em escala nacional em uma ágil e valente maneira para alcançar a vitória total em uma situação mundial extremamente complicada durante os meados dos anos 70." Sobre ainda a questão da militância do Foucault, necessito dizer que existem mudanças e saltos qualitativos, dentro do movimento comunista e do Partido. De fato, a homofobia é um problema absurdo que há de ser combatido com todas as armas possíveis, mas isso não é realmente uma prova de que o Partido não é quem lidera a revolução e emancipa a classe trabalhadora. Vale a pena lembrar que o PCF francês é historicamente problemático, revisionista, e é lotado de ideais pequeno-burgueses. Ser um partido homofóbico era só mais uma das várias contradições a serem solucionadas dentro do PCF. Você acaba fazendo algumas confusões até sobre conceitos marxistas que são difíceis de não rebater. A classe trabalhadora não só deseja, como está determinada ao processo revolucionário. Ela ter em seu seio contradições não-antagônicas, de novo, nada significa que a contradição antagônica do proletariado contra a burguesia se apague. A sociedade também não é ÚNICA, ela não é uma unidade, existem várias ideologias produzidas por suas classes, como a proletária, a pequeno-burguesa, e a burguesa. É interessante que é mostrado novamente, a ideologia burguesa dentro desses conceitos foucaultianos, uma vez que é ignorado o conflito de classes e a ideologia burguesa dentro dessas defesas de grupos marginalizados, como se realmente a defesa genérica do povo preto, do povo mestiço, do povo indígena, árabe ou judeu, resolveria de algo. A emancipação do marginalizado e sua cultura só vem da questão de classe, quando você não consegue abarcar quanto a isso, caímos em ecletismo, em chauvinismo, em defesa de todo um conglomerado que se parece único, mas em sua realidade possui suas contradições, etc. A mulher não tem de se emancipar enquanto mulher, ela tem de se emancipar enquanto classe. Ela só vai se emancipar, quando tiver em suas mãos os meios de produção, não "representatividade" pequeno-burguesa com alguma mulher burguesa no poder. O preto, não vai simplesmente se emancipar enquanto preto, ele tem de se emancipar enquanto proletário, enquanto campesino, enquanto semiproletário, para que a marginalização, a mercantilização e a degradação de suas culturas oprimidas não ocorram mais. Não é com chauvinismo e nacionalismo preto, defendendo todo o povo preto como um conglomerado inteiro, que isso se resolve. Quanto a isso, temos diversas experiências, inclusive os problemas dos quais o partido dos panteras negras (que mesmo eclético, tem suas contribuições históricas com suas experiências, que refutam e dissecam o identitarismo com o seu desenvolvimento) que mostram de perto como funciona essa problemática. A luta não é contra o branco. A luta é contra o burguês. E não é adicionando simplesmente os grupos marginalizados inteiros na luta, e sim, suas facetas proletárias que são a parte responsável pela emancipação. Para uma pontuação final, acredito que você deva estudar o que é o marxismo e suas experiências, de forma honesta, para entender do que se trata a análise concreta da situação concreta. Somente assim há desenvolvimento dialético dentro da ciência. No vídeo, há tanto distorções quanto degradações da verdadeira prática revolucionária, dando lugar ao velho foucaultianismo burguês de faculdade e sua falsa crítica do marxismo. "Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário." - Lenin
@O_Ramirez.
@O_Ramirez. 7 ай бұрын
"Marxismo acredita que quando a classe trabalhadora assumir o poder vai resolver todos os problemas, e a gente sabe que não." Cara, na real... você estudou Marx? Não me parece que tenha estudado...
@O_Ramirez.
@O_Ramirez. 7 ай бұрын
Ah vá... Foucault abandonou o uso do materialismo histórico e dialético em dado momento de sua trajetória, se tornou anticientífico. Tem um debate muito longo (e bom), inclusive, entre ele e Chomsky, onde Chomsky coloca ele no bolso. Marx e Foucault não são conciliáveis, nem a pau. Isso que você faz é puro contorcionismo intelectual. Acorda.
Jones Manoel faz um espantalho ao criticar o poder em Michel Foucault
19:18
Iluminismo Pós-Moderno
Рет қаралды 9 М.
Biopolítica e Racismo de Estado: sobre a trágica gestão bolsonarista da pandemia
19:04
Slow motion boy #shorts by Tsuriki Show
00:14
Tsuriki Show
Рет қаралды 8 МЛН
🤔Какой Орган самый длинный ? #shorts
00:42
39kgのガリガリが踊る絵文字ダンス/39kg boney emoji dance#dance #ダンス #にんげんっていいな
00:16
💀Skeleton Ninja🥷【にんげんっていいなチャンネル】
Рет қаралды 8 МЛН
Pensando como um (pós)-estruturalista?
19:25
Iluminismo Pós-Moderno
Рет қаралды 1,6 М.
Ainda dá pra continuar gostando dos INFLUENCERS FILOSÓFICOS NUTELLA?
10:51
Iluminismo Pós-Moderno
Рет қаралды 2,5 М.
João Carvalho e as acusações de pedofilia a Michel Foucault
16:48
Iluminismo Pós-Moderno
Рет қаралды 9 М.
FOUCAULT E MARX:  UM DIÁLOGO POSSÍVEL
29:39
Delongas
Рет қаралды 1,5 М.
Em defesa do Marxismo | 053
18:31
Tese Onze
Рет қаралды 146 М.
Um comentário sobre a obra de Michel Foucault
18:48
Jones Manoel
Рет қаралды 44 М.
A FACE OCULTA DE MICHEL FOUCAULT
16:17
Brasil Paralelo
Рет қаралды 243 М.
😹😹😹
0:19
Татьяна Дука
Рет қаралды 18 МЛН
Что делать если закрыли на балконе
0:31
Что делать ЕСЛИ у  Вас Живёт Монстр?
0:36
ИЗЮМЕР
Рет қаралды 2,8 МЛН
Выйграли Много Денег с Сыном
0:55
Карман
Рет қаралды 8 МЛН